Perto Demais Para Te Amar escrita por Jenny


Capítulo 17
Capítulo 17 - O encontro entre mãe e filha


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, um novo capítulo
Boa leitura gente (:



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– Alô? – eu atendi meu celular. Era 02h55 da manhã.

– Jenny? Caramba, por que você demorou a atender? – gritou meu irmão. Tinha que ser ele para me ligar naquela hora – Espera quem está ai com você? É o Stiles? É melhor não mentir para mim, eu conheço a voz do meu melhor amigo.

– Calma Scott, não é nada de mais. Eu só estava com medo, e eu pedi para o Stiles vim ficar comigo. Ele está te mandando um oi.

– Eu não tenho tempo para isso. Eu preciso que você venha para a casa da Lydia agora. Nesse segundo.

– Ok. Estamos indo.

O ar gelado que batia em meu rosto enquanto Stiles corria com seu velho jipe pelas ruas vazias de Beacon Hills, me fez sentir mais poderosa. Não sei explicar o porquê, mas era como se alguém socasse meu rosto, mas eu aguentava a dor e me levantava para lutar.

– Droga, você está vendo aquele nevoeiro à frente? – perguntou Stiles – Eu não consigo enxergar nada.

– Talvez seja melhor nós pararmos um pouco – eu sugeri.

– Você é louca? Ficar parado no meio da rua quando tem um lobisomem matando todas as mulheres do mundo? Eu prefiro enfrentar um pouco de poeira.

Dito isso, Stiles continuou dirigindo. Mas não demorou muito para que conseguíssemos enxergar o que tinha a nossa frente. Em pé no meio da fumaça estava Derek. Seu rosto estava sujo e arranhado. Carregava uma mochila esfarrapada pendurada no ombro, uma chave enfiada no bolso e um olhar selvagem nos olhos avermelhados, como se tivesse acabado de escapar de um ataque de monstros.

– Claro quem mais podia fazer uma entrada como essa? – resmungou Stiles.

– Fica quieto. Acho que Derek precisa da nossa ajuda – eu disse.

Já parado na frente do nosso carro, Derek esperava impaciente para algum movimento nosso. Antes que Stiles começasse a reclamar mais uma vez, eu sai do carro e fui até onde Derek estava.

– Acho que você não me sentiu a chamando – disse Derek – Não que fosse importante ou nada, só queria saber se ainda estávamos conectados.

– Eu não senti, sinto muito.

– Tudo bem, está na cara que você estava bem acompanhada.

– Derek, o que você quer da gente? – eu perguntei.

– Acho que vocês também foram chamados pelo Scott, estou certo?

– Sim, estamos indo para a casa da Lydia. Você aceita uma carona?

– Não. Prefiro ir andando. É bem provável que eu chegue antes de vocês.

Tentei o responder, mas minha voz sumira. O máximo que consegui fazer foi ficar paralisada vendo Derek se afastando de nós. Talvez fosse o final de algo que mal havia começado. Sem querer parecer medrosa, ou coisa do tipo, mas eu gostava de saber que se algo acontecesse comigo, Derek ficaria sabendo e tentaria me salvar. Ai, que bosta, por que eu deixei isso acabar? Nós poderíamos ser amigos, mas eu agi como uma adolescente e desejei ter dois dos meus melhores amigos.

– Sem querer ser chato – gritou Stiles de dentro do carro – mas eu acho que o Scott está nos esperando. E você mesmo me disse que ele parecia preocupado.

– Eu já estou indo.

O resto do caminho, eu não abri minha boca. Stiles até tentou puxar assunto, mas eu o encarava e logo ele fica em silencio.

Quando finalmente chegamos à casa da Lydia, encontramos meu irmão e Derek discutindo algo sobre quem deveria assumir a invasão daquela noite.

– Por que invadiríamos a casa de uma amiga nossa? – perguntou Stiles.

– Porque nós não estamos sozinhos.

– Como assim? – eu disse já preocupada.

Derek sorria olhando fixamente para frente. Eu me virei e também sorri. Caminhando em nossa direção, Jennifer vinha toda poderosa. Seus cabelos balançavam no ritmo que o vento batia em seu rosto. Durante todo esse tempo, eu nunca tinha reparado como ela era linda. Chris com certeza era um homem sortudo.

– Jennifer, como é bom te ver – eu a abracei.

– Pequena Jenny, você não sabe o quão incrível foi essa minha segunda vida – ela disse. Nós percebemos que ela precisaria de um tempo para dizer tudo que queria, por isso não a interrompemos – Isso não quer dizer que eu não me arrependa de ter voltado. Se eu pudesse, nunca, jamais teria me aliado a alguém como o Peter. Nem teria matado mulheres inocentes por um desejo egoísta. Principalmente sua mãe Jenny. Eu imploro que algum dia você me perdoe. Você também, Scott. Entretanto, como esses erros, eu aprendi a importância de uma família e de um grupo de amigos. Vocês me ensinaram isso. Eu serei imensamente grata a isso.

– Nós vamos te ajudar Jennifer – disse Derek.

– Não Derek, não agora. Eu preciso fazer isso sozinha. Depois de tudo que passei, mereço esse momento com minha filha – Jennifer engoliu o choro e logo continuou – Eu agradeço por todos estarem aqui, mas eu vou entrar sozinha. Depois, podemos seguir para a casa de Peter. Derek, você não precisa parecer o herói todo tempo. Seja mais humano, será melhor para você. Seja aquele homem que você foi comigo essa noite.

Essa noite? Do que a Jennifer estava falando? Deus pai, agora eu entendi o que tinha acontecido. Derek e Jennifer? Nunca imaginei esse casal.

– Até mais... Desejam-me sorte.

–--------//---------

Jennifer encontrou uma escada no fundo da casa. Sem pensar duas vezes, começou a subir. A escada levava a um quarto cheio de bonecas de porcelanas quebradas e jogadas no chão. Realmente era uma cena perturbadora. Ela imaginou que teria que se esgueirar por ali, já que era clandestina e tudo mais, mas depois de examinar o corredor e alguns cômodos, começou a se dar contar de que não havia ninguém naquele andar. Quer dizer, é claro que era durante a madrugada, mas Jennifer andou a o andar inteiro e ninguém percebeu. Ele continuou explorando mais alguns cômodos até chegar a quarto que tanto deseja.

Ali estava sua filha dormindo como um anjo.

– Alisson, eu preciso que você acorde – ela sussurrou no ouvido de sua filha.

Nada aconteceu pelos próximos quinze minutos. Quando já estava desistindo dessa maluca ideia, Jennifer escutou um suspiro de sua filha, que a encarava com um pouco de medo. Sim, Alisson reconhecera sua mãe.

– Mãe? – a garota disse sem ar – Como isso é possível? A senhora está morta.

– Sim, eu estou. Mas eu precisava ver a jovem que você se tornou. A menina mais bonita que eu já vi.

– Eu só posso estar sonhando. Isso não é verdade.

– Alisson, me escute. Por favor – implorou Jennifer ajoelhada ao lado da cama da filha – Essa será a ultima vez que isso vai acontecer. Depois desse momento, você nunca mais vai ver sua mãe. Eu só quero que você saiba que eu fiz de tudo para que esse momento se tornasse real. E que eu sempre vou te amar. Assim como eu amo seu pai.

– Mas, eu não entendo...

– E nem deve. E demais para você.

– Mãe, eu te amo muito.

– Eu também te amo querida. Mas agora me escuta você não pode sair daqui nas próximas 24horas. Depois disso, eu quero que você procure o Scott...

– Como você sabe do Scott?

– Isso não vem ao caso. Eu quero que você procure o Scott. Ele vai te explicar tudo. Tudo. Ok?

– Ok.

O olhar entre mãe e filha era a coisa mais bonita de se vê. Era sincero, era bonito e era real. Tudo que Jennifer sempre quis.

– Alisson, eu posso te pedir mais coisa?

– Qualquer coisa.

– Me da um abraço?

Sem pensar duas vezes, Alisson abraçou sua mãe. Ela sabia que aquele seria o ultimo momento com sua mãe.

– Eu te amo filha – disse Jennifer já soltando sua filha. Ela saindo enxugando seus olhos, que naquele momento já transbordavam lágrimas.

– Eu também te amo mamãe – disse Alisson já sozinha no quarto. Tudo aquilo parecia um sonho, mas ela sabia que não era. Que sua mãe esteve lá, que aquele abraço realmente havia acontecido. Ela precisava fazer a única coisa que veio em sua cabeça, ligar para seu porto seguro – Alô? Pai? Eu acabei de ver a mamãe. Ela está aqui na casa da Lydia.


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