Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 62
O Chalé das Conchas


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeey amores!!!!!
Crianças, hoje teremos uma one de um ship que ninguém pode falar mal para mim e sobre o qual eu quase nunca escrevo porque sempre acho que estou estragando os dois. Algum palpite de qual? :)
Beijinhos amores e até semana que vem
(só lembrando para vocês serem cuidadosos nos comentários por que eu aprendi tecnicas de tortura com a querida titia Bellatrix)
E esse capitulo é todinho para a minha leitora linda que eu conheci no evento potterhead ontem :) amei mto te conhecer, Nath!!!!!!!!!
Até semana que vem :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/405880/chapter/62

– Estan demorrando... – Fleur disse baixinho, agarrada ao braço de Bill, do lado de fora do Chalé das Conchas.

– Dobby saiu daqui a uns cinco minutos, já. – Dino falou preocupado. – Acham que...?

O resto da frase, porém, foi abafado pelo estalido alto e forte da aparatação e, há poucos passos de distancia de Bill, Fleur, Luna e Dino, Ron apareceu com Hermione inconsciente nos braços.

– Ron! – Bill exclamou correndo até ele. – O que...?

– Preciso levar a Hermione para dentro. – Ron interrompeu rapidamente o irmão mais velho, o rosto manchado por lagrimas, a voz com um distinto tom de desespero. – Onde eu a coloco?

– Vem – Fleur chamou. – Porr aqui.

Eles mal tinham chegado a porta da casa quando outro som de aparatação preencheu a noite. Harry, Grampo e Dobby apareceram um pouco mais distantes do ponto aonde Ron e Hermione surgiram, mas Ron não olhou para trás, continuou andando rápido com Hermione no colo e levou algum tempo para compreender as palavras de Fleur:

– Leve ela parra o quarrte onde você ficou. Eu já volto.

O ruivo subiu as escadas, ainda tremendo um pouco, ainda chorando. Ele entrou no pequeno quarto, colocou Hermione delicadamente sobre a cama próxima a janela e, com um clique do desiluminador, clareou o cômodo.

Ron se sentou na beirada da cama, segurando a mão de Hermione, que continuava com os olhos fechados, extremamente pálida, o sangue secando no fino corte no pescoço. E ele ficou apenas olhando, querendo desesperadamente fazer alguma coisa para ajuda-la, mas, ao mesmo tempo, não tendo a mínima ideia do que poderia fazer.

– Vamos, Hermione! Acorda, por favor, acorda! – Ele começou em voz baixa. – Por favor... abre os olhos... eu... Mione, acorda...

– Ela não vai acordar, Ron. – Bill disse entrando no quarto.

– O que? – Exclamou. – O que você quer dizer com isso? Ela não...!

– Não! Não, é isso que eu quis dizer. – O mais velho apressou-se a corrigir. – Só quis dizer que ela não vai acordar ainda. – Completou dando ênfase na ultima palavra.

– Ah...

– Ron?

– Que?

– Ela foi torturada, não foi? – Bill perguntou sério.

Ron não respondeu. Ele continuou olhando para Hermione. Não podia responder aquilo. Não podia falar o que tinha acontecido.

– Ronald, vocês...

– Bill! – Ron exclamou de repente, quando um súbito pensamento tomou conta de sua mente. – Você tem que tirar todo mundo d’A Toca!

– O que?

– Eles sabem que eu estou com o Harry agora! – Declarou ainda mais alto, soltando a mão de Hermione, se levantando e virando-se em direção ao irmão mais velho. – Eles vão ir atrás de todo mundo! Tem que tira-los de lá! Gina está em casa não está?

– Sim. – Bill respondeu simplesmente e sem dizer mais nada saiu correndo do quarto.

Ron ouviu-o descendo as escadas, falando alguma coisa para Fleur e ouviu o crispar um pouco mais alto que o normal da lareira, ao mesmo tempo em que voltava ao seu posto ao lado de Hermione. Alguns segundos depois a cunhada entrou no quarto, e hesitou um pouco antes de anunciar:

– O elfe morreu.

– Dobby? – Ron perguntou incrédulo olhando rápido para Fleur.

– Sim. – Ela respondeu olhando para baixo. – Alguém atirrou uma faca no peito dele.

Ronald se voltou outra vez para Hermione, olhando o fino corte no pescoço da garota.

– É... acho que sei quem foi. – Falou com raiva, a voz baixa saindo entre os dentes. – Harry está bem?

– Acho que sim. – Fleur respondeu, visivelmente aliviada com a mudança de assunto. – Ele só está... ah...

– É, eu sei...

E ele realmente sabia. Era medo, alivio, tristeza e desespero.

– Ela vai ficarr bem. – Fleur disse depois de alguns segundos, se aproximando de Hermione.

– Tem certeza? – Ron levantou o rosto esperançoso para ela.

– Vai sim. – A mulher sorriu. – Eu precise cuidar dos outres agorra.

– Tudo bem.

Ela deixou os dois sozinhos no quarto. Ron ainda sentado na beirada da cama, olhando fixamente para Hermione enquanto segurava sua mão ligeiramente fria. Levaram alguns minutos até que ela soltasse um gemido e se mexesse lentamente até finalmente abrir os olhos.

– Oi. – Ron sorriu.

– Ron...

– É... er... estamos no Chalé das Conchas, a casa do Bill e da Fleur. – Ele informou. – Você está bem?

– Acho que sim. – Ela tentou se levantar, mas Ron colocou levemente a mão no ombro dela, impedindo-a.

– Acho melhor você ficar deitada. – Disse preocupado.

– Não sei direito como conseguimos sair de lá.

– Longa historia. Eu te explico mais tarde.

Ela assentiu devagar com a cabeça, concordando.

– Estão todos bem?

Ron abriu a boca, mas logo fechou-a outra vez, desviando o olhar do de Hermione.

– O que foi? – Ela perguntou preocupada, uma nota de histerismo na voz. – O que aconteceu? Quem...?

– Todos vão ficar bem, mas... er...

– Ron...

– Dobby morreu. Bellatrix o matou.

A garota pareceu confusa por um momento e logo depois fechou lentamente os olhos e grossas lagrimas começaram a escorrer por debaixo de suas pálpebras.

– Acho que foi uma noite bastante boa para ela, não é? – Hermione disse abrindo os olhos.

– Nem tanto já que todos nós conseguimos fugir. – Ele deu de ombros. – Wormtail também morreu. A mão dele... – Ron parou de falar, incapaz de narrar, pelo menos por hora, o que tinha acontecido no porão da Mansão dos Malfoy.

– Bom... – Ela disse devagar. – Pelo menos uma noticia boa, eu acho...

– Eu... eu achei que ela fosse te matar. – Ronald disse olhando para as mãos ainda entrelaçadas dos dois.

– É, eu também. – Ela respondeu também abaixando os olhos.

– Eu realmente achei. E depois Greyback e...

– Ron... – Ela interrompeu. – Nós conseguimos escapar.

– Eu sei. Mas mesmo assim. – Ele balançou a cabeça. – Dobby morreu indo nos salvar e você... ela torturou você!

– É o que ela mais gosta de fazer, não é? Acho que não poderíamos esperar nada diferente.

– Hermione... eu...

– O importante é que conseguimos fugir. – Ela interrompeu-o.

– É... é sim. – Ron voltou a olha-la atentamente e assim ficou por alguns segundos de silencio.

– Acho que me lembro de ter visto, ou ouvido, não sei, o Dobby. – Hermione falou estreitando um pouco os olhos. – Ele que nos tirou de lá, então?

– É.

– Ron! – Hermione soltou um grito esganiçado que fez o garoto pular da cama e se virar empunhando a varinha para a porta.

– O que foi? – Perguntou assustado virando para ela outra vez.

– Sua família! Eles sabem que você está com a gente agora! Temos que...

– Tudo bem. Bill foi tirar eles d’A Toca. – Informou, se sentando novamente.

– Para onde eles vão?

– Não sei. Acho que para a tia Muriel. Acho que é o lugar mais seguro agora.

– Eles não vão mais poder trabalhar, não é?

– Não. Mas... bom, acho que isso era só uma questão de tempo, não?

– Acho que sim.

Ela parecia ter recuperado um pouco de cor, e com a ajuda de Ron, se sentou vagarosamente na cama. Ele arrumou um travesseiro as suas costas e voltou a segurar a mão dela. Mais uma vez eles ficaram quietos, pelo menos até que uma batida na porta os interrompesse.

– Você está legal, Hermione? – Dino perguntou entrando no quarto.

– Acho que sim. Só um pouco... bom, vou ficar bem. – Ela sorriu fracamente.

– Ah... Ron... o Harry está lá fora cavando uma cova para o Dobby. Bem, eu acho que podíamos ir ajudar.

– Sim, acho que sim. Eu já vou descer então.

Dino assentou e saiu do quarto, lançando um olhar entre divertido e preocupado para Ron e Hermione antes de fechar outra vez a porta.

– Acho melhor eu ir ajuda-lo mesmo. – Disse se levantando por fim.

– Eu vou descer quando forem, sabe... enterra-lo.

Ron concordou com e já estava do lado de fora do quarto, com a mão na maçaneta para fecha-la ao sair quando Hermione o chamou, fazendo-o virar a cabeça para ela.

– Obrigada. – Hermione agradeceu meio timidamente.

Ron sorriu para ela e deu um breve aceno com a cabeça.

– Vou pedir para a Luna ficar aqui com você. – Falou ainda sorrindo e fechou a porta atrás de si.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!