I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 18
Quem era eu para te fazer esperar?


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Capítulo um pouco atrasado, porem, maior do que o último.
O capítulo estava pronto a alguns dias, mas por culpa de alguns problemas pessoais não consegui postar. (ok autora, ninguém quer saber :* )
Ah, como uma pessoa distraída que sou esqueci de um detalhe em outro cap. e adicionei uma pequena parte a ele. (cap.12, na parte do Sasuke)
Sem mais delongas... Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/404023/chapter/18

Hospital de Konoha – Japão.

Que se danem os remédios, tragam ela aqui!, Naruto pensava sempre que alguma enfermeira tentava fazê-lo engolir algo ruim.

E agora lá estava ela.

– H-Hinata-chan – Naruto disse com dificuldade, abrindo um largo e lindo sorriso.

A morena abriu a boca para dizer alguma coisa, mas não teve tempo, logo seus braços já haviam encontrado o corpo do Uzumaki e lhe apertavam como se quisessem fazer dos dois uma pessoa só.

– Itai! – Naruto resmungou de dor.

Hinata o soltou.

– Gomen! – Ela se desculpou constrangida, sentando-se na cama de frente para ele.

Naruto abriu mais um sorriso. Mesmo estando cansado fisicamente, era maravilhoso poder por os olhos em Hinata de novo. E sem perceber, ele já estava acariciando o rosto alvo dela com a ponta dos dedos, de forma suave.

Com as duas mãos, Hinata segurou a mão de Naruto que a acariciava e o olhou nos olhos.

– Nunca mais me dê um susto desses! – Ela avisou tentando parecer séria.

O loiro soltou uma leve risada.

– Eu estou falando serio, Uzumaki Naruto! – Disse ela mais uma vez.

– Vem cá! – Sussurrou ele calmamente, puxando-a pela nuca para selar seus lábios.

Aquilo era tudo o que ele precisava. Ter Hinata perto de si era a única forma de fazê-lo ficar bem.

Ela correspondeu ao beijo com carinho, mas o afastou assim que sentiu o coração de Naruto acelerar.

– Você precisa descansar – Ela o lembrou.

Ele resmungou insatisfeito e fez uma careta.

– Só tenho uma condição pra parar de te beijar... – Naruto fez beicinho e Hinata corou violentamente como sempre. – Fica aqui comigo – Ele completou e a puxou para um abraço mais suave.

– Eu sempre estarei aqui, Naruto-kun. Sempre!

Ah, o abraço dela. Era tudo o que Naruto mais almejava durante o tempo em que passou preso naquele lugar horrível. O loiro podia jurar que aquele abraço tinha o poder de mandar embora todas as mágoas, angústias e falhas, renovando todas as suas energias. Com ele tudo podia ser resolvido, pois o mundo de Naruto cabia de forma exata dentro daquele simples abraço.

Satisfeito, ele a deitou ao seu lado na cama, ignorando todos os aparelhos que o prendiam.

– Você tem que descansar – Insistiu Hinata. Entretanto, não queria sair de perto dele.

– Se você ficar aqui comigo vai ficar tudo bem – Sussurrou ele, fechando os olhos brevemente enquanto inalava o cheiro doce dos cabelos dela.

Hinata estava preocupada, era verdade, mas não deixava de querer que aquele momento durasse para sempre.

Alguns minutos de silêncio se passaram e...

– Hinata-chan... – Naruto a chamou, quebrando todo o pensamento anterior da morena.

– Sim – Respondeu ela, levantando o rosto para olhá-lo nos olhos.

– Como uma garota incrível como você pode gostar de um cara como eu?

Ela ficou confusa com a pergunta repentina. Pensou no que dizer e em como dizer, enquanto o loiro aguardava pela resposta com uma cara de dúvida.

Vamos lá, é a sua chance de dizer a ele tudo o que você sente, a consciência de Hinata a encorajava.

– S-sabe... – Ela começou totalmente tímida, falando devagar – Desde o primeiro dia que te vi, pensei: Nossa, o que ele tem que me atrai tanto? O tempo foi passando e eu não achei a resposta.

Hinata fez uma pausa e notou que Naruto ficou cabisbaixo com a última frase.

– Então, naquele dia – Ela se apressou a continuar, deixando que as palavras saíssem com naturalidade. – O dia em que jantamos juntos pela primeira vez no Ichiraku, você olhou nos meus olhos por um breve momento e abriu um enorme sorriso. E ali eu achei a minha resposta.

Naruto a fitava totalmente interessado e tão envolvido pelas suas palavras, que mal percebeu que Hinata parou para pegar fôlego e secar uma tímida lágrima que escorria pela bochecha dela.

Na face do Uzumaki era visível o quão encantado ele estava ao ouvir aquilo. Hinata corou ao notar isso e então continuou:

– F-foi então que eu percebi que não é o que você tinha e sim o que você é. E... Aos poucos fui descobrindo que sua simplicidade, seu jeito e sua risada são completamente cativantes. E no final das contas... – Ela sorriu para o chão, sentindo seu rosto queimar – A junção de todos os seus atrativos me fez perceber que... Eu estava completamente apaixonada por você.

Os olhos azuis se encheram de lágrimas.

Hinata-chan – Ele sussurrou o nome dela com carinho e a beijou. Mas dessa vez o beijo foi mais voraz, mais ardente. – Nem em mil anos eu mereceria uma garota tão perfeita como você – Confessou sorrindo, meio triste, meio feliz, meio orgulhoso.

Seus lábios se encaixaram mais uma vez e nada mais importava.

Enquanto suas línguas dançavam em um ritmo rápido, os dedos de Hinata brincavam entre os fios de cabelo loiro do Uzumaki, os puxando levemente vez ou outra. Aquilo causava arrepios e sensações ainda desconhecidas no garoto. E ele estava adorando.

O casal estava tão envolvido que não ouviram a porta se abrir de repente.

– HAAA! – Gritou Jiraiya apontando para eles de olhos arregalados.

Naruto e Hinata se separam bruscamente e, no mesmo instante do grito, a Hyuuga se assustou e pulou na cama. O problema era que a cama de hospital era pequena e Hinata acabou se desequilibrando e indo parar no chão.

– Hinata! – Naruto exclamou assustado, olhando para ela por cima da cama.

Por sorte a cama do loiro não era muito alta.

– E-eu, estou bem – Ela disse com um pouco de dificuldade, mas se levantou rápido. Seu rosto estava mais vermelho do que um tomate, tamanha a vergonha que sentia naquele momento.

– Desculpem. Ele não quis me ouvir e foi logo entrando. – Explicou Sasori, olhando com uma mistura de tédio e reprovação para Jiraiya.

Hinata não sabia como agir, olhava para seus pés como se eles fossem a coisa mais interessante do mundo. Enquanto o Naruto olhava para o homem a sua frente com um semblante raivoso por ter atrapalhado o seu momento.

A cena toda teria sido engraçada, se os próximos assuntos a serrem tratados não fossem tão sérios.

– G-gomenasai. E-eu já vou indo – A garota disse apressada antes de sair do quarto sem olhar para ninguém.

– Você não perdeu tempo em moleque! – Zombou Jiraiya, cruzando os braços com um ar superior de “esse é meu garoto”.

– Você não sabe bater? – Retrucou Naruto, irritado.

– Não achei que fosse encontrar você e sua namorada se atracando – Jiraiya reprimiu o riso.

– Não estávamos fazendo nada de mais! – Naruto tentou esclarecer. – Você que entrou quando não devia! Dattebayo!

Sasori revirou os olhos e suspirou, achando aquela discussão uma perda de tempo. Então foi até um pequeno sofá branco que havia perto da cama de Naruto e se sentou, esperando os outros dois se calarem. Algo que levou alguns minutos.

– Ok, ok. Já chega disso – Jiraiya finalmente encerrou o assunto. – Vim aqui te por a par do que esta acontecendo.

Por um milagre, Naruto se calou e ouviu as informações que Jiraiya e Sasori começaram a lhe passar.

– Sakura-chan... – O loiro disse baixinho. Como isso pôde acontecer com ela?, perguntou para si mesmo, ainda descrente do que tinha acabado de ouvir.

– É tudo que sabemos até agora. – Respondeu Sasori. Era evidente em sua face a tristeza e o medo que sentia.

Vendo o modo como os dois garotos estavam, Jiraiya ficou comovido e logo tratou de mudar de assunto. Não era uma boa hora para perder a cabeça.

– Quanto à investigação – Disse ele. – Estamos fazendo o possível para que o caso seja investigado por qualquer outra base policial que não tenha contato com Madara. Vai ser bem difícil e eu tenho certeza que ele daria um jeito de interferir.

Naruto demorou um pouco para associar tudo o que os outros dois estavam lhe contando. Ele ainda estava confuso com a falta de confiança de Jiraiya em Madara, já que o velho tarado preferiu não entrar em detalhes sobre isso.

– Então você tá me dizendo que suspeita do homem que tirou a Sakura-chan e eu daquele inferno? – Perguntou o loiro um pouco indignado.

– Foi o que eu disse – Respondeu Jiraiya, calmamente. – Nós suspeitamos. Não temos como provar que ele estava envolvido nisso, ele pode só alegar que não sabia de nada. Seria a nossa palavra contra a dele. Até por que a única pessoa que pode confirmar que Madara tem participação nisso é o tal de Obito.

– O cara de mascara. – Concluiu Naruto.

– Exato. – Sasori confirmou.

– Mas ele nunca dirá nada – Jiraiya disse – Deve ter prometido isso ao Madara e, se bem sei, a palavra de um Uchiha nunca é quebrada.

Naruto abaixou a cabeça assim que ouviu aquele sobrenome. Seus pensamentos se dirigiram ao melhor amigo instantaneamente. Ele pensava em como Sasuke reagiria quando soubesse de tudo isso.

Alguns segundos de silencio preencheram o quarto.

– Não pense que com o Sasuke será diferente. – Jiraiya quase adivinhou o que o loiro estava pensando.

– Não é isso – Naruto levantou a cabeça e surpreendeu o velho com suas palavras. – Eu confio no Sasuke. Sei que ele vai voltar.

– Então no que estava pensando?

– Quando ele voltar... – O garoto fez uma pausa e olhou pela janela com ar distante. – Não será mais a mesma coisa.

O silencio voltou a tomar conta do local. Os três ali refletiam sobre os últimos acontecimentos e o futuro ao mesmo tempo.

– Se o que esses dois sentem um pelo outro for realmente real... – Disse Jiraiya – O garoto Uchiha vai fazer com que a Sakura se lembre dele.

Aquelas palavras acertaram o peito de Sasori em cheio. Ele encarou o chão, pensativo. Sabia que Jiraiya estava certo e também sabia que não teria coragem de fazer nada para impedir isso, não era do seu feitio. Iria apenas aceitar. Independente do que aconteça de agora em diante, estarei ao lado dela sempre que ela precisar, ele pensou.

Já Naruto ao ouvindo aquilo foi capaz de abrir um sorriso fraco, mostrando o pouco de esperança que ainda continha no Uzumaki. É, velho tarado... Você tem razão, pensou ele, divertido.

.

Minutos antes. Do lado de fora do quarto de Naruto.

Sasori esperava no corredor, sentado em um daqueles bancos de espera desconfortáveis. Hinata havia acabado de entrar e sem dúvidas demoraria.

O ruivo se deixou vagar por sua imaginação fértil quando de repente uma enfermeira passa quase correndo, analisando papéis em suas mãos, e para na porta ao lado da porta de Naruto. De lá saía um médico e assim que o viu a enfermeira estendeu os papéis a ele, que analisou e balançou a cabeça negativamente.

Sasori não sabia o que aquilo significava, mas algo lhe dizia que era importante, então aguçou os ouvidos e prestou atenção a conversa que começou entre a enfermeira e o médico.

– Nunca vi um caso assim antes – Disse o médico.

– O que devemos fazer doutor? – Perguntou a enfermeira preocupada.

– Vou dar uma olhada melhor nesses resultados, vamos deixá-la em observação por enquanto. Peça para o doutor Yamanaka vir conversar com a garota. E avise ao Senhor e a Senhora Haruno sobre isso.

A enfermeira afirmou com a cabeça e ambos saíram andando para lados distintos.

Sasori ficou apreensivo. Então aquele era o quarto de Sakura? Ela estava ali tão perto. Tão perto...

– Eu preciso fazer isso. – Murmurou para si mesmo – Mas não é certo – Se auto repreendeu – Mas eu preciso.

Ele suspirou se rendendo. Aproximou-se do quarto de Sakura com a intenção de apenas vê-la pelo lado de fora, mas as cortinas da vidraça que dava visão para o corredor já estavam fechadas, então não viu outra escolha a não ser entrar. Parou diante da porta e colocou a mão na maçaneta. Olhou para os lados para ver se ninguém estava vendo e entrou

Seu sorriso foi de orelha a orelha ao encontrar aquelas esmeraldas abertas olhando para ele.

O ruivo estava tão empolgado em rever Sakura que nem ao menos se perguntou sobre o que poderia ser a preocupação da enfermeira e do médico.

– Sakura! – Exclamou ele se aproximando da cama.

Ao ouvir seu nome, Sakura inclinou a cabeça para o lado, semicerrou os olhos e sorriu suavemente.

– Hm... Eu acho que conheço você. – Disse ela para si mesma, com uma voz aveludada.

E lá estava a resposta de Sasori.

– Não se lembra de mim? – Perguntou ele, pasmo, congelando no lugar.

– Um pouco... – Confessou ela. – Acho que sim... Mas...

Subitamente Sakura levou a mão até a cabeça e retorceu o rosto, soltando gemidos e pequenos gritos de dor. Um barulho começou a ecoar de uma máquina ao lado da cama e, quase que imediatamente, um enfermeiro entra no quarto.

– O que está fazendo aqui? – Ele perguntou assustado para Sasori. – Saia daqui! Vai!

Completamente assustado, Sasori se retira. Sua mente não conseguia entender. Sentou-se no lugar onde estava, apoiando os cotovelos nos joelhos e apertando os cabelos com os dedos, em sinal de inquietação.

Mais uma vez Sasori ficou sozinho com seus pensamentos, por alguns momentos.

– Ei garoto! –Jiraiya apareceu de repente, tirando Sasori de seu transe pessoal.

– Hãm? Jiraiya?

– Não, eu sou o papai Noel – Zombou. – Em que planeta você estava? Não importa. Sabe se o baka do Naruto já acordou?

– Já sim. – Sasori respondeu voltando aos poucos a associar as coisas.

– Ótimo! Preciso falar com ele – Disse Jiraiya já indo na direção da porta do quarto do Uzumaki.

Sasori logo lembrou de Hinata lá dentro.

– Espera ai! – Tentou avisar, mas era tarde demais.

.

Manhattan, Nova York – Mansão do Orochimaru.

Não posso acreditar, ela se foi. Era o pensamento que rondava a mente de Sasuke a todo o momento. Em especial naquela noite, onde teve um sonho tão real que ele suspeitou já ter vivido aquilo algum dia.

Sonho – on.

Ele viu de longe ela chorando. Aqueles fios de cabelo rosado caindo por sobre seu rosto molhado. Suas mãos tremiam diante de seus olhos inchados e vermelhos. Aquilo foi como se algo ou alguém tirasse toda a vida de Sasuke, o petrificando onde ele estava, fazendo com que só pudesse observá-la sem poder protegê-la.

Uma sensação horrível.

Alguns segundos se passaram até que o moreno tomou controle sobre meu corpo e se aproximou dela.

Perguntou o motivo de seu choro e a resposta veio para dilacerá-lo ainda mais. A razão de suas lágrimas era ele.

Sasuke não teve reação. Apesar de no fundo já saber disso, não pôde evitar ficar triste, sem chão. Ele não era capaz de pensar em mais nada, faria qualquer coisa para tê-la consigo, viva, mais uma vez. E vê-la chorando por sua causa o matou por dentro.

Tentou tocá-la, mas não conseguiu. Sua mão atravessou Sakura como um fantasma.

Um calafrio subiu pela espinha do moreno, que respirou fundo e ainda assim teve a audácia de murmurar para ela:

– Sei que sou um grande tolo, mas... Não me deixe. Espere por mim, Sakura. Por favor. Não vá.

Ao ouvir essas palavras ela balançou a cabeça negativamente para, em seguida, encarar Sasuke nos olhos. Ele pôde ler naquelas esmeraldas que, embora Sakura não dissesse nada... Ela ainda o amava. Entretanto naquele olhar também havia duvida. Uma duvida que colocou o coração de Sasuke em xeque.

Sonho – off.

Sasuke acordou de repente, respirando pesado e sentindo uma forte dor no ombro esquerdo. Sentou-se na cama e pressionou onde doía, fazendo uma careta.

Ele estava em seu quarto, deitado em sua cama. Se sentou e sentiu um desconforto esquisito ao fazê-lo.

Olhou para os lados até parar seus olhos no criado mudo. Lá havia um copo com água e ao lado um remédio. Sasuke o pegou e analisou. Conhecia muito bem aquele comprimido, era para tirar a dor. Ele o vinha tomando sempre, pois seu treinamento na escola policial o esgotava muito. Então, sem se importar muito o tomou rapidamente, queria fazer a dor passar o quanto antes.

Ao colocar o copo vazio em cima do criado mudo, notou que o relógio que ali ficava marcava 17h46min.

Eu dormi mais de vinte e quatro horas?, ele pensou não muito preocupado e levantou de sua cama. Porem fez isso rápido demais lhe causando uma leve vertigem. Precisou fechar os olhos e se concentrar por algum tempo até conseguir caminhar para fora de seu quarto.

Sasuke andou sem saber para onde seus pés o levavam, até chegar aos fundos da mansão. O lugar parecia confortavelmente calmo. Resolveu então que ficaria ali por um tempo ao se deparar com o começo de um lindo por de sol. Não soube bem por que, mas sentiu uma súbita vontade de apreciá-lo, e foi o que fez. Sentou-se no chão da varanda e sentiu a brisa fria tocar seu rosto quente. Quase que imediatamente seu pensamento foi invadido por lembranças de Sakura. Como era possível que tudo o fizesse lembrar ela? Nem ele mesmo tinha a resposta.

Mais uma vez havia perdido alguém importante. E mais uma vez não pôde fazer nada para evitar isso. Se sentia um completo inútil. Incapaz.

– Não importa o quanto eu tente – Ele disse baixinho para o pôr-do-sol a sua frente – As pessoas que eu amo sempre se vão.

Seria pedir de mais vê-la uma ultima vez? Seria egoísmo querer uma pessoa ao seu lado e mais ninguém? Logo ele que nunca acreditou muito em um ser superior, agora pedia aos céus para que a trouxessem de volta para ele.

“Nesta hora, neste lugar

Desperdícios, erros

Tanto tempo, tão tarde

Quem era eu para te fazer esperar?

Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro

Caso reste apenas um”

A mente do Uchiha o torturava a todo segundo. Ela partiu sem ouvir que você a ama, dizia sua consciência. Você deveria ter dito quando teve a chance. E agora? O que vai fazer?

Era um mal necessário. Ele precisava pensar nela, precisava recordar todos os momentos que estiveram juntos. Era a única coisa que lhe havia restado. Só assim mantinha sua sanidade.

“Porque você sabe que eu te amo

Eu te amei o tempo todo

E eu sinto sua falta

Estive tão longe por muito tempo

Eu continuo sonhando que você estará comigo

E você nunca irá embora

Paro de respirar se eu não te ver mais”

Parecia loucura, mas era verdade.

Precisava manter viva a memória de Sakura dentro de si. Junto com toda a saudade acumulada que sentia dela.

De repente ilusões tomaram a mente de Sasuke. Como teria sido o baile de formatura se Madara não tivesse interferido em sua vida? Sem dúvidas teria sido perfeito, pensou ele, fazendo brotar um sorriso de canto em seus lábios, que sumiu na mesma velocidade em que apareceu.

“De joelhos, eu pedirei uma

Última chance para uma última dança

Porque com você, eu resistiria a

Todo o inferno para segurar sua mão”

Os olhos ônix já estavam marejados encarando o horizonte alaranjado. Mas aqueles olhos se mantinham firmes em seu orgulho, mesmo sem seu brilho de vida presente. E agora, mais do que nunca, determinados a sair dali, daquele maldito lugar, o quanto antes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Musica no cap: http://www.youtube.com/watch?v=0fFFIBW3Eak
Espero que tenham gostado. E mais uma vez desculpa pela demora. Estou sem tempo até para acompanhar as fanfics que eu leio.
Até o próximo xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Miss You." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.