16:00 horas, jardins de Hogwarts.

Luna estava sentada perto do lago, totalmente distraída, só percebeu que havia mais alguém ali quando ele a abraçou por trás e lhe entregou uma margarida.

- Não vi você chegar! – ela virou-se de frente para ele, sorrindo.

- Percebi. – ele acariciou de leve o rosto dela – No que você estava pensando?

- Em você!

Ele sorriu e a beijou carinhosamente.

- Trouxe um presente pra você. – tirou uma caixinha verde do bolso e entregou à ela, que abriu-a na mesma hora.

- É lindo! – disse ao ver o anel prateado com uma pedra azul meio transparente que parecia conter água dentro. – Parece... o mar!

- Permita-me. – ele pegou o anel e pôs no dedo dela – Gostou?

- Eu amei, Draco! Você é o melhor namorado do mundo!!! Te amo muito!

- Também te amo, Luna!

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18:01, Torre de Astronomia.

Gina estava debruçada na janela observando, distraída, o sol começar a se pôr. Levou um pequeno susto ao ser abraçada por trás.

- Uma flor pelos seus pensamentos! – ele disse ao entregar a ela um lírio branco.

- Estava pensando em você.

Ele sorriu e a beijou no pescoço.

- Tenho um presente pra você! – disse retirando uma caixinha azul do bolso.

Ela virou-se de frente pra ele, pegou a caixinha e a abriu.

- É lindo! – exclamou ela, ao ver o colar prateado com uma pedra vermelho-alaranjada em formato de sol.

- Posso? – ele pegou o colar e o colocou no pescoço dela – Gostou?

- Gostei muito! Você é o melhor namorado do mundo!! Te amo, Draco!

- Também te amo!

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20:09, corredor do sétimo andar.

Hermione estava encostada na parede, absorta em pensamentos, quando alguém sussurrou em seu ouvido:

- Pensando em mim? – e entregou uma rosa amarela a ela.

- E por que eu estaria? – ela retrucou, virando-se pra ele.

- E por que não estaria? – encostou suavemente os lábios nos dela – Vem!

Ele passou três vezes em frente àquela parede e uma porta se materializou, eles entraram e o que encontraram foi um ambiente bem aconchegante, havia pufes e almofadas espalhados e bem no meio da sala, uma pequena mesa com pães, frutas, doces e sucos.

- De onde veio essa comida? – ela perguntou.

- Fui fazer uma visita na cozinha. – deu de ombros.

Se sentaram nas almofadas, de frente para a mesa.

- Quero te dar uma coisa. – tirou uma caixinha prateada do bolso e entregou a ela, que não hesitou em abri-la.

- É linda! – disse olhando para a pulseira prateada com um pingente transparente em forma de lua.

- Deixa eu colocar em você. – pegou a pulseira e a prendeu no pulso da garota. – Gostou?

- É maravilhosa! Você é o melhor namorado do mundo, Draco! Te amo, sabia?!!

- Eu também te amo!

***    ***    ***    ***

O treino daquela tarde havia acabado a poucos minutos, Draco era o único que ainda estava no campo. Estava guardando um balaço na caixa quando foi surpreendido pela namorada.

- Oi amor!

- Oi linda! O que faz aqui?

- Vim ver o meu namorado! Não posso?

- E por que poderia?

- E por que não poderia? – sorriu um pouco e deu um breve selinho nele.

- Não sei... talvez se me desse mais um beijo...

Ele nem terminou de falar e ela já estava com os braços ao redor do pescoço dele, o beijando intensamente.

- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM O MEU NAMORADO??! – berrou Gina, ao se deparar com a cena.

“Agora ferrou!!” – pensou Draco.

- Seu namorado? O Draco é MEU namorado! – disse Hermione encarando a ruiva.

- Seu uma ova! Ele é MEU!

- O que está acontecendo aqui? – Luna havia se aproximado para ver que confusão era aquela.

- É esse projeto de esquilo que estava beijando o meu namorado! – falou Gina, com raiva.

- Olha lá como fala, sua cenoura com sardas! – rebateu Hermione no mesmo tom.

- Mas deve estar havendo algum engano aqui. – disse a loira.

“Elas vão me matar!!! E depois vão me cortar em pedacinhos bem pequenos e dar de comida para os testrálios!” – o loiro estava cada vez mais apavorado.

- Não tem nenhum engano. Eu estava beijando o meu namorado! – disse Hermione.

- Seu, coisa nenhuma! – retrucou Gina.

-É claro que ele não é seu namorado. – Luna falou calmamente – Porque o Draco é meu namorado!

- Há, há. Bateu a cabeça é, Di-lua?! Ele é meu namorado! – a morena afirmou.

- Não é nada! Ele é meu! – disse Gina.

- Eu já disse que o Draco é o meu namorado! – Luna bateu o pé.

- FALA PRA ELAS, DRACO!!! – berraram as três ao mesmo tempo.

Draco parecia um fantasma de tão pálido que ficou. Olhava de uma para a outra  sem saber o que dizer.

- Draco... – começou Luna.

- Por acaso você... – continuou Hermione.

- Estava namorando nós três? – terminou Gina.

O loiro engoliu à seco e tentou se explicar:

- Bom...  É que...

- Draco, como pôde fazer isso com a gente? Eu achei que você me amasse! – os olhos de Hermione estavam se enchendo de lágrimas.

- Mas eu te amo! – disse ele.

- Então quando dizia que me amava era mentira? – Luna perguntou com a voz chorosa.

- É claro que não era mentira! Eu amo você!

- Então quer dizer que eu fui a única enganada?! Por que brincou com os meus sentimentos desse jeito? – uma lágrima escorria pelo rosto da ruiva.

- Eu não brinquei com você! Eu também te amo! – ele passava as mãos pelos cabelos de forma desesperada – Eu amo vocês três, droga! Eu não podia escolher...

- Egoísta! Você só pensa em você mesmo! – Hermione lhe deu as costas e saiu do campo.

- Nunca mais chegue perto de mim, ouviu bem?! – disse Gina, seguindo pelo mesmo caminho que Hermione.

- Você não podia escolher uma de nós e acabou ficando sem as três. – lhe lançou um olhar decepcionado e voltou pro castelo.

Durante os dias seguintes, Draco tentou conversar com as três, mas não obteve sucesso. Luna o ignorava completamente, Hermione estava sempre cercada por Harry e Ron e Gina, acabou mandando-o para a ala hospitalar desacordado.

Exatamente duas semanas depois aconteceu a grande guerra contra Voldemort, muitos morreram e outros tantos ficaram feridos. Harry Potter havia morrido e também a maior parte dos Weasley, restando apenas Ron, que havia sido torturado até enlouquecer e estava internado no St. Mungus, e Gina. O pai de Luna também havia sido morto durante a guerra, e também Neville, Seamus, Lupin, Tonks e Narcissa Malfoy, que foi morta pelo próprio Voldemort.

Todos os comensais e simpatizantes da causa do lord que foram encontrados, foram sentenciados à Azkaban, inclusive Lúcius Malfoy, tendo sua fortuna praticamente toda confiscada pelo ministério. Draco, por não ter a marca negra e nem provas concretas de que ele havia cometido algum crime em favor do lord, foi inocentado e conseguiu ficar com a mansão em que morava com os pais – depois de o ministério fazer uma limpa, é claro – e uma pequena quantia de ouro num cofre em Gringotes.