Paixão Além Da Coroa escrita por God Save The Queen


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Gente, espero que gostem!



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>>o Ponto de vista: Ana

     Eu estava na faculdade tentando prestar atenção na aula, quando passaram um papel pra mim, eu olhei para o lado confusa, mas sem resposta. Abri sem entender e logo sorri.

     “Ana, desculpa pelo modo antigo de recado. Eu poderia mandar uma mensagem, mas resolvi escrever porque ninguém mais faz isso! Eu sei, meu cérebro funciona ao contrário, mas o que eu queria perguntar era se a gente pode fazer o trabalho na sua casa hoje. E aí, pode?”

                                                                     Beijos,

                                                                                   Lucas.”

     Eu procurei ele com o olhar e lá estava ele na terceira fileira na minha direção, ele deu de ombros e eu sorri. Sinalizei que podia sim e ele sinalizou que estava confirmado e que depois a gente se falava. Quando a aula acabou ele veio me procurar sorrindo.

- Então, potterhead, como vai? – perguntou Lucas. Agora ele só me chamava assim ou filha de Atena, desde que viu a minha estante dos meus livros.

- Muito bem, filho de Poseidon. E você? – perguntei sorrindo.

- Ótimo! Que horas na sua casa? – perguntou andando comigo até a próxima sala.

- A gente pode ir direto daqui! – falei

- Por mim tudo bem, mas a gente vai no seu carro! – falou rindo

- Eu posso saber por quê?

- Claro! É um conversível vermelho! – falou animado me fazendo rir.

- Sim, é mesmo! – falei sorrindo.

       Quando chegamos à próxima sala, só deu tempo de acharmos os lugares, porque o professor entrou em sala. Nós assistimos à aula de formas diferentes, eu anotava tudo, cada detalhe sem nem piscar e ele parecia mortalmente entediado. As horas passaram e finalmente a gente ia embora. Procurei por ele e o achei conversando com uma garota que de longe se via que ela tava dando em cima dele e isso de alguma forma me incomodava.

- Lucas? – chamei e ele olhou.

- Oi, Ana! – falou sem graça. “Ana?”

- Essa é a Cassie! Na verdade é Cassandra, mas todo mundo a chama de Cassie. – falou me fazendo enjoar.

- Oi, Ana! – falou a garota colocando toda a sua antipatia e veneno no “Ana”.

- Olá, Cassandra! – falei retribuindo a simpatia.

- Assim que ela falou o nome dela, eu me lembrei da autora Cassandra Clare, você não? – perguntou com um sorriso idiota no rosto.

- Não! Duvido que ela consiga escrever uma redação quanto mais uma saga tão brilhante quanto Os Instrumentos Mortais. – falei e ela fez uma cara de “What? ’’ – E então, Lucas vamos?

         Ele tava tão chocado que não disse nada apenas assentiu e me seguiu ainda surpreso. Eu não sei por que falei aquilo, eu só falei. Não tava entendendo mais nada! Abri a porta do carro e taquei as minhas coisas no banco de trás e Lucas fez o mesmo. Ele só falou quando nós saímos do estacionamento.

- O que foi aquilo? – perguntou ainda chocado.

- Aquilo o que? – perguntei fingindo não saber.

- Você falou umas coisas para Cassie me deixando confuso! – falou me encarando.

- Eu só não gostei dela! – falei parando no sinal.

- Você? Ah, Ana, conta outra! – falou rindo.

- O que foi? – perguntei curiosa.

- Você estava com ciúmes! – falou rindo mais alto! Ridículo!

- Eu com ciúmes? Você é patético! – falei bem séria.

- Sim, você está que eu sei.

- Eu tenho namorado, esqueceu?

- É, eu sei. Em Londres! – falou debochando da minha cara.

- Lucas, qual é o problema?

- O problema é que você está aqui e ele lá, mas você age como se ele morasse ali em Ipanema! – falou sorrindo.

- Ah, Lucas, eu já te contei... – comecei

- Sim, eu sei. Eu vou ter uma conversinha com o rei para dar um sumiço nesse garoto. – falou.

- Acho que não vai rolar! – falei baixinho.

- O que disse?

- Que acho que não vai rolar! Você nunca ia conseguir falar com o rei! – falei e ele riu.

- Claro! Eu esqueci que esse é o meu maior problema! – falou enquanto eu estacionava o carro.

- Essa ironia um dia te mata! – falei e ele sorriu.

         Entrei em casa e falei primeiro com a minha mãe, ela falou que podíamos ir pro quarto se eu deixasse a porta aberta, então fomos para lá.

- Fica a vontade! – falei assim que ele entrou no quarto.

- Obrigado! – falou e sentou na poltrona, mas deu um pulo e sorriu olhando pra ela. – O que é isso?

- O que... – comecei, mas olhei para o que estava na mão dele e fiquei roxa de vergonha.

- Sutiã vermelho? Muito sexy! – falou sorrindo e eu peguei da mão dele com um puxão.

- Você é um idiota! – falei jogando o sutiã dentro do armário.

- Tudo bem, vou ignorar esse acontecimento! – falou sentando novamente na poltrona. – Por enquanto.

- Obrigada! – falei ignorando o final. – Vamos começar?

           E nós começamos a fazer o trabalho que durou a tarde toda, não saímos do quarto para nada. Minha mãe veio uma vez com um lanche e foi só nessa hora que a gente parou. Quando chegou o final do dia, minha mente não aguentava mais.

- Pra mim, chega! – falei apoiando a caneta.

- Ótimo! Eu também não agüento mais! – falou fechando o livro.

- Estou realmente cansada! – falei olhando pra ele. Nós dois estávamos sentados na minha cama.

- Eu também! Meu corpo tá pedindo arrego! – falou sorrindo. Eu estiquei os braços e deitei, ele fez o mesmo e me encarou. Seus olhos não eram azuis como os de Edward, eram castanhos, mas igualmente penetrantes. Lucas era espontâneo e não tinha medo de arriscar, me lembrava a Angie. Era bonito ao seu modo, não tanto quanto Edward, mas parecia mais real, de alguma forma.

- Ana? – chamou ele interrompendo meus pensamentos.

- O que? – respondi.

- O que quer fazer agora? – perguntou olhando para o teto, concentrado.

- Não sei! O que tem em mente? – perguntei

- Nada específico! – falou ainda fitando o teto.

- E eu não sou boa com idéias! – falei olhando pro teto igual a Lucas.

- Quer sair para comer? Ou caminhar no calçadão? – perguntou

- Pode ser! – falei levantando.

- Aonde vai? – perguntou curioso olhando pra mim.

- Tomar banho, é claro! Que roupa vou vestir? – falei mais pra mim, mas ele ouviu.

- Que tal aquele sutiã vermelho? – perguntou fingindo inocência e eu voltei a ficar vermelha.

- Idiota! Eu to falando sério! – falei jogando o travesseiro no rosto dele.

- Que tal um short? – falou, mas depois completou. – Curto!

- Ridículo! – falei revirando os olhos. – Mas acho que vou seguir seu conselho!

- Sério? – perguntou surpreso.

- Mais ou menos. Vou colocar um short, mas não curto! – falei e peguei no armário, terminei de escolher minha roupa e levei pro banheiro.

         Quando eu sai, Lucas ainda estava deitado olhando pro teto, mas quando cheguei ele se virou pra mim.

- Que tal? – perguntei.

- Você está linda! Talvez se o short fosse um pouco mais curto... – começou, mas eu logo cortei.

- Esquece isso! Só espera eu pegar minha carteira pra gente ir! – falei procurando ela.

- Me tira uma dúvida! – falou e eu assenti. – Está usando aquele sutiã vermelho?

- Você é um trasgo! Ainda não sei por que eu to saindo com você! – falei pegando minha carteira.

- Desculpa, eu esqueço que você tá acostumada com um Lord inglês! – falou fingindo estar chateado.

- Ah, idiota! Vamos logo! – falei saindo do meu quarto.

            Ele sentou no meu carro e esperou eu entrar para conversar.

- Aonde vamos comer? – perguntou.

- Não sei, aonde quer ir? – perguntei

- McDonald’s? – perguntou com os olhos brilhando e um sorriso como uma criança me fazendo rir.

- Claro! Por que não? – perguntei ligando o carro e ele comemorou em silêncio.

         Andamos um pouco em um silêncio confortável, mas Lucas tem problemas com o silêncio.

- Então, como funciona esse negócio de namoro à distância? – perguntou curioso olhando pro céu encostando a cabeça no banco.

- O namoro é exclusivo pela internet, mas a gente se vira! – falei.

- E você não sente falta de um beijo ou abraço?

- O tempo todo!

- E você o namora assim mesmo?

- Sim! – falei decidida e ele começou a fazer carinho na minha nuca, como um cafuné – O que você tá fazendo?

- Desculpa! Eu estava distraído! – falou tirando a mão.

- Eu não pedi pra você parar! – falei e ele sorriu, fazendo cafuné de novo.

- E aquela sua amiga que você falava o tempo todo?

- Quem, a Angie?

- Acho que sim! Olhos azuis, cabelo preto, corpão... – falou e eu ri.

- Sim, é ela mesma! O que é que tem?

- Você nunca mais falou dela!

- Ela foi para Londres! – falei triste.

- Sério? Fazer o que?

- Ela passou para a Universidade de Londres.

- Pra qual curso?

- Relações Internacionais.

- Eu devia ter conhecido ela melhor antes! Gata e inteligente! – falou sonhador, me fazendo revirar os olhos.

        Eu estacionei o carro e andamos em direção ao balcão devagar.

- O que vocês vão querer? – perguntou a caixa sorrindo.

- Big Mac, Batata Frita Média e Refrigerante Média (Coca Cola) – falou Lucas.

- McBites Jumbo com Molho Barbecue, Batata Frita Média e Refrigerante Médio (Coca Cola) – falei e depois de tudo devidamente pago, sentamos na parte aberta porque era um dia quente e tava com um vento agradável.

- Mas, fala de você! – falei e ele levantou a cabeça me encarando.

- O que quer saber? – perguntou.

- Tudo ou quase tudo! Você sabe um monte de coisas sobre mim e eu não sei nada de você! – falei

- Não sei por onde começar! – falou

- Você nasceu aqui mesmo? – perguntei.

- Aqui em Copacabana ou aqui no Rio?

- Me diz você!

- Eu nasci em Manhattan, Nova Iorque. – falou naturalmente me deixando surpresa.

- Sério? – perguntei chocada.

- Yes, baby! – falou sorrindo. – Mas só fiquei seis anos da minha vida lá, depois me mudei.

- Aí veio pro Rio?

- Não, eu fui pra Paris. – falou comendo o sanduíche.

- Você tá tirando uma comigo?

- Não, eu juro! É sério! Depois eu morei em Milão, Roma, Montreal, Sidney. Aí sim, eu vim pro Rio.

- Ai, que maneiro! Meu sonho!

- Não é legal! Eu nunca gostei!

- Mas por quê? É fascinante!

- Não, não é! Se você é um garoto que tem que crescer com os pais cada vez mais distantes, você não ia gostar também!

- E como você aprendeu o português?

- Em casa! Minha mãe é brasileira, carioca. E o meu pai é americano, nova iorquino. – falou

- Ah, sim! E o que eles fazem?

- São diplomatas!

- Sério! Ai que legal!

- Eu não acho! – falou sem emoção e eu não respondi. Ficamos em silêncio por um tempo sem saber o que falar.

- Por que você tá fazendo medicina? – perguntou ele depois que acabamos de comer.

- Sabe que eu não sei! – falei sinceramente.

- Como assim não sabe? – falou surpreso.

- Não sei, eu passei pra Medicina e resolvi fazer! E eu acabei gostando! – falei sorrindo

 - Louca! Eu faço totalmente obrigado! – falou entrando no carro.

- Sinto muito! – falei.

- Não sinta! Você não tem nada a ver com isso! – falou

         Andamos por um tempo pela orla da praia de Copacabana com os cabelos ao vento e sorrisos no rosto. Ele era um amigo legal e uma companhia agradável quando não tava me zoando.

- Ana! – falou ele olhando pro céu.

- Eu! – falei parando no sinal e fazendo o mesmo.

- Eu gosto de você! – falou sorrindo.

- Eu também gosto de você! – falei sorrindo.

- Não você não tá entendendo! Eu gosto de você de verdade! – falou dessa vez olhando pra mim e eu dei partida no carro. Eu não sabia o que responder, eu não gostava dele e não sabia como dizer isso a ele.

- Olha... – comecei, mas ele riu.

- Não precisava ficar sem graça! Eu sei que você não gosta de mim desse jeito, eu não me importo! Se você me deixar ser seu amigo, pra mim já basta! – falou olhando pro céu novamente.

- Obrigada por compreender! – falei estacionando o carro. Andamos pelo calçadão devagar curtindo a vista a minha volta, não falei nada. Mas ele quis continuar nesse assunto!

- Esse seu namorado fala com você todo dia? – perguntou

- Não, mas a gente se fala sempre que dá! – falei.

- Ah, que bom, né? – falou com um sorriso fraco.

- É mesmo e você não precisa falar disso se não quiser! – falei sorrindo e ele suspirou.

- Eu sei, eu só preciso aceitar a ideia! – falou sorrindo pra mim e nós sentamos em um banco de frente pro mar.

- Obrigada por ser meu amigo! – falei e dei um beijo na bochecha dele, o fazendo sorrir.

- De nada! É um prazer! – falou.

           Ficamos assim, sentando e em silêncio, por um tempo e depois o levei pra casa. A gente marcou de se ver no outro dia de manhã na faculdade e talvez terminar o trabalho. Fui pra casa pensando no meu dia e ri sozinha pensando no que ele tinha me dito, depois de tanto tempo que eu gostava dele, agora ele diz que gosta de mim. Oh, que ironia! Mas foi bom ter um amigo pra conversar e rir um pouco! Dormi tranquila e feliz por saber que eu não tava sozinha!

N/A: Eu sei que vocês estão pirando por causa da Angie e Edward, e agora com certeza por Lucas e Ana, mas vou falar uma coisa pra vocês lindo leitores, eu não acabei de vez com o casal Ana e Edward ( o mesmo eu não posso dizer de Charlie e Angie T.T ), eu prometo! Tem muita coisa pra acontecer ainda e eu espero que você não me matem antes do tempo, viu?

 Amo vocês!


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Notas finais do capítulo

E por favor, Reviews!



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