Avisos da Natureza escrita por Laura Mello xD


Capítulo 1
O início do fim


Notas iniciais do capítulo

One-shot dedicada ao meu amigão do kokoro, Luís-kun. *-*



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Um dos meus maiores medos no passado eram as tempestades. Chuvas torrenciais, que começavam do nada, queimando minha pele de frio, me deixavam atônita e nervosa.
Dizem que Sakuras são flores da primavera, uma das estações mais chuvosas do ano. Isso não funcionava para mim. Apesar do meu nome ser a mesma flor que suporta os tempos chuvosos, florecendo ainda mais belas naquela estação, eu me sentia trêmula de medo cada vez que se via um clarão no céu, que escurecia perante as ações da natureza.


Lembro-me que minha mãe, Sayumi Haruno, morreu quando eu tinha cinco anos de idade. Ela teve de ir a uma reunião de jounins, e como seria na vila da areia, pegou um metrô.
Eu nunca soube o que realmente aconteceu, só sei que quando ela saiu de Konoha, o tempo estava muito bom, agradável. Não se via uma única nuvem no céu.


Algumas horas depois, uma intensa chuva começou, do nada, o céu ficando cada vez mais escuro, avermelhado, parecia sangue. Comecei a tremer, pois toda aquela água que desabava gelava o ambiente, mesmo eu estando dentro de casa.


*-*-*


Quando fui buscar minha mãe na estação, fui a primeira a entrar no metrô a sua procura, pois ela estava demorando tempo suficiente para que eu ficasse preocupada. Muitas pessoas faziam um tumulto enorme em volta de algo; eu quase não conseguia respirar.


Como tinha o corpo miúdo, tive uma certa facilidade para ultrapassá-las e ver o que estava acontecendo. Não acreditei em meus olhos, eles estavam me traindo. Lá estava okaa-san, caída no chão frio, os cabelos jogados sobre o rosto, contraída, pálida.


Apoiei-a em meus pequenos braços, chamando baixa mais incessavelmente pelo seu nome, enquanto lágrimas insistiam em cair dos meus olhos, molhando meu rosto, molhando o rosto dela.
A última coisa que vi foram os orbes esverdeados que ela possuía, tão parecidos com os meus, mas não mais brilhantes como eram antes, mas mesmo assim tão dóceis e consoladores.

Minha dor maior foi mirá-los, e saber que aqueles olhos tão bonitos e sinceros, que ultrapassavam tudo o que eu podia imaginar, nada mais viam.


...



Foi a última visão antes da multidão aumentar e da minha visão começar a se nublar, pessoas me levando para longe da pessoa que me cuidara pela vida inteira. A única que me amara de verdade, além de Ino Yamanaka. Claro que nosso amor era um amor de amizade. Ela me amava como amiga, assim como eu a ela.


Meu pai se tornou frio, odioso, sério e com um coração de gelo, do qual o sentimento que menos transpassava era o amor. Era terrível eu não fazer idéia se ele me amava, ou pensar que deixara de me amar.


A chuva, desde aquele dia, me deixava ainda mais pálida do que eu já era, como se cada vez que as águas desabassem, fosse um aviso de mau agouro, vindo diretamente do céu.


As dores jaziam no meu peito, sabendo que talvez estivesse sendo precipitada e diferente dos outros, ao julgar os fenômenos da natureza como um aviso, um aviso para me isolar, esconder; como em um filme de terror.


Sasuke Uchiha era frio como a chuva que gelava meu corpo, que me trazia calafrios, mas havia uma diferença: Ele gelava minha alma com suas atitudes, e não minha parte corporal em si.
Seu coração era frio como gelo; seus olhares eram avassavadores, apesar de muitas vezes mostrarem desprezo.


Mas eu me apaixonei por ele por isso: Ele tinha a experiência. Eu sabia que ele já havia passado por coisas horríveis, perdas inconsoláveis, dores agudas. Eu sabia, simplesmente. Seus olhos revelavam a obscuridão que jazia isolando seu coração e seus sentimentos dos outros. Eu sonhava em um dia poder eliminar a barreira que suas dores e experiências haviam colocado entre o Sasuke frio e odioso e o Sasuke que eu conhecera quando era pequena.


Descobri com o tempo que aquilo não era uma simples afeição a uma pessoa que eu queria fazer ser feliz realmente, mas amor, que dominava minha alma toda vez que o via.

Queria que ele fosse uma pessoa feliz, mesmo que não fosse ao meu lado, queria que ele descobrisse o amor, mesmo que não fosse comigo.


Assim como eu sonhava em fazer meu pai voltar a ser como era antes.


Porque mesmo que ele negasse isso com veemência, tínhamos pelo menos uma coisa em comum: Nós dois queríamos a felicidade.


E nesse objetivo eu queria ajudá-lo mais do que tudo,poderia sacrificar a minha felicidade e tudo o que eu possuía para vê-lo conseguir a sua.
Esse era o meu sonho.


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Notas finais do capítulo

"He... Ficou muito grande(o_O), então dividi em duas partes. Deixem reviews e façam uma autora novata feliiz!" *-*



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