Uma Nova Chance escrita por Lady Padackles


Capítulo 37
Capítulo 36




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Dean mal pôde acreditar. Esfregou seus olhos quase sem querer, tentando ter certeza que o que via não era uma miragem. E então ele finalmente sorriu e correu em direção aos seus pais, com o coração batendo acelerado. Foi primeiro de encontro aos braços de Roger, e depois abraçou também a mãe e a irmãzinha.

Sam mal podia se conter de tanta felicidade. Não só Roger, mas por algum milagre, também Sarah estava ali para ver o filho. E por pior que ela fosse, Dean parecia bastante contente em vê-la. Sam, que havia deixado seus pais no jardim para procurar Dean, agora pretendia que todos se unissem para um dia maravilhoso.

Sam já ia propôr que fossem juntos ao jardim, quando Sarah, lançando a Roger um olhar um tanto raivoso, pediu:

– Dean, fique com a sua irmãzinha, eu e Roger temos muito o que conversar...

O louro estremeceu. Só naquele momento lembrou-se da mágoa que Sarah tinha de Roger, e de como isso poderia estragar-lhes o dia. Teve medo também que Sarah, de alguma forma, afugentasse seu pai. Talvez este fosse o verdadeiro motivo dela estar ali...

Apesar de temeroso, Dean estava tão feliz que deixou esses pensamentos de lado. Avisou aos pais que estaria no jardim com Sam e sua família, deu à mão à Mackenzie e levou-a consigo.

– Que pena que a minha irmã não pôde vir... – comentou então Sam, tentando puxar assunto com a pequena. – A minha irmã é um pouco mais velha que você, o nome dela é Megan.

Mackenzie parecia nem escutar. Estava concentrada em esmagar com os pés todos os insetos e pequenos moluscos que via pelo caminho.

– Mackie, deixa os bichinhos em paz! – reclamou Dean.

– Eu não! Não tem nada de legal pra eu fazer aqui... Vou matar tudo que eu achar pelo caminho! – desafiou a garotinha, maldosamente.

Em seguida, a menina viu uma linda borboleta preta e amarela pousada. Sem titubear, aproximou-se lentamente, e agarrou-a com a mãos.

– Mackie, solta ela! – Dean pediu suplicante.

A lourinha apenas riu e balançou a cabeça negativamente. Dean segurou a irmã, tentando fazê-la soltar, mas foi em vão. Em pouco tempo a borboletinha já estava esmagada, deixando o menino desolado.

Como uma criança tão bonitinha podia ser assim tão má? Sam estremeceu com o olhar duro e frio que a irmã de seu namorado exibia. Se ela agia assim aos nove anos, imagina quando crescesse. No mínimo se tornaria uma serial killer...

Assim que encontraram os pais de Sam, entretanto, o comportamento de Mackenzie mudou.

– Que amor de criança... – comentavam os dois, enquanto Sam e Dean se entreolhavam incrédulos.

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Já era hora do almoço, e nem sinal de Roger e Sarah... Sam suava frio. Se Mackenzie era uma assassina mirim, talvez tivesse aprendido com a mãe... Talvez agora Roger estivesse morto, enterrado em uma cova rasa, e Sarah já estivesse bem longe dali. Pobre Dean, como iria sofrer... Os olhos de Sam encheram-se de lágrimas. Ele olhou para o namorado que, inocente, parecia não pensar em mais nada a não ser em distrair sua irmãzinha. Dean segurava Mackenzie no colo e rodava para fazê-la rir.

Sam sorriu aliviado quando os pais de Dean finalmente apareceram. Graças a Deus ele e seu amor não precisariam acabar de criar aquela peste... Ele já estava imaginando a menina, grande e malvada, beliscando os pequeninos Thomas, Justice e Shepherd.

Dean, feliz com o retorno dos pais, apresentou-os aos pais de Sam, e os sete seguiram para o salão almoçar. Foi com alegria que o louro percebeu que Roger e Sarah não pareciam zangados um com o outro. Muito pelo contrário, trocavam gentilezas... Até demais...

– Dean, eu e Mark nos separamos... Nossa relação estava muito ruim... Ele foi embora. – Sarah então contou ao filho, casualmente, como se contasse sobre um detalhe pouco importante de sua vida.

Dean, que não gostava do padrasto, comemorou por dentro. Mas e Mackenzie? Estaria a irmãzinha sofrendo com isso? Afinal Mark era seu pai...

– E a Mackie? – Ele perguntou para a mãe baixinho, percebendo que a irmã estava distraída esfaqueando a salsinha em seu prato.

– O que tem a sua irmã?

– Como ela está? Muito triste? O Mark vai visitá-la?

– Dean, a Mackie tem nove anos... Ela não entende de nada. Ela até já deve ter esquecido que o pai existe...

Dizendo isso, Sarah olhou para o outro lado, encarando Roger.

– Você quer mais um pouco de suco? Deixa que eu te sirvo...

Dean estava perplexo. Pobre Mackenzie... Que criatura pouco sensível era a sua mãe... Talvez isso estivesse afetando o comportamento da irmãzinha.

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A conversa rolou animada o resto do dia. Os Campbell e os Winchester se gostaram, e tiveram um dia bastante agradável. Quando finalmente foram embora, Dean e Sam sentiam-se felizes. Dean mal podia acreditar o quão incrível seu dia havia sido. Sam ainda planejava o desfecho perfeito. Queria terminar aquele dia com chave de ouro...

– Dean... – Sam falou dengoso.

O louro sorriu, vendo o olhar libidinoso que o moreno lhe lançava. Com certeza iria convidá-lo para uns amassos no quarto.

– Vamos até a praia? – propôs então Sam, surpreendendo o namorado.

– Até a praia? Sammy... Você quer fugir de novo? Está maluco?

– Maluco não... Eu planejei tudo direitinho. O Clark vai me ajudar a distrair o segurança, e aí a gente pula o muro!

– A gente vai se esborrachar no chão... Você tem cada ideia, Sammy... – Dean respondeu, dessa vez sorrindo. Sam definitivamente tinha um parafuso a menos...

– Nós não vamos nos machucar... Eu sei escalar essas pedras muito bem, e posso te ajudar... – Sam suspirou, precisava convencer seu namorado. – Eu planejei uma noite perfeita para comemorar esse dia... – o moreno então falou imprimindo em sua voz um tom bastante sugestivo.

Foi o suficiente para Dean entender as intenções do namorado. Há tempos que Sam não tocava no assunto “sexo”, e o louro sabia que com certeza ele estava tramando alguma coisa. O menino sorriu. Sam era fofo por planejar tudo para aquela noite. Mas fugir até a praia, pulando o muro em cima de uma pedreira era loucura total...

Dean se aproximou do moreno e passou um dos braços por cima de seus ombros.

– Sammy... Eu sei que você gosta da praia... Mas é perigoso! Ainda mais de noite... E além de tudo, eu estou tão cansado... A gente podia ficar no meu quarto hoje e...

– Mas no seu quarto não é especial! – reclamou Sam, cortando o namorado.

Dean suspirou. Não queria magoar Sam, mas também não podia deixar que a loucura do moreno lhes colocasse em apuros. Além de tudo era um tanto intimidador planejar um horário e local específicos para ter sua primeira noite de amor. Era pressão demais...

– Sammy... Olha... Hmmm... – o louro não sabia mesmo o que dizer. Sam olhava para ele com um olhar de cachorrinho pidão de cortar o coração. – Hoje já foi um dia cheio demais... Já foi um dia especial... Não é melhor fazermos isso num dia comum, para torná-lo especial também? E aí todos as nossas lembranças desse dia vão ser só de nós dois, da nossa noite de amor...

Sam sentiu seus olhos lacrimejaram. Ele tinha planejado tudo com tanto cuidado... Até um piquenique noturno já estava todo embaladinho em sua mochila. Mas talvez tivesse sido precipitado demais. Dean tinha razão... Deveriam comemorar aquele dia. Finalmente um dia de visitas feliz, ao lado do seu amor e seus familiares... Cada coisa a seu tempo... Eles tinham uma vida inteira pela frente.

– Tudo bem, Dean... Vamos pro seu quarto. – o menino disse finalmente, abraçando o namorado.

Lá chegando, montou um delicioso lanche na escrivaninha do louro, que ficou bastante surpreso.

– Poxa, Sammy... Desculpa de ter estragado o seu piquenique... – suspirou o menino, sentindo-se um tanto culpado. – Oba, bolo de chocolate! – ele comemorou em seguida, servindo-se de um belo pedaço.

Que coisa mais fofa era Dean comendo bolo, feliz como uma criança.

– É o seu predileto... – Falou Sam sorrindo. Depois completou: - Não tem problema. Fazemos o piquenique aqui mesmo... Mas você vai me prometer que na primeira oportunidade vai até a praia comigo...

Dean engoliu em seco com o olhar de expectativa do moreno. Seria obrigado a ceder algum momento...

– Tudo bem, Sammy... Eu prometo.


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