Paixão Além Da Coroa escrita por God Save The Queen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Esse é o meu capítulo preferido! Espero que vocês gostem de verdade! ;)



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Assim que sentei no meu lugar fui cercada por pessoas falando ao mesmo tempo e eu nada respondia, só sorria. O professor não falou nada a respeito do alvoroço, até porque ele também estava chocado. A aula acabou logo em seguida e eu puxei a mão de Simoné para fora da sala, ela também estava em choque.

– Vai, por favor, me responde algumas perguntas. – falou quando chegamos a um canto afastado.

– O que quer saber? – perguntei

– Como você conhece o príncipe? – perguntou.

– Eu o conheci no Brasil. – falei não querendo falar sobre a Ana.

– E quando ele disse que entrou no seu quarto... – falou devagar.

– Eu moro no palácio! – falei sorrindo.

– Ah meu Deus! Ah meu Deus! – falou rindo muito.

– Ah, e sou uma duquesa, sabia? – falei rindo.

– Ah, mas é claro como eu não tinha percebido isso antes. – falou sorrindo e eu comecei a rir.

– Vamos almoçar? – perguntou

– Claro! Nunca mais sozinhas! – falou rindo

– Você tá se divertindo com isso, né? – perguntei rindo

– Mas, é óbvio! Você não? – perguntou andando do meu lado e quando entramos no corredor, várias pessoas pararam para olhar. A notícia se espalhou bem rápido!

– Com certeza! – falei para Simoné e ela riu.

Sentamos na nossa mesa habitual e várias pessoas correram, outras se acotovelaram para sentar na nossa mesa, do nosso lado. Foi uma cena até engraçada, eu respondi várias perguntas, mas em momento nenhum falei sobre a Ana. Isso era algo pessoal e eu sabia disso. O resto do meu dia foi igualmente movimentado, eu ouvia por toda parte “Angie, quer fazer o trabalho comigo?” ou “Precisa de ajuda, Angie?” e até mesmo “Você quer que eu carregue seus livros, Angie?”. Eu e Simoné estávamos nos divertindo com isso, é claro! Mas nada foi tão engraçado quanto a minha saída da faculdade, todos estavam do lado de fora esperando ansiosamente para ver o príncipe de novo, então às 14:00 uma pequena multidão começou a surgir. Fui pedindo licença para chegar até a saída, quando as pessoas começaram a ficar de boca aberta e cara surpresas, eu sabia que Edward tinha chegado. Dei tchau para Simoné e cheguei à saída.

Encostado no conversível com uma pose de galã estava Edward com jaqueta de couro e um Ray-Ban Wayfarer preto olhando para o lado, eu parei na porta e fiquei encarando a cena por um momento quando ele me viu e abriu um sorriso que fez as meninas ao meu lado passarem mal. Foi uma cena que jamais esquecerei enquanto viver, pedi licença para as pessoas e fui andando em sua direção desfilando é claro! Parei de frente para ele e sorri, ele me abraçou pela cintura ainda encostado no carro, o abracei e falei em seu ouvido.

– Você é genial! – senti que ele sorria, ele respondeu.

– Me agradeça mais tarde!

Ele deu tchau para todas as pessoas paradas na frente da faculdade e eu pisquei para Simoné que sorria incontrolavelmente. Edward abriu a porta do carro pra mim e eu entrei, assim que ele entrou buzinou para as pessoas e nós saímos dali. Assim que nos afastamos da escola, a gente começou a rir descontrolavelmente.

– Você é genial, obrigada! – falei o encarando, ele parou no sinal e olhou para mim.

– Eu tava pensando em um jeito de te ajudar sem obrigar as pessoas a falarem com você, então eu vi o livro nesse carro e a ideia surgiu. – falou sorrindo.

– Muito obrigada de verdade, eu não sei como te agradecer! – falei sorrindo.

– Foi um prazer, de verdade! – falou sorrindo, dando partida no carro.

– E qual é a da jaqueta e do Ray-Ban? – perguntei e ele riu.

– Bom, porque eu tinha que chegar com estilo e ia te chamar para dar um passeio comigo. – falou estacionando o carro.

– E aonde posso saber? – perguntei

– Pela cidade. Só quero conversar e tomar sorvete, prometo! – falou sorrindo. Peguei meu Ray-Ban vermelho da bolsa e retribui o sorriso.

– Vamos lá! – falei

>>o

– Não, sério, todo mundo fazia muitas perguntas! – falei enquanto caminhávamos pelo centro de Londres tomando sorvete.

– Eu imagino, respondeu todas elas? – perguntou curioso.

– Nem todas. – falei

– Falou que eu sou lindo e simpático de verdade? – falou sorrindo olhando pra mim, eu parei e fiquei olhando pra ele por um tempo. Depois tive que sujá-lo de sorvete, ele pediu por isso.

– Humildade mandou lembrança! – falei e ele riu me sujando de sorvete também e nós começamos a rir e sujar um o rosto do outro, quando nossos sorvetes caíram no chão, ele começou a correr atrás de mim, a gente brigou de pique no meio de todo mundo. Mas, ele me pegou com facilidade me puxando pela cintura e eu comecei a rir acompanhada por ele. Até que eu me virei, ele ainda estava com as mãos na minha cintura, eu não conseguia ver os seus olhos por causa do óculos, mas eu sabia que estavam me encarando. Ele sorriu e eu retribui o sorriso envergonhada, ele tirou uma mão da minha cintura e minha respiração acelerou. Edward alisou o meu rosto com a mão livre e eu fechei os olhos me deliciando com o momento. “Angelina, o que você está fazendo? Ele é o namorado da sua melhor amiga! Angelina? Angelina?”, “Cala a boca, consciência querida!”.

Edward me puxou para mais perto e foi se aproximando, mas parou por um momento como se pensasse no que tava fazendo, só que assim como eu, ele sacudiu a cabeça devagar como se espantasse uma voz dentro da sua mente e me beijou. Sim, ele me beijou. E eu correspondi na hora, coloquei minha mão atrás do seu pescoço e comecei a fazer carinho no seu cabelo com uma mão inconscientemente. Tínhamos um ritmo perfeito, parecia que eu tinha nascido para beijar esse menino, e pela primeira vez a minha mente lutava pelo impulso de beijá-lo mais, enquanto meu corpo desejava por isso. Não sei dizer quanto tempo passou, nem o que acontecia ao meu redor, só que beijá-lo era a única coisa que eu queria naquele momento. Quando nos separamos, nos encaramos por um momento e eu tirei as minhas mãos de trás do seu pescoço e ele tirou as mãos da minha cintura. Eu estava assustada, me mente falava “Bem Feito” o tempo inteiro, meu corpo estava quente e frustrado por ter me separado dele. Ai, o que eu fiz?

>>o Ponto de vista: Edward

Eu beijei a Angie, eu a beijei. Quando ela virou para mim, minhas mãos estavam com em sua cintura, eu acariciei o seu rosto devagar e ela fechou os olhos como se estivesse curtindo esse momento, fazendo meu corpo explodir de ansiedade, eu tinha que beijá-la, minha consciência não deixava, mas eu a ignorei totalmente. E beijá-la foi inexplicável, o meu corpo pedia por aquele beijo e ela começou a acariciar o meu cabelo me deixando relaxado e pilhado ao mesmo tempo. Era uma sensação única e extremamente agradável. Quando nos separamos, ela me olhava sem dizer uma palavra, os meus lábios estavam sentindo falta dos lábios dela. Foi quando a verdade se abateu sobre mim! Ana!

>>o Ponto de vista: Angie

Ambos pensavam no que tinham acabado de fazer, o remorso se abateu sobre mim. Por que eu tinha que fazer isso, por quê?

– Edward, vamos pra casa? – perguntei com a voz baixa e tremula.

– Vamos! – falou e caminhou ao meu lado em silêncio, indo em direção ao carro. Meus pensamentos se voltavam para Ana me contando sobre como ela se sentia quando Edward a beijava, e isso me acertou como um tapa, como ela gostava dele e como ele a fazia sentir. Eu estava muito mal e não quis falar nada, Edward também não tentou puxar papo. Me olhei pelo espelho retrovisor e minha boca estava inchada e vermelha, meu corpo todo tremia e clamava por um segundo round.

Entramos em casa sem dizer um ai, e ambos foram em direção ao quarto. Edward entrou e bateu à porta, eu fiz o mesmo. Deitei na minha cama e olhei para o teto esperando algo que fosse fazer com que eu me sentisse melhor. Mas esse milagre não veio, lágrimas caíram dos meus olhos e eu as deixei rolarem livremente. Meu coração acelerou quando eu pensei no beijo e no passeio que fiz com ele, mas rapidamente voltei a minha mente para a Ana chorando por um garoto que eu tinha beijado, EU! Eu sabia que nossa atração física tava indo longe demais, mas eu não sabia o que fazer. Estou arrasada!

>>o Ponto de vista: Edward

Assim que entrei no meu quarto, me joguei na cama pensando no que tinha acabado de acontecer. “Droga, Edward você beijou a melhor amiga da sua namorada? E o pior você gostou, adorou na verdade! Você não se sente mal por isso não?”, “Sinto, claro que me sinto! Horrível, na verdade!”

Eu estava muito mal, a culpa e o remorso estavam me consumindo. Eu pensava na Ana, pensava no Charlie e claro, pensava na Angie. Não sei o que aconteceu comigo, eu gosto da Ana, não gosto? Sei que sim, mas então por que eu tive uma vontade louca de beijá-la? Eu não queria comparar, mas era inevitável, talvez assim eu possa responder essa pergunta. Estar com a Ana me fazia feliz, ela era uma garota incrível, meiga, quase tímida. Pensava mil vezes antes de fazer algo e tinha medo de arriscar, ela é linda, mas não gosta de demonstrar e tenta se esconder. Já a Angie é divertida, amiga, se ela quer algo ela faz e se entrega, luta pelo que deseja e é decidida, ela é linda e faz de tudo para mostrar, enquanto a Ana é romântica, ela é sedutora.

Beijar a Ana é como ver o por do sol na praia, calmo, sereno, inexplicável. Quando eu a beijava media o que fazer e como fazer, e era bom! Beijar a Angie é como andar de montanha russa pela primeira vez, pura adrenalina, faz seu coração acelerar e seu corpo se arrepiar, você nunca sabe o que vai acontecer em seguida. Você não planeja nada, era puro impulso, ação e reação. Eu estava pirando!

>>o Ponto de vista: Ana

Eu estava tão confusa! Já fazia um tempo que Edward e eu tínhamos feito as pazes, mas ele estava distante, até seu sorriso era vago. Eu não entendia muito bem o motivo, será que ele estava de olho em outra garota? Não sei, vou perguntar a Angie se ela sabe de algo. Falando nela, é outra que está esquisita, toda vez que eu perguntava de Edward ele mudava, ficava mais distante. Acho que ela não quer me contar algo! Mas a minha confusão é por que eu tinha que fazer um trabalho muito difícil para a faculdade e a minha dupla era o menino que eu gostava desde o primeiro período. Ele tá sendo um fofo comigo, o Lucas. Ele é um menino divertido e simpático, e a gente tem se visto direto, e bom sei lá era meio esquisito. Não aconteceu nada, só alguns olhares trocados, acho que sinto falta de Edward, só isso! Ai, meu coraçãozinho!

>>o Ponto de vista: Charlie

Eu estava curioso! Estava saindo do meu quarto, quando Angie e Edward chegaram quietos e cada um entrou em seu quarto batendo a porta. Aliás, eles já estão estranhos faz tempo, ficaram um tempo sem se falar que eu percebi e de repente ele ajuda ela com os amigos da faculdade. A minha relação com a Angie passou de “quase um relacionamento sério” para “nada além de amizade”. Era frustrante! Eu gostava dela, todo mundo sabia, mas sei que isso não bastava. Edward não me dava conselhos, na verdade ele estava muito distante. Alguma coisa tava acontecendo! Os dois não desceram para jantar e pediram para jantarem no quarto, alguma coisa aconteceu hoje e eu queria muito descobrir!

>>o Ponto de vista: Angie

Resolvi jantar no quarto para não me encontrar com Edward por enquanto. Eu sei que uma hora eu ia ter que enfrentá-lo, olhar nos olhos dele de novo, e ver seu sorriso, mas não hoje. Eu não conseguia tirar o beijo de Edward da minha mente, eu tinha que conseguir, eu tinha! Tive uma ideia e sai do meu quarto.

– Charlie? – chamei batendo na porta do seu quarto.

– Angie? – falou surpreso quando me viu.

– Me beija! – falei decidida.

– Como? – perguntou surpreso e confuso.

– Me beija como se quisesse levar um tapa! Agora! – falei e ele sorriu. Charlie fez exatamente o que pedi! O beijo dele era bom? Ótimo! Era o suficiente para eu esquecer o de Edward? Não mesmo! Quando nos separamos, ele me encarava com curiosidade.

– Obrigada! – falei e voltei para o meu quarto. Droga! A minha ideia não tinha funcionado! Eu precisava de um banho e uma boa noite de sono!

Sai do banho e troquei de roupa pronta para dormir, mas eu não conseguia de jeito nenhum. Me revirei na cama várias vezes sem pregar o olho, resolvi levantar para pegar um livro, quem sabe lendo eu não conseguia dormir? Quando escolhia o livro, alguém bateu na porta.

– Angie? – chamou baixinho, eu não reconhecia a voz. Peguei o meu roupão de seda rosa e coloquei por cima da camisola, abri a porta devagar tentando não fazer barulho.

– Edward? – falei surpresa.

– Acordei você? – perguntou preocupado.

– Não, pode entrar! – falei dando espaço para ele entrar! – Eu não estava conseguindo dormir.

– Eu também não conseguir pregar o olho! – confessou.

Eu sentei no sofá e ele sentou ao meu lado, Edward estava sem camisa, só com uma calça o que não ajudava em nada a me concentrar.

– Então? – perguntei o encarando.

– Angie o que aconteceu com a gente? – perguntou indo direto ao ponto.

– Sorvete com drogas? – perguntei e ele riu. O seu riso era tão fofo! Droga, eu não consigo me concentrar!

– Creio eu que não! – falou ainda sorrindo.

– Ah, Edward não sei! Mas eu vou falar a verdade, eu estou me sentindo muito culpada, só que no fundo eu gostei! – falei sendo sincera.

– Eu entendo! Eu também queria! Desde daquele dia que Ana me contou seu segredo! – falou me fitando.

– Eu sei, senti que aconteceu algo com a gente! Eu comecei a reparar em cada detalhe seu. Seus olhos azuis, seu sorriso sincero, seu tanquinho... – falei apontando e ele riu.

– Exatamente, eu também! Reparei nos seus olhos marcados, seu cabelo preto macio, na sua boca vermelha, no seu corpão... – falou rindo me fazendo rir.

– Obrigada! – falei sem graça. – E me desculpe pelo beijo!

– Não se desculpe! Eu que peço desculpas! Foi tão terrivelmente bom. – falou sorrindo sem jeito.

– Concordo totalmente! – falei

– Só que me sinto tão culpado e cheio de remorso! – falou Edward.

– Nem me fale! Acho que o que eu to sentindo em relação à Ana, você tá sentindo em relação a Charlie. – falei

– Exatamente! E o que eu to sentindo em relação à Ana, você tá sentindo em relação a Charlie! – falou sério

– Exatamente isso! – falei e o encarei, e ele fez o mesmo.

– Angie? – chamou ele.

– O que? – perguntei

– O que você sentiu quando me beijou? – perguntou demonstrando curiosidade.

– Como se meu coração estivesse prestes a sair do meu peito, minha respiração acelerou e cada parte do meu corpo se eletrizou! – falei – E você?

– Como se estivesse andando de montanha russa pela primeira vez! – falou.

– E quando a gente se separou meu corpo... – comecei, mas deixei a frase morrer no ar. Porém, ele completou.

– Pedia por mais! Eu sei, foi recíproco! – falou ele e eu não aguentei mais.

– Edward? – chamei

– Oi! – falou

– Acho que vou te beijar! – falei e ele sorriu me encarando.

– Angie, não sei se é uma boa ideia! – falou

– Eu preciso sentir isso de novo! – falei e esperei. Eu achei que ele fosse discutir, mas isso bastou pra ele.

Edward colocou as duas mãos na minha cintura e me puxou, eu achei que ele fosse pensar de novo e parar como na primeira vez, mas não. Ele não queria pensar! Enquanto ele me beijava, eu sentia meu corpo ficando pilhando, ele pressionava meu corpo contra o dele o que me deixava mais eletrizada, já que ele estava sem camisa e eu de roupão. Quando a gente se separou, eu sorri.

– A gente tá muito encrencado! – falei ainda com a respiração acelerada e ele sorriu.

– Nem me fale!


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Notas finais do capítulo

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