A gente Se Esbarrou Por Ai... - Dramione escrita por Grind


Capítulo 13
Epílogo - Parte 1




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A Gente se Esbarrou por Ai / Capitulo 13 – Epilogo Parte – 1

*-*

POV Draco

Acordei confuso, sentei na cama colocando os pensamentos no lugar, processando as ideias. Hermione não estava do meu lado, e escutei barulhos vindos do andar de baixo. Algo caiu fazendo um estrondo, e minutos depois a porta do quarto foi aberta bruscamente.

–Pai, acorda! A mãe tá passando mal!

Se a situação fosse outra eu poderia muito bem afundar a cabeça por entre as mãos e reclamar de cor de cabeça, e então ninguém me perturbaria o final do dia.

Hermione mesma vivia dizendo que eu ficava insuportável quando estava com dor de cabeça. Ela gostava de curtir com a minha cara dizendo que eu estava de TPM.

Mas como a situação não era essa, eu já me via no andar de baixo, ofegantes, por ter descido as escadas correndo, pedindo pra que Hermione respirasse fundo enquanto Blás vinha praticamente voando com o carro.

Ela estava grávida. Menino ou menina?

Ela queria deixar pra descobrir na hora.

Agora era a hora.

Infelizmente eu não poderia dar uns dos meus ataques – consequência da minha dor de cabeça – da qual eu dizia – pela milésima vez – que eu não a queria cozinhando, ainda mais no nono mês de gestação.

Carly abriu a porta o mais rápido que pode quando a campainha soou, e Blás correu até mim ajudando a carregar Hermione até o carro.

Ela estaca suando, gemia de dor e dizia que era tudo culpa minha. Blás me olhou divertido, mas nada disse.

E se dissesse, eu o socaria ali mesmo.

Carly foi no banco do carona, e Blás voltou ao volante, e eu com a desmiolada da minha esposa no banco de trás prestes a ter um filho.

Em questão de segundos estávamos no St.Mungus e ela estava sendo levada em uma maca enquanto gritava de dor.

E quando ela sumiu do meu campo de visão fiquei tenso. Eu siplesmente não conseguia pensar.

Não era pai de primeira viajem, era pra eu saber reagir melhor a isso, mas eu simplesmente não conseguia.

Maldita ansiedade.

Segundos depois, dona Narcisa entrou na sala de esfera eufórica.

–Cadê? O que eu perdi? Ela tá bem?

–Mãe, calma...

–Não eu preciso saber se meu neto...

–Mãe!

Ela olhou pra mim e Blás se sentou sorrindo.

–O que você está fazendo aqui? Era pra você estar lá dentro vendo o que vão fzer com sua esposa e...

–Mãe!

Ela fechou os olhos e respirou fundo.

–Desculpe. Eu só estou ansiosa.

–Não é a única. –Blás disse fazendo com que eu olhasse feio em sua direção.

Ele abaixou o rosto.

–Afinal, onde está minha neta?

Carly brotou de algum lugar correndo até a avó.

–Oi vó!

A s duas se abraçaram.

Suspirei sentando ao lado de Blás.

Isso ia demorar.

(...)

Carly havia sumido junto da minha mãe. A mesma havia dito que iria até a lanchonete e que voltava logo.

E isso já fazia uns 20 minutos

Quando a médica apareceu perguntando por mim, me levantei tão rápido, que cheguei a assustar Blás ao meu lado que se levantou logo em seguida.

–10 galeões que é menina. –Sussurrou enquanto caminhávamos até a médica.

Olhei em sua direção descrente.

–Aceito.

–Oi – A mulher de cabelos negros sorriu gentil e sei que se eu tivesse sorrido de volta e Hermione estivesse do meu lado, ela teria me repreendido.

Então nada fiz do que um simples aceno com a cabeça.

–Quem é o pai?

–Ah, ele – Blás apontou pra mim dando um passo pra trás.

–Só pra dizer que temos um bebê muito saudável e que a mãe esta bem.

Acho que soltei o ar pela primeira vez de que havia entrado no hospital.

–Menino o menina? –Blás colocou as mãos no bolso da calça sorridente.

–Oh, é uma linda garotinha de olhos azuis. – Ela sorriu outra vez e eu não me controlei sorrindo de volta.

–E quando posso vê-las?

A mãe está descansando. Precisa ficar em repouso, já está dormindo, mas para ver... Como disse que se chamava mesmo?

–Ele não disse – Blás sorriu ainda mais se é que isso era possível.

A médica ergueu uma sobrancelha em sua direção e depois olho pra mim aguardando uma resposta.

–O nome dela vai Grace.

Claro – Ela sorriu outra vez e pediu que eu a acompanhasse. Mas quando Blás deu um passo à frente ela o interrompeu.

–Infelizmente, só pode ir de cada vez.

Ele sorriu outra vez dando um passo para trás outra vez.

–É claro que não.

(...)

Acho, que um ser humano não pode passar pó sensação melhor, do que segurar um filho nos braços.

Algo tão delicado. Tão frágil. Que você sente todo o dever de proteger.

De cuidar

De amar

Era uma pena que Hermione estivesse dormindo, e não pudesse segura-la nos braços e transmitir tanto carinho quanto eu fazia naquele momento.

Ela tinha a cara da mãe com toda certeza, cabelos castanhos, e apenas os meus olhos. Seus olhos me visualizavam com curiosidade, como se procurasse algo. E aquilo me comovia.

Não que eu fosse chorar na frente da médica - o que era praticamente impossível e extremamente improvável - que eu sabia que me olhava de esgoela, enquanto fingia pegar sabe se lá o que na bancada de mármore no fim da sala.

Talvez, fosse a delicadeza com que eu segurava Grace.

Mas como eu já havia dito antes, eu não era pai de primeira viajem. Minutos depois ela saiu, dizendo que se eu quisesse sair, era só parar algum enfermeiro no corredor pra não deixar a recém-nascida sozinha.

–Olha só pra você – Peguei em sua mão, minúscula comparada a minha – Tinha que ter a cara da sua mãe assim? Só quis puxar meus olhos?

Grace bocejou.

–Pretende me dar problemas no futuro em moçinha? Sabe que a sua liberdade vai ser menor do que a de sua irmã né?

Ela se remexeu e eu tratei de acomodar a manta melhor.

–Fique você sabendo, que a tendência é eu não soltar você nunca mais. Nem adianta tentar fugir, vou estar sempre lá pra pegar no seu pé.

Ela fez careta como quem iria chorar.

–Não, não –Franzi o cenho enquanto a balançava devagarzinho – Eu estava brincando, eu te dou alguns minutos livres nos finais de semana.


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