Klaus POV.

Encontrei Caroline na lanchonete do hospital tomando café, parecia cansada. Eu ainda estava ali porque Liz havia me pedido, acabara de me contar que fazia mais de um ano que não falava com a filha.

Peguei café na maquina e me dirigi até a mesa onde a loira estava sentada.

– O medico disse que seu pai deve acordar em algumas horas, sem nenhuma seqüela, só precisam ter cuidado com a saúde dele agora. – Falei puxando a cadeira que estava à frente dela, mas ela não se surpreendeu com o que eu havia dito, já devia saber.

Caroline permaneceu em silencio olhando fixamente para seu copo, respirei fundo para não perder a calma. Alguns segundos se passaram.

– De onde você conhece minha mãe? – Perguntou ainda sem me olhar.

– Quando minha mãe foi assassinada a Liz por ser xerife foi investigar o caso. – Falei de forma fria, agora ela me olhava chocada.

– Eu...Eu sinto muito. – Meu olhar encontrou o dela e eu dei de ombros.

– Já faz muito tempo, não precisa sentir muito.

– E sua... Noiva? – Perguntou bastante sem graça e eu suspirei, ainda não havia entendido o porque dela querer saber sobre isso, mas quis contar a ela, mesmo não havendo nenhum motivo que me levasse a isso.

– Isso não faz muito tempo. – Ri e eu sabia que era uma espécie de riso amargo. Sempre era nos últimos tempos. – Nós éramos namorados, uma vez nos descuidamos e ela engravidou, ela nunca quis isso e eu sempre quis ser pai... Começamos a morar juntos, as coisas pareciam bem, até que ela veio pedir pra abortar. – Tomei um gole do meu café. – Brigamos feio, ela desistiu da ideia, mas as coisas não voltaram a ser as mesmas. Assim que nossa filha nasceu ela ficou ainda mais fria comigo e então quando nossa filha tinha apenas alguns meses, cheguei em casa e não havia ninguém lá. – Coloquei meu copo na mesa e a olhei. – Ela foi embora e levou só o essencial.

– Meu deus. – Caroline colocou as mãos sobre a boca em uma tentativa de conter sua expressão horrorizada. – Por que você não tentou encontrá-la?

– Eu não sou tão insensível assim Caroline. – Suspirei. – Eu tentei, tentei como um desesperado porque eu amo minha filha, mas eu não consegui, muito menos tive coragem de tentar contatar a policia.

– Por que? – Perguntou parecendo perplexa e eu fiquei em silencio por alguns segundos.

– Você esta muito curiosa não acha? – Ela ficou vermelha, eu terminei meu café e a observei. – Qual era seu problema hoje de manhã?

– Não vou te contar, é besteira. – Falou meio envergonhada, desde que o medico havia confirmado que Bill ficaria bem ela havia ficado bem menos tensa.

– Você pode falar. – Ela abriu a boca, talvez fosse falar, ou me dar outra negativa, mas uma morena chegou e nos interrompeu.

Caroline POV.

Eu não sabia bem o que dizer para o Klaus, comparada a dele minha vida não passava de um ridículo drama adolescente e eu já havia saído da adolescência, tirando o que havia acontecido com meu pai que era algo sério, e o meu problema com a minha mãe, eu precisava parar de reclamar.

– Caroline. – Elena me abraçou antes mesmo que eu pudesse me levantar. – Como você esta? Como seu pai esta?

– Calma. – Respirei fundo e sorri pra ela. – Eu estou bem e meu pai também. – Elena suspirou aliviada. – Meu pai vai acordar em algumas horas e não vai ter nenhuma seqüela.

– Graças a Deus. – Nos soltamos e eu me levantei, pude observar duas silhuetas na porta, no primeiro momento não os reconheci, mas logo depois percebi que eram os Salvatore.

Os dois caminharam até a mesa, Stefan parecia sem graça, mas Damon estava do jeito de sempre.

– Barbie que bom que seu velho esta bem. – Sorriu de lado e eu retribui, sabia que aquela era a forma de dar apoio dele.

Eu não queria olhar pro Stefan, mas ali estava ele e não havia bem como eu fugir dessa situação.

Damon pegou Elena pela mão, fazendo com que os dois se afastassem dali e eu o amaldiçoei mentalmente.

– Podemos conversar? – Stefan perguntou e eu olhei para ele irritada.

– Não quero conversar com você, muito menos agora.

– Caroline vamos, por favor. – Insistiu e eu havia até mesmo esquecido a presença de Klaus, mas naquele momento dei graças a Deus dele ainda estar ali.

– Ela não quer conversar com você agora, fora que não é momento pra você querer conversar com ela, seja o que for não é bom pela sua cara e a Caroline já esta preocupada o suficiente. – Olhei chocada para Klaus, ele estava intercedendo por mim e aquilo era realmente surpreendente, mas me senti bem de certa forma.