Sweet Nothing escrita por BloodyBunny


Capítulo 4
Cap. 4- Smile And Be Happy


Notas iniciais do capítulo

Um novo capítulo e por acaso mudei também o título, o outro era mais pesado e andei a ouvir Florence Welsh ft. Calvin Harris, Sweet Nothing.
Apesar de me inspirar na música No light, No light de Florence + The Machine.

Terá mortes e esquecimentos e se o romance está um bocadinho lento, é porque não se conhecem.
Este capítulo me fez lembrar uma música antiga de "Be happy" ou coisa assim, aquilo parece mais de drogados, enfim.

Continuando, não vos vou massacrar mais com a minha nota, por isso boa leitura!



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Cap. 4- Smile And Be Happy

            1 Semana depois

            Era de manhã, eu estava andando pelos corredores escuros dessa maldita prisão, tinha uma lanterna apenas, agora deviam estar pensando que eu era doida, e sou, queria encontrar algo na sala do director ou coisa assim, esses costumam ter bolas e tacos de golfes ou então objectos mais animadores.

            Ninguém me tinha visto a sair, acho eu, e apesar de ter a barriga a roncar, tinha de encontrar, se não morreria de tédio, Carl parece um cão de guarda, muito irritante, apesar de sermos amigos.

 Abri uma daquelas portas porta e vi um grupo de zumbis e todos se vivaram para mim ao mesmo tempo, tranquei a porta, me afastando rapidamente, seria melhor voltar para trás.

            Fui por um corredor, outra hordazinha, deixei cair a minha lanterna, mas continuei correndo e fui contra alguém.

            -Por aqui!- Chamou me dando a mão e entrámos numa salinha apertada, e a horda passava sem bater naquela porta. Mais importante, quem era?- Você é muito estúpida em? Vir aqui sozinha?- Ah, Carl

            -Que tem?- Quase gritei- E o que faz aqui?- Senti que ele engoliu seco

            -Cala a boca, quer nos condenar e pare de se mover, isso está apertado.- Queixou-se, quem o mandou me seguir. Sentia a sua respiração pesada sobre mim e aquele chapéu de xerife dele me tocava- Porque veio aqui?- Respirei fundo, virando a cara, aquilo era completamente constrangedor e estranho.

            Tínhamos tornado amigos e eu vim aqui para buscar algo para me entreter, resultado, eu sou mesmo parva.

            -Pare de respirar em cima de mim.- Afirmei quase o empurrando, mudando de conversa- Uh, golfe.- Olhei para uma sacola, afinal estava aqui.

            -Pare, antes que nos denuncie, quer virar um cabrão feio?- Ri um bocadinho, ele ainda se lembrava disso- O que é assim tão engraçado?

            -Nada, vou ver se eles já foram.- E tinham mesmo ido. Fiz um gesto para que ele ficasse em silêncio e então sim saímos correndo até a saída e trancando aquilo a cadeado.

Comecei na gargalhada, tentado me esquecer daquela cena

            -Que é tão engraçado?

            -Não sei.- Me fui embora descendo as escadas quase a correr

            -Espere por mim.

            -Deixa de ser lento então.- Respondi de volta saltitando e começando a correr enquanto olhava para trás vendo se ele acompanhava, estávamos no pátio e ele parecia cansado- Tem que fazer mais exercício.- Olhei para ele pensando em algo e antes que abrisse a boca

            -Não.

            -Eu nem disse nada.- Voltámos para o Bloco. Fui ter com Lori, falava poucas vezes com ela- Alguma ideia que como lhe vai chamar?- Apontei para a barriga dela me sentando na mesa.

            -Não.- Sorriu, aquela mulher era simpática, não entendo como é que alguns não gostam dela- Você é muito amiga do meu filho não é?- Assenti sorrindo e ela também o fez- Ainda bem, desde que isso tudo começou, e que a Sophia morreu, ele cresceu bastante.

            -Sério? Ele me parece bem baixinho.- Rimos

            -E também você é uma boa companhia para meu filho.- Agora me estava deixando feliz, era tipo uma daquelas sogras simpáticas e não como aquela do meu pai, um dia lhe colocou veneno de rato na comida, ele teve uma intoxicação alimentar. Mas é claro que não vou ter sogra, como disse, Forever Alone.

            -Obrigado. – Deitei minha cabeça sobre o meu antebraço, brincando com meus dedos.

            -E o aconteceu com os vossos pais?

            -Desapareceram, nenhum sinal de vida de ambos.

            -Meus pêsames.- O clima ficou pesado- Quer ir para o pátio apanhar ar?- Concordei e fomos- Ouvi dizer que você ama doces.- Quem lhe disse isso? Ou então foi por levar cereais cheios de açúcar que andei a comer durante uma semana inteira que me denunciaram.

            -Pode se dizer que sim. Minha mãe era uma péssima cozinheira e meu pai, nem tocava na cozinha, a não ser que fosse para fazer doces, era delicioso. Sério.- Ela deu uma gargalhada, não era realmente uma piada, mas ok. E quando chegámos lá fora, Beth, Hershell e Carl estavam ali.

            -Mais animado?- Questionei dando um encontrão em Carl

            E assim do nada, muitos walkers começaram a aparecer, Rick e o resto estavam tratando de explorar o resto da prisão, e provavelmente eles não viriam daquele contentor que fui de manhã.

Fui começando a atirar enquanto ajudava Lori a encontrar um local seguro, mesmo assim havia Hershell e Beth, que estavam mais demorados. Maggie apareceu e deixei levar os dois, fui ajudar a loirinha, entrando numa vedação e trancando.

Disparava contra esses todos, mesmo assim era insuficiente, aquela vedação era de aço e pelo menos isso. Além do mais, tentava atrair o máximo possível para este lado e assim não perseguiriam Carl, Lori e Maggie que tinham ido por outro lado.

-Chega.- Disse o avô simpático, parei, mesmo assim senti um aperto no coração, estava preocupada com eles todos.

            Rick voltou com o que restava atirando contra aqueles que vinham. Mesmo assim, o trio estava desaparecido e todos preocupados. Lucas abraçava Beth e Hershell os separou, queria rir daquela situação, porém só engolia seco e respirava fundo.

            E assim do nada, todos olhavam na direcção dos choros, vinha d’um túnel, Maggie era a dona daquelas lágrimas e trazia um bebé coberto com sangue e tinha um manto em volta e Carl estava sem expressão alguma com arma na mão, Lori não estava vindo, as caras tristes deles apareceram, também fechei a minha.

Me aproximei dele colocando a mão no seu ombro tentando consola-lo, não sei se era uma boa ideia, mas podia fazer grande coisa.

-Eu... Eu nem sei o que dizer, minhas condolências.- Retirei erguendo um bocadinho de seu chapéu tentando ver a sua expressão- Desculpe.- Quase sussurrava, voltando para ver a morena de cabelos curtos abraçada ao seu pai.

            Rick chocado, adentrou por onde aqueles “três” tinham saído, que iria fazer? Como eu disse, esse também era maluco. Apenas ergui uma sobrancelha enquanto todos o tentavam parar.

            De noite, ele estava sentado na sua cama, me aproximei sentando ao seu lado lhe oferecendo uma taça de papa de aveia.

            -Sua mãe esta manhã... Ela disse que te adorava e que se arrependia de tudo o que podia ter magoado. – Continuava em silêncio- Olhe, eu peço desculpas, sério, muito trágico, você...- Comecei a mexer meu cabelo, não era muito boa nisso, em consolar pessoas- Ganhou uma irmã mais nova.- Já sabia o sexo- Não quer mesmo ir vê-la?

            -Eu devia ter lhe valorizado mais, eu simplesmente a deixei como se não fosse importante, é minha culpa.

            -Woh, woh!- Lhe agarrei no rosto mirando seus olhos azuis- Não é culpa de ninguém, é simples. As probabilidades de ela ter cesariana eram imensas, de acordo a Carol e o Hershell.- Por acaso, quê da Carol? E do T-Dog?- E se ela morreu, pelo menos não foi em vão, ela deixou uma preciosidade que agora fica na sua responsabilidade e do seu pai. Além disso você acha que ela gostaria de estar vendo você assim?- Ele limpou as lágrimas.

            -Não.

            -Está vendo? Cuida da sua irmãzinha, vai pensando no nome dela, sê o homenzinho, protector da sua irmã, assim ela de certeza irá ficar bastante orgulhosa.- Ele concordou- Agora come isso, ou então como eu, estou com fome hoje. Quer chocolate? Ouvi dizer doce ajuda na felicidade.- Ele assentiu tentando sorrir


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem, critiquem e até mais.

*u*



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