-Desculpa – digo.

-Tudo bem – ele disse com um sorriso – Tenho que ir.

-Tá e desculpa de novo.

Ele sorriu e saiu.

Fui tudo tão rápido que nem perguntei seu nome, e agora pensando melhor sua aparência é muito familiar para mim, é como se eu já o conhecesse mas, da onde? Da onde eu o conheço?

-Liza?

Me viro e vejo Benjamim.

-Quem era esse cara?

-Não sei digo – ainda perdida nós meus pensamento.

Aqueles olhos verdes eram muito familiar, mas, da onde?! Preciso saber!

-Liza tudo bem?

-Sim Ben, nos vemos no recreio – digo indo para a sala de aula.

Não consegui prestar atenção nas aulas, por que eu tinha a leve impressão que eu o conhecia? Por quê? E ao mesmo tempo seus olhos pareciam tão mistérios. Eu estava completamente perdida nos meus pensamentos, tentando descobrir da onde eu o conhecia, mas, sem sucesso. Nem percebi quando o sinal tocou, só saí dos meus pensamentos quando o professor de Francês – o desastrado – tropeçou e deixou cair os livros fazendo toda a sala rir. Desistir de pensar, pelo menos por enquanto.

Me volto para o professor que está ajuntando os livros do chão.

-Les bons élèves de la matinée. (Bom dia alunos.)

-Bon maître du matin. (Bom dia professor.) – falamos todos juntos.

-Professeur Désolé, m'a fallu un certain temps pour trouver la pièce. (Desculpa professor, demorei um pouco a achar a sala.)

Olhei para porta que era da onde vinha essa voz, era ele, o garoto dos olhos verdes.

-Entre.

A garoto dos olhos verdes entrou e como o único lugar vazio era ao meu lado se sentou ao meu lado. Quando ele me viu sorriu e eu sorri de volta.

-Bom alunos vocês faram um trabalho pode ser em dupla.

-Dupla de três, professor? – disse Caio.

-Está bem no máximo três.

Olhei para onde estava o garoto dos olhos verdes, ele se virou para olhar para mim no mesmo tempo. Começamos a rir.

-Pode ser? – ele perguntou.

Assenti e ele se aproximou de mim.

-Primeiramente as apresentações – ele disse sorrindo – Fred, Fred Dylan. – ele estendeu a mão e eu o cumprimentei.

-Elisabeth Green mas, pode me chamar de Liza.

Começamos a rir.

Olho para o lado e Benjamim está nos encarando com cara de sério.

-Ben esse é o Fred, Fred esse é o Ben.

-E aí cara – disse o Fred.

-Oi. – falou Benjamim. Só que digamos não foi um Oi amigável.

Ele se virou para mim e disse:

-Liza vamos fazer o trabalho juntos?

-Eu vou fazer com o Fred – digo.

-Ótimo – ele puxa uma cadeira e se senta no meio de nós dois.- Dupla de três.

Então eu, Ben e Fred fizemos o trabalho juntos, quando acabamos Ben foi entregar.

-Então, eu acho que eu conheço de algum lugar – digo para Fred.

-Bom muitos me acham parecido com o Zac Efron.

Começamos a rir, nisso Ben chega e lança um olhar mortal para o Fred. O sinal bate.

-Aleluia recreio! – digo.

Me levanto e sigo em direção a cantina. Ben se aproxima de mim e sussurra no meu ouvido:

-Precisamos conversar.

Sinto um arrepio corre pela minha nuca.

-Me espera depois da aula na casa da arvore.

O que será que ele quer comigo?

Nos sentamos numa mesa – eu, Benjamim e Fred – eu e Fred ficamos conversando, Ben apenas nos observava sério. 

-Você tem irmãos? – eu pergunto a Fred.

Ele se remexe no banco, vejo que  a pergunta o deixou nervoso.

-Não. – ele diz seco.

Percebo que é melhor não insistir, mas, tenho que admitir que fiquei curiosa para saber mais sobre ele.

-Sua família?

Ele fica batendo com os dedos na mesa, ele está desconfortável com as perguntas sobre sua família, por que?

-Estão em New York. A sopa está uma delicia, né?

Assenti. Ele estava nervoso, e minha curiosidade só aumentou. Preciso saber o que ele esconde.

Acabou batendo o sinal e fomos para a sala de aula.

Não consegui prestar atenção na aula de novo. Além de ter a estranha sensação que eu já conheço o Fred, ele também me parece muito misterioso, ele esconde algo e eu vou descobrir o que é. Se não, não me chamo Elisabeth Green.