POV Rony
Minha mãe resolveu usar a rede de pó de flú para nós irmos rápido ao beco digonal, afinal, dentro de algumas horas teríamos que embarcar no Expresso da Plataforma 9 3/4.
—Aqui está, Harry. Vá na frente, querido. - Minha mãe falou.
—Harry nunca viajou com pó de flú antes, mãe. - Falei.
—Pó de flú? - Harry me perguntou abismado.
—Então vá na frente para Harry ver como é que se faz. - Pediu mamãe.
Fui até ela, entrei na lareira da chaminé, peguei uma boa porção do pó e joguei no chão falando com clareza:
—BECO DIAGONAL.
Num instante a chama verde que o pó produz me engoliu e eu fui parar no Beco.

POV Hannah
Harry foi logo atrás de Rony, só que o sonso do meu irmão não entendeu o devia fazer, e ao jogar o pó no chão, pronunciou:
—Biboca Diagonal.
A chama verde o engoliu.
—O que foi que ele disse? - Perguntou Molly
—Biboca Diagonal. - Respondeu o senhor Weasley
—Foi o que pensei.
Fez-se um minuto de silêncio, mas como eu já estava meio incomodada, quebrei-o dizendo:
—Acho que vou agora, ainda tenho que encontrar o Draco no Beco, e digamos que vai ser meio difícil se deixar pra mais tarde ainda.
—Ah, claro querida, pode ir. Mas você sabe o que deve dizer, certo? - Perguntou a senhora Weasley preocupada.
—Sim, claro. Devo dizer com clareza o nome do beco, certo?
—Sim, querida. Agora entre na lareira e pegue o pó.
Fiz o que a senhora Weasley pediu e fui engolida pelas chamas verdes, assim chegando ao Beco Diagonal.
Nem precisei andar muito, logo encontrei Draco na porta da livraria Floreios e Borrões.
—Nossa, demorou hein. - disse Draco me abraçando forte.
—Sentiu minha falta? - Perguntei.
—Muita, é claro.
Nos encaramos e só depois de um bom tempo percebemos que estávamos de mãos dadas. Soltamos as mãos meio constrangidos. Draco me disse:
—Vamos entrar? Sei que está cheio, mas podemos ficar no andar de cima.
—Tudo bem, vamos.
Realmente a livraria estava cheia. Era lançamento de um livro de um bruxo que me pareceu muito metido a besta, ele estava lá tirando fotos e dando autógrafos. Que patético.
Ao chegarmos no segundo andar da livraria, Draco parou apoiando-se ao corrimão, bem acima de onde o bruxo metido a besta se concentrava e me perguntou:
—Como foram as férias?
—Boas. Mari estava muito agitada, queria saber como era o meu mundo e outras coisas.
—Nossa, que chato.
—Claro que não, Draco. Ela é minha irmã, nunca a acharia chata.
—Nas próximas férias, quero você em casa.
—Tudo bem, eu adoraria passar as férias com você.
Novamente nos encaramos, um sorrindo para o outro, e novamente ficamos constrangidos desviando nossos olhares. Draco olhou para baixo e algo chamou sua atenção. Ao olhar para baixo para conferir o que ele via, notei que olhava para meu irmão com muita desdém.
Onde será que meu irmão foi parar? Estava imundo, eca!
—Vamos, quero dar um 'oi' para o seu querido irmãozinho.
—Que seja. - revirei os olhos e o acompanhei.
Como sempre, meu irmão estava chamando atenção na livraria.
Eu e Draco paramos no meio da escada e esperamos meu irmão sair. Quando Harry passava Draco falou:
—Adorou isso, não foi, Potter?
Descemos o restante dos degrau e paramos em frente a Harry que estava acompanhado de Fred, Jorge,Percy, Rony, Hermione e Gina.
—O famoso Harry Potter. Não pode nem entrar numa livraria sem parar na primeira página. - Conclui o loiro.
—Deixa ele em paz. - disse Gina. Mas quem ela pensa que é?
Eu e Draco nos olhamos rindo, e ele disse:
—Olha só, Potter, arranjou uma namorada.
—Tudo bem, Draco, vá com calma. - o pai de Draco, Lúcio Malfoy apareceu atrás dele apoiando a cabeça de cobra que tinha na empunhadura da varinha e o empurrando para o lado - Senhor Potter, Lúcio Malfoy. - estendeu a mão para meu irmão - Enfim nos conhecemos.
Meu irmão apertou sua mão. De repente, o pai de Draco o puxou e pôs a cabeça da cobra sobre sua testa, tirando seu cabelo de cima da cicatriz em forma de raio, dizendo:
—Com licença. Sua cicatriz é uma lenda, assim como o bruxo que a fez.
—Voldemort matou os meus pais. Ele não passava de um assassino. - Respondeu Harry
Lúcio soltou meu irmão com uma expressão séria e disse:
—Deve ser muito corajoso pra dizer o nome ..... ou muito tolo.
—O medo de um nome só faz aumentar o medo da própria coisa. - retrucou Hermione
—E você deve ser a senhorita Granger. - Lúcio olhou para mim e Draco para confirmar - Draco me falou tudo sobre você ..... e seus pais. Trouxas, não são?
Hermione se calou, até parecia que um gato tinha comido sua língua.
—Deixe-me ver, - continuou o pai de Draco - cabelos ruivos, expressões vazias, livros surrados de segunda mão, -disse pegando o livro que Gina tinha em seu pequeno caldeirão - vocês devem ser os Weasleys.
—Crianças, está muito cheio, vamos lá pra fora. - o senhor Weasley pediu. Acho que ele percebeu o clima pesado entre nós.
—Ora, ora, ora, Weasley - pai. - Confesso que ri quando Lúcio disse isso.
—Lúcio.
—Muito trabalho no Ministério, Arthur? Com todas aquelas batidas? Espero que paguem hora extra, mas julgando pelo estado disso - mostrou o livro de Gina - eu diria que não. De que adianta você envergonhar o nome dos bruxos se nem lhe pagam bem pra isso?
—Nós temos uma ideia muito diferente do que envergonha o nome dos bruxos, Malfoy.
—É claro. Se associando a trouxas, - dizendo isso, Lúcio se aproximou e devolveu o livro de Gina ao seu caldeirão - e eu pensei que sua família não podia se afundar mais. Nos vemos no trabalho.
Lúcio Malfoy deu as costas e foi embora, então eu e Draco entendemos que era hora de ir.
—Nos vemos na escola. - disse Draco encarando meu irmão.
—Tchau, Rony. - disse.
—Hannah, vamos logo. - Draco pareceu meio aborrecido, então dei as costas e fui junto a ele.
Fomos direto para mansão Malfoy e nos arrumamos para pegar o Expresso.
Draco ficou o tempo todo emburrado comigo desde que saímos da Floreios e Borrões. O que será que ele tem?