I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 7
Resgate no aeroporto.


Notas iniciais do capítulo

Ufa! Consegui terminar esse capítulo. Me desculpem pela demora, mas é facilmente justificável, se compararem o tamanho desse capítulo com os outros vão ver que não foi fácil. E também, estou numa fase meio complicada. Mas isso não vem ao caso. Aos que não gostam de ler capítulos grandes: minhas sinceras desculpas. É que eu não poderia simplesmente dividi-lo, é isso.
Espero que gostem!



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...

Os orbes azuis de Naruto saltaram devido ao susto. Bateu com as mãos na mesa, se colocando se pé e encarando Jiraiya.

– O QUE? HOJE!? – Perguntou com a voz esganiçada.

Jiraiya pode apenas observar, confuso, uma cabeleira loira sair correndo dali sem nem esperar uma resposta. O garoto entrou em seu quarto em tamanha velocidade que escorregou, caindo sobre sua própria bagunça. O barulho de um corpo batendo no chão pôde ser ouvido por toda a casa.

O loiro corria de um lado para o outro mais rápido que um raio. Jiraiya foi até a porta do quarto para saber o que estava acontecendo. Parou encostado na mesma, cruzando os braços e sorrindo levemente. Naruto o olhou por um momento, durante a tentativa de se manter em pé, pois pulava numa perna só, tentando vestir a calça jeans com uma única mão enquanto colocava sua camiseta branca, com a outra. Sua boca se encontrava cheia de espuma de creme dental junto com uma escova de dente.

Esse moleque... Já não consegue fazer uma coisa direito. Agora esta tentando fazer três ao mesmo tempo?, pensou Jiraiya, divertindo-se com a cena. Em alguns segundos de distração, Naruto perdeu o equilíbrio e desabou de cara no chão, ou melhor, na bagunça, fazendo várias peças de roupa suja e restos de comidas voarem. O homem parado na porta não aguentou e acabou gargalhando.

– Do que você está rindo, em velho tarado? – O loiro perguntou, estressado, ainda no chão.

– Ainda é muito cedo, baka! – Ele disse, ignorando a pergunta. – Aonde vai com tanta pressa? – Perguntou com dificuldade, tentando parar de rir.

O garoto se pôs de pé, bufando de raiva, com uma cueca do super-homem repousada no topo de sua cabeça. Era melhor nem saber se estava limpa ou não...

– Preciso alcançar o Sasuke... – Naruto respondeu cabisbaixo, sem prestar muita atenção no homem de cabelos brancos. Em seguida voltou a se vestir, dessa vez de forma correta, tirando a própria cueca da cabeça e a jogando por cima do ombro.

– O que? Você sabe que horas são? – Jiraiya perguntou mudando de humor, seu rosto ficou serio. Esse garoto é mesmo um desmiolado, pensou.

– Não quero saber! Eu preciso de um plano o mais rápido possível e...

– Precisa mesmo... – Jiraiya murmurou, revirando os olhos em sentido zombeiro, interrompendo o garoto.

– O que disse ai, velho tarado? – Naruto estreitou os olhos para ele.

– Nada, nada. – Respondeu desinteressado.

O loiro ficou desconfiado, mas continuou.

– Como eu estava dizendo... Eu preciso de um plano e sei quem pode me ajudar! To certo!

– Tudo bem, Naruto. Vejo que está motivado a seguir em frente com essa idiotice. Então, preste bem atenção no que vou te falar agora.

– ... – Os orbes de Naruto paralisaram no rosto de Jiraiya, esperando pela continuação.

– O Sasuke está andando com um velho conhecido meu. Orochimaru. Você não tem ideia do quanto ele é perigoso, mas não tenho tempo de te contar toda a história agora. Só digo para tomar muito cuidado, ele não é o tipo de cara que eu queira cruzar em uma rua escura.

O loiro engoliu em seco quando Jiraiya fez uma pausa, para analisar a expressão do garoto. Em seguida continuou:

–... Orochimaru faz coisas que você jamais vai querer saber.

Naruto cerrou os pulsos e trincou os dentes, imaginando como seu melhor amigo foi se envolver com alguém assim.

Já passou da hora dele amadurecer, Jiraiya pensou observando o garoto enraivado a sua frente.

Enquanto isso, em uma varanda a alguns quarteirões dali.

As cortinas balançavam descontroladamente. O vento quente ultrapassava a porta de vidro aberta de uma varanda, fazendo com que alguns fios de cabelo rosado dançassem com ele. O sol invadiu o quarto e as primeiras luzes do dia encontraram o rosto de Sakura.

Droga, porque não fechei a porta ontem?, ela se repreendeu em pensamento, ainda de olhos fechados. Tinha sido a noite mais difícil na vida daquela garota, até agora. Sua cabeça e seu corpo doíam tanto que ela não se preocupou em fechar cortinas e portas na madrugada passada.

Ela não queria se mexer e muito menos levantar, queria fica ali em estado vegetativo para sempre. Sakura se sentia um peso morto em cima daquela cama. Era difícil explicar a tristeza que se alojava em seu peito. A luz a incomodou mais uma vez. Ela não entendia o porquê de estar tão quente naquela manhã, já que durante a madrugada o céu parecia desabar para causar o próximo dilúvio.

Mesmo contrariada, Sakura se pôs de pé com dificuldade e na velocidade de uma tartaruga. Deu alguns passos, doloridos. E, antes de chegar à varanda para fechar a porta, a garota teve coragem de virar o rosto e se olhar no espelho. A pior decisão que poderia tomar. Encontrava-se em um estado deplorável. Seu rosto estava inchado de tanto chorar, ao redor dos olhos viu a maquiagem borrada, o que a deixou com a aparência de um urso panda. O rímel havia escorrido junto com as lágrimas da noite passada e formavam um caminho preto em suas bochechas pálidas. Os cabelos rosados se assemelhavam a um ninho de passarinhos. A garota ainda estava usando o vestido da formatura, o qual não se importou em tirar ao chegar em casa, não era importante no momento, e agora ele se encontrava totalmente amarrotado, porém, tudo aquilo tinha concerto – um banho, uma troca de roupa, uma escova. – menos seu coração. Quase pôde sentir o frio e o vazio que emanavam dele. Estava passando por mudanças e não tinha certeza se aquilo era bom ou ruim.

Sakura desviou seu olhar triste do espelho e seus pensamentos, virando-se para fechar a porta, mas desistiu ao sentir ao sentir o sol tocar seu rosto, aquilo a lembrou de seu único sonho/pesadelo durante toda a madrugada. Fechou os olhos. Aquela era a parte boa do sonho, e Sakura não queria que a ruim chegasse. Felizmente ela não estava em um campo onde um buraco se formaria aos seus pés, consequentemente aquele garotinho assustado não apareceria para aterrorizá-la com seus gritos.

Um corvo negro pousou na varanda de Sakura, sem que ela percebesse. A garota estava mergulhada em pensamentos quando de repente o corvo grita, assustando-a. A rosada deu um pequeno salto para trás e quando viu já estava de bunda no chão, encarando o pássaro com os olhos arregalados. O barulho que Sakura causou fez com que o corvo levantasse vôo de imediato. A rosada só pode definir aquele momento como: Estranho. Já que nunca tinha nunca tinha visto aquele tipo de pássaro naquele bairro.

Ainda assombrada com o que tinha acabado de acontecer, a garota resolveu voltar para a cama, decidiu que passaria a eternidade ali, pois era o único porto seguro que lhe restava. Não sentia nem vestígio de fome. Jogou-se na cama do jeito que estava e pegou o celular para ver as horas. Ainda era muito cedo, mas para a surpresa de Sakura, ali havia uma nova mensagem.

– Essa hora? Quem pode ser? – Sussurrou para si mesma e percebeu que estava quase sem voz.

msg: “Não se preocupe, Sakura-chan. Vou trazer o Sasuke de volta pra você. To certo! Naruto.”

Naruto? Sakura piscou algumas vezes e esfregou os olhos com as costas das mãos. Ela estava lendo certo? O que aconteceu para Naruto estar acordado tão cedo? E como assim traria Sasuke de volta para ela? Que tipo de promessa ilusória era aquela agora? Essas e mais outras eram as perguntas que rodaram pela mente turbulenta da rosada ao ler a mensagem de texto.

Já não bastava a noite complicada e a madrugada mal dormida, agora o dia lhe prometia mais surpresas.

É, Sakura, a sorte nunca está ao seu favor, pensou enquanto algumas lágrimas lhe molhavam a face.

Será que estava permanentemente condenada a viver triste daquele jeito? Ela não tinha certeza, só sabia, de alguma forma, que aquele dia a definiria para os próximos anos de sua vida.


Alguns minutos depois. Longe dali.



Um nariz bronzeado cortava o vento a toda velocidade, os cabelos loiros arrepiados balançavam descontroladamente. O garoto tinha uma expressão preocupada em sua face, combinando perfeitamente com toda a tensão que residia em seu corpo.


Em sua mão direita estava seu celular, o qual acabara de usar para fazer uma ligação. Seu estômago roncou, e só então se deu conta de que não havia comido nada antes de sair as pressas de casa, deixando para trás perguntas e questionamentos de um homem cinqüentão.

Dobrou mais uma esquina, olhando atentamente para a placa que informava o nome da rua. Só tinha ido ali uma vez e aquele não era a melhor hora para se perder. Naruto fitou a casa branca no final da rua. Era aquela, ele não tinha errado o caminho, graças a Kami. E quando finalmente parou de correr, já estava de frente a tal casa, apoiando-se nos joelhos com a palma das mãos e respirando ofegante. Tocou a campainha e esperou. Nada. Tocou novamente. Alguns longos segundos se passaram até que o loiro ouviu a porta sendo destrancada.

– Esperou que seja caso de vida ou morte para ter me acordado tão cedo em pleno sábado... – Disse Shikamaru, com uma voz sonolenta, segurando a porta com uma mão enquanto esfregava os olhos com a outra.

O Nara estava usando apenas a calça de um pijama preto, os cabelos presos como sempre em um rabo de cavalo e os pés descalços pareciam inquietos em contato com o chão gelado.

Naruto o olhou ainda apoiando as mãos nos joelhos e respirando com dificuldade. O ar simplesmente parecia não querer entrar e sair dos seus pulmões de forma sincronizada, como naturalmente era.

– Eu preciso muito da sua ajuda! – O loiro disse entre uma respiração funda e outra.

– Entre.

Shikamaru lhe deu passagem e o guiou até a sala, onde se sentaram um de frente pro outro.

– Não podemos perder tempo... – Naruto explicou e contou toda a história da forma mais resumida que pôde.

O amigo ouviu sem interromper, analisando cada frase. Seu rosto se manteve sério até Naruto terminar. Então respirou fundo e disse:

– Isso é problemático! E o que exatamente você quer que eu faça?

– Você é o cara mais inteligente que eu conheço – Naruto revelou meio sem graça. – Preciso de um plano, não posso fazer isso sozinho.

– Hm... – Shikamaru abriu um pequeno sorriso, de cabeça baixa e olhos fechados. Não é sempre que você escuta Uzumaki Naruto admitindo que não possa fazer algo sozinho. – Vou ligar pro Chouji.

Algumas horas depois.

Cinco garotos e um cão estavam de tocaia dentro de um carro. Naruto ao volante, com Shikamaru logo ao seu lado. Esperavam do lado de fora do aeroporto, olhando para a entrada principal, onde Sasuke teria que passar em algum momento.

– Precisava mesmo ter trago esse cachorro com você, Kiba? – Neji perguntou sem olhá-lo diretamente, cruzando os braços.

– Eu não saio de casa sem ele – Respondeu o Inuzuka, sorrindo. Depois olhou para seu colo, encarando o cão no meio de suas pernas. – Não é mesmo, Akamaru?

– Au! – Ele latiu alegre em resposta.

– Quanto tempo vamos ter que esperar aqui? – Chouji reclamou entre uma batatinha e outra. Já era o terceiro pacote de batata frita que ele devorava.

Shikamaru olhou no relógio de pulso. 08h45min.

– Bom, já está quase na hora. – Respondeu. – Sasuke deve aparecer aqui a qualquer momento.

Naruto tamborilava os dedos impacientes no volante, sua perna direita balançava em um ritmo rápido, mostrando claramente o quanto estava ansioso e preocupado ao mesmo tempo. Shikamaru o analisava, lembrando-se de uma vez que...

Modo lembranças – on

O pátio da pré-escola encontrava-se cheio de folhas secas espalhadas aos montes pelo chão, devido ao outono. Shikamaru, Chouji e Kiba resolveram matar aula para brincarem ali. Era um gosto que eles tinham em comum. Ambos corriam apressados pelos corredores da escola, com um sorriso enorme no rosto, não viam à hora de se jogarem naqueles montes de folhas. Mas para surpresa dos garotos, encontraram mais do que esperavam no pátio.

Três meninos mais velhos ameaçavam alguém que estava caído no chão. Chouji olhou preocupado para Shikamaru, que não conseguia tirar os olhos da cena. Kiba não pensou duas vezes e se aproximou devagar da briga, escondendo-se atrás de uma arvore bem próxima.

Kiba, baka!, pensou o Nara, mordendo o lábio, tenso. Então puxou o melhor amigo ao seu lado pela camiseta e se juntou ao Inuzuka. Eles ficaram ali, espiando assustados, enquanto um dos garotos mais velhos – o mais alto dos três, com cabelos de um tom loiro pálido que formavam um pequeno topete perto da testa – fazia ameaças ao garotinho caído no chão. Shikamaru não demorou a reconhecê-lo, era Uchiha Sasuke quem recebia a ameaça, eles estudavam na mesma sala desde que entraram para a pré-escola. Aquilo definitivamente não era justo. Foi quando Shikamaru realmente se apavorou, viu o menino mais alto falar em tom autoritário:

– Segurem ele! Vou ensiná-lo a não mexer com a irmã dos outros.

O sorriso estampado no rosto do menino era malicioso.

– Eles vão... – Kiba sussurrou. Eles já tinham entendido o que aconteceria ali.

O Uchiha estava sendo posto de pé, segurado pelos braços, seu rosto se manteve o tempo todo virado para baixo, ninguém conseguia ver sua expressão, muito menos detrás daquela arvore.

Shikamaru sentiu vontade de ajudá-lo, mas o que poderia fazer alem de apanhar junto com ele? Alem do mais, mal conhecia Sasuke, pois o mesmo sempre foi muito arrogante e não se enturmava com ninguém, apenas com um loiro hiperativo, com quem parecia ter um vinculo realmente forte.

– Anda logo, Koji! – Gritou um dos garotos que seguravam Sasuke.

Koji. Então era esse o nome do infeliz que estava prestes a socar, sem piedade, o Uchiha no estômago.

Shikamaru fechou os olhos com força segundos antes de isso acontecer, mas para sua surpresa... Não aconteceu. Então abriu rapidamente os olhos e viu, estupefato, a cena em sua frente.

Era Naruto, ele havia chegado no último segundo. Estava, de algum modo, tendo força o suficiente para segurar o punho de Koji.

– Nunca mais... Encoste essa mão suja no meu melhor amigo! – O Uzumaki disse, olhando com fúria para o garoto a sua frente.

Junto com Naruto chegaram Anko-sensei e Mizuki-sensei.

– O que está acontecendo aqui!? – Anko gritou, fazendo os três garotos mais velhos saírem correndo, largando Sasuke no chão, que foi rapidamente amparado pelo amigo Uzumaki.

– Vamos dar o fora daqui, galera... – Sugeriu Chouji para os amigos e ambos afirmaram com a cabeça.

Mas antes de sair, Shikamaru pôde ouvir a última frase de Naruto para o amigo que segurava:

– Não importa o que aconteça, eu sempre estarei com você. Pode contar comigo!

Modo lembranças – off

Depois de seu devaneio, o Nara voltou a fitar a entrada do aeroporto, impaciente. Ele sabia muito bem que Sasuke era importante para Naruto e só aceitou estar ali agora por ter certeza de tal fato. Também sabia como o loiro ao seu lado estava se sentindo, pois para Shikamaru, Chouji era como um irmão de outra mãe, assim como o Uchiha era para Naruto. E faria o mesmo, ou até mais, para não perder o melhor amigo.

– Eles chegaram! – O Uzumaki quase se jogou para fora do carro, mas foi contido por Shikamaru... E Neji, que estava no bando atrás de Naruto.

– Se acalme, não podemos fazer um escândalo – Neji avisou, rapidamente. – Ou vamos sair daqui direto pra delegacia.

Que se dane a delegacia!, pensou Naruto, irritado. Ele se acalmou no banco e soltou os braços dos amigos que o seguravam, sem conseguir desviar os olhos do Uchiha que acabara de descer de um carro preto junto com o homem que o loiro julgou ser o tal Orochimaru. Aquele olhar de cobra o irritou profundamente.

Também desceu, do lado oposto do carro, um rapaz de cabelos prateados e óculos arredondados. Este abriu o porta malas e pegou a única bagagem ali presente. Um outro carro, muito semelhante, estacionou atrás deles. Deste desceram quatro pessoas: três homens e uma mulher. Todos vestiam ternos pretos e camisa branca, mesmo com o calor que fazia naquele momento. Ao saírem do carro ambos olhavam em volta, pareciam investigar o local.

Esses caras vão ser um problema, pensou Shikamaru, balançando a cabeça negativamente. Neji compartilhava da mesma linha de raciocínio e mordeu o lábio, preocupado.

– O que faremos agora, Shikamaru? – Perguntou.

O silêncio se estabeleceu ali por alguns instantes. A cabeça de Shikamaru trabalhava o mais rápido que podia.

– Vamos ter que nos dividir – Falou finalmente e todos o encararam. – O que Naruto precisa é de um tempo para conversar com Sasuke e convencê-lo a voltar, então daremos esse tempo a ele.

– Está sugerindo que a gente distraia esses brutamontes? – Kiba perguntou, parecendo um pouco confuso.

– Exatamente. – Shikamaru respondeu friamente. – Vamos logo, não podemos perder mais tempo. Se eles entrarem no aeroporto não poderemos fazer nada.

Dito isso todos saíram do carro, apressados, caminhando a passos largos até Sasuke. Vendo onde os garotos queriam chegar, Orochimaru fez um sinal para “os brutamontes”, que se colocaram imediatamente entre eles e o pequeno Uchiha.

O moreno fitava o chão, cabisbaixo, até que viu a movimentação estranha e levantou seu olhar, encarando diretamente o ex melhor amigo. Sasuke se manteve frio e respirou profundamente, mostrando insatisfação. Ele não queria que o Uzumaki estivesse ali, não queria que ele se envolvesse com Orochimaru e sua gangue de palhaços. Estava, até o momento, tentando de tudo para mantê-lo afastado, mas o dobe era mais estúpido do que ele pensava.

– Vamos. – Sasuke disse para Orochimaru, já começando a andar em direção a entrada do aeroporto, com a intenção de evitar um confronto ou qualquer tipo de aproximação.

– Espere, meu jovem – O homem lhe segurou o braço, sorrindo de canto, parecia estranhamente animado e interessado no que iria acontecer. – Vamos ver o que esses rapazes querem conosco.

Droga!, pensou Sasuke.

Naruto, como era de se esperar, foi o primeiro a tentar se aproximar de Sasuke, mas uma ruiva esquisita entrou em sua frente, dizendo:

– Onde pensa que vai, pirralho? – Ela sorriu com o canto da boca.

Ele a ignorou e tentou afastá-la, colocando a mão no braço direto da ruiva e a empurrando para o lado, mas foi em vão, ela não se moveu nem um milímetro. Ao contrário, aquilo só despertou raiva na garota, que o olhou com fúria. Em quentão de segundos o loiro já estava de costas no chão, sem saber o que o atingiu. Sentiu a dor tomar conta de seu corpo devido ao golpe recebido e se contorceu de dor.

Os amigos de Naruto estavam pasmos.

Ela é rápida!, pensou Shikamaru, assustando. Ao perceber o próximo movimento da garota o Nara se colocou na frente do amigo, com os braços abertos, protegendo-o. A ruiva estava pronta para socar o estômago de Naruto, mas Shikamaru recebeu o golpe, tentando bloquear com os braços, tendo assim apenas uma parcela do impacto.

– Isso vai ser interessante... – Orochimaru sussurrou com malícia ao assistir a cena.

Shikamaru foi lançado por cima de Naruto, rolando algumas vezes depois de encontrar com o asfalto do estacionamento. Seus braços nus receberam aranhões e um deles, o esquerdo, recebeu todo o impacto da queda, latejando de dor. O garoto gritou em agonia, depois mordeu o lábio para se obrigar a calar, segurando com força o braço esquerdo.

– Shikamaru! – Chouji gritou e se pôs a correr na direção do amigo, mas foi impedido por o maior de todos os “brutamontes”.

Parecia que todos eles eram extremamente rápidos.

– Eu não sei qual de vocês é o mais patético! – O grandalhão disse pegando Chouji pela garganta e o suspendendo no ar. Sua voz rouca entrou nos ouvidos do garoto o fazendo estremecer.

Chouji se debateu tentando se soltar, segurando o braço que o levantava do chão, mas não conseguiu resultados.

– Me... Solta... ! – Ele tentou dizer, mas o ar já estava faltando.

Antes que o gorducho desmaiasse, o brutamonte o jogou na direção de Shikamaru, fazendo-o cair ao lado dele.

Neji notou que Sasuke assistia aquilo sem mover um dedo, sem ter nenhuma expressão. Totalmente indiferente, ao estilo Uchiha. Aquilo o enfureceu. Ele estava mesmo ali para ajudar a “resgatar” aquele baka? Não, ele estava ali por Naruto.

– Ei, Jiroubou! – Disse um dos homens de terno, esse tinha cabelos cinza-azulados e curtos, seus pequenos olhos eram puro terror. – Pega leve, eles são só crianças, cara. – Seu tom foi irônico. Dava pra ver sem rosto que ele estava se divertindo com aquilo.

– Crianças ou não, eu estou fazendo um favor a eles! – Jiroubou respondeu, abrindo um sorriso sombrio.

na hora de você fechar esse bocão! – Naruto gritou, já em pé. – Ou eu mesmo fecho pra você!

– Naruto! – Chouji o gritou mais alto ainda, se levantando com cuidado. Todos o fitaram curiosos. – Eu cuido disso. O Gorducho é meu!

O olhar de Chouji era determinado e aquelas palavras deram força para que Shikamaru se colocasse de pé, ele estava orgulhoso do amigo.

– Ah, que surpreendentemente patético de sua parte – Jiroubou zombou. – Pode vir!

Dito isso ambos correram de encontrou um ao outro, a colisão era certa, e todos sabiam quem levaria a melhor. Mas para a surpresa geral, Chouji conseguiu segurar Jiroubou no lugar.

– Ai, ai... – Orochimaru suspirou entediado.

– Senhor Orochimaru – Kabuto o chamou, se pondo ao seu lado. – Não acha que chamaremos muita atenção nos expondo desse jeito?

Infelizmente ele tinha razão. Por mais que o homem cobra apreciasse uma distribuição de dor gratuita, aquele não era o lugar nem à hora certa para isso.

– Ok. – Concordou com seu subordinado. – Vamos indo então.

Kabuto ajeitou os óculos e se pôs a andar ao lado de Orochimaru, seguido logo por Sasuke, que levava sua pequena mala.

– Ei, espera ai, você não vai embora assim tão fácil, Sasuke! – Naruto gritou ao ver que o amigo já estava se distanciando.

Então viu o homem de pele alva levantar devagar uma das mãos, com o dedo indicador levemente apontado para cima. O que significa isso?, pensou Naruto enquanto corria de encontro a eles, involuntariamente desacelerando o passo. Imediatamente os outros três adultos esquisitos foram atrás do loiro para detê-lo, mas foram impedidos por três garotos.

Agora estavam assim, as crianças segurando e detendo os velhos.

Neji havia dado um chute-meia-lua em um dos homens – o que tinha a pele morena e cabelos negros presos em um rabo de cavalo. – jogando-o para o lado com brutalidade. Não era a toa que ele era o melhor lutador do colégio.

Kiba se encarregou do estanho com cabelos azulados, lhe dando uma rasteira inesperada. O homem não teve tempo de se proteger com os braços e acertou o chão em cheio com a face.

Enquanto isso Shikamaru, o mais debilitado até agora, apenas pulou nas costas da garota ruiva, imobilizando-a.

Naruto havia parado para ver o que estava acontecendo, até Kiba gritar para que ele parasse de perder tempo e fosse logo atrás do Sasuke. E assim fez o loiro, mas havia perdido um tempo precioso, pois o Uchiha já estava dentro do aeroporto. Quando Naruto chegou à porta, percebeu que seria como achar uma agulha no palheiro, já que o local estava lotado. O que era de se esperar. Final de semana... Férias... É, a sorte não parecia estar ao lado dele. Continuou correndo e olhando rosto por rosto, mas nada de Sasuke. O Uzumaki já estava em seu nível máximo de apreensão, temia não encontrá-lo a tempo. Desviou seu pensamento por um instante. Imaginou tendo que contar a Sakura que não tinha conseguido cumprir sua promessa, seu coração apertou no peito ao lembrar-se daqueles olhos verdes chorando desesperados. Como poderia suportar vê-los de novo? Foi então que, por descuido, Naruto tropeçou em uma mala de rodinha, parada ao lado de um senhor. Devido à velocidade que corria, ele deu mais alguns passos desordenados até cair de vez no chão, deslizando alguns metros à frente.

– Au... – Resmungou de dor, com os olhos fechados.

Levou a mão na cabeça e a levantou devagar, olhando para frente, ainda no chão, de bruços. Não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. Sasuke estava partindo, indo em direção a fila de embarque, ao seu lado Orochimaru sorria, vitorioso. Eles embarcaram seguidos daquele terceiro cara de cabelos brancos.

Uma angústia tomou conta do loiro. Ele havia falhado.

Um sexto sentido disse a Naruto que não importava o que acontece, ele tinha que livrar o Uchiha das mãos daquele louco a qualquer custo.


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Notas finais do capítulo

Ainda não tive tempo de revisá-lo, gomen pelos erros.
Prometo não demorar tanto para postar o próximo!
xx



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