Ouviu-se várias pessoas passando na frente da sala comunal, várias pessoas com voz infantil estava se dirigindo ao subterrâneo do colégio, para se proteger. O que queria dizer que logo o castelo seria invadido. Um silêncio torturador tomou conta da sala comunal da sonserina e então, um barulho de vidros sendo quebrados chegou ao ouvido deles.

—Eles chegaram—Falaram todos ao mesmo tempo, saindo da sala da sonserina para lutar.

Hermione corria desesperadamente ao lado de Draco, havia pessoas estranhas no colégio, que a morena havia pensado em atacar, e logo depois mudou de ideia, ao ver que os mesmos não possuiam a marca negra, devia ser a tal de Ordem da Fênix. O caos estava tomando conta de tudo, a morena teve um pequeno deslumbre de algo parecido com fogos de artifício ao lado do castelo, logo sua ideia mudou, lembrando-se dos feitiços. A morena verificou sua roupa, um vestido não era a melhor roupa para uma batalha, passou a varinha por suas vestes, que logo se transformaram em uma calça jeans e um moletom rosa. Assim era melhor. Os membros da Armada de Hogwarts chegaram à porta, vizualisando o que acontecia do lado de fora. Centenas de bruxos de vestes escuras lançavam feitiços contra o céu de Hogwarts, porém o mesmo parecia ter um escudo. Uma figura tenebrosa, de pele branca esverdeada lançava varios feitiços esverdeados de sua varinha.

—Draco... —A morena não sabia o que dizer, apenas queria ter certeza de que ele poderia ouvi-la.

—Sim?

—Eu te amo—A garota falou a primeira coisa que lhe passou pela cabeça e subiu alguns andares para a torre de astronomia, suada e cansada, Hermione caiu em prantos. Estava tendo uma guerra lá em baixo e a garota se escondeu? Ela também não sabia o motivo de ter feito isso. Soluços desesperados escapavam por seus lábios enquanto a grifinória acariciava o bracelete que Draco havia lhe dado e imaginava se o veria novamente. Ela precisava lutar. Assim que chegou a essa conclusão, Hermione ouviu vários sons de berros e feitiços sendo pronunciados, e percebeu que os comensais já haviam invadido Hogwarts. “Nagini” Pensou a garota, e saiu correndo em busca da cobra. Vários alunos jovens estavam correndo pelo castelo, algumas crianças do primeiro ano também gritavam, sem saber o que estava acontecendo. Uma bruxa de aspecto no mínimo engraçado, cabelos rosas e um vestido preto engraçado lutava incrivelmente desengonçadamente contra uma bruxa de vestido preto e cabelo preto e encaracolado, que ela logo conheceu como Bellatrix, uma tia de Draco. Hermione não queria aquilo, mas sabia que a jovem bruxa de cabelo rosa morreria logo.

—Estupefaça! —Berrou Hermione contra Bellatrix, que caiu e logo se levantou, com uma risada histérica. Bellatrix agora veio para cima de Hermione, que se desesperou.

—Avada Kedavra. —Uma voz rouca e arrastada pronunciou, atrás da bruxa louca, estava Draco. E ele acabara de matar a própria tia para proteger Hermione.

—Obrigada. —Disse a bruxa de cabelo rosa—Meu nome é Tonks! —Ela gritou, correndo para o outro lado, como se estivesse conversando em um parque de diversões.

—Não há de que, Tonks—Hermione falou, revirando os olhos, e desceu alguns lances de escada ao lado de Draco. No meio do caminho viram Snape, correndo desesperado para uma sala precisa que acabara de abrir.

—Saia da frente—Disse o homem, empurrando Draco.

—Conseguiu acabar com a tal de Horcrux? —Berrou Draco, correndo e lançando feitiços de Expelliarmus para todos os lados. Snape não respondeu.

—Será que ele vai ficar bem? —Perguntou Hermione.

—Tomara.

Tudo acontecia muito rapido, vários bruxos e bruxas corriam, e centenas de feitiços eram lançados de ambos os lados. Draco então o viu. Lucio. O homem andava decididamente até Hermione.

—Crucio... —Disse o pai de Draco contra a jovem, que se contorcia no chão. Draco sentiu suas pernas tremerem e seu coração se apertar.

—PARE COM ISSO! —Berrou Draco, o pai o viu, porém não lhe deu atenção e voltou à torturar a garota.

—Isso é por estragar o futuro do meu filho—Disse Lúcio para Hermione, que se encontrava no chão, suada e com os olhos marejados, e então Lúcio levantou a varinha e começou a pronuncíar o feitiço—Avada Kedavr...

—Bombarda! —Berrou uma voz que não era a de Draco, e sim de Snape. Lúcio vôou longe. Draco, que havia esquecido como respirar, puxou o ar novamente e correu até Hermione.

—Você está bem? —Perguntou o loiro.

—Já estive melhor—Disse Hermione.

—Vou te carregar lá pra cima e...

—Não, estou bem—Disse Hermione, levantando-se de prontidão, apoiada na mão de Draco. Lúcio e Snape duelavam em silêncio, em meio à outros tantos bruxos. Tudo parecia perdido, até que Hermione avistou aquilo que procurava. Uma cobra anormalmente grande rastejava-se entre todos. Hermione andou até a mesma e falou:

—Avada Kedavra! —Nada aconteceu, a cobra agora havia notado a presença de Hermione e rastejava lentamente atrás da morena.

—Granger, a espada de Griffindor! —Gritou Snape, sem desviar os olhos da batalha com Lúcio.

—Eu vou busca-la! —Gritou Draco.

—Não Draco, a espada obedece apenas os grifinórios... —Hermione falou, desesperada, não havia nenhum grifinório no ponto de visão de Hermione, apenas Neville. Ele não conseguiria. Hermione pensou em buscar a espada, quando viu um rastro de luz esverdeado sair da varinha de Lúcio e correr em direção dela. Draco correu em direção ao feitiço, tomando o lugar de Hermione. A morena gritou, um grito de dor que ela jamais sentira, era como se cada célula da garota estivesse sendo destruída por algo pontiagudo e invisível, ela aceitaria mil vezes o feitiço Crucio à ver Draco morrendo. No momento em que o feitiço chegou ao paletó de Draco, ricocheteou. O pingente do bracelete. Agora a luz esverdeada correu em direção ao nada e bateu em uma parede, sumindo. Lúcio Malfoy olhou com fúria para Hermione, e correu lances de escada acima. E então uma voz estridente chegou ao ouvido de todos.

Harry Potter, seus amigos estão lutando bravamente, estou orgulhoso deles, porém não à chances, você deve aceitar isso e receber sua sentença. Não pode ficar vivo. Eu não gostaria, porém, enquanto você não se entregar, meus comensáis matarão à cada criança, adolescente, jovem ou idoso que tentar protege-lo.

Hermione sentiu-se desesperando, e então viu o amigo, Harry, correndo até a porta de saída.

—Harry, NÃO! —Gritou a morena, porém ele não ouviu, e assim que saiu do colégio Hermione ouviu o feitiço da morte sendo lançado contra Harry. O amigo caiu no chão e Voldemort foi-se a rir. Os comensas pararam de lutar para se juntar ao lorde das trevas.

—HARRY POTTER ESTÁ MORTO! —Gritou Voldemort, provocando risos nos comensais, Hermione andou até Draco e abraçou-o, as lágrimas da garota ensopando o terno de Draco. Tudo havia acabado. Draco então viu uma espada envelhecida no chão e a segurou, atrás de todos, ninguém o viu cochichar para Hermione.

—O que será que ela fazia aqui? —Perguntou Draco e Hermione olhou. Era a espada de Griffindor. A morena segurou-a, pensando no que fazer.

—Me de isso—Disse uma voz atrás de Hermione e Draco. Rony encarava os dois, um ferimento evidente em seu rosto, agora inchado e com vários arranhões.

—Para que você quer? —Perguntou Hermione.

—Vou acabar com essa palhaçada. —Disse o ruivo, puxando a espada com certa agressividade da mão da garota e andando até o meio do campo.

“Não importa se o Harry morreu, ele está aqui com a gente, nos nossos corações, e eu tenho fé de que ele fez tudo isso por nós, eu sei que ele não queria que isso acontecesse...” —Rony falava, arrancando lágrimas dos olhos de muitos alunos. De repente um movimento no chão, onde Harry estava caido, chamou atenção de todos, O menino que sobreviveu ainda estava vivo. Hermione sorriu, encantada, e deu um rápido beijo em Draco, que surpreendentemente sorria também. Voldemort tinha um olhar perplexo no rosto. Harry levantou-se, segurou sua varinha e gritou.

—Rony mate a cobra!

O ruivo levantou a espada e a pregou contra Nagini. Um líquido verde escorreu da cobra, enquanto Voldemort debatia-se no chão. Harry olhou para o velho bruxo acabado e pronunciou.

—Avada Kedavra. —Tudo virou pó. Voldemort havia virado uma poeira cinzenta. Draco, em um momento de alegria ao ver que tudo havia acabado, girou Hermione em seus braços. Ao longe via-se Dumbleodore e os outros professores aplaudindo, enquanto centenas de comensais tentavam aparatar para fora do castelo. Dumbledore colocou a varinha ao lado do pescoço e disse:

—Os dementadores estão chegando para escoltarem todos os amigos de Voldemort para Azkaban. Draco e Hermione não tinham mais nada à fazer ali fora. O casal entrou, vendo que as crianças que haviam sido trancadas no porão agora estava livre ali dentro, comemorando. Todos haviam sobrevivido. O colégio estava sim, aos pedaços. Pouco importava, eles iriam arruma-lo e terminar seus estudos ali. Draco e Hermione subiam as escadas, lançando feitiços para reformar alguns objetos, quando Snape chegou atrás de Draco e falou, baixinho o suficiente para que apenas o loiro ouvisse.

—Eu fiz minha parte, destruindo as Horcruxes, e você a sua, cuidando da sua pequena sabe tudo, estou contente por isso, eu não pude cuidar da minha bem o suficiente muito menos tentei dar a vida por ela, um dia você irá entender. 50 pontos para Sonserina.

Draco sorriu, ele não sabia do que o professor estava falando, mas mesmo assim ficou contente, não pelos pontos, e sim por saber que agora estava com sua Mione. Seus pais iriam para Azkaban e ele provavelmente iria ficar sem lar. Isso não importava agora.

—Eu te amo, Granger.

—Eu te amo, Malfoy.

~~CONTINUA~~