Me sentei no sofá junto com os garotos. 

- O que aconteceu com o Vitor? 

O Gui  perguntou assim que eu me sentei. 

- Por que? 

- Ele passou por aqui estranho, sei lá. 

- Aconteceu nada. 

Disse indiferente. 

- Nada tirando o fato que você passou a noite gemendo no quarto dele né? 

O Dinho  disse dando uma risadinha. 

- Cala a boca Dinho. 

Disse jogando uma almofada nele. 

- Como é que é o negocio aí? 

O Gui  perguntou rindo. 

- Não é nada Gui. 

- Nada? Gui vai dizer que tu não ouviu os gemidos da Lia  hoje de madrugada ?  

- Juro que não ouvi nada. 

- Então tu ta surdo, porque eu quase não durmo, parecia que o negocio tava bom dentro daquele quarto. 

- Vish, to vendo que a Lia  não é fraca. 

- Que nada, eu queria estar no lugar do Vitor , desde que ela voltou gostosa do jeito que ta tenho andado pensando besteira. 

- Então somos dois, . 

O Gui  disse e eles riram. 

- Gente, eu estou aqui. 

- E eu com isso? Tudo que foi falado aqui você já sabia. 

- Ta eu já sabia, mas agora dá para vocês pararem de discutir sobre a minha madrugada calorosa e sobre o quanto eu estou gostosa? Eu agradeço. 

- Só vou me calar, porque vai começar o jogo. 

O Gui  disse fazendo careta e olhando para a TV. Passava um jogo de basquete e eu fiquei assistindo com os meninos. Depois de um longo tempo a campainha tocou. 

- Gui  vai atender é para você. 

O Dinho  disse sem tirar os olhos da TV. 

- Mentira, eu sei que é para a Lia. 

O Gui  disse sorrindo para mim. 

- Ta eu vou atender, só porque hoje eu estou muito legal. 

- Só hoje. 

Escutei um deles dizer enquanto eu me levantava e ia até a porta, abri e dei de cara com a Kika. 

- Vish, e eu que tinha pensado que a pessoa ia se dar valor daqui para frente. 

- Olha  Lia  não começa que hoje eu não to boa. 

Ela disse irritada e entrando. 

- Nunca foi. 

O Gui  disse e eu ri. 

- Ótima piada Gui . 

- Aff, não to nem aí para a piada de vocês, cadê o Vitor? Quero falar com ele agora. 

- Deve estar lá no quarto dele se recuperando da noite agitada que ele teve. 

O Dinho disse rindo e me olhando de canto de olho. 

- COMO É QUE É? ELE ME DEU UM FORA PARA DORMIR COM OUTRA? 

A Kika  se revoltou. 

- Achei que não havia problema nisso. 

Disse fechando a porta. 

- Não tem problema a não ser que essa outra não seja quem eu esteja pensando. 

Ela disse me lançando um olhar mortal. 

- Se fudeu, Lia. 

O Gui  disse do sofá rindo um monte. 

- Eu vou atrás dele, mas se eu tiver levado um fora ontem para ele passar a noite com você, ou vocês tiverem feito algo realmente, eu volto aqui Lia  e quebro a sua cara. 

- Então nem perde tempo indo, bate logo agora. 

Disse rindo na cara dela que saiu subindo as escadas enfurecida. 

- Se prepara para levar uma surra da Kika  hoje Lia. 

O Gui  disse rindo. 

- Haha, no dia que eu apanhar daquela cópia jogada fora da Barbie eu me mato. 

Voltei para lá, me deitando no colo do Gui. Depois de um tempo algo começou a me incomodar, queria saber o que a Kika ainda fazia no quarto do Vitor, será que eles estavam...? Não acredito que estou com ciúmes dele, ai que ódio.  

- Vitor  volta aqui. 

Escutei a voz da Kika  e em seguida vi o Vitor  descendo as escadas e ela o seguindo. 

- Não Kika, já disse que não quero nada com você, hoje eu não estou bem. 

Ele realmente parecia um pouco irritado. 

- Mas Vitor, eu vim pedir desculpa por ontem ter falado aquilo, não estava falando sério. 

- Kika não to com cabeça para falar com você hoje, vai embora, depois a gente conversa. 

Eu espiei pelo sofá, ela parecia que ia questionar, mas ele estava falando sério. 

- Lia  isso é tudo culpa sua. 

Ela disse apontando para mim. 

- O que eu tenho a ver com isso? 

- Você sabe muito bem. 

Escutei o Gui e o Dinho  rir. 

- Não sei do que você ta falando. 

- Lógico que sabe, eu sei que vocês dormiram juntos ontem. 

- Não só dormiram. 

O Lucca  disse descendo as escadas com cara de sono. 

- Kika  chega, vai embora. 

O Vitor  disse autoritário e ela saiu irritada. 

- O que é isso  Vitor? Negando sexo? Isso nunca foi de você. 

O Gui  zoou com a cara dele. 

- Guilherme vai se fuder. 

Ele disse mostrando o dedo do meio e subiu as escadas com raiva. 

- O que aconteceu com ele? 

O Lucca  disse olhando para onde o Vitor  tinha passado. 

- Sei lá, só sei que ele ta assim desde manhã. 

Fiquei feliz porque o Vitor  não quis nada com a Kika, me levantei do sofá e fui para o meu quarto, quando ia fechar a porta alguém a impediu de ser fechada. 

- Quero falar com você. 

O Vitor  disse colocando sua cabeça para dentro do quarto. 

- O que foi Vitor ? 

Disse soltando a porta e indo me sentar na minha cama. 

- Só queria saber o que aconteceu. 

- Como assim? 

- Sei lá, ontem estávamos bem rindo, conversando, brincamos e hoje do nada você diz que não passou de uma noite. 

- Sabe por que Vitor ? Porque te conheço e sei que você não seria um garoto de uma menina só, você sempre quis ficar com todas e eu não quero isso para mim. 

- Ah, agora entendi. 

Esperava que ele dissesse mais que isso, mas não ele só disse um “Ah, agora entendi.” E abaixou a cabeça. 

- Ta agora vai saindo que eu vou tomar um banho. 

Disse empurrando ele para fora do quarto. 

- Lia  espera... 

Ele ia dizer, mas já tinha colocado ele pra fora e fechado a porta. Não eu não posso estar gostando dele, ele não vai mudar e eu sei disso. Fui tomar banho, mas meu pensamento só ia para o Vitor me abraçando ontem enquanto dormíamos. Vesti uma roupa simples porque decidi dar uma volta. Sai do quarto e encontrei o Vitor  saindo do quarto dele também meio arrumado. 

- Vai sair? 

- Vou. 

Ele disse dando um sorriso sem graça. 

- Vitor  fala sério, nós fizemos sexo ontem, foi bom, brincamos como você mesmo disse e não quero que o nosso tratamento de amigos mude por causa do que aconteceu. 

Não ia mudar o jeito que trato ele, mesmo gostando dele de outra forma agora não ia ficar com esses momentos chatos. 

- Tudo bem, mas e aí ta indo para onde açúcar? 

- Sei lá, só indo dar uma volta por aí. 

Disse sem nem saber para onde ia mesmo. 

- Que tal cinema? 

Ele disse sorrindo, tenho que ir e ver se realmente estou gostando dele ou é só impressão minha. 

- Tudo bem, vamos. 

Disse e nós saímos. 

- Lá vem o casal mais carinhoso e discreto do mundo. 

O Lucca  disse fazendo piadinha, acho que por ontem a noite ainda. 

- Vai cagar  Lucca. 

Disse mostrando a língua para ele que me mandou um beijo. 

- Para onde vocês estão indo? 

- Cinema. 

O Vitor  respondeu para o Gui. 

- Opa a gente vai também. 

Ele disse olhando os meninos para confirmar. 

- Não já estamos saindo, tchau. 

Disse puxando o Vitor, precisava desse momento sozinha com ele e também para irritar os meninos. 

- Lia  sua égua. 

Escutei o Dinho  dizer um pouco irritado. Eu e o Vitor rimos e saímos entrando no carro dele. Fomos para o shopping e fomos direto para o cinema ver que filme íamos assistir, o que nos escolhemos só tinha sessão para daqui uma hora, então fomos dar uma volta. 

- Vamos comer? 

- Pode ser. 

Disse e fomos até a praça de alimentação. 

- Vai lá comprar o lanche. 

Ele disse se sentando na cadeira na minha frente. 

- E por que tem que ser eu? 

- Porque eu não quero ir. 

Ele disse rindo. 

- Par. 

- Ímpar. 

Disputamos e eu ganhei. 

- Na sua cara  Vivi , agora vai comprar o lanche. 

- Chata. 

Ele fez uma careta e se levantou.  

- Hey. 

Uma menina me chamou, ela estava com outra garota e elas se sentaram na mesa onde eu estava. 

- Aquele garoto lindo ali está com você? 

Uma das meninas disse apontando para o Vitor e dando um sorrisinho. Não acredito que ela veio aqui na maior cara de pau. 

- Ta sim, e acho melhor você tirar os olhos dele e aquietar a periquita que ele é meu, e se você ousar chegar perto dele eu arranco isso aí que você chama de cabelo. 

Disse calma e a menina me olhou estranho depois ela e a amiga dela saíram de perto de mim. O Vitor voltou com os lanches. 

- Quem eram aquelas meninas? 

- Umas doidas perguntando onde ficava o banheiro. 

Depois de comermos e conversado um pouco fomos para o cinema, e nos sentamos. O filme ainda não tinha começado, estava nos trailers quando senti alguém jogar pipoca em mim, não liguei na primeira depois jogou mais, respirei fundo e não liguei. Jogaram mais. 

- QUEM É O FILHA DA PU... 

Disse me virando e vendo o Gui, o Dinho  e o Lucca sentados umas duas fileiras depois da minha e do Vitor rindo. 

- Tinha que ser. 

O Vitor resmungou e o Dinho  jogou pipoca nele. 

- Dá para vocês se aquietarem, o filme vai começar. 

Uma mulher do meu lado disse alto para mim e para os meninos. 

- Toma um pouquinho de pipoca também tia. 

Acabamos sendo retirados do cinema porque a tia que o Gui  jogou pipoca se revoltou com ele. 

- Seus putos, nos fez ser expulsos. 

- Relaxa Lia, o filme era chato mesmo. 

- Mas vocês nem assistiram. 

- Por isso mesmo que é chato, se não fosse não teríamos sido expulsos e estaríamos aqui agora. Dãããããã. 

O Dinho  disse como se fosse obvio, ele e seus pensamentos sem lógica. 

- Mas como foi que vocês descobriram que filme íamos assistir mesmo? 

O Vitor fez a pergunta que eu estava pensando. 

- Nós chegamos aqui e fomos procurar vocês no cinema e para nossa sorte e o azar de vocês, vimos quando entraram na sala, aí compramos o ingresso do filme que para nossa sorte também só tinha três e entramos logo em seguida. 

- É muito azar. 

Disse olhando para eles com os olhos estreitos. 

- Não, isso se chama destino. 

O Gui  disse me abraçando e eu revirei os olhos e sai andando. 

- Lia nos espere. 

Escutei o Vitor . 

- Nem conheço mais vocês. 

Disse andando na frente deles com se eu não conhecesse. 

- Ô GENTE ESSA MENINA AÍ DA FRENTE É NOSSA IRMÃ SAPATA. 

O Lucca gritou para que todo o shopping ouvisse e assim aconteceu, todo mundo começou á olhar para mim. 

- Vai se ferrar, Lucca. 

Me virei e mostrei o dedo do meio para ele. 

- Você não pode ter vergonha Lia, você é assim e não ligue para a opinião da sociedade, não importa se eles vão te julgar por você gostar de mulher. 

O Gui  disse enquanto eles caminhavam atrás de mim rindo. 

- Pois é do mesmo jeito que vocês não podem ter vergonha de assumir o namoro de vocês,Lucca  e Dinho  o amor é lindo não importa a opção sexual. 

Disse com um sorriso enorme e o Vitor e o Gui  riram muito, mas muito mesmo. 

- Vá. Tomar. Bem. No. Meio. Do. Seu... 

- Cala a boca Dinho , estamos em lugar publico não podemos ficar xingando. 

O Lucca  interrompeu ele. 

- Sério que vocês são gays? 

Uma menina bonitinha perguntou para o Dinho , e o Gui e o Vitor  já quase choravam de rir. 

- É lógico que não, é mentira dessa cadela. 

O Dinho  parecia revoltado. 

- Olha meu bem, eles são sim, mas tem vergonha de assumir então ficam dizendo que não são, triste tão lindos e gays. 

Disse me fazendo de decepcionada. 

- Lia  eu vou te matar. 

O Lucca disse respirando fundo. Eu ri e comecei a correr pelo shopping com ele atrás de mim. Até uma certa hora nós dois já estávamos cansados de tanto correr então paramos. 

- Sua vadia. 

- Também te amo meu lindo, vem cá. 

Abracei ele e lhe dei um beijo na bochecha.  

- Que tal irmos para casa assistir filme lá já que aqui não podemos mais. 

O Vitor  disse olhando de cara feia para o Gui . 

- Pode ser, é bem melhor. 

Ia ser legal, faz tempo que não passo um tempo bom assim com os meninos todos. Saímos indo para o estacionamento do shopping. 

- Então vamos para casa. 

Disse indo para o carro do Vitor.

- Eu vou com vocês. 

O  veio na direção do carro. 

- Nããão Gui  deixe eles dois, aposto que ainda vão dar uma parada antes de chegar em casa e acho que você não vai querer presenciar essa cena. 

O Lucca disse rindo. 

- É verdade. 

E o Gui voltou para o carro dos meninos. 

- Vão cagar todos vocês. 

- Pois é, eu bem que queria, mas isso não vai acontecer. 

O Vitor disse para eles, é eu também queria, mas isso não podia acontecer. 

- Por que Vitor? Ela não gostou da noite de ontem? Por que não foi isso que eu ouvi. 

Escutei o Dinho. 

- Que nada, gostou até demais e agora ta com medo de ficar apaixonada, não é Lia? 

- Vitor vamos embora. 

Disse revirando os olhos, não era por medo de ficar apaixonada é por medo de já estar. 

- Viu, ela acabou de admitir, eu sou demais. 

Ele disse se gabando. 

- Vamos embora seu demente. 

Disse rindo da mentira dele e lhe dando um tapa na cabeça. Ele entrou no carro rindo, ele ficava tão lindo sorrindo, na verdade ele é lindo de qualquer jeito. 

- Vamos embora. 

Ele disse dando partida no carro. O caminho estava silencioso, ficou tão silencio que até incomodava, olhei para o Vitor que estava pensativo. Ele acabou entrando em uma rua que não dava para o caminho de casa. 

- Vitor  por que você entrou aqui? 

Perguntei sem entender, então ele estacionou o carro no meio fio, procurei alguma coisa por perto, mas era uma estrada meio vazia, não tanto, mas havia pouquíssima movimentação. 

- Por que parou? 

Disse confusa. 

- Nada, é só que... 

Ele começou á dizer, mas se interrompeu. 

- Só o que, Vitor? 

- Só... isso. 

Quando dei por mim ele já havia me puxado e estava me beijando, eu retribui mesmo sem entender até porque eu gosto do beijo dele, não foi como os outros havia algo além de desejo nesse beijo. Me separei dele e ficamos nos olhando um pouco, até ele me puxar pela mão e eu fui me sentar em seu colo. 

- Você aceitaria namorar comigo se eu te prometesse mudar por você? 

- Acho que ainda não, você teria que me provar primeiro que mudou para eu poder ter certeza se me arrisco. 

Disse na maior sinceridade, ele até que tinha me pegado de surpresa com a pergunta dele. 

- Mas como eu teria que demonstrar isso? 

- Só sendo você, se eu ver que continua o mesmo eu nem quero saber de você, mas se eu ver que está mudando e tals quem sabe?

Ele respirou fundo, olhou para um lado e para o outro depois me olhou. 

- Okay, mas enquanto isso como a gente fica? 

- Do jeito que estamos, como melhores amigos. 

Disse piscando para ele. 

- Eu gosto dessa amizade. 

Ele riu e veio me beijar, mas eu coloquei a mão em seu rosto o interrompendo. 

- Não, continuamos como MELHORES AMIGOS, isso só depois de provar que você pode mudar. 

- Aham, até parece. 

Ele disse tirando minha mão do rosto dele e me beijando logo em seguida. Segurei em seu cabelo enquanto ele segurava em minha cintura. Escutamos um barulho e levamos o maior susto, nos separamos assustados e demos de cara com os meninos batendo na janela do carro rindo da nossa cara.  

- Vão tomar no cú de vocês. 

O Vitor disse abrindo a janela, enquanto eu voltava para o meu lugar. 

- A gente sabia que vocês iam parar antes de chegar em casa para bulinar. 

O Gui  disse rindo e se pendurando do meu lado da janela. 

- Nós não estávamos fazendo nada. 

- Pois é Lia, vocês não estavam fazendo nada, em um carro, em um local quase deserto, com você no colo quase se engolindo, queria fazer nada assim. 

O Gui  disse. 

- É só ser menos gay. 

O Lucca  disse zoando com ele. 

- Gay é meu... 

- Isso aí também é gay. 

Nós rimos. 

- Ta bom de baderna, vamos embora cambada. 

Disse colocando meu cinto. 

- Tudo bem, mas nada de pararem no caminho de novo ta? Deixa para quando chegar em casa. 

- Vão para merda. 

Disse enquanto eles riam, mandavam beijinho e saiam para ir para o carro. 

- Eles estragaram nosso momento. 

O Vitor  disse com cara de bunda e dando partida no carro. 

- E vai se acostumando, porque para mais um momento como esse você tem que me mostrar que mudou. 

- Como assim? Já vai começar? Não tenho nem mais um beijinho? 

Ele disse me olhando incrédulo. 

- Nem mais um beijinho Vivi, se fudeu. 

Ri da cara dele. Chegamos em casa e desci para entrar, mas o Vitor  chegou correndo e me abraçou. 

- Sai, sai desgruda de mim. 

- Não só mais um beijo. 

- Não Vitor. 

- Só mais um. 

Ele fez biquinho. 

- Não, me solta, sai. 

Disse me afastando dele. 

- Chata. 

Ele me mostrou língua. 

- Pelo menos posso pegar quem eu quiser. 

- COMO É QUE É? 

Ele disparou de uma vez. 

- O trato só vale para você Vivi. 

- NEGATIVO. 

Eu estava brincando, mas era legal ver ele estressado. 

- To brincando vivi. 

Disse dando um tapinha no rosto dele, no mesmo instante o carro dos meninos chegaram. 

- Nossa demoraram. 

O Vitor  disse. 

- Pararam para fazer o que? 

Perguntei maliciosa e eu e ele começamos a rir.