O Amor não é Cego escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 8
A simplicidade de um olhar




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Kagome conversou com Rin normalmente nos dias que se seguiram, ela não disse que tinha visto eles se beijarem, nem Rin.

Na véspera do aniversario de Kagome, Rin estava escrevendo em seu quarto, quando Kagome bateu na porta delicadamente.

- Entre, eu estou acordada ainda.

Kagome Entrou e se sentou perto dela, e olhou no rosto da garota.

- Rin eu esqueci de te perguntar uma coisa...

- E o que é? - ela voltou-se para a prima e atentou-se

- O que achou de Sesshoumaru, quero dizer de como ele é?

- Você viu Kagome? – Perguntou a ela com os olhos arregalados.

- Vi o que Rin?

- Nada esquece...

- O beijo?

Rin corou e rapidamente tentou dar uma desculpa.

- Kagome, eu não quis, quero dizer aconteceu e...

- Ei, calma, isso é natural.– Kagome tocou o ombro de Rin que pareceu se acalmar.

- Ele... é bonito, e posso ver direitinho o rosto dele em meu pensamento...

- Você gosta dele?

- Eu não sei se gosto, mas a fisionomia do rosto dele não sai da minha cabeça, o cheiro dos cabelos dele...

Kagome deu uma risada, e Rin corou mais ainda.

- Do que esta rindo?

- Você esta apaixonada por ele.

- Não, não estou não, pare com isso.

Rin baixou o rosto e num triste tom pronunciou quase que em um sussurro.

- Você acha que eu poderia me apaixonar por um homem, só porque ele me beijou, e depois mesmo se tivesse, você acha que ele ficaria com alguém como eu, cega...

- Rin, quando amamos, não vemos defeitos físicos...

- Mas foi só um beijo, nos não estamos apaixonados.

- Rin, não fique com medo de gostar de alguém por pensar que vai ser rejeitada, isso não faz bem para você...

- Kagome, eu sei o que sinto, e não quero me envolver com ninguém...

Apos Rin dizer isso, pois seu reglete em cima da mesa junto com os papeis escritos em braile e deitou-se.

- Não quero mais pensar nisso.

Kagome olhou a angustia que ela estava sentindo e depois de cobri-la saiu do quarto.

"- Rin esta gostando dele, tenho que fazer alguma coisa para aproximar os dois, mas o que? INU-YASHA!!!!! Será que me ajudaria com isso? Bem de qualquer maneira os dois virão amanha..."

Kagome foi dormir cheia de idéias para aproximar Sesshoumaru de Rin, e ate teve um sonho com os dois, no sonho, Sesshoumaru rejeitava Rin por ela ser cega e a garota ficava completamente arrasada.

Kagome estava suando muito, e não acordou cedo como de costume, mas foi acordada por sua mãe e Rin cantando um parabéns muito animado.

Os olhos da garota marejaram com aquela comemoração, onde Rin que costumava estar sempre deprimida e chorosa aquele dia, que seus pais morreram, estava reluzente e feliz.

Kagome levantou-se e abraçou as duas, chorando de felicidade, e após escolheu uma roupa bem alegre para poder ajudar sua mãe nos afazeres, e na preparação da festa.

Rin ajudou também nos preparativos, que começaram depois do almoço.

Ela ajudou a encher os balões, e a enrolar salgadinhos e docinhos, ficava distante da cozinha pois teve uma experiência desesperadora neste local.

- Kagome-chan, não fique tentando pegar os docinhos, eu não enxergo mas sinto sua presença, e sei que esta querendo...

- Rin, eu não estou tentando...

- Mentira...

- Ta bom, - começou fazendo beicinho – me da um, só unzinho...

- Esta bem, mas não vou dar nenhum mais.

Kagome saiu saltitando, bem na hora em que o grupo de amigos chegaram fazendo festa e parabenizando a garota.

Rin continuou tranquilamente fazendo os docinhos, e todos foram falar com ela, então teve que se levantar, pois todos resolveram, cada um dar um abraço na garota.

Inu-Yasha foi o último, aparentemente, e Rin sem perceber a presença de mais um, pegou novamente o recipiente com os brigadeiros para novamente continuar a enrolá-los, mas ao ouvir uma voz familiar, este caiu de suas mãos que ficaram tremulas.

Sesshoumaru foi rápido o bastante para segurar o que caia a tempo.

- Garotinha, tenha mais cuidado...

Rin ficou instantaneamente nervosa com o que o rapaz disse, e uma veia saltou em sua testa, deixando isso visível.

- Eu não sou uma garotinha, meu nome é...

- Rin – começou ele – eu sei que seu nome é esse, mas você parece uma garotinha...

- Ora – ela fechou os olhos e sentou-se – Me de os brigadeiros, preciso terminar de fazê-los.

Sesshoumaru sentou-se perto dela e entregou o recipiente, mas logo teve que sair de perto dela, pois Inu-Yasha o chamou para conversar junto com Miroku, que estavam perto da Árvore Sagrada.

Sango ajudou nos últimos preparativos da festa, e logo os outros convidados começaram a chegar.

- Kagome, você poderia me ajudar a escolher uma roupa bem legal?

Pediu Rin cochichando no ouvido da garota que estava perto de Sango e Miroku, que foi expulso de perto dos irmãos por ficar dizendo os lugares das garotas que gostava de por a mão.

- Claro Rin, Sango, Miroku, eu vou lá em cima com ela e volto logo.

- Tudo bem, Kagome, eu vou chamar o Inu-Yasha, e também volto logo.

As duas saíram em direção às escadas de mãos dadas, e subiram estas. Chegando lá em cima, kagome escolheu uma roupa sob a supervisão de Rin, que queria estar bem vestida naquela noite.

- Rin, o que ouve com seus sentidos hoje?

- Porque esta me perguntando isso Kagome?

- Porque você não percebeu a presença de Sesshoumaru quando ele foi falar com você...

- Não sei, ele estava sem perfume eu acho.

- Mentira Rin, ele esta muito perfumado, ele me deu um abraço me parabenizando, e deu para sentir.

Rin ficou vermelha, e saiu em direção ao banheiro sem dizer nada, Kagome a seguiu, mas Rin fechou a porta do banheiro antes da garota se aproximar mais.

Kagome suspirou, e foi para seu quarto, onde arrumou sua roupa.

Após alguns minutos, Rin saiu do banho e Kagome entrou.

No quarto Rin estava se vestindo, quando escutou alguém bater na porta.

- Quem é?

- Sou eu, Sango!

- Ah! Entre, eu estou terminando de me vestir.

Sango entrou, e logo foi ajudando Rin a amarrar os laços do vestido.

- Rin, você esta linda, sua roupa esta combinando com seu jeitinho delicado, esta parecendo uma garotinha. – Sango riu após o comentário.

- Não me chame assim, eu detesto que me chamem de "Grotinha".

- Desculpe, você esta linda. – Sango deu outra risadinha, mas logo perguntou. – Não vai colocar um perfume?

- Não, eu não consigo identificar ninguém quando estou usando um perfume...

- Ah! Tudo bem, vamos descer?

- Sim, vamos logo.

Do lado de fora, perto da Árvore Sagrada, como sempre, Sesshoumaru estava pensativo...

" – Onde eu estava com a cabeça quando beijei a Rin, depois do beijo, não consegui para de pensar nela, e hoje ela nem percebeu minha presença, que... estranho..."

Enquanto todos comemoravam do lado de dentro, Rin disfarçadamente saiu e foi em direção onde o rapaz estava, e ele logo percebeu sua presença.

- Sesshoumaru, esta ai?

- Sim, o que quer garotinha?

- Ora pare com isso, porque vive me chamando assim se sabe que não gosto?

- Você não vai ficar na festa?

- E você, não vai? – perguntou em tom irritadiço.

- Porque esta nervosa?

- Porque não para de fazer essas perguntas, esta me deixando realmente nervosa.

- Rin!!! Kagome esta te procurando, venha vamos entrar. – Sango pegou a pelo braço, mas ela se soltou e foi pisando tão duro que algumas folhas da Árvore caíram, e as que estavam presas tremularam.

Uma gota desceu no rosto de Sango ao ver aquilo, e virou para o rapaz que estava ali perguntando.

- O que disse a ela Sesshoumaru?

- Nada. – Respondeu com um ar inocente.

Sango começou a caminhar e Sesshoumaru a seguiu.

Os dois entraram na casa onde uma festa muito animada estava acontecendo. Todos sorriam, ate cantavam.
Sesshoumaru olhou seu irmão e percebeu um olhar muito interessado em Kagome, a qual estava muito elegante com um vestido azul com tons brilhantes.

A festa continuou, e ao cair da noite o bolo foi fatiado, e Sango, Miroku e Inu-Yasha ajudaram a servir.

Rin estava desaparecida, e Kagome se preocupou com isso, pediu então que Sesshoumaru a procurasse, pois era o único que não estava fazendo nada.

- Por favor, ela fica sempre perto da Arvore, eu estou preocupada, porque... os pais dela morreram no dia do meu aniversario, e hoje faz doze anos que isso aconteceu.

- Acho que não sou uma pessoa muito indicada para ir procurar ela...

- Porque não?

- Ela me odeia porque fico chamando ela de garotinha.

Uma gota desceu no rosto de Kagome, pois sabia que a garota gostava dele.

- Por favor, você poderia ou não.

Sesshoumaru deu nos ombros e saiu.

Rin, como Kagome havia dito, estava perto da Árvore Sagrada, estava com a cabeça para o alto como se estivesse olhando para o céu e apertando com as mãos unidas junto ao peito um objeto.

Uma brisa gélida passou por ela jogando seus cabelos para a frente, e também carregando um perfume que os sentidos da garota pode detectar, fazendo com que ela baixasse o rosto, e virando-o em direção onde o cheiro vinha.

- Sesshoumaru?

- Vejo que seus sentidos voltaram a funcionar.

- Ah – começou ela um tanto sem graça. – eu estava um pouco ocupada aquela hora, me desculpe.

- Kagome esta te procurando...

- Eu... vim pensar um pouco, estava muito agitado lá dentro.

- O que esta segurando?

Rin escondeu o objeto atrás de si, e fez uma expressão assustada, estando um pouco corada também.

- Nada...

- Nada? E isso que tem ai atrás em suas mãos?

- Er... Isso é... – Ela vagarosamente tirou as mãos de trás de si, mostrando o espelho de mão ao rapaz que olhou muito curioso para ela.

- Um espelho?

- Era de minha mãe...

- Eu... sinto muito pelo seus pais.

- Hoje faz doze anos, não pude deixar de lembrar daquele maldito dia... não queria por causa de Kagome mas, as lembranças da musica que cantávamos dentro do carro antes do acidente não sai da minha cabeça.

- Vamos entrar esta esfriando, pode ficar resfriada se continuar aqui nesta brisa gelada.

- Eu vou ficar mais um pouco, pode entrar se quiser...

- Não, vou ficar aqui ate que entre comigo "Garotinha".

Rin sorriu ao mesmo tempo em que uma solitária lagrima desceu de seu olho esquerdo, deixando o rapaz um tanto confuso, por ela não ter reagido como de costume.

- Ei – começou com uma voz mansa e delicada, chegando mais perto dela. – Não chore, eu sei que dói, mas não pode ficar assim.

Rin sentiu a aproximação do rapaz e deu dois paços para traz, pois a vontade de o abraçar e chorar de verdade era grande, mas não podia fazer aquilo, pois ele ainda era um estranho de certa forma.

- Eu sei que quer um ombro amigo para chorar agora, então porque não usa o meu, eu... empresto...

Rin deu outro sorriso triste, e deu mais um passo vacilante para traz.

- Não, eu não posso, você é muito gentil mas...

- Mas? - Ele se aproximou dela e pois uma mão em seu ombro a fazendo estremecer.

- Eu... eu... – Os olhos marejaram e muitas lagrimas começaram a rolar, junto com incensáveis soluços. – eu queria que ainda estivessem aqui...

Sesshoumaru fechou os olhos e delicadamente puxou Rin para perto de si, abraçando-a confortavelmente.

- Não chore – Deu um beijo carinhoso no topo da cabeça dela, e com as mãos alisava os cabelos num gesto delicado. – Eu acho que eles não ficariam contentes de ver a filhinha deles desse jeito...

- De-desculpe, eu não queria dividir esse momento com ninguém, a doze anos eu choro sozinha, nem Kagome nunca viu...

"- Ela se sente sozinha, ela fica sozinha nessas horas difíceis... deve ser muito difícil para ela."

- Rin, tome – ele estendeu um lenço a ela que pegou – enxugue as lagrimas...

- Mas...

- Vamos logo, se Kagome e os outros ver você desse jeito vão ficar curiosos para saber o que houve.

- Eles sabem, de certa forma.

- Vamos entrar, esta frio aqui, e você esta com uma roupa fina, pode ficar doente.

- Esta bem, vamos...

Sesshoumaru ofereceu o braço para que Rin segurasse, e apoiou a mão dela neste.

- Não se preocupe, eu conheço bem o templo, posso andar solta aqui... – Disse ela sorridente.

Sesshoumaru acompanhou-a ate dentro da casa onde a festa estava no final.

- Rin-chan onde estava? – Uma Sango muito animada perguntou.

- Estava lá fora, escutando o cricrilar dos insetos.

Rin desviou da garota e subiu as escadas, foi ate seu quarto e guardou o espelho, logo desceu novamente.

A festa durou mais algumas horas, os convidados foram todos embora, e ficaram só os seis amigos, onde uma brilhante idéia surgiu.

- Ei vamos fazer uma brincadeira. – Começou Miroku com alguma malicia perceptível pelo amigos presentes.

- Brincadeira? – Sango se espantou.

- É, vai ser divertido!

- E qual seria essa brincadeira divertida? – Perguntou Sesshoumaru no habitual tom frio.

- Verdade ou desafio, quem topa?

- Estou fora. – Sesshoumaru fez menção em sair mas...

- Esse jogo é para quem não é fraco, e não tem nada a esconder.

- O que disse Miroku? – Um olhar frio e penetrante saiu dos olhos dourados de Sesshoumaru e encontraram os olhos de Miroku, que ficou um tanto amedrontado com o gesto.

- Se não quiser participar...

- Eu vou! – Interrompeu ele.

Todos sentaram animadamente em circulo na sala, e um sorteio seria feito para que pudessem começar a brincadeira.

- Vejamos quem será o primeiro. – Sorteava animadamente a aniversariante, a qual arregalou os olhos quando leu o nome no pedacinho de papel escrito.

- Quem é? Fala logo! – Ansiou-se Sango.

-Miroku. – Disse sorridente. – Verdade ou desafio?

- Verdade.

- Você esta apaixonado por alguém? – Foi a pergunta de Kagome ao rapaz que engoliu a seco antes de responder.

- Sim. – Completou discretamente.

- E por quem é? – Perguntou Sango com os olhos arregalados.

- Ei, ainda não chegou sua vez Sango – Protestou o Rapaz com um olhar um tanto sem graça.

- Miroku sua vez... – Rin anunciou.

Ele enfiou a mão no saco de papel, e tirou um nome, o qual ele desejou que não fosse o de Sesshoumaru. E respirou aliviado ao ver que era o de Inu-Yasha.

- Inu-Yasha... Verdade ou desafio?

- Eu!!

- Vamos logo...

- Desafio.

- Desafio dar um beijo em Kagome.

- O que?!!!! Porque em mim?

- Porque foi na primeira que pensei!!!

Inu-Yasha, que estava sentado próximo a ela, rapidamente deu um beijo no rosto da garota que corou.

Inu-Yasha tirou um nome, após o beijo, e esse foi...

- Rin... Verdade ou desafio?

- Verdade.

Sesshoumaru arqueou as sobrancelhas e ficou inquieto no lugar.

- Qual o seu maior desejo?

- Eu... queria – Rin sorriu, mas a tristeza era visível em seu rosto – voltar a enxergar... – Após dizer isso, foi a vez dela pegar um papel, o qual ela entregou a Kagome que pronunciou o nome.

- Sesshoumaru.

- Verdade ou desafio? – Perguntou Rin parecendo um pouco mais animada.

- Verdade...

Todos olharam para o rapaz pasmos.

- Qual o seu maior medo?

- Rin que pergunta é essa... - Assustou-se Kagome com tom de censura à garota.

Inu-Yasha boquiaberto, olhava o irmão, e a todos ali presentes.

- Sesshoumaru não vai responder a essa pergunta...

- Porque não Inu-Yasha...

- Deixem ele responder! – alterou-se Sango.

- Obrigado Sango... Rin meu maior medo...

Todos ficaram muito atentos a resposta.

- ... é ficar solitário. – Concluiu o rapaz com serenidade.

- O QUE?!!! É mentira, porque esta sempre isolado de todo mundo e...

- Não Inu-Yasha, não senti nenhuma hesitação na resposta de seu irmão.

- Sango verdade ou desafio?

- De-desafio...

- Desafio você a passar ma mão no Houshi, onde ele costuma passar em você.

- Ah não, isso não é justo!

- Inu-Yasha segure ele.

Sango estava estática e Miroku apavorado com o olhar assassino que Sesshoumaru estava lançando a ele. Kagome e Rin estavam gargalhando sem parar.

- Sango vamos lá. – Sesshoumaru olhou-a e viu a mão dela dura indo em direção a parte traseira de Miroku.

Ela rapidamente encostou depois saiu correndo da sala, e foi para fora, onde estava muito envergonhada.

Miroku, foi ate ela, para conversar sobre o acontecido...

- Sango!!

- Houshi, eu... eu...

- Sangozinha não fique chateada foi só uma brincadeira.

Ele segurou nos ombros da garota que fixou o olhar ao dele. Aquele olhar profundo da garota despertou uma grande vontade no rapaz, e ele sem perceber levou uma das mãos no rosto dela e aproximou-se, fechou os olhos, e ela seguiu-o também fechando os seus, após tocaram-se os lábios num beijo comprometedor, um beijo esperado por eles por muito tempo.

Dentro da casa...

- Sesshoumaru seu pervertido, porque fez aquilo com a Sango?

- Porque os dois estão apaixonados um pelo outro, e agora estão se beijando lá fora...

- Como sabe? – Foi a pergunta de Kagome.

Todos correram para a janela e viram os dois se beijando, e saíram aplaudindo o casal.

Sesshoumaru e Rin ficaram dentro da casa...

- Desculpe por aquela pergunta.

- Rin, qual é o seu maior medo?

- Hã?

- Eu sei que tem um medo muito grande que esta te assustando.

- Eu tenho medo de ser... rejeitada por alguém que eu possa amar... por ser cega...

Aquela resposta fez o rapaz ficar assustado e confuso naquela hora.

- Desculpe eu...

- Sesshoumaru, essa é a minha realidade, pode acontecer com qualquer cego...

- Não... pense assim – Ele pegou nas mãos de Rin nesta hora. – você não vai ser rejeitada por ninguém, você é bonita, educada, muito esperta e sincera...

A garota corou, e em sua memória veio a lembrança do quão quente era os lábios de Sesshoumaru, e como era bom o seu beijo. Ela vagarosamente soltou suas mãos das dele, bem na hora em que todos entraram.

Após muitos comentários dos mais novos namorados, os amigos finalmente se despediram, e foram para casa.

- Estou com muito sono, vou subir Kagome...

- Esta bem Rin, ate amanha.

- Ate amanha!

Rin ao chegar no quarto, pois as mãos no rosto, e sentiu o perfume de Sesshoumaru nelas, e seu coração acelerou de tal forma que foi preciso ela se sentar. Um novo sentimento começou a despertar dentro do coração da garota, mas ela sabia que nunca teria alguma chance, pois ele era perfeito e não um deficiente como ela...

"- São quentes, os lábios dele são muito quentes, o abraço e bom... caramba, não posso, não posso deixar me iludir, não posso me... apaixonar, não posso..."

Ao chegar em casa, Sesshoumaru jogou as chaves do carro em cima da mesa, e seguiu para o banheiro, onde tomou um considerável banho, demorado e relaxante. Enquanto a água quente batia em sua pele, pensamentos fluíram em sua mente.

"- Rin, não posso me aproximar demais dela ou posso ferir seus sentimentos frágeis... ela parece um fino cristal, ao ser tocada pode se quebrar facilmente, mas como ela irá superar isso sozinha, ela esta cercada de pessoas que a ama mas... esta sozinha... seus lábios são quentes, ela é tão linda... – Respirou fundo e entrou totalmente debaixo da ducha molhando seus cabelos, mas logo saiu, fechou a água da ducha, e apanhou o roupão. - ... a pele é tão delicada... mas no que estou pensando? – Sesshoumaru revirou os olhos e foi para seu quarto, onde penteou seus cabelos e após tirou o roupão de banho, e pendurou-o na porta do armário, deitando-se em seguida cobrindo-se com um cobertor. – O rosto dela, o sorriso... não consigo esquecer... não... consigo... – Dormiu finalmente, um sono que durou a noite toda.

Ao acordar no dia seguinte estava quase que todo descoberto, muito suado. Levou as mãos na testa por baixo da franja, esta um pouco molhada de seu suor.

-Tenho que estudar essas ultimas horas.

Uma Batida suave pode ser ouvida na porta, e em seguida, Inu-Yasha apareceu.

- Sesshoumaru, o vestibular, é hoje não é?

- É... – levantou-se pegando o roupão. - ... ainda tenho uma hora para estudar...

- Melhor descansar, a prova vai ser cansativa...

- Inu-Yasha, eu sei de meus limites.

- Esta bem, tenha uma boa prova. – Desejou com sarcasmo ao irmão, saindo do quarto em seguida.

Sesshoumaru banhou-se e logo após se arrumou, e logo depois de escovar os dentes começou a estudar.

Inu-Yasha ao ver que o irmão não fez o desjejum para estudar, foi para a cozinha e preparou uma refeição para ele e o irmão, e serviu em seguida.

O irmão mais velho desjejuou estudando, e em seguida saiu em direção onde faria a prova.

Na casa da família Higurashi, Rin e Kagome também já estavam de pés, as duas também estavam estudando, mas Rin estava um tanto desconcentrada.

- Ai!!!

- O que foi Rin?!

- Droga furei do dedo com o punção, que porcaria, é a segunda vez hoje.

- O que esta escrevendo?

- Uma redação, a professora de literatura pediu, para fazermos uma... - disse ela colocando o dedo na boca depois.

Kagome olhou a habilidade com que Rin escrevia, e ficou pensativa, enquanto via a garota furar o papel, e tateá-lo depois para ler o que estava escrito ali.

"- Como vai ser se ela voltar a enxergar, vai ter alguma dificuldade ou vai se adaptar facilmente. Amanha... ela fará o recolhimento do material para fazer a biópsia, temos que nos preparar para o resultado..."

- Kagome, esta tão quieta, o que houve?

- Hã, não, nada, eu estava pensando...

- Ah! Melhor se concentrar, ou não vai conseguir passar, não se esqueça que estamos no ultimo bimestre, e as provas finais não demoram...

- Tem razão.

As duas estudaram durante toda a manha, e Rin finalmente tinha terminado sua redação.

 

 

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Oi!! Bom dia, boa tarde, boa noite... (isso porque não sei se o horário em que você esta lendo...)

Bem! vamos a algumas explicações: Reglete é como se fosse um gabarito, para que os deficiêntes visuais consigam escrever sem a máquina, e o punção é tipo um furador, mas especial...

Eu tenho uma matéria sobre isso, que pesquisei, mas não sei onde esta... vou procurar e no próximo capítulo eu explico melhor sobre esses objetos.



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