Gritos Fulminantes escrita por Isabela


Capítulo 11
Capítulo 11- Encurralados/Um adeus doloroso


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora e espero que gostem
Leiam até o fim heim?!
Esse ficou maior do que eu pensava
Surpresa ao final



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POV Matthew

Eu havia feito uma promessa à Alice antes dela morrer: Um de nós sobreviveria em compraria o novo Gta. Era uma promessa um tanto idiota, mas éramos amigos em apenas um dia, ela era uma garota briguenta, mas divertida, porém estava agora morta. Talvez eu não pudesse cumprir a tal promessa, estávamos encurralados de ante de nossa saída e chance por um palhaço que já estava irritando-me. Quando ele disse que iria tacar fogo em todos nós, eu gelei, todos gelamos, mas Alessa decidiu caçoar um pouco dele.

– Cala a boca Alessa- Cochichei a fazendo ficar quieta

E ele ainda disse que não morria tão fácil, que babaca!

– O que vai fazer com a gente?- Perguntou raivoso o Johnny

– Vamos nos divertir...- O assassino disse puxando um por um de nós para a garagem

Vi uma expressão de medo, pavor no rosto de Lena. Ela já havia perdido a melhor amiga, o que mais poderia perder? Todos nós já havíamos perdido alguém importante nesse lugar.

– Esse lugar é histórico- Começou contando o assassino- Quantos matei nesse velho e sujo shopping, quantas pessoas podres tive que esconder... Mas foi divertido, no entanto, nunca tive... jovens como vocês para “brincar”

Ele falava e ia cuspindo as palavras roucamente. Era um monstro falando, olhava-nos feiamente e friamente. Éramos muitos até contra ele, mas ele tinha todo tipo de arma e era imprevisível, portanto simplesmente concordávamos com a cabeça e empalidecíamos com a conversa.

POV Lena

Tudo que havíamos feito teria sido para nada, estávamos encurralados, perdidos, fud... epa!

O maldito assassino ainda ficava falando e rindo da nossa cara; corri até a porta das escadas e elas se fecharam sozinhas como mágica.

– Aonde pensa que vai?!- Perguntou rindo com seus dentes podres

Foi quando o monstro arrancou sua máscara de palhaço; uma máscara feia, assustadora e suja de sangue, mas não tão feia quanto a própria cara do desgraçado.

– Seu desgraçado! Deixe-nos ir!- Gritava Alessa

– Cale a boca sua vaca, não deixarei nenhum de vocês vivos, saibam disso- E com isso ele tirou um machado gigantesco e mirou em nossa direção. Pensei que ele fosse nos atacar de perto, mas ele arremessou fortemente a arma e ela saiu voando até ir de encontro com a barriga de Bianca.

– Bianca!- Gritei

Bianca estava no chão sangrando e segurando o corte imenso em seu abdômen. Tentei achar algo na minha bolsa que pudesse ajudar, mas nada poderia salvá-la tão rapidamente.

– Aguenta firme!- Eu disse secando minhas lágrimas que não paravam de cair

Tudo bem- Ela disse amarguramente, possuía um semblante triste, mas ao mesmo tempo tentava sorrir. Era uma bela garota de olhos azuis e cabelos negros e, com suas últimas lágrimas ela fechou os olhos com um falso sorriso no rosto.

– Desgraçado!- Gritou Nancy vermelha

– Para, por favor- Disse Pietra

Virei para olhá-la e ela estava encolhida chorando no chão e olhando o que sobrara de Bianca, nossa amiga. Eu sentia grande raiva, eu queria mais que tudo pegar aquele machado e acertar o desgraçado. E foi o que fiz, o peguei e arremessei-o em sua direção, porém passou longe. Vi Johnny tentando inutilmente abrir novamente a porta e Matthew parado e trêmulo.

POV Alessa

Ninguém se mexia, mais uma pessoa estava morta. Pensei em Arthur, que saudade que sentia dele, de Mary, Mark, todos. O machado de Lena havia ido longe, mas isso poderia nos dar algum tempo.

– Lena!- Disse- Está vendo aquilo?!

Perguntei apontando para uma chave prata que estava pendurada no bolso do assassino.

– Estou! É uma boa ideia- Ela sussurrou de volta

– Talvez eu possa ajudar com isso- Disse Nancy um pouco nervosa

– Não, eu vou e o distraio e você pega- Disse Johnny sorrindo

– E eu e Matthew?- Perguntou Lena

– Achem o carro de alguma forma- Eu disse bem baixo

O cara já vinha voltando com seu machado de volta, ele vinha com um expressão bem má e assustadora.

– Vocês me irritaram, eu queria esperar Cater antes de matar todos, mas...- Foi então que agimos

Johnny foi correndo na direção do palhaço sem nem deixa-lo pensar e bateu fortemente de lado e isso deixou o monstro confuso e bravo; Nancy pegou rapidamente a chave que havia caído e correu junto com Lena e Matthew à procura de um carro com o mesmo símbolo da chave e enquanto isso Johnny distraía o cara.

– Você quer ser o primeiro?

– Pode vir seu babaca- Disse Johnny rindo histericamente

Johnny desviou de uma grande lâmina de uma faca afiada, mas após isso levou um soco forte no rosto, mas tão forte que o deixou inconsciente .

– Johnny! – Gritou Lena enquanto procurava o carro

Pietra e eu estávamos encarando o assassino, tentando dar tempo aos outros; seríamos talvez as próximas, no entanto quando o palhaço veio para cima de nós, rindo como um desgraçado, um alto barulho de carro pôde ser ouvido e uns segundos depois o carro passou por cima dele o mandando longe.

– Toma isso seu desgraçado!- Gritou Matthew de dentro do carro grande e vermelho, um tanto velho, mas que dava para alguma coisa

– Subam gente- Falou Nancy rindo de um jeito que eu não via há horas

Então Lena desceu correndo para ver como Johnny estava depois da pancada. Ele estava vivo pelo menos, mas um pouco debilitado.

– Bora seu bocó! Não temos tempo!- Ela disse tentando com dificuldade levantá-lo

– Eu consigo te levantar, mas você não consegue me levantar – Disse Johnny rindo roucamente

– Droga! Pensei que estivesse morrendo!- Ela gritou o chutando de leve

Ele levantou um pouco dolorido e a abraçou digamos fofamente...

– Não temos tempo para isso! Vamos logo!- Nancy do carro

– Ele está levantando!- Gritei alto

– E-eu vou ficar- Disse Pietra de cabeça baixa

– O que?? Como assim?- Perguntou Nancy

– Eu vou achar a Cater e acabar de uma vez por todas com isso!- Ela disse

E com isso Pietra correu de volta para as escadas, a porta estava dessa vez aberta, talvez Cater desejasse também vê-la. Não tentei impedi-la, ela tinha contas a acertar com a irmã.

– Foi a decisão dela, devemos ir- Eu disse um pouco triste

– Vamos- Disse Johnny sendo ajudado por Lena a andar

Entramos correndo no carro e pisamos fundo no acelerador tentando achar uma saída. Havia um portão prateado que indicava saída.

– O que vai fazer?- Perguntei já sabendo da resposta

– Ponham o cinto- Disse Nancy que estava ao volante

Batemos com tudo no portão, Lena segurou firme em Johnny e eu acabei caindo por cima do coitado do Matthew.

POV Nancy

Fui com tudo no portão. Talvez eu fosse louca ou quem sabe bipolar, em um momento eu estava nervosa e com medo, mas agora uma adrenalina subiu por meu corpo; estávamos indo embora. Olhei para trás vendo a garagem do shopping se distanciando pouco a pouco, o palhaço havia sumido de alguma forma. Eu dava adeus ao cheiro podre daquele shopping e ao desespero que sofri lá dentro com palhaço, assassinos e coisas claustrofóbicas; desejava meus amigos, familiares e até meu namorado que me aguardava a provavelmente dois dias, olhei no relógio do carro: sete horas da noite, havia se passado dois dias que estávamos presos e agora o cheiro da liberdade entrava pelas janelas.

– Estamos livres!- Gritei feliz olhando para trás

E quando olhei de volta, havia um carro preto parado de lado; tentei desviá-lo, mas bati com toda a força e o carro capotou, lembro-me de tudo girando e de todos gritando.

POV Pietra

Eu estava em lágrimas por ter decidido deixa-los e ficar, mas eu iria por fim a minha gêmea ou iria convencê-la a parar; eu sabia onde ela estava, torturando Myranda. Eu iria salvar minha amiga e pararia as ações de minha irmã, porém não sabia como. Subi as escadas e reparei no corpo pálido de uma garota que havia sido linda, morta caída das escadas. Era triste, tudo triste, mas eu não poderia desistir agora.

POV Alex

Eu estava chegando, sentia que estava. Sentia Myranda mais perto, gritando, chorando e solitária. A culpa era minha, nunca deveria tê-la deixado sozinha, deveria ter ficado perto dela. Loja de discos, estava perto, muito perto e foi quando recebi um telefonema, meu celular apitava a música de iron maiden, abri trêmulo e li “ Myranda Tsuka”.

POV Myranda

A dor se alastrava por meu corpo, eu não sentia mais meus movimentos, não sentia mais quase nada. Somente meu coração sofrendo por tudo o que ocorria.

– Fiquei sabendo que Alice, Mark e Bianca morreram- Cater disse rindo

– N-não...- Falei baixo

Meus amigos, todos eles sendo mortos e eu não podendo me mexer. Desgraça! Eu queria me levantar e bater forte na ruiva miserável, mas estava acorrentada e não sentia meu corpo. Um cheiro podre de sangue estava se espalhando pelo “quartinho da tortura”, meu sangue. Eu me sentia doente, pálida e sem vida. Fome, sede, cansaço e total melancolia me deixavam péssima. Por que ela demorava tanto? Por que não havia me matado logo? O que estava esperando?

Eu sabia que ninguém viria me salvar, não se lembravam de mim e se lembravam não poderia me achar ou já estavam todos mortos.

– A-alex...- Deixei pequenas lágrimas escorrerem por meu rosto roxo de tantos machucados

Foi quando levei um tapa forte no rosto que ardeu muito.

– Você me cansa- Disse Cater rindo loucamente

– Então acaba logo comigo- Eu disse soltando um sorriso de deboche

– Seria chato, estou esperando que seu Alex morra primeiro- Ela disse sorrindo

– E-ele está...

– Vivo? Mas é claro!- Disse me encarando- Mas não vai chegar a tempo de te salvar

Virei meu rosto tentando esconder minhas lágrimas. Queria vê-lo, a pessoa mais importante para mim, quem me apoiou desde o início, quem me defendeu das garotas que tanto me batiam quando pequena e ele... eu nunca mais o veria?

– Eu não aguento mais seu rosto de anjinho, até quando vai ser durona? Humilhe-se! Implore!- Cater disse me socando com força

– Nunca...- Eu disse abrindo com dificuldade meus olhos

– Cansei de você- Ela disse caminhando até o canto da sala

A ruiva maligna pegou um espeto enorme e sorriu sombriamente. Senti algo duro e doloroso entrar em minha barriga e desmaiei cuspindo sangue.

– Hahaha- Escutei-a rindo- Agora apodreça-a até morrer

E a porta foi trancada deixando-me sozinha, mas eu acordei de um jeito ou de outro. Cuspia sangue e não raciocinava muito bem, mas eu já havia desde sempre planejado uma fuga quando estivesse sozinha nas horas raras e quase não aconteciam. Tentei não cair e fechar os olhos, pois eu não voltaria a abri-los, puxei um pequeno parafuso que me prendia às correntes, havia ficado o tempo todo quieta, sofrendo e ao mesmo tempo tentando girar o parafuso com um dos dedos e finalmente conseguira tirar.

Arrastei-me da cadeira e caí no chão fortemente. Saía muito sangue de minha barriga e eu cuspia ainda mais, estava ficando tonta e sentia meu corpo ficando um pouco mais gelado. Eu não tinha muito tempo, peguei meu celular que estava sujo de sangue e caído ao chão e liguei para quem eu mais queria ver, Alex. Senti lágrimas quentes caírem ao escutar sua voz.

– Alô? Myranda?- Perguntou aflito

– A-alex...- Eu disse rouca e tendo minha visão turva

– Myranda! E-eu já estou chegando!- Ele gritou

– N-não... eu... queria te dizer uma coisa- Falei sentindo minha voz sumindo

– Eu estou chegando!- Ele gritava e parecia chorar

– Me escuta!- Falei um pouco mais forte mesmo com dificuldade- Eu quero...- Eu estava desmaiando

– M-Myranda?!

– E-eu...- Tossi alto sujando o celular de sangue- Você é a pessoa mais preciosa para mim- Eu disse segurando minhas lágrimas e me sentindo zonza- E eu... queria me despedir...- Falei fraco e abafado

– Por favor! E-eu estou chegando!- Ele berrou

– D-desculpa por ter te trazido problemas q-quando éramos mais novos- Lembrei-me de tudo que sofri quando jovem e que foi ele que se tornou meu amigo e me ajudou

– N-não...- Ele balbuciava- Eu que agradeço por ter te conhecido! Por favor, me espere! E-eu estou chegando!

– E-eu só queria dizer...- Falei sentindo-me ainda mais fraca, estava tudo com pontos vermelhos- E-eu te amo

E então apaguei no meio de uma grande poça de sangue.

CONTINUA


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Notas finais do capítulo

Que tenso heim? Será que ela morreu? Será que o povo escapou? O que Pietra vai fazer?
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