Shade and Love escrita por Thality


Capítulo 6
Capítulo 5 - O funeral


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tá aí mais um capítulo. Agora sim, quase todos os personagens principais estão envolvidos com a Mia.
E galera, é amanhã *-----* Teremos mais The Vampire Diaries na tv.
Mas não se esqueçam da fanfic ein...
Boa leitura!



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Damon sentiu uma onda de alívio quando viu que a garota não corria mais perigo, ele a via através do corvo e mesmo assim pôde perceber seus olhos. Eram tão intensos que pareciam chamá-lo para cada vez mais perto, como se pudesse levá-lo para dentro de sua alma.

Mia observou o corvo por milésimos de segundos, uma parte dela estava agradecida por ele ter surgido do nada no momento em que ela precisou, mas a outra parte, que era maior, estava lembrando de sua mãe caída naquele mesmo chão, algumas horas antes. Sem que ela pudesse evitar, seus olhos se encheram de lágrimas, e logo ela estava soluçando e se engasgando de tanto chorar.

Quando a garota encostou o rosto no chão, sem força para se levantar dali no meio de tantas lágrimas, Damon fez o corvo sair do quarto do hotel e desaparecer enquanto voava cada vez mais alto. Segundos depois, Mia encontrou forças para olhar, mas não havia nada ali.

O vampiro permaneceu parado por um tempo, tentando compreender tudo o que havia acontecido, e porque ele resolveu agir daquela maneira, ajudando aquela garota que não significava nada para ele. Definitivamente havia algo sobrenatural nela, algo que despertava uma imensa curiosidade em Damon, algo que despertava o que havia de mais humano nele. Ele percebeu isso, porque naquele momento sentia uma imensa tristeza, mesmo sem conhecê-la, estava triste por vê-la jogada no chão do quarto, sozinha. Assim como ele mesmo esteve em diversos momentos de sua vida. E aquela solidão o transformou no que ele era agora: Um monstro. Era assim que ele via a si mesmo, quando sua humanidade resolvia aparecer.

Ele se lembrou do jovem Damon Salvatore, o que era gentil e amável. O Damon que era melhor amigo de seu irmão, e que lutava por um reconhecimento do pai. As circunstâncias o transformaram em alguém frio, egoísta, vingativo e insensível. A mágoa em seu coração não permitia que ele voltasse a amar alguém, não permitia que ele amasse nem a si mesmo. O único vestígio de sentimento bom que tinha era quando pensava em Katherine. Ele não queria que mais ninguém sofresse como ele, especialmente aquela garotinha.

Era uma linda garotinha, ele pensou. Então se levantou e fez o caminho de volta para a escola. Quando estava se aproximando, Jeremy Gilbert passou por ele. Damon havia visto o garoto em um dia que esteve observando a casa de Elena, sabia que ambos eram irmãos. Elena era uma garota muito boa, o vampiro conseguia reconhecer isso, ela tinha um bom coração, era altruísta e generosa. Então, quem sabe Jeremy também fosse assim.

—Olá pequeno Gilbert. –Damon abordou o rapaz. Jeremy tinha cabelos castanhos cumpridos na altura do queixo, olhos castanhos também e pele clara, era mais novo que Elena um ano e alguns meses, mas já era um pouco mais alto que ela.

—Eu conheço você? –O garoto não estava passando por uma fase boa de sua vida. Seus pais haviam morrido há pouco tempo e ele não encontrou uma boa maneira de extravazar o que estava sentindo. Acabou envolvido com drogas. O que era uma constante dor de cabeça para Elena.

—Sou irmão do Stefan. Damon Salvatore. –Damon disse, mas Jeremy continuou andando.

—Olha, não é só porque você é irmão do namorado da minha irmã que nós temos algum parentesco, ou eu te devo alguma explicação. Você, Stefan e Elena não têm nada a ver com a minha vida e ninguém vai me dizer o que devo fa.....

—Já chega. –O vampiro disse em um tom calmo e controlado, enquanto se colocava a frente de Jeremy, olhando o nos olhos. Estava usando hipnose. –Isso, assim está melhor. Você vai fazer exatamente o que eu mandar.

As pupilas de Jeremy dilataram sob o efeito da hipnose. E então ele estava completamente vulnerável a Damon.

—Tem uma garota nova na sua escola, uma bonitinha, branca de cabelos pretos, olhos azuis, simpática. Você já a viu? –O vampiro perguntou e Jeremy apenas moveu a cabeça afirmando. —Ótimo. Qual é o nome dela?

—Mia Summer. –Ele disse mecanicamente.

—Essa garota, Mia Summer, está naquele hotel aqui perto, o único hotel. Ela precisa de um amigo, Jeremy. –E Damon não tinha tempo suficiente para se preocupar em fazer uma garotinha se sentir melhor. –Você vai ajudá-la a passar pelas coisas ruins que ela está passando. Vai dar apoio a ela. –Talvez o próprio vampiro fizesse isso, mas ele mesmo achava que seria muita hipocrisia, já que era o culpado de toda dor que ela sentia. –E você não vai lembrar que eu pedi para você fazer isso. –Ele fez uma pausa para pensar se estava esquecendo algum detalhe. –Ah claro, e você vai ser educado com ela.

Damon desapareceu como uma flecha, e quando Jeremy recuperou os sentidos, só tinha uma estranha vontade de encontra Mia Summer. Ele precisava pedir desculpas a ela por ter sido tão mal educado no dia anterior.

*

Jeremy bateu na porta do quarto de Mia. Em um hotel simples como aquele, bastava perguntar pelo nome do hóspede na recepção para ter acesso ao número do quarto. Mia foi lentamente até a porta, sabia que era cedo de mais para ser Vicente, ou qualquer outra pessoa que tivesse chegado para buscá-la. Ela abriu e encarou o garoto do dia anterior, aquele que estava discutindo com uma moça no final da aula. Se esforçou para sorrir, queria mostrar que não havia ressentimento pelo modo como a havia tratado, mas o sorriso saiu mais fraco do que ela gostaria. Então deu espaço para que ele passasse pela porta, indicando que deveria entrar.

—Oi... Com licença. –Ele disse enquanto sentava-se em uma das camas, a que não estava desarrumada. –Sou Jeremy Gilbert.

—Mia Summer. –Disse com um sorriso pequeno, mas sincero.

—Eu sei... Nós temos algumas aulas juntos, e hoje como você não foi, bom, eu descobri seu nome. –Ele falou baixo, percebendo a atmosfera tensa do lugar. –Eu queria te pedir desculpas por ontem. Sabe... Fui um idiota com você. É que as coisas não estão exatamente como eu gostaria, então, acabei descontando em você, sem querer.

—Não precisa se desculpar Jeremy. Todos nós passamos por momentos ruins. –Ela apoiou a mão no ombro dele, Jeremy estranhou o gesto porque as pessoas não eram tão amáveis com ele daquela maneira. Mas aquela era a forma como Mia tratava as pessoas que conhecia.

—Também queria dizer que você é bem vinda. Você e... –Ele finalmente percebeu que não havia ninguém com ela. –Quem está com você?

—Bom, minha mãe estava... –Ela respirou fundo, se esforçando para não chorar. –Mas ela foi atacada por um... –Ela não deveria dizer “vampiro”, as pessoas pensariam que ela era louca. –Por um animal. Ontem, enquanto andávamos pela floresta. É um atalho até nossa nova casa.

—Temos tido muitos casos de ataque de animal ultimamente, sua mãe está no hospital?

—Não... Ela se foi. –Mia sentiu o coração apertar quando disse as palavras.

—Eu sinto muito, muito mesmo. –Jeremy segurou uma das mãos dela entre as suas, tentando dar alguma espécie de conforto. Ele sabia melhor do que ninguém o que Mia estava passando. –Sabe... Você não pode ficar aqui sozinha. Vamos almoçar, posso te levar ao Mystic Grill.

—É muita gentileza sua, Jeremy, mas não estou com fome.

—Mas eu quero fazer algo por você. –Jeremy ofereceria ajuda mesmo se não estivesse sob a influência de Damon.

—Então... Você pode me ajudar a levar todas essas coisas até minha... Bom, a casa onde eu iria morar? O carro da minha mãe está no estacionamento, mas eu não dirijo muito bem. Você sabe dirigir?

—Claro! Quer dizer. Sei o suficiente. Vamos.

Ela terminou de arrumar suas coisas e as que antes pertenciam à sua mãe, depois Jeremy a ajudou a colocar tudo no porta-malas e dirigiu até a outra extremidade da floresta, onde a pequena casa de madeira ficava localizada. Quando a garota entrou no lugar, não conseguiu conter as lágrimas. Jeremy colocou um braço sobre o ombro dela e aquilo fez com que Mia se sentisse melhor. A garota estava grata pelo que ele estava fazendo. Jeremy era um bom garoto, apesar dos problemas em que estava envolvido. Faria a mesma coisa, mesmo se não tivesse sido hipnotizado.

—Quer que eu te ajude a arrumar tudo? –Jeremy perguntou.

—Não, obrigada. Você já me ajudou muito. Não precisa se preocupar, porque mais tarde algumas pessoas vão chegar.

—Entendi. Então eu vou ir para casa, minha irmã e minha tia já devem ter colocado a xerife atrás de mim por causa da minha demora. –Ele abraçou Mia, de um jeito tímido e um pouco desengonçado. –Apesar de tudo, foi bom te conhecer.

—Obrigada. –Ela disse. –Foi bom te conhecer também.

Jeremy não se importou em fazer o caminho de volta a pé. Era bom andar para colocar as ideias no lugar. Sua cabeça estava confusa por um motivo que ele desconhecia, além disso, ver Mia naquelas condições fez com que ele lembrasse da morte de seus pais. Decidiu que precisava de uma bebida, então foi para o Mystic Grill. Ele era menor de idade, mas o bar tender era seu amigo e não se importaria em vender alguma coisa.

Chegando lá, ele pediu uma cerveja e um almoço para viagem que levaria para Mia, a garota passaria o dia sem comer se ele não fizesse nada.

—Então aí está você! –Ele ouviu a voz de Elena, enquanto sua cerveja era tirada de suas mãos.

—Dá um tempo Elena! Não sou nenhuma criança! –Disse, irritado.

—Então para de agir como uma! Você desapareceu o dia todo! Nem imagina como a Tia Jenna ficou preocupada.

—Eu não desapareci, só estava ocupado. –Ele falou, enquanto pegava uma sacola com o almoço de Mia. –Preciso sair novamente.

—Espera aí, aonde você vai? Para quem é isso? –Elena apontou para a sacola.

—Tem uma menina nova na cidade, Mia Summer, ontem à noite a mãe dela foi atacada por um animal. –Stefan estava logo atrás de Elena. Ele sabia quem era o responsável por todos os “ataques de animal” daquela cidade; Damon Salvatore.

—A mãe dela está bem? Ela sobreviveu? –Stefan perguntou.

—Não... E parece que até o corpo desapareceu. O animal deve ter levado. –O garoto explicou. –Tenho que levar esse almoço pra ela, ela parecia muito fraca, mas não quis vir até aqui.

—Vamos todos então. –Stefan sugeriu, ele precisava ter certeza de que a existência de vampiros continuava sendo um segredo. –Quanto mais apoio ela tiver, melhor.

—Vamos no meu carro. –Disse Bonnie, melhor amiga de Elena. Estava sendo apenas generosa, ela não sabia da existência de vampiros, apesar de ter crescido com sua avó dizendo que ela pertencia a uma antiga linhagem de bruxas.

*

Quando Jeremy saiu, Mia foi caminhar pelas redondezas da casa. Após alguns minutos de caminhada, ela viu a placa do cemitério da cidade e decidiu entrar. Não havia ninguém ali, então ela não conteve as lágrimas. Estava chorando pela morte da mãe, por se sentir sozinha, porque não sabia onde estava o corpo, por não poder prestar as devidas homenagens. Então ela decidiu que não precisava saber onde a mãe estava para poder homenageá-la.

—Oi mãe... –Ela falou, olhando para um tronco de árvore caído. –Sei que você está me ouvindo agora, porque você sempre estará comigo. Eu não poderia ir embora sem dizer o quanto vou sentir sua falta. –Mais lágrimas escorreram por seu rosto. –Você foi a melhor pessoa que eu conheci. Tão generosa, guerreira e amável. Obrigada por cuidar de mim, e por cada momento feliz.

Bonnie, Jeremy, Elena e Stefan chegaram naquele momento, Jeremy colocou um braço ao redor do ombro da garota. Enquanto isso, Stefan correu até o jardim de uma casa e roubou uma flor branca. Ele voltou antes que pudessem notar sua ausência e entregou a flor para Mia com um sorriso de solidariedade. A garota colocou a flor ao lado do tronco, e logo olhou para todos que estavam ali, sem compreender quem eram aquelas pessoas, mas agradecida por estarem com ela. Era como se estivessem prestando uma homenagem para sua mãe.

—Essa é minha irmã Elena. –Disse Jeremy. –Aquele é Stefan, o namorado dela. E aquela é Bonnie. –Ele levantou a sacola que segurava. –Esse era o seu almoço, mas agora já está frio.

—Nós sentimos muito pelo que aconteceu, Mia. –Disse Stefan.

—Já que o almoço está frio, vamos para minha casa, e nós faremos um jantar para você. –Disse Elena. E antes que Mia pudesse responder, Jeremy e levou até o carro de Bonnie. Todos seguiram para a casa dos Gilbert.

*

Damon foi até o Grill se encontrar com Caroline conforme havia combinado. A garota o esperava impaciente em uma mesa.

—Como vai Caroline? –Ele disse, enquanto se sentava a frente dela.

—Bem! Que bom que você chegou. –Ela disse, olhando para o celular. – Sinto muito, mas eu preciso sair. A Elena me mandou mensagem. Parece que vai rolar um jantarzinho de amigos na casa dela agora.

—Ótimo, eu adoraria ir. –Ele disse, com um sorriso.

—Não, na verdade acho que nenhum deles ficaria feliz em te ver depois que você tentou beijar a Elena. Aliás, porque todo mundo é louco pela Elena? -Caroline pensou alto com um apontada de ressentimento.

—Você adoraria que eu fosse. –Ele falou, olhando profundamente nos olhos dela.

—Eu adoraria que você fosse. –Caroline sorriu sob o efeito dos poderes do vampiro.

*

Um pouco depois de chegarem à casa dos Gilbert, Jeremy recebeu uma mensagem de seu amigo Matt. Ele era irmão da Vicky, a garota mais velha de quem Jeremy gostava. A mensagem dizia que ela havia sido atacada por um animal e que estava internada no hospital da cidade. Jeremy foi até a o sofá onde Stefan estava a falou baixo para que Mia não ouvisse.

—Parece que muita gente de Mystic Falls está sendo atacada por esse animal. Tem alguma coisa errada. Agora a Vicky está internada, ela também foi atacada. Preciso ir para lá, você pode avisar a Elena?

—Claro.

Assim que Jeremy saiu, Caroline e Damon chegaram. Stefan abriu a porta e deixou que Caroline entrasse, mas interceptou o irmão.

—O que você está fazendo aqui? –Stefan perguntou. –Você não é bem vindo.

—Deixe ele entrar Stefan. –Disse Elena. –Educação em primeiro lugar.

—Obrigado, Elena. –Disse Damon, e caminhou para a mesa.

Recuou dois passos quando viu que Mia estava sentada ali, ao lado de Bonnie e Caroline. Ela sorria, mas o sorriso não alcançava os olhos. Aqueles lindos olhos azuis, intensos e cheios de emoção. Pareciam dois lápis-lazúlis, a pedra do anel que permitia de Stefan e ele andassem na luz do dia. Ele não podia lidar com os sentimentos que aquela garotinha lhe trazia, não com todas aquelas pessoas ali. Continuou recuando, sem conseguir tirar os olhos dos dela.

—O que foi Damon? Não consegue lidar com a culpa de ter matado a mãe daquela garotinha? –Stefan perguntou, quando Elena já estava na cozinha.

Damon olhou para o irmão e despertou de seu transe. Sorriu com ironia.

—Culpa, é um sentimento que eu desconheço, irmãozinho. –E seguiu para a cozinha para ver Elena.

Mia o viu quando ele já estava de costas. Seu primeiro impulso foi sair correndo dali, mas havia uma pequena parte que queria compreender o porquê dele ter feito aquilo com sua mãe. Ela decidiu perguntar à Bonnie quem era ele.

—É o irmão mais velho do Stefan. Não é coisa boa. –Bonnie disse.

Mia se lembrou de quando o viu na escola, observando Elena. Havia sentimentos bons ali, por baixo de toda aquela armadura de ódio. Ela sabia que ninguém poderia ser tão ruim. Deveria haver um motivo para ele ter feito o que fez com Jessica Summer. Ela decidiu ir até a cozinha, silenciosamente, para ouvir o que ele estava falando. Não era uma coisa muito educada, mas depois do longo dia que tivera, não estava pronta para encará-lo frente a frente.

—Eu queria te pedir desculpas por ter tentado te beijar ontem, Elena. –O vampiro disse. Mia mal podia acreditar que estava certa, ele realmente não era completamente ruim, já que estava se desculpando. –Eu realmente não deveria ter feito aquilo.

—Tudo bem, se você não fizer nunca mais. –A garota derrubou um prato e Damon o pegou no ar com uma agilidade sobrenatural.

—Sabe... Eu e meu irmão temos problemas com mulheres há muito, muito tempo. Mas estou feliz por ele ter te conhecido. Achei que nunca fosse superar a última. –Damon estava disposto a fazer Elena interrogar Stefan sobre aquilo mais tarde, ele queria ver o irmão em apuros.

—Última?

—Hm... Acho que ele não te contou sobre a Katherine. Desculpe, acho que não deveria ter dito nada.

—Como ela era? –Elena perguntou.

—Ela era linda. Bem como você.

—Qual de vocês ficou com ela primeiro?

—Você é esperta. –Ele reconheceu. –Pergunte ao Stefan, a resposta dele vai ser diferente da minha.

—O que aconteceu com ela?

—Morreu... Em um incêndio. –Os olhos de Damon se encheram de uma tristeza sincera. Mia percebeu aquilo, mas Elena não.

—Temos que deixar uma coisa clara aqui, Damon. –Elena disse um pouco exaltada. –Eu não sou a Katherine.

Elena saiu da cozinha, deixando o vampiro com os olhos distantes, reconhecendo o quanto Elena e Katherine eram diferentes. Mia podia sentir seu pesar, mesmo estando a alguns metros de distância. Ela achou que ele poderia ser ruim, poderia ter feito coisas terríveis, mas ele também estava sofrendo. A garota caminhou até lá, encarando os olhos azul gelo do vampiro. Ele era lindo. E não percebeu que alguém se aproximava até que ela estava em sua frente. Ele a encarou, ela era magra e tinha estatura entre pequena e média, sua cabeça ficava na altura do peito dele. Ela tinha feições quase infantis e aqueles lindos olhos azuis, que novamente prendiam o vampiro.

—Sinto muito pela Katherine. –Ela disse, com sinceridade. –Você a perdeu também.

Ele abaixou os olhos, em dúvida entre sair dali ou dizer a Mia que sentia muito pela perda dela também. Ou atacá-la. Beber todo seu sangue e acabar com aquele dilema, e toda aquela intensidade que ela trazia. Um celular tocou, tirando a atenção dos dois. Era o celular da mãe de Mia, que agora estava em seu bolso. Mia saiu correndo da cozinha para atender, era Vicente.

—Oi Padrinho. –Disse a garota.

—Mia, desculpe, nós tivemos problemas aqui, não pude mandar ninguém para buscá-la, você acha que pode esperar até amanhã.

—Bom... –Ela pensou por um momento e tomou uma decisão que mudaria tudo na vida dela. –Não precisa mandar ninguém. Vou ficar aqui.

—Tem certeza que é isso que você quer?

—Sim.

—Vamos manter contato. Tenho orgulho de você, minha criança. –E desligou.

Mia olhou para dentro da casa. Estava cercada de pessoas boas. Que estavam dispostas a cuidar dela. Tinha o Jeremy, que poderia se tornar um grande amigo. E até mesmo aquele vampiro, poderia ser uma boa pessoa. Ela não ficaria feliz em sair da cidade sem entender porque ele havia matado sua mãe. E acima de tudo isso, ela sentia que havia algo para ela ali, naquela pequena e estranha cidade de Mystic Falls.

[Essa é a pedra Lápis-lazúli. A série não menciona do que o anel dos Salvatore é feito, mas o livro explica].


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Notas finais do capítulo

O que acontece com o Damon quando ele vê a Mia? Alguém tem alguma ideia?
Bom, no livro, os olhos da Elena são cor de lápis-lazúli também, e isso atrai os vampiros de algumas forma. Vocês acham que é isso que está acontecendo?
O fato é: Mia deixa o Damon vulnerável, e ele odeia isso. Então fará algo para mudar... Mas ele mesmo está indeciso sobre o que fazer.
Comentem bastante, e talvez essa semana eu poste um Capítulo Bonus, com POV (narração) da Mia e do Damon, para explicar melhor o que eles sentem no geral. Mas o capítulo oficial, sairá na quarta que vem :)
Beijos!



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