– hã é Magnólia e Pahn correto? – minha mãe pergunta confusa. Só com essa pergunta eu já entendi que ela continua na mesma.

Eu e Mag apenas balançamos a cabeça afirmando.

– garotos o que vocês tem na cabeça? Isso é um hospital e não uma... – tia Annie se interrompeu.

– você quem é? – perguntou mamãe para tia Annie.

– ai onde estão meus modos, eu sou Annie, Annie Odair.

– nos conhecemos?

– ah, nos conhecemos há muitos anos, você foi madrinha do meu casamento com o Finnick (N/A: não lembro se isso aconteceu, mas eu quis por), é madrinha do meu filho mais velho e é sogra do meu mais novo. – tagarelava animada tia Annie.

– sogra? Mas já. – minha mãe faz careta.

– você apoiou. – se manifesta Mag me soltando.

Salvo pelo gongo eu penso.

– e a propósito todos me chamam de Mag.

– oi eu sou o Flyd... – Flyd coça a nuca – o namorado da Mag.

– rapaz bonito. – diz minha ma e em seguida olhou para Mag – tem bom gosto.

– ei tia, mas eu sou mais bonito. – reclama Flin

– é claro, você é bonito também. – minha mãe diz rindo. – vocês ma lembram o...

– Finnick Odair? É somos filhos dele. –diz Flyd.

– vamos garotos, vamos deixa-los a sós. – diz tia Annie os conduzindo pra fora.

Assim que eles saem Mag se senta na poltrona, mas eu fico tímido encarando o chão.

– qual é o problema garoto? – mamãe me perguntou.

– ele está envergonhado. – responde Mag.

– mas do que, eu não sou a mãe de vocês? – ela perguntou confusa.

–é sim. – Mag responde rindo. – mas você pode ser nossa mãe, mas nós somos uns estranhos pra você.

Levanto a cabeça e a olho, ela me olha bem nos olhos com uma cara de culpa. Não é culpa dela, ela não pediu para se esquecer.

– não é sua culpa. – eu digo olhando em seus olhos, mas depois eu olho tímido para o chão. – eu sei que a senhora não quer ver a gente como completos estranhos. Pelo o menos acho que sei. – digo encarando o chão, tímido de mais para encara-la.

– garoto esperto – ela diz e eu levanto a cabeça para olha-la – você tem razão, não quero vê-los como estranhos e estou disposta a reverter essa situação. – ela diz sorrindo pegando na mão de Mag.

Esse gesto acaba me dando coragem para eu me aproximar e me sentar na brada da sua cama e ela segurou minha mão também.

– vamos começar com seus nomes, da onde eu os tirei? – ela pergunta erguendo uma sobrancelha fazendo uma cara engraçada.

– o meu veio de um sonho que o papai teve* - respondeu Mag.

– e o meu, vocês deixaram uma maluca de quatro anos escolhe-o. – falo revoltado e mamãe da uma gargalhada. – me colocaram o nome de Pahn porque ela assistia um tal de Dragão Ball GT, depois de terem me registrado descobriram que o tal do Pahn era na verdade A Pahn, da pra acreditar? – eu falo rindo e mamãe e Mag riam junto – papai até disse... – estufo o peito e tento imitar a voz dele – “filho veja o lado bom, pelo o menos aqui não é o Japão” – e Rimos mais ainda com isso.

– sinto muito Pahn. – ela recupera o fôlego.

Depois disso contamos tudo sobre a gente pra ela, e até mostrei o nosso álbum de fotografias para ela e explicando tudo que havia acontecido na cena. Riamos com cada fato que contávamos, contamos sobre o que odiamos, e o que amamos e contamos nossas habilidades – eu omito a de usar arco-e-flechas – e ela nos das palavras de incentivo. Contamos até porque a Mag fez aquilo comigo.

– sabe vocês são irmãos, devem ser mais unidos. – diz mamãe.

– mas somos. – Mag e eu dissemos juntos.

– mas a briga faz parte do cotidiano de irmãos. – conclui Mag – ele é chato, metido, intrometido e tem uma cabeça maior que o Megament, mas eu amo tanto ele...

As palavras da minha irmã me tocam, ela foi gentil comigo, do jeito Mag de ser, mas foi.

– é. – concordo. – Mag pode ser violenta e arrogante, mas ela ajuda a senhora a tomar conta de mim como se fosse meu anjo da guarda, ta certa que eu tenho um prazer incomum de irrita-la, mas eu a respeito e admiro muito. (N/A: aiii Pahn que linduu, meu irmão podia fala isso pra mim).

Mag e eu nos abraçamos de lado.

–eu também amo muito a minha irmã. – diz mamãe.

–é nos sabemos. – Mag e eu dissemos juntos rindo.

Olho no relógio da parede e vejo que está perto da hora de irmos e então no final eu decido perguntar.

– mãe, eu quero dizer, Katniss... – me atrapalho.

– não tem problema, pode me chamar de mãe. – ela sorri.

– mas eu sei que na época da arena você não queria filhos... – ia continuar, mas ela interrompe.

– confesso que não queria mesmo, mas naquela época ter filhos era sinônimo de perder um filho, se tivéssemos filhos eles acabariam morrendo na arena, se não morressem se tornariam assassinos a sangue com sequelas. Eu não queria isso, eu não queria por um filho no mundo pra sofrer. – ela dá uma pausa, pega nossas mãos – mas essas horas que passei aqui com vocês eu percebi que vocês são os melhores filhos do mundo.

Essas palavras emocionam a mim e a Mag e eu acabo falando choroso.

–ah, você também é a melhor mãe do mundo. – eu a abraço.

– sou? – ela pergunta desentendida.

– sim, você é. – Mag diz e a abraça.

Ela retribui o abraço. Então depois nos separamos e vejo que ela esta quase chorando.

– Pahn é melhor a gente ir. – diz Mag, acho que ela também percebeu.

– mas antes eu quero perguntar uma coisa. – eu falo.

– o que? – mamãe pergunta.

– o que você fez pra tirar 11 e 12?

Ela ri e nos conta tudo.

– da hora! – eu falo no fim.

– eu faria o mesmo. – diz Mag. – bom temos que ir, tchau mãe. – Mag se despede.

–é, tchau mãe – eu falo.

Quando abrimos a porta ela fala

– tchau... – ela suspira – meus filhos. – ela sorri e nós sorrimos juntos.

Então saímos e encontramos a tia. Ela nos perguntou como foi e apenas dizemos “foi tudo bem”.