Mantendo O Equilíbrio - Terceira Temporada escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Pra quem ficou curioso sobre a hst de Filipe-Iara, tem um papo aqui pra nos mostrar esse lado, mto importante para o destino de parte da trama.
Enjoy.



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– Você não sabe o quanto eu esperei para ouvir isso.

Vini, todo orgulhoso, esguicha umas gotas de água na minha face para revidar as que eu nele joguei. Sentados lado a lado na borda da piscina da casa de seu avô, balanço as pernas dentro da água para melhor sentir o gelado que, de primeiro plano, era para aliviar o calor que o dia fazia. Não demorou muito e virou brincadeira.

– O quê, que será difícil a gente ficar junto na casa da minha mãe?

Devo mencionar que esta conversa se viabiliza por sussurros, pois os coqueiros que nos fazem sombra são pontos de armação para a rede onde meu irmão tirava uma soneca gostosa. Acostumado a levantar cedo, sempre que pode, tira uma sonequinha pós-almoço para lhe dar mais disposição. Como se costuma dizer, “bate uma tristeza depois de almoçar”, aquela que não te dá nem vontade de sair da cadeira e só deitar para dar chance ao organismo de digerir tudo de boa. Mal seu Júlio ofereceu, ele aceitou.

O almoço desse domingo deu certo, foi tranquilo. Murilo quis brincar que foi por causa de sua presença. O clima estava daquele jeito, feito de olhares e conveniências, pois Filipe mantinha sua estadia na casa do pai e Iara também fora convidada.

– Não, o convite oficial de que você quer que eu vá para lá depois do feriado do Natal. Além de saber que minha sogrinha, que logo vou conhecer, aceitou minha estada lá. É difícil dormir querendo ter você ao lado, mas eu aguento. Uma coisa é estar em diferentes quartos, casas ou bairros, outra coisa é ficar em diferentes cidades. Eu sei que vocês viajam na sexta e na segunda seguinte já vou te ver, mas... é muito tempo.

– Nem começa, não quero ter que pensar nas saudades até ter que senti-las.

Teatralmente ele encena ser atingido por uma faca ao coração e, mortificado, tenta a puxar. Finjo tirá-la para fincar mais umas três vezes, em maldade, e ele tremelica em sofrimento até cair de costas no chão. Fica então seu corpo estirado e as pernas dentro da piscina. Calmamente me abaixo e me apoio com um braço, aproximando nossos rostos. Sussurro:

– E com um único beijo, ele revive.

Levemente me enlaça e logo me prende a ele, de onde eu mesma não queria fugir, só me entregar, ao friozinho que corria pelas minhas pernas por estarem já fora d’água e ao morno que emana de seu corpo para o meu num curto-circuito que passava mais que energia. Nossos pelinhos do braço que o digam... Eles gostavam de toda uma intensidade. E seria interminável se não fosse...

Um pigarreio. Uma desconcertada ruiva se materializa sobre nossas cabeças e nos interrompe com um sorrisinho amarelo. Só que, por reflexo, olho é atrás dela onde Murilo ainda estava dormindo. Só para garantir mesmo que ele estava em outro mundo.

– Er... Desculpe interromper. Vinícius, seu avô te chama no quarto.

– Vai lá, eu fico aqui.

Digo a Vini, que devagar se levanta, deixa um beijo em meu rosto e sai para a casa com a toalha enxugando as pernas, levando o par de tênis numa mão só. A embaraçada da Iara o observa e continua sem jeito. Devia não saber se ficava, se ia, quem sabe. Assim a convido para sentar ao meu lado, na sombra. Ela se senta em posição de meditação, aquela em que cruza as pernas. Eu, pelo contrário, enxugo as minhas retas ainda molhadas com uma toalha que estava ali perto. Quando chegamos à casa de seu Júlio pensei que ela não estivesse, porque não vi sua moto no jardim ao lado dos carros. Para quebrar o gelo, comento sobre isso.

– Ei, eu não vi sua moto hoje. Achei que não vinha.

– Ah, minha moto está no concerto. Inventaram de bater nela logo essa semana.

– Xii. Parece que não pode chegar um recesso ou feriado grande que as pessoas resolvem sair batendo. Boa sorte com isso.

– É, eu ia pegar o carro do meu pai, mas não quero ser inconveniente com seu Júlio, ele pode precisar para uma emergência ou coisa assim. Acho que vou chamar um táxi.

– Ah, a gente te deixa em casa. Estamos em dois carros, seria inconveniência nossa se te deixarmos ir embora de táxi... E não aceito não como resposta.

– Se você diz, eu aceito. Mas se tiver problema, eu posso pegar o táxi mesmo.

– É, eu sei que você e Vini não são exatamente irmãos, no sentido de união. Porém, aos poucos vocês vão conversar e se conhecer melhor.

– Eu gostaria disso. Ele parece um cara legal, assim como você. A família toda na verdade.

Aos poucos ela vai se soltando mais, não muito contida, apesar de aparentar meio incômoda. Sua postura da coluna não era tão reta e ela não me olhava diretamente nos olhos, oscilava pelo ambiente da piscina. Tentada fico de questionar um ponto e esse seu aspecto me faz hesitar um pouco. Diferente da minha conversa descontraída com Vinícius, esta não se realizava por sussurros. Era leve e nos nossos tons normais de voz. Viro para ela para ver se ela me direciona o olhar dessa vez, e ela o faz, mais disposta.

– Posso fazer uma pergunta? Se eu for muito indiscreta, não precisa responder.

– Sem problemas, pergunte.

– Por que você o chama de pai? Quer dizer, a Filipe, se você mesma disse que ele não é? Isso me confundiu.

Ela solta um risinho discreto e abaixa a cabeça enquanto responde. É perceptível o quanto ela preza esse pai. Um milagre de vento passa por nós, bagunçando nossos fios de cabeleiras presas a amarradores. A tarde estava perto de se concluir.

– É meio que um... costume, que peguei. Quando nos reencontramos, ele me falou que tinha sido meu “primeiro” pai. Começamos a restabelecer esses laços, conveniados pelo trabalho, pois ele é o dono da empresa em que eu estava trabalhando. Houve uma vez que jantamos juntos e um apresentador da noite no restaurante estava fazendo um stand-up sobre uma família aniversariante que estava presente. Perguntou nosso grau de parentesco e eu disse que ele era meu pai. Foi a primeira vez que disse em voz alta desde que nos reencontramos. Ele estava nessa insistência de contar tudo para Vinícius, de ser reconhecido como pai, e ficou tocado pela minha atitude. Assim ficou, eu não consegui mais chamá-lo de Filipe – a não ser no trabalho. Ele também me deu novas perspectivas de família... que talvez ninguém imagine, mas foi.

Iara conclui sua história voltando a mirar-me, afirmando o que nós tínhamos dificuldade de visualizar, justamente por se tratar de Filipe, aquele que fez tanta besteira nessa vida, que contabilizar só traria mais horror ao seu “currículo”. Ela tenta passar-me sua confiança, algo que está bem em baixa com ele.

– Bom, eu não sou a pessoa mais indicada para falar, até porqu...

– Eu sei, aquela coisa toda de vigia. Eu mesma não sei como aceitei fazer aquilo. Só vi o desespero dele e quando me percebi estava na sua faculdade depois do expediente. Mil desculpas por isso, eu devia ter dito não.

Ela se atrapalha e fala meio exasperada, em expressão penosa e arrependida do que fez. Chega a tocar-me na mão no seu pedido de desculpas, focando ainda mais nosso contato de olhares. Nesse ponto me surpreendeu. Era a primeira vez praticamente que falo abertamente com ela, sobre tudo, pois da vez passada foi tão ligeiro e tenso que nem considero. Mesmo assim não quero que mais mágoas se construam, então deixo claro que isso não era mais importante, que estava passado. A ideia é seguir em frente.

– É, né, agora já foi. Você está trabalhando aqui agora? Não era da outra cidade?

Iara parece ter percebido minha intenção e isso a acalma mais. Retira sua mão da minha e volta à antiga posição. Fica mais fluída de falar.

– Me transferi faz pouco tempo. Quando meu pai descobriu sobre o acidente de Vinícius, ficou transtornado. Sabia que ele estava sozinho, não queria que ele fizesse mais besteiras, então pedi transferência para a capital. A burocracia me atrasou, mas me concederam isso. Meu pai me ajudou nesse quesito também.

– Então você deixou sua vida, família e trabalho para ajudá-lo?

Fica bem na cara meu espanto de sua atitude, algo que tento camuflar mais, apesar de não consegui depois do feito. Tem que amar muito esse Filipe para fazer uma coisa dessas.

– Na verdade, estamos construindo uma vida, uma família e um trabalho juntos. A minha família, ou o que sobrou dela, não é o que se pode dizer de amorosa. É vergonhoso dizer isso, mas tenho de o falar para poder seguir em frente: poucas pessoas na minha vida me quiseram, Milena, e Filipe foi uma delas. O outro foi meu pai biológico Fábio, que morreu faz uns anos. Minha família não era bem acolhedora. Bom, acho que sobre isso você não ia querer ouvir...

Estranhamente me sinto curiosa. Brinco discretamente com a ponta da toalha que ainda tinha em mãos pensando no que poderia dizer. Não quero que ela ache que estou interessada em saber, para não parecer intrometida. Melhor deixar em aberto, isso. Se ela quiser falar, estava toda-ouvidos. Dou de ombros.

– Se você quiser falar, sem problemas. Eu posso ouvir.

– Sabe Milena, tudo isso é estranho. Uma hora eu consigo meu pai de volta, noutra estou com nele nessa loucura e aqui estamos em mais uma. Sinceramente eu queria saber mais do meu “pseudoirmão”, e também de você.

Rimos juntas quando ela fala pseudoirmão e se utiliza de aspas com as mãos. Ainda me surpreendo quando essa família me inclui no pacote, ainda é novidade para mim. Imagino por um segundo como seria se eles se comportassem como verdadeiros irmãos. Nós duas teríamos irmãos protetores – Vinícius deixou isso claro não só pelo cuidado por mim, mas quando ele falou a irmã do Wellington e de como a defendeu, considerava-a como uma irmã mesmo – e seria ótimo aprontar com eles. Seria também duas contra dois, eu teria uma parceira. Teria altas dicas para discutir com meus anos de estrada... e duas cabeças pensam melhor que uma. Seguro ao máximo a vontade de rir por essa louca imagem que meio que apareceu na minha cabeça e camuflo isso fingindo ficar sem jeito do fato de ela ter me mencionado.

– Eu?

– Sim. Estranho, não? Quer dizer, suas atitudes com todos. Meu pai principalmente. Eu briguei com ele por fazer o que fez, de praticamente te atacar perto de casa, e ainda aquela confusão que todos foram parar na delegacia. Me surpreendi quando ele me disse que você tinha aceitado conversar com ele, além do que vocês falaram enquanto estiveram presos e mais ainda quando você pediu ao seu Júlio que pagasse a fiança do filho. Cada vez que ele me contava algo, eu só pensava coisas como “meu Deus, essa menina não existe”.

Dramaticamente, Iara leva uma mão à cabeça e mostra sua surpresa quanto a tudo. Eu também ficava espantada comigo às vezes, não tanto quanto os outros. Ela que entrasse na fila na verdade. Cada vez mais estava solta na nossa conversa. Ela é uma daquelas pessoas que se expressam muito por gestos e mudanças faciais, das quais se não presto atenção, posso as perder. Por isso procuro não me distrair fácil.

– Acredite, todo mundo quase me disse a mesma coisa. E brigaram comigo também. Eu sei que eu não sou muito da equilibrada normalmente, só que... num sei, desde que eu conheci Filipe, que foi justamente no dia que eu escutei ele falar sobre a paternidade de Vini, eu... vi que ele amava o filho. De um jeito meio torto, eu sei, eu via isso. A ânsia dele que matou tudo...

– Eu sei, ele às vezes consegue ser bem temperamental.

– Às vezes, né? Confesso que também o provocava.

E lá estava eu provocando de novo, só que dessa vez bem mais descontraída e não com más intenções. Iara ri fácil, conversa bem, e sinto dela vir uma compreensão, da mesma forma como me dirigia um pedido de desculpa pelas atitudes do pai só pelas marcas do seu semblante na cabeça que meneava devagar. Antes que ela responda, eu torno a falar, explicar minhas razões de tê-lo tratado assim:

– Ele fincou um pé de guerra comigo desde o início. No fundo eu sabia que havia algo muito forte o movendo assim, o amor pelo filho que ele nunca pôde reconhecer. Só que agora sabendo disso tudo, eu sinceramente não sei o que pensar dele. Pelo menos se arrepende...

– Nosso reencontro também não foi fácil. Imagino o quanto isso não o esteja machucando também. Contudo, não é justo com ninguém. Deve-se perguntar como Filipe chega a representar tudo isso para mim quando ele é visto como um monstro por muitos aqui.

– Não nego que isso já passou por minha cabeça, porém, não seria algo educado de se dizer. Como você se surpreendeu pelas minhas atitudes, também fico imaginando suas razões.

E Iara então toma um tom mais sério, pessimista. A história de vida que relata não é bem perfeita também. Enquanto narra em resumo, mexe na barra da blusa inquieta. Não saberia dizer se era por vergonha ou por isso remexer com seu emocional. Ou a mistura dos dois.

– Milena, eu não nunca fui bem vista na minha família, porque eu sou filha de uma relação proibida. Minha mãe morreu quando eu tinha uns dois anos. Filipe estava me criando como filha dele, mesmo sabendo que eu não a era, só que ele estava em um de seus piores momentos de vida. Estava sem perspectiva... Meu pai verdadeiro sabia de minha existência, acompanhou de longe meus passos e conseguiu, não sei bem como, reaver minha guarda. Foi algum tipo de acordo que conseguiu quebrar a lei, só sei que se aproveitou da fase ruim de Filipe. Ele não estava preparado para se defender... na verdade, fazia algumas coisas alarmantes, como dizia-me minha avó, mãe do meu pai Fábio. Este me dizia que queria me tirar daquele meio tóxico e conseguiu.

Me calo para deixar que fale o quer tirar de si. É perceptível o quanto ela queria falar isso com alguém, além de Filipe. Nem sempre é confortável de falar com os próprios membros da família coisas que nos apertam o coração. Eles podem ser nosso conforto e consolo, porém, não para todas as situações. Eu sei bem como é isso. E Iara tem essa família estranha que nem a dá vez.

Sei que sou uma estranha a ela ainda, mas sou eu como estranha que estou sendo bons ouvidos para ela. Percebo que não fala para que tenha pena dela, Iara é muito forte e decidida nas coisas para uma coisa dessas. Esse seu modo sem jeito é apenas sua entrada, como por maioria somos. Mal a conheço e essas vibrações já me dizem tanto.

– A família de minha mãe nunca quis saber de mim, me entregaria a qualquer um que viesse se possível. Sorte ou não, vivi com meu pai Fábio, amoroso. No entanto, as coisas mudaram bastante quando ele morreu, porque minha avó que ficara de terminar de me criar e não gostava de mim porque sempre odiou minha mãe. Até hoje ainda busco coisas sobre ela, muitas são apenas boatos. Os que viviam comigo eram uma das maiores fontes desses rumores e não aceitavam minha atitude de saber as coisas em profundidade. E ainda me chamavam de ingrata... Eu podia não ser apontada na rua, mas cada olhar daquela família feria mais que qualquer pedra que pudessem me jogar.

– Nossa. Que... baixos.

Apesar de todas as loucuras que vivo com minha família, agradeço por estar com boas pessoas e cuidam de mim. Se fazem isso exageradamente, já é outra história. Nem todos tem a mesma (boa) sorte. Coisas piores poderiam ter acontecido a Iara se ficasse com a família da mãe, essa que nem deu as caras para conhecê-la. É muito horror para uma pessoa só.

Sem mal me perceber, sou eu quem está tentando passar-lhe conforto com um gesto amigável de pôr minha mão sobre uma sua. Iara é forte mesmo, porque me contando tudo isso, não deixa que isso a desanime. É um drama difícil de carregar, contudo, sua postura é daquela cuidadosa, meio defensiva. Deve saber que abaixar a cabeça por qualquer pessoa não se vale a pena, que só tem muito a batalhar. Nem isso a derruba.

– Eu praticamente tive que deixar meus estudos para poder trabalhar, porque queria sair desse ambiente. Investiguei também meu passado para saber mais do que não estavam me dizendo. Por incrível que pareça, caí num escritório da empresa de meu pai Filipe. A primeira vez que o vi pensei que era um cliente, então o atendi como deveria ser. Ele sabia bem quem eu era e não se delatou para poder falar mais abertamente comigo...

Quem diria que Filipe poderia ser engraçado? De tudo que vi, eu duvidaria muito. Aquele prepotente, egoísta, cachorro, cafajeste... tem coisas que me sobe uma raiva dele, outras me deixam preocupada. Também não quero entrar nessa de novo. Cada um tem seus momentos pelo jeito. Ninguém é perfeito mesmo. Eu poderia nunca ter essa perspectiva dele se não fosse Iara. E não acho que ela esteja me enganando, sabe que perderia mais com todos. Noto que ela só quer algum lugar onde possa se encaixar. Queria poder lhe dizer que não é só coração de mãe que sempre aceita mais um, só que não quero ser tão direta. Isso pode, sei lá, assustá-la. Não precisamos acelerar nada, uma coisa de cada vez é o bastante.

Ao longe, da varanda, a cozinheira nos chama atenção. Seu Júlio pediu que nos chamasse para a sala, ele queria aproveitar mais de nossa visita. Nesse instante que nos chamaram, desviei por acaso o olhar para trás de Iara e vi... quer dizer, troquei um olhar com meu irmão. Ele estava deitado ainda na rede, porém, acordado. Sabe-se lá por quanto tempo não estava assim. Ouviu ele a minha conversa? Ouviu tudo, ouviu metade? Iara gritou de volta à moça que nos chamava dizendo que logo iríamos para lá e notou que eu estava olhando para onde estava a rede. De instinto, reflexo, ela voltou-se também para lá. Só que Murilo fechou os olhos.

– Seu irmão dorme profundamente mesmo.

– Melhor eu acordar esse aí, senão aqui ele pernoita.


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Notas finais do capítulo

Hmmmmm esse olho aberto aí, suspeito.



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