Quanto Tudo Começou A Mudar. escrita por Lina Pond


Capítulo 35
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

THE LAST.



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Caminhei lentamente pelo mar de pessoas que corriam para não perder o trem. Lá longe a imagem de Aaron, meus pais e Lizzie, carregando James, iam ficando borrada. Eu continuava acenando, acenando, acenando como se pudesse nunca perder eles de vista. Mas esbarrei em uma senhora que usava terninho que ficou realmente brava comigo e então os perdi de vista. Subi no trem cabisbaixa, procurando pelo número do meu acento. Sempre achei que o dia em que saísse de Long Live seria o melhor dia da minha vida, mas havia um buraco enorme no meu peito.

Quando finalmente me sentei, puxei o envelope pardo que Aaron tinha me entregado antes de me dar um último beijo. O abri levemente e tirei sua pequena carta. Comecei a ler:

“Um tempo atrás você me escreveu uma carta. Na época nós éramos duas pessoas diferentes, separadas. Hoje somos praticamente um. Nós passamos por tanta coisa, histórias que só nós e sua pulseira podemos contar. Histórias tristes, noites mal dormidas, mas também histórias lindas, histórias que contaremos aos nossos netos, histórias de como nosso amor era maior que tudo. Nesses tempo, eu te vi crescer e eu cresci contigo. Você era a garotinha tímida que vivia no calcanhar da melhor amiga bêbada. E olha só o que você se tornou: Uma mulher que conseguiu passar na faculdade de jornalismo na universidade dos sonhos, uma tia que acabou se tornando uma segunda mãe, uma adolescente que se tornou a adulta mais responsável que eu conheço. E você se tornou a mulher da minha vida. Desde a primeira vez em que você sorriu e eu sabia que aquele sorriso era pra mim, eu quis que todos os seus sorrisos fossem meus. Isso soa um pouco possessivo, enfim. Meu amor, agora você vai estar a alguns quilômetros de mim, vivendo seu sonho e compartilhando ele comigo todo final de semana. E é louco como você provavelmente só se soltou de mim há alguns segundos e eu já sinto sua falta. E eu vou sentir até quando nós morarmos na mesma casa e você for até a cozinha e eu tiver que ficar na sala. Que sorte nós temos. Tão jovens e já encontramos o amor das nossas vidas. O que mais eu posso dizer? Que eu te amo até mal humorada, aborrecida, fazendo bico, escondendo coisas, fugindo de perguntas, sorrindo e chorando para o mar. Uma vez você me disse que eu sou seu mar. E eu acho que nunca fui tão feliz. Volta logo. Você é meu céu. Eu não sou nada, sem refletir você.

Te amo.

Obs: Agora você pode abrir o presente.”

Enxuguei as lágrimas que começavam a descer pelo meu rosto e puxei da minha bolsa a pequena caixinha que provavelmente viria com mais um pingente para nossa história. Pensei em uma cartinha, ou um trem. Seria genial. Mas normalmente eu não acertava o que Aaron ia colocar na pulseira. Balancei a caixinha tentando adivinhar o que era.

O trem andava lentamente enquanto a cidade de começava a surgir com seus grandes prédios e ruas movimentadas. E senti uma falta louca de casa.

Abri a caixinha já arrumando minha pulseira, quando encontrei uma aliança e um bilhete.

“Criando uma nova tradição. Talvez eu goste mesmo de joias. Casa comigo?”

Eu tinha mudado. O mundo tinha mudado. E eu não era ninguém longe do meu lar. E do amor da minha vida.

Aaron, você é meu sonho.

                                       FIM


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Notas finais do capítulo

Porque terminar coisas é tão ruim, né? Eu só queria agradecer todas as pessoas que acompanharam a história da Emma e do Aaron, vocês foram maravilhosos e me deixavam muito feliz. Obrigado por isso e espero que tenham gostado tanto quanto eu. Até a próxima ♥



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