E Se...? (Cam & Gabbe) escrita por Dê Tribbiani


Capítulo 13
I Want You to Stay


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos os comentários ♥



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Uma semana depois...

P. O. V. Gabbe

Encarei o pequeno aparelho branco com certa desconfiança antes de o destravar com o dedo. Este apitou mostrando um aviso luminoso na tela:

Você tem vinte novas mensagens de voz!

Abrir--------------------------- Cancelar

Suspirei encarando a tela antes de clicar em “abrir” e esperar pacientemente até que uma tela de mensagens se carregasse. Dezoito mensagens, Rol. Duas, “demônio”. Ri ao perceber o quanto os meus conceitos de Cam haviam mudado desde que eu o havia marcado como “demônio” no celular. Se eu estivesse salvando o seu número agora... Faria diferente? Tombei a cabeça com o pensamento clicando primeiro nas mensagens de Roland.

“Olá, Gabbe? Ér... É o Roland. Eu só queria dizer que peço desculpas pelo modo como agi ao... Você sabe. Te julgando e te fazendo se sentir como um lixo. –Ele soltou um suspiro calmo, voltando com a voz ainda mais melodiosa: -Eu só queria que soubesse que eu me importo. E eu não vou desistir de você.”

Ouvi o bipe no final tentando impedir que a minha consciência pesasse por não sentir calafrios ao ouvir a declaração de Roland. Apenas vontade de chorar, mas não me permitiria nenhuma lágrima até o próximo século. Não por orgulho, mas anjos não choram. É uma dádiva humana, lembrei mordendo o lábio e pulando para as próximas mensagens. Não queria ouvir mais nenhuma declaração. Era óbvio que eu estaria mais segura com as mensagens de Cam. Segurei o celular com cuidando colocando a mensagem no volume máximo enquanto girava em minha tão familiar cama na Califórnia.

“Oi, é o Cam. –Ele suspirou como se não soubesse ao certo o que fazer. –Olha, eu sei que o que eu fiz foi horrível e... Eu queria mesmo que você pudesse me perdoar, Gabbe. Porque... Eu penso sempre em você, um pouco a cada dia, ao menos duzentas vezes. E você sabe como eu sou, eu faço tudo errado. Mas a única coisa certa nessa história toda talvez seja o fato de eu ter te conhecido. Eu te quero comigo, Givens. Mais do que eu jamais quis alguém.”

Mordi o lábio mais forte até que senti o gosto de sangue quando a mensagem acabou. Segurava ao máximos as lágrimas que eu não sabia ao certo se eram de felicidade ou tristeza enquanto andava de um lado para o outro em meu quarto abraçando meu tronco e soluçando alto.

–Eu também te quero, Cameron. –Sussurrei sorrindo ao pensar naquilo.

Por quê havia sido tão difícil admitir? Eu estava completamente apaixonada por Cameron Briel. Ri novamente com a ideia enquanto abria a janela do prédio sentindo as asas se remexerem dentro de mim desejando poder se desenrolar.

Corri para fora do apartamento subindo várias escadas em seguida até chegar ao terraço do prédio, onde desenrolei minhas asas sentindo o alívio me invadir. Desejava que Cam me encontrasse como eu sabia que só ele podia. Desejava que eu pudesse o dar uma segunda chance e, mais que tudo, que ele não houvesse partido para outra. Eu podia estar apaixonada, mas era bastante realista quando se tratava de Cameron. Peguei meu celular, levantando um voo desengonçado que aos poucos pegou estabilidade. Minhas asas se erguiam atrás de mim mais e mais enquanto eu sumia acima das nuvens sentindo a pequena vertigem que sempre tive ao sobrevoar prédios.

Cam atendeu no segundo toque.

–Gabbe? –Ele disse, se atropelando. Sua voz rouca e máscula estava esbaforida e eu tinha o pressentimento de tê-lo acordado.

–É... Oi. Pode me encontrar? –Perguntei mordendo o lábio hesitante.

Houve uma pausa do outro lado da linha.

–O Roland não está disponível?

Eu iria rir se as palavras não houvessem me ofendido.

–Seus ciúmes são ridículos.

–Vocês se beijaram. –Ele disse, como se uma nova ira tivesse sido reativada dentro dele.

Fiz uma pausa respirando profundamente.

–Apenas venha, idiota. –Murmurei.

–Tá, Givens. A propósito, senti sua falta.

Ouvi o baque do telefone que indicava que a chamada havia sido finalizada sentindo frio no estômago e uma vertigem ainda maior ao olhar para as pontas dos prédios sob meus pés. Aquele barulho já houvera se tornado insuportável para mim enquanto eu voava esticando as asas em desgosto.

Passei alguns minutos voando antes de parar em alguma praia. Desenrolei as asas em uma área isolada antes de ir até a maior massa de gente e onde haviam as melhores ondas esverdeadas quebrando à alguns metros.

Senti os lábios de alguém roçarem meu pescoço e ombro nus enquanto me abraçava por trás. O cheiro inconfundível de canela de Cam invadiu minhas narinas antes que eu percebesse de quem se tratasse e me virasse para ele.

Seus olhos cansados pareciam criar uma nova animação ao fitar meu rosto e os cabelos negros bagunçados pingavam. Ele parecia mais bronzeado também enquanto eu puxava seu pescoço e colava nossos lábios. Seus dedos subiam levemente minha camisa enquanto eu traçava seus músculos com a ponta do dedo e mordia levemente seus lábios. Desviou seus lábios para meu pescoço me fazendo arfar baixo enquanto cravava minhas unhas em suas costas. Senti os lábios de Cam sugarem minha pele suavemente e revirei os olhos puxando-o de volta para meus lábios. Seus lábios macios se moldaram novamente aos meus enquanto eu abraçava seu pescoço e perdia o equilíbrio caindo por cima dele na areia. Cam sorriu por trás do beijo antes de abraçar minha cintura e beijar minha testa.

–Jovens, aqui é um lugar público. Respeitem o pudor. –Ouvimos uma voz masculina e viramos a cabeça quase simultaneamente.


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Notas finais do capítulo

Revieeeeeews *u*