Shade and Love escrita por Thality


Capítulo 2
Capítulo 1 - Bem-vindo à Mystic Falls


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que comentaram o Prólogo. Fiquei realmente muito contente em saber que tem alguém lendo! Por favor, não deixem de comentar, é um grande incentivo para mim.
Um obrigada especial para a Maria Raiane, que foi a primeira a comentar, esse capítulo é em sua homenagem!
Bom, espero que gostem!



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Mia Summer e sua mãe estavam chegando à pequena e, um pouco sombria, cidade de Mystic Falls, era a primeira vez que estavam realmente sozinhas e Mia estava muito animada com isso. Passara dezesseis longos anos de sua vida em um mosteiro, na Flórida. As poucas vezes que saíram foram para ir às compras, e aqueles dias eram os melhores.

A garota gostava da Flórida, sempre tão cheia de gente, tão iluminada, mas não participava de nada daquilo. Cresceu acreditando que não precisava participar.

Não foi ruim crescer no mosteiro. Na verdade, nem podia ser considerado um mosteiro, porque viviam muitas pessoas lá, o local poderia ser chamado de vila afastada. Só que com paredes bem altas. Lá era o lar de Mia.

Sua mãe disse-lhe que quando ela nasceu não tinham lugar para morar. O pai dela havia morrido, não tinham parentes próximos então estavam sozinhas, o Padre Vicente as acolheu, as ajudou, portanto ele era a família delas. Ele ensinou para Mia tudo o que precisava saber sobre filosofia, história, ciências. Era um homem muito inteligente, ensinou muito mais do que ela poderia aprender em qualquer escola do mundo.

Agora Mia deveria entrar em uma escola, se enturmar e parecer que estava em Mystic Falls por acaso, ao menos foi isso que o Pa. Vicente ordenara. Ela não sabia exatamente porque estava ali, sua mãe, Jessie Summer sabia muito bem, mas estava guardando aquele segredo para um momento em que realmente fosse necessário dizer.

—Está tudo bem mamãe? –A garota perguntou –Você está quieta desde que chegamos ao aeroporto, tem alguma coisa errada? Podemos voltar quando você quiser, aposto que o Pa. Vicente não vai ficar muito zangado.

Oh sim, com certeza ele iria, pensou a mulher.

—Sim Mia, estou bem. –Ela mentiu –Só estou pensando em onde vamos passar a noite, já está tarde, cansei de dirigir e não faço a menor ideia de onde fica essa casa do Padre onde vamos morar.

Ela analisou a situação, já passava da meia noite. Ela ouviu falar muito de Mystic Falls, não era seguro ficar na estrada àquela hora da noite.

—Se importa se passarmos essa noite em um hotel? –Perguntou para a filha.

—Não, claro que não. Acho que vai ser divertido. –A garota esboçou um sorriso sincero.

As duas pararam em um pequeno hotel na beira da estrada, entraram e sem muita demora foram alojadas em um quarto com duas camas simples. Se aprontaram para dormir pois o dia seguinte, certamente, seria muito longo. Antes de se deitar, Mia olhou pela pequena janela, para agradecer pelo dia, como sempre fazia antes de se deitar. Ela olhou para o céu escuro e sem estrelas, depois olhou para a rua, onde uma nevoa se formava. De repente viu algo se movimentando, forçou os olhos, procurando alguma coisa diferente.

Não muito longe da janela estava um grande pássaro negro. Um corvo, Mia concluiu.

—Boa noite pássaro. –Ela falou, fechando a janela logo em seguida. Depois deitou-se e adormeceu rapidamente.

*

—Olá, irmãozinho... –Disse Damon Salvatore, ao entrar na grande mansão da família, que agora pertencia a ele a o irmão mais novo Stefan Salvatore.

—Damon. –O desprezo na voz do rapaz era evidente, mesmo tratando-se do seu próprio irmão. Mas ele não tinha culpa, em seu coração havia tanta mágoa, que ele nem se lembrava mais como era o amor familiar.

—Vai mesmo entrar para aquele time de futebol? –Damon perguntou com um interesse sarcástico. –Está se dando bem fingindo não ser um monstro. –Stefan travou a mandíbula, ele não queria ser um monstro, nunca quis. —Como vai a nossa doce Elena?

Agora Stefan não podia mais se controlar, tudo o que o irmão dizia lhe irritava. Tudo parecia uma ameaça, uma provocação, e ouvi-lo falando nela o fez querer matá-lo. Ele não tinha o direito de saber sobre Elena, não tinha o direito de conhecê-la e nem mesmo de saber que ela existia.

—Não vou deixar você se aproximar dela! –Falou, tendo que se esforçar para não gritar.

Damon sorriu com sarcasmo, era isso que ele era, um poço de sarcasmo. Mas a verdade sobre si próprio ele conhecia, jamais seria capaz de fazer mal à Elena. E no fundo Stefan também sabia disso. E ambos sabiam que na verdade Stefan não estava tentando proteger a garota, ele estava tentando evitar que ela conhecesse seu irmão, porque ele poderia ser admirável se assim quisesse. E Stefan tinha medo de perdê-la para ele, para o lado bom dele.

—Quem você andou atormentando hoje? –Stefan perguntou, sabendo que era assim que Damon tornava seus dias mais divertidos.

—Ninguém em especial... Estava apenas observando. –Ele disse isso enquanto preparava um copo de uísque. –Eu te disse que não iria atacar ninguém na cidade, porque eu também gosto daqui. Mas... Nada me impede de atacar os visitantes não é? Chegaram duas mulheres hoje mais cedo. Devem estar de passagem. Coitadinhas... Não ouviram falar de como Mystic Falls pode ser perigosa... –Falou, fazendo um bico de falsa compaixão.

—Você não se sente mal, fazendo isso com as pessoas, em pura consciência? –Stefan perguntou, buscando realmente entender o irmão.

—Simples... –Bebeu um gole de uísque, sentado em sua poltrona. –Penso que os humanos estão aqui para isso, para nos servir. A propósito, você deveria ir comigo amanhã, jantar. –A palavra “jantar” deslizou por seus lábios, dando ênfase ao quanto um jantar humano poderia ser bom.

—Amanhã? Você deixou as duas vivas? –Stefan perguntou, sem acreditar, não era hábito do irmão, guardar o jantar para o dia seguinte.

—Sim... –Respondeu rapidamente. –A mais nova me desejou “boa noite”, acho que tudo bem lhe dar uma última noite... Boa ou não, quem sabe...

Damon subiu para seu quarto. Um dos cômodos mais espaçosos e organizados da casa, deitou-se na cama gigantesca e fitou o teto, tentando se lembrar do porque de ter deixado as duas mulheres vivas. Ele não era daquele jeito, ele não se importava com os humanos, porque os humanos estavam dispostos a ferir qualquer um, com ou sem motivos. Foram os humanos que, incompreensíveis, mataram a mulher que Damon mais amou na vida.

Sem motivo algum, em 1964, eles levaram Katherine para a igreja, junto com muitos outros vampiros e colocaram fogo, sem dó, nem piedade. Não se importaram em saber se ela era boa ou ruim. Se tivessem se importado, veriam o quanto ela era boa. Ela não matava pessoas, ela se alimentava do sangue dele, todas as noites. Bom, também do sangue de Stefan e foi isso que a levou para morte.

Era isso... Porque sentir pena de se alimentar de uma raça que já estava se afundando sozinha, em seu próprio ódio e ignorância? Mas quando ele viu aquela garota na janela, chegou a pensar que havia esperança. Como estava em sua forma de corvo, não conseguiu enxergá-la muito bem, só havia reparado nos longos cabelos escuros e ondulados dela. Mas ouviu muito bem, quando ela disse, com uma voz doce e cheia de ternura “Boa noite, pássaro”. Naquele noite, Damon adormeceu sem pensar em Elena ou em Katherine.

*

Mia estava dormindo na cama ao lado da mãe, ela se debatia por toda a cama, estava tendo um pesadelo.

“Era como se estivesse presa na cama, sem poder falar, se mexer ou gritar, enquanto um homem vestido completamente de preto, entrava no quarto do hotel. Sua mãe tentava impedi-lo, dizendo coisas que Mia não podia compreender. Mas ele continuava indo na direção de sua cama, a cama onde ela estava presa. Ela sentia o pavor em cada parte de seu corpo enquanto via aquela silhueta se aproximando. Mas quando ele chegou bem perto, todo medo se foi.

Ela prestava atenção em cada movimento do rapaz. E céus! Era o homem mais lindo que ela já havia visto! Tinha a pele clara, perfeita, cabelo negros e um pouco compridos. Mesmo com a camisa social preta, ela podia ver os músculos que estavam cobertos, sentiu vontade de tocá-lo. Ele olhou para ela, parecendo frustrado, como se não entendesse alguma coisa muito óbvia.

Ele estava com os lábios entreabertos, olhando para ela, mas não era assustador, era bom, era como se ele quisesse beijá-la. Os olhos azuis dele a fitavam com seriedade, mas ela sentiu um lampejo de alguma coisa boa vindo deles, alguma coisa doce, amável e ao mesmo tempo solitário.

Em um segundo, era só isso que havia: solidão. Todo lampejo de bondade se foi daqueles olhos claros, e restara apenas solidão, ódio, rancor. Ele abriu a boca, mostrando os dentes. Os caninos eram longos e pontudos como os de um... vampiro.

Num instante ele estava perto de morder sua jugular, quando sua mãe o empurrou e se colocou na frente da filha.

—Ela não.

Foram as únicas palavras legíveis no sonho. E o vampiro de lindos olhos mordeu a jugular da mulher, até que restou apenas um pote vazio.”

Mia acordou assustada, e o sol já estava nascendo. Ela pulou para a cama da mãe, sem nem mesmo ser convidada, mas queria certificar-se de que tudo estava bem. Sim, estava tudo perfeitamente bem. E ela permaneceu ali, abraçada a mãe durante todo o tempo que pôde. De alguma forma, ela sabia que aquilo não tinha sido apenas um sonho.


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Notas finais do capítulo

Algumas pessoas devem estar pensando em como os capítulos estão pequenos. Mas não vai ser sempre assim, não se preocupem, é porque no começo não consigo escrever capítulos muito grandes.
Por favor, digam a opinião de vocês.
Até o próximo capítulo.
Vou postar até sexta que vem, prometo.



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