I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 16
A salvo. Sera?


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Olha só, eu não demorei pra postar esse capítulo. Mereço uma estrelinha dourada na testa ou não mereço? haha
Mas não agradeçam a mim e sim a Riko-linda-nee, porque se não fosse pela recomendação dela eu não teria tido ânimo para terminar esse capítulo rapidinho pra vocês. Então, estrelinha pra ela também!
Arigato gozaimasu, Riko-nee! Eu amei a recomendação ~pulando de alegria~
Avisos desse capítulo: talvez vocês se surpreendam com ele, não se assustem. Nas notas finais eu explico direitinho...
Boa leitura!



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Os policiais seguiram na frente ao comando de seu Chefe até encontrarem um local que poderia muito bem ser chamado de: sala de reuniões.

O chão era coberto por tatames e ao fundo havia um cartaz na parede com o kanji “poder” escrito ao centro. Mas algo ali estava errado, um dos tatames estava fora do lugar.

Essa droga de lugar é cheio de segredos, pensou Jiraiya ao ver que aquilo era mais uma passagem secreta.

Madara mandou um dos seus homens ir a frente. Akihito, seu detetive de confiança, hesitou por um segundo e espiou o buraco onde deveria estar o tatame.

– Não demonstre medo em frente ao seu superior! – Madara disse de forma ranzinza, empurrando Akihito para dentro do buraco, fazendo todos se espantarem – Baka... – murmurou inaudível, entredentes.

Normalmente o Chefe Uchiha não tratava seus homens daquela maneira, mas sua paciência já havia se esgotado há um tempo, o que trouxe todo o seu mau humor à tona.

Os policiais ali presentes se perguntavam onde havia parado toda a destreza e a cautela que Madara tinha durante trabalhos perigosos como aquele. Eles mal podiam imaginar que o Uchiha sabia exatamente com o que estava lidando e o que estava acontecendo lá embaixo naquele exato momento.

– Andem logo, desçam! – Ordenou Madara.

Todos pularam para dentro do buraco, mantendo a guarda alta, esperando por algum movimento suspeito.

Nada aconteceu.

O lugar estava vazio.

Exceto por uma única e solitária porta.

Madara faz um sinal com a mão direita e seus homens começaram a se movimentar, fazendo uma formação em volta da porta, prontos para derrubar e invadir.

– Vocês... – O Uchiha virou o rosto para Jiraiya e Sasori, que aguardavam alguns passos atrás. – Tentem não se assustar muito. – Sorriu sarcástico.

Nenhum dos dois respondeu, muito menos se mexeu. Ambos analisavam tudo em silencio, sem dar palpites ou opiniões, sabiam que por mais tirano que Madara pudesse ser, ele era bom em seu trabalho, não podiam negar.

Sasori não se deu ao trabalho nem de olhar para Madara, ele apenas fitava a porta que o separava de Sakura, e sua fúria crescia cada vez mais só de imaginar que ela esteve presa ali por todos aqueles dias. Sua respiração ofegante revelava que o ruivo tentava controlar seu corpo e suas emoções a todo custo. O que não estava sendo uma tarefa das mais fáceis.

Já o coração de Jiraiya estava calmo, ele próprio não tinha como explicar, mas era tranqüilizador saber que logo sairiam dali, todos juntos e em segurança novamente. Ele estava feliz por poder finalmente por um ponto final nisso, mesmo sabendo que mais tarde teriam outros tipos de problemas pra resolver, mas deixaria para se preocupar com isso depois, por hora só queria poder ver Naruto e Sakura livres.

– Apenas faça o seu trabalho – Jiraiya disse de braços cruzados, olhando para Madara de forma neutra.

O Chefe Uchiha abriu um pouco mais o seu sorriso e desviou seu olhar para seus homens, dando-lhes o sinal que precisavam para por a porta a baixo. Não foi fácil, mas eles eram treinados para isso, e com um chute forte de dois dos maiores policiais, a porta cedeu e despencou.

...

Obito havia escutado os passos e sabia que Madara estava do lado de fora com algumas pessoas. Mesmo assim foi surpreendido ao perceber que o outro Uchiha pretendia mesmo entrar e prendê-lo. Imaginou que Madara daria um jeito, porem, suas esperanças foram em vão.

Todos aqueles anos servindo e ajudando a ele e agora seria preso como um qualquer.

Infelizmente a palavra arrependimento não fazia parte do vocabulário Uchiha.

Obito respirou fundo e estufou o peito quando viu a porta cair diante de seus pés. Ele manteve sua pose autoritária diante de todos aqueles homens, era incrível o que o orgulho podia fazer.

– Não se mexa! – Gritou uma voz rouca, seguida de outros barulhos que eram difíceis de identificar de dentro do lugar onde Naruto e Sakura estavam.

Em questão de segundos Obito foi imobilizado sem apresentar nenhuma resistência.

O que mais ele poderia fazer? A desvantagem era clara. Estava tudo acabado.

Alguns policiais entraram e procuraram por Naruto e Sakura na escuridão do local e os encontraram caídos um sobre o outro.

– Eles estão aqui! – Avisou Hisahi ao seu superior, que se aproximou a passos lentos.

Jiraiya e Sasori tentaram entrar assim que a porta cedeu, mas foram segurados com a ordem de esperar.

– Me solta! Eu quero vê-la! – Sasori pedia quase aos berros tentando se desvencilhar dos braços de Jiraiya, que o puxavam para trás.

– Mantenha a calma, garoto! – Jiraiya tentava avisar – Vai ficar tudo bem. Fique calmo!

Enquanto isso Obito era algemado e levado para fora do local com a escolta dos policiais.

Os dois detetives saíram carregando Naruto e Sakura nos braços, ambos estavam desacordados e estavam em um estado deplorável. Com manchas de sangue, sujeira e hematomas por todo o corpo, roupas rasgadas, cabelos bagunçados e olhos inchados.

Aquela visão fez Sasori congelar no lugar. Ele não via a hora de poder por os olhos nela e ver que ela estava bem, que estava viva, que estava com ele, mas agora que seus olhos lhe revelavam a verdadeira situação de Sakura, era difícil não sentir toda a culpa e remorso tomando conta de seu ser.

Jiraiya se sentia quase da mesma forma, porem, um pouco mais culpado do que Sasori. Seus olhos se arregalaram vendo como seu “neto” se encontrava e naquele instante a voz de Minato veio a sua mente.

– Naruto é o meu bem mais precioso... Cuide dele... Pai.

Uma descarga de adrenalina percorreu o corpo de Jiraiya, tirando-o de seu pequeno devaneio.

– Agora sei por que estava tão desesperado, moleque – Disse Madara para o ruivo, voltando as atenções para ele. – Tirando toda essa sujeira e essa situação, ela até que é bonitinha.

– Ora seu... – Sasori rangeu os dentes, mas teve que se conter pela milésima vez naquele dia. Aquilo o enfurecia mais do que ter que esperar.

– Apenas ignore – Jiraiya sugeriu a Sasori antes de se aproximar de Naruto – Pode deixar, eu carrego ele – Jiraiya disse para o homem que levava o loiro, estendendo os braços para pegar o garoto.

– Hãm... Tudo bem então... – O homem hesitou, mas o entregou para Jiraiya, que caminhou o tempo todo analisando tristemente o estado do garoto.

Todos saíram do esconderijo apreensivos.

Naruto e Sakura foram levados imediatamente para a ambulância.

– Cuidem deles no caminho de volta, vamos sair logo daqui! – Ordenou Madara aos médicos, antes de entrar em seu próprio carro.

Sasori e Jiraiya acompanharam os médicos dentro da ambulância. E em nenhum momento Sasori largou a mãe fria e pálida de Sakura.

Eu estou aqui Sakura, ele pensava enquanto tentava aquecer a mão da rosada. Estou aqui agora, acabou, vai ficar tudo bem.

.

Enquanto isso, na mansão de Orochimaru – EUA.

– Avise ao Sasuke-kun que está na hora do jantar, Yukimaru.

– Sim, senhor Orochimaru-sama.

O empregado fez uma reverencia e saiu da sala caminhando em direção ao quarto de Sasuke.

– Agora... – Orochimaru falou para si mesmo – Vamos ver como estão os preparativos.

E se dirigiu até a cozinha, onde um cozinheiro jovem e esbelto terminava o jantar.

Orochimaru fazia questão de ter os melhores empregados da região.

– Está tudo do jeito que eu te pedi, Rinji-kun? – Orochimaru perguntou se aproximando do rapaz por trás.

– Ah.. S-sim, sim – Rinji estremeceu. Ele nunca gostou das aproximações de Orochimaru e sempre se assustava, ficando nervoso e tremulo. – Está tudo do jeito que o senhor pediu.

– Você ainda reage assim quando eu chego perto de você? – Orochimaru perguntou, divertindo-se. Então deslizou sua mão pelo braço de Rinji. – Já deveria ter se acostumado a ser tocado por mim, Rinji-kun.

O jovem engoliu em seco e nada respondeu.

Orochimaru riu e se afastou dele, dizendo:

– Espero que tenha feito o que eu te pedi.

Em seguida foi até a sala de jantar, sentar-se a mesa e esperar por Sasuke, que ainda não havia chegado.

Pouco tempo se passou e Rinji já estava servindo o jantar para Sasuke, Orochimaru e Kabuto. Ambos comeram em silencio.

– Está feliz hoje, Orochimaru-sama? – Perguntou Kabuto, percebendo o sorriso e o olhar de Orochimaru para Sasuke, que mal olhava para os dois.

– Você não faz ideia... – Respondeu.

Aquelas foram as únicas palavras trocadas durante a refeição. A grande maioria delas era feitas assim, em silencio quase completo. O que não incomodava Sasuke nem um pouco. Muito pelo contrário, nos últimos dias ele estava levando a sério a arte de não falar com ninguém, o que era totalmente compreensível.

Dando as últimas goladas em seu suco, Sasuke terminou seu jantar e se retirou sem avisos prévios. Mas ao se levantar sentiu sua cabeça doer e precisou se apoiar na cadeira por alguns segundos até restabelecer seu equilíbrio.

Deve ter levantado rápido demais, pensou ele enquanto abria a porta de seu quarto.

Já era tarde, mas Sasuke não conseguia dormir, estava sendo assim ultimamente. O moreno se deitava e fitava o teto até o dia clarear, era quando pegava no sono, porem logo acordava com o despertador avisando que deveria ir para faculdade.

Mas naquela noite algo aconteceu diferente.

Sasuke não se sentia bem, seus sentidos pareciam não responder aos seus comandos da maneira que deveria ser. Ele fechava e abria os olhos devagar, sentindo sua boca seca pedir por água a todo momento e seus batimentos cardíacos acelerarem mesmo sem nenhum esforço físico da parte dele, o que era muito estranho.

Alguém bateu em sua porta.

– Vá embora! – Ele queria dizer, mas não conseguiu. Então a porta se abriu e Orochimaru entrou por ela, trancando-a logo depois de passar.

– Não se sente bem, Sasuke-kun? – Ele perguntou sentando-se na cama, ao lado de Sasuke, que permanecia deitado apenas olhando-o com o canto dos olhos. – Não fique assim, vim aqui para cuidar de você – Dizendo isso, Orochimaru lambeu os lábios e deslizou a mão direita pelo tórax do garoto.

– O que pensa que está fazendo!? Suma daqui antes que eu acabe com você! – Sasuke pensava em dizer. Ele queria gritar, rugir, mas era como se tivesse esquecido como fazê-lo.

– Talvez seja algo que você comeu... – Orochimaru continuava a acariciar o corpo do garoto.

Os olhos de Sasuke deveriam mostrar todo o ódio que estava sentindo naquele momento, entretanto, por algum motivo, suas pálpebras estavam pesadas e se fechavam lentamente.

– Não se preocupe, pode dormir. Como já disse: eu cuidarei de você está noite, Sasuke-kun – Orochimaru sussurrou o nome perto do ouvido de Sasuke e fechou os olhos do garoto com a ponta dos dedos, induzindo-o a dormir de uma vez

Ótimo, tudo correndo bem até agora, pensou Orochimaru, levantando-se e voltando até a porta do quarto. Ele a destrancou e a abriu, encarando Kabuto que aguardava do lado de fora.

– E então? – Kabuto perguntou curioso.

– A Cetamina já fez efeito.

– Ótimo, agora podemos levá-lo para o labora...

– Não. – Orochimaru o interrompeu e sorriu malicioso. – Me dê alguns minutos a sós com ele.

– Mas Orochimaru-sama a cirurgia pode demorar e se ele...

– Não se preocupe, Kabuto. O remédio vai fazer efeito por mais ou menos uma hora e meia horas – Esclareceu – É tempo suficiente.

Dito isso Orochimaru deu as costas e voltou a trancar a porta do quarto de Sasuke, encarando de longe o garoto que dormia de forma tão serena.

– Hoje você é meu... Sasuke-kun...

.

Um dia depois.

Delegacia de policia Uchiha. Sala de Madara – Japão.

– Correu tudo bem, Chefe. As crianças salvas já estão instaladas no hospital. – Hisahi explicava ao seu superior.

– Ok. Qual é o estado deles? – Madara perguntou desinteressado enquanto anotava as informações em um papel.

– O garoto está bem, já está acordado, mas passará alguns dias em observação até que seus machucados estejam totalmente curados.

– Certo – Madara anotou fazendo uma pausa. – E quanto à garota? – Levantou seu olhar e viu que Hisahi parecia apreensivo.

– Bom, a garota... – Hesitou.

– Anda, fale logo! Não tenho o dia todo! – Madara se alterou.

– Ela não apresentou nenhuma melhora. Os médicos não sabem dizer o que ela tem e porque ainda não acordou, mas temo dizer que o caso dela não é nada bom.

Madara sorriu internamente.

– Ok, bom trabalho Hisahi, já pode ir.

O detetive fez menção de sair.

– Mas antes... – Madara disse levantando-se de sua mesa e esticando a mão. – Preciso que me dê a chave as celas.

Hisahi queria perguntar pra que, mas não ousou, apenas as entregou e saiu.

O Chefe Uchiha saiu de sua sala momentos depois de Hisahi e foi até o lugar onde os detentos ficavam presos até serem julgados e mandados para a penitenciária Uchiha. Um lugar horrível e bem afastado da cidade.

– O que quer aqui? – Madara ouviu a voz de Obito dizer na escuridão no fundo de uma cela – Se veio para rir de mim ou dizer que sente muito, está perdendo seu tempo.

– Você me conhece Obito, sabe que eu nunca pediria desculpas a ninguém, nem a você. E não vim rir da sua cara, você foi leal a mim.

– Então o que veio fazer aqui?

Madara sorriu maldoso ao ver a silhueta de Obito aparecer à luz enquanto se aproximava das grades.

– Vim garantir que continue com tal lealdade – Fez uma pausa e tirou o molho de chaves do bolso. – Vim te soltar. Seu trabalho aqui está terminado. Agora vá e diga ao Orochimaru que eu já fiz a minha parte, e espero que ele faça a dele.


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Notas finais do capítulo

Tenho a impressão que o Mateus (Haru) não deve ter gostado nada dessa parte do Orochimaru com o Sasuke. Gomen, Mateus >< KKKK
Mas relaxem, não vou fazer cenas yaoi. É que... Eu sempre enxerguei o Orochimaru-sama como um travesti pervertido e eu adorei escrever sobre ele assim. Eu não sou má, ok? Ok.
Então até o próximo! xx



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