Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan


Capítulo 15
Capitulo quinze – Conversas


Notas iniciais do capítulo

Oii... *se esconde de todos os objetos tacados* Desculpem o atraso do capítulo, eu nem sei o que dizer para a justificativa... Fiquei duas semanas sem postar... Desculpem mesmo pessoas, mas quando tinha tempo para escrever nada vinha na cabeça e fiquei me sentindo péssima por causa disso... Podem acreditar que os meus motivos de não conseguir escrever o capítulo são os mesmo que apresentei em alguns capítulos anteriores...
Mas vamos ao que interessa, esse não ficou grandes coisas, porém eu fiz o que me pediram... Boa leitura e desculpe se tiver algum erro...



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Não podia mais ficar dentro daquela sala na presença dele, respirando o mesmo ar que o dele e principalmente encarando o rosto neutro e os olhos debochados dele. Sua garganta apertou-se, deixando-a sem ar por alguns segundos e para não cair de novo, Sakura apoiou-se na parede branca. Agradeceu mentalmente, pois o corredor estava vazio. Todos os médicos estavam trocando de turnos e os enfermeiros estavam em uma reunião básica de todo final de mês.

Olhou para frente, viu que estava próxima ao bebedouro e com muito esforço foi andando até lá. Beber um pouco de água poderia acalmá-la de certa forma. Levou o copo até a boca e engoliu o liquido gelado, mas de repente começou a tossir compulsivamente e acabou encostando as costas à parede em busca de apoio. Como simples palavras poderiam mexer tanto com ela a ponto de deixá-la tão vulnerável?

Sentindo-se fraca em todos os sentidos, Sakura deixou que suas costas deslizassem pela parede até que ela sentasse no chão encolhida. As lágrimas caiam nos seus braços, era única forma de limpar-se.

-Eu te odeio! – murmurou com a voz fraca pelo choro.

~~*~~*~~*~~

O gosto adocicado dos lábios da rosada ainda estava em sua boca e a textura da pele dela também. O moreno admitia que gostou do que tinha feito, mas em pensamentos batia-se por ter deixado escapar a oportunidade de finalmente saber o que realmente aconteceu no dia de seu quase-casamento. Porém o seu instinto foi mais forte que o raciocínio e agora ele estava ali, sentando sem fazer absolutamente nada, apenas devaneando, ou melhor, pensando nos acontecimentos de minutos atrás.

Sua mente dizia para esquecer aquele momento e continuar odiando a rosada, mas seu corpo pedia outra coisa. Nunca imaginou que sentia falta daquele corpo, dos olhos verdes brilhantes – que agora não brilhavam mais – e da sensação deliciosa que era o toque das mãos da Haruno em seus braços, ombros ou na nuca. Sentiu uma dor latejante em sua virilha.

Mas foi distraído com o toque de seu celular, esticou o braço para pegar o aparelho que estava em uma mesa perto da maca e o nome NARUTO brilhava.

-Sasuke seu idiota! Onde você está? – tinha aberto a boca para dizer ALÔ, mas a voz escandalosa do Uzumaki o cortou. –Se você não aparecer no hall do hotel em um minuto eu mando a guarda nacional, o FBI, a CIA e a INTERPOL atrás de você!

-Ótimo, aproveite e peça a eles para trazerem uma muleta. – respondeu sarcasticamente, enquanto massageava a testa com o polegar.

-Como é que é? O pessoal e eu preocupados com você e o senhor dá uma de comediante! Espero que sua perna quebre e deixe você impossibilitado de andar, assim eu posso te bater. – falou irritado.

-Obrigado pelo feitiço, só para você ficar feliz, ele aconteceu.

O loiro gritou do outro lado da linha.

-Como você conseguiu quebrar a perna? Por acaso algum carro passou por cima de você? – com os olhos surpresos Sasuke tirou o celular da orelha e o encarou com uma expressão assustada.

-Naruto, você é vidente?

-Não me diga que você quebrou a perna, porque um carro passou por cima de você?! – o Uzumaki perguntou histérico. –Como você está vivo então?

-O carro não me atropelou. Sakura conseguiu frear antes, só que a minha perna esquerda foi quebrada não sei como. – respondeu no tom normal desviando seus olhos para a mesa da médica.

-Calma aí teme, me deixe ver se entendi. Você foi quase atropelado pela Sakura-chan e quebrou a perna fazendo não sei o quê. É isso? – questionou, falando devagar para processar tudo o que Sasuke havia dito.

-Mais ou menos isso. – deu de ombros. Sua atenção foi presa por vários porta-retratos que enfeitavam a mesa cheia de papeis e canetas. –Naruto eu preciso que venha até o hospital que a Sakura trabalha.

-Por quê?

-Ela me proibiu de andar sem ajuda de alguém por dez dias. Preciso que venha me buscar aqui. – disse com certa irritação na voz.

-Isso mesmo, dê ordens e mais ordens ao seu amigo preocupado. – bufou mostrando claramente sua irritação. –Estou aí em cinco minutos.

-Certo, tchau. – desligou sem ouvir uma resposta.

Um suspiro cansado escapou de seus lábios. A noite do Uchiha seria longa.

Pelo menos o desejo de antes passou. – pensou aliviado. Seus olhos passavam de foto por foto, o que chamou sua atenção foram três fotos, a primeira era a que todos eles tiraram ao concluírem o ensino médio, o jeito que ela sorria com os olhos brilhantes cheios de carinho e amor apenas para ele estava estampado naquela fotografia.

Que nostálgico!

A segunda era de uma barriga. Estranhou aquela fotografia, mas analisando-a melhor, Sasuke logo percebeu que se tratava da barriga da Haruno por causa da pequena mancha em forma de sorvete que aparecia perto do umbigo. Mas por que ela guardava uma foto de sua própria barriga? Essa era a dúvida do Uchiha.

E a terceira era de uma menina de sete anos – ele sabia, pois o bolo de aniversário com a vela do número sete estava em sua frente - de olhos azuis que sorria inocentemente com o nariz coberto de glacê. Mas o que chamou a atenção do moreno foi o pano envolta de sua cabeça, um ralo cabelo loiro aparecia. E ao lado da menina estava a rosada beijando-a na bochecha.

-Tia Sakura? – a voz infantil o fez desviar sua atenção para a porta onde estava a mesma menina da foto, mas com os cabelos um pouco mais evidentes. –Quem é você? – perguntou assustada. Nunca imaginaria uma pessoa à uma hora dessas na sala da adorada médica.

-A Sakura saiu. – falou encarando o porta-retratos da barriga da rosada.

-Que chato! A Nakamura-san disse que ela estava aqui. – comentou decepcionada. –Tudo bem eu espero ela! – murmurou indo em direção à cadeira confortável atrás da mesa.

Bufou impaciente, virando-se para o lado oposto da menina. Xingava Naruto mentalmente pela demora. Já Tsukimi encarava, com os olhos curiosos, as costas do homem estranho que parecia estar irritado com algo. Um silêncio desconfortável instalou-se na sala.

-Você ainda não disse o seu nome. – rompeu o silêncio.

-Eu não tenho a obrigação de dizer o meu nome sendo que você nem falou o seu. – respondeu azedo, deixando claro que não queria conversa.

Assustada com as palavras frias do homem, Tsukimi encolheu-se ainda mais na cadeira. E o silêncio reinou mais uma vez na sala da Haruno.

-Sabe, pessoas como você, devem amolecer o coração. Minha mãe sempre dizia que pessoas duras sofrem com algo ou sofreram. – disse com receio na voz.

-Não fale coisa que não sabe menina. – contrapôs irritado. O moreno sabia que aquelas palavras mexeram com ele.

-Eu tenho nome, e é Tsukimi! Yamashita Tsukimi.- encheu as bochechas de ar, fazendo birra.

-Hum! – resmungou.

Chateada por não conseguir conversar decentemente com o rapaz, a menina o encarou, analisando-o, até que o gesso chamou sua atenção. Definitivamente ela não gostava de silêncio!

-Você quebrou a perna. Eu já quebrei o braço quando tinha três anos. Doeu bastante no começo, mas depois me acostumei e até gostei de ficar com gesso. Era tão branquinho. – seus olhos brilharam com a recordação. –Às vezes, dava coceira, mas a mamãe sempre conseguia fazer parar. – seu semblante mudou para o triste.

-Onde estão os seus pais? – perguntou enquanto virava-se para o mesmo lado da loira. Mas quando olhou para o rosto da menina, se arrependeu pela pergunta que a deixou triste.

-Eles estão cuidando de mim lá de cima. – apontou para o teto. –E o seus? – perguntou curiosa, mas ainda sim triste.

-Eles também morreram. Em um acidente. Meu pai resolveu tirar um dia de folga do trabalho e levou a minha mãe para terem um dia apenas deles. E quando estavam em um cruzamento, um carro desgovernado bateu de frente com o carro deles. – respondeu com certo pesar nas palavras, como sentia dos carinhos da mãe e das exigências do pai.

O que dona Mikoto faria se visse o filho caçula dela com a perna engessada? – pensou com divertimento, já sabendo que sua mãe entraria em pânico e o mimaria até não querer mais.

-Você sente falta deles?

-Sim. Aposto que você também. – Sasuke não sabia o motivo de estar conversando com uma menina sobre seus pais, mas de certa forma ele sentia-se confortável.

-Eles morreram baleados em um assalto ao banco. Estiveram no lugar errado na hora errada, é o que os policiais disseram. – contou olhando para as próprias mãos. -Mas eu sou feliz, porque tenho a tia Sakura, o tio Kouichi, a Nakamura-san e mais um monte de gente do hospital. Eles são muito importantes! – exclamou com um sorriso nos lábios. A tristeza de antes desapareceu do rosto da menina.

Sem mais nada a dizer, o moreno desviou o olhar para o porta-retratos da barriga da rosada. Aquela fotografia o estava deixando intrigado. O que significava?

-Tia Sakura disse que dentro dela crescia um bebê, mas por causa de um acidente ele foi ficar com os meus pais. – comentou a menina, depois de perceber o olhar intrigado na fotografia que também chamou sua atenção quando entrou na sala da médica pela primeira vez.

-Quando ela ficou grávida? – então era isso, Sakura estava grávida!

-Para falar a verdade... – parou, lembrando que não sabia o nome do homem.

-Sasuke. Uchiha Sasuke. – falou prontamente vendo a confusão nos olhos azuis da menina por não saber o seu nome.

-Para falar a verdade tio Sasuke... – recomeçou sorrindo em alegria por ter descoberto o nome do homem de coração duro. –Quando cheguei aqui no hospital, há dois anos, a tia Sakura era tratada como estranha por todos e não estava mais grávida. É isso que eu sei. Ela é tão frágil tio Sasuke!

O moreno se surpreendeu pelas últimas palavras da menina.

-Tia Sakura pode ser gentil e animada com todos a sua volta, mas eu sei que ela está machucada com algo. Dá para ver pelos olhos dela. Essa foto... – apontou uma em particular, a rosada sorria serenamente fazendo pose com um vestido de Lolita. –Mostra a verdadeira tia Sakura. – disse admirando a tal fotografia. –Ela poderia ter sido uma modelo. – pensou em voz alta.

-Ela era. – respondeu recebendo um olhar que mostrava a dúvida. –Ela trabalhou como uma na época da faculdade, seus pais trabalhavam e tinham uma vida boa, mas ela queria ter um pouco de independência financeira. – falou observando a mesma fotografia que Tsukimi.

-Você a conhece desde quando tio Sasuke? – perguntou curiosa. Cansada de ficar sentada na cadeira de Sakura, desceu e foi andando até ficar parada de frente para o moreno. –Me ajuda a subir? Essa cama parece mais confortável que a cadeira. – pediu sorrindo sapeca.

-Conheço-a desde o primário, as nossas vidas escolares foram juntas até a faculdade. – respondeu enquanto ajudava a menina. –Só tome cuidado para não cair. – avisou com medo da menina se empolgar demais e acabar caindo da maca, o Uchiha sabia que crianças daquela idade adorava fazer arte.

-Sabe aquela foto ali? – apontou para a primeira fotografia que havia chamado sua atenção, o moreno apenas desviou o olhar para a tal foto e assentiu com a cabeça. –O garoto do lado da tia Sakura segurando a mão dela é você? – perguntou olhando-o minuciosamente.

-É. Nós chegamos a noivar. – a última frase saiu arranhada.

-Que lindo tio Sasuke! E por que não se casaram?

A pergunta que ele não queria responder de jeito nenhum foi feita, agora Sasuke não sabia se contava a história do abandono e deixar a médica adorada por Tsukimi como a vilã de tudo ou inventava uma história ou ignorava a pergunta voltando a conversa sobre a gravidez da rosada.

-Tio Sasuke estou falando com você! – a voz infantil da menina o despertou de seus devaneios. –Por que vocês não se casaram? – tornou a perguntar pela expressão perdida do seu novo tio.

-Acho que está na hora de você ir dormir Tsukimi. Já está tarde e se a Nakamura-san souber que você está acordada não vai ficar contente. – desviou do assunto.

-Bobagem tio Sasuke! Os médicos e as enfermeiras sabem que se a tia Sakura voltou para o hospital de noite, ela tem que me colocar para dormir, se não eu não durmo bem. – falou como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

-O diretor do hospital deixa você monopolizar a Sakura desse jeito? – indagou.

-Deixar, ele não deixa, mas eu sempre consigo o que quero! – sorriu sapeca outra vez. Desviou sua atenção para o gesso da perna do moreno e o seu sorriso sapeca alargou-se. –Você se importaria, se eu escrevesse o meu nome no seu gesso tio Sasuke? – perguntou com os olhos pidões.

Deu de ombros ao ver o ar de travessura que a menina emanava. Sabendo que mesmo negando ela conseguiria escrever em seu gesso. A conversa com a menina estava tão boa que tinha esquecido a demora do Uzumaki, quando este aparecer em sua frente lembraria-se de dar um sermão e em brinde um cascudo no amigo loiro.

~~*~~*~~*~~*~~

-Ita! – a Okada sorriu quando viu o namorado sair do carro, mas seu sorriso foi desmanchando quando viu o cenho torcido dele.

Algo dentro do moreno dizia que deveria se apressar, pois sentia que estava acontecendo alguma coisa. Fechou as mãos em punhos e correu em direção do hospital com Namie em seu encalço.

-Diga logo onde está a doutora Haruno! – exigiu elevando uma oitava de sua voz.

Encarando a recepcionista de forma agressiva, o Uchiha debruçou-se sobre o balcão que impedia que ele voasse no pescoço da mulher assustada com as atitudes bruscas do homem em sua frente.

-Onde está a doutora Haruno? – tornou a perguntar afoito.

-E-ela está em sua s-sala. – respondeu tremula. –Com um rapaz que ela quase atropelou.

Confusão com as respostas, Itachi suspirou pesadamente e balançou a cabeça em forma de agradecimento. Pegou a namorada, que não sabia se ria pelo jeito impaciente dele ou exigia que ele desculpasse com a recepcionista por ter sido mal educado, pelo pulso e disparou para a sala da médica rosada.

-Desculpe pela atitude dele. A preocupação com a Sakura fala mais alto. – desculpou pelo namorado com um sorriso fraco.

Foi puxada por Itachi que corria pelos corredores do hospital até chegar à porta da sala da Haruno. Mas o casal ficou surpreso com a agitação estranha que se ouvia de lá de dentro.

-Tio Sasuke para! – a voz infantil era muito familiar para os dois. –Eu não consigo respirar. Chega! – a parede abafava as vozes de dentro, e quando o casal ouviu os pedidos da menina não pensaram em mais nada e abriram a porta em uma vez só.

Os risos deliciosos que a menina soltava por estar recebendo cócegas do seu mais novo tio preencheram a audição de ambos. A Okada suspirou aliviada por ser apenas um mal entendido, o simples pensamento da paciente mais querida de sua amiga estar sofrendo em mãos desconhecidas deixava apreensiva e cautelosa, por ver pela segunda vez o irmão de seu amado e a pessoa que é a raiz dos problemas da rosada, dirigiu-lhe um olhar indiferente. Já o Uchiha mais velho agiu de forma totalmente contrária, suas mãos fechadas em punhos e ofegava em um claro sinal de irritação e nervosismo.

-Pode me explicar tudo isso? – perguntou cortante.

As risadas da menina cessaram por completo e os dois desviaram os olhos para o casal recém chegado que parecia fora de seu normal.

-Coisa que não é do seu interesse Itachi! – respondeu endurecendo a expressão antes relaxada.

-Se não fosse, não estaria perguntando! – contrapôs impaciente, cruzou os braços e encarou o irmão menor decepcionado. –Meu anjo leve a Tsukimi até o seu quarto e depois vá procurar a Sakura. – pediu/ordenou sem mudar o timbre de sua voz.

-Não faça nada que se arrependerá depoias Ita. – lembrou-o encarando as costas do namorado, com resposta Itachi apenas resmungou. Namie hesitante aproximou-se da menina que ainda estava sentada na maca de antes confusa com tudo aquilo. –Venha Tsukimi-chan, vou levar você ao seu quarto. – estendeu a mão que com pouca vontade foi aceita.

O quarto foi tomado por um silêncio estranho após a saída das duas.

-Então, vai falar ou vai querer ser obrigado? – questionou do mesmo lugar que antes.

O Uchiha menor soltou o ar pesadamente e se ajeitou melhor na maca. Ainda não entendi o motivo de seu irmão estar tão diferente com ele. Quem fugiu com Sakura foi Itachi e não ele! Então o moreno que deveria estar decepcionado e não ao contrário.

-Antes, você pode responder algumas perguntas que eu tenho? – respondeu com outra pergunta sem encarar o irmão mais velho.

Itachi sabia o que Sasuke iria perguntar, não poderia ser evasivo e muito menos mentir, iria se arrepender amargamente depois de ter aquela conversa, mas deu de ombros e sentou-se de qualquer jeito em uma das cadeiras que tinha ali.

-Pergunte o que quiser. – falou encarando o irmão de perfil.

-Por que ela desapareceu? – soltou a pergunta que ele tanto queria saber a resposta, só não perguntou à rosada, pois o lado irracional dele falou mais alto.

~~*~~*~~*~~*~~

Depois de um dia cansativo com um passeio turístico pela manhã e depois uma trilha por uma floresta, o seu corpo pedia uma boa noite de sono. Relaxou os seus músculos na água morna que vinha do chuveiro. Por dentro a Yamanaka estava um furacão, tinha brigado com as amigas na hora do almoço e por causa disso, elas não dirigiram nenhuma palavra a ela durante toda a tarde e muito menos na hora do jantar.

Será que defender a Shiroki era errado? Ela só fez aquilo, porque nem mesmo Sasuke, o namorada da amiga loira o fez apenas assistiu ela levar uma surra com a expressão indiferente. Desde quando seus amigos ficaram tão frios?

-Kohana estava com ciúmes, só isso. – falou para si mesma. –Sasuke não fez o papel dele como namorado dela, eu como amiga tinha que fazer alguma coisa. – encostou a testa no azulejo frio e deixou as primeiras lágrimas molharem mais ainda o seu rosto.

(...) Vai ver a Sakura não era a pessoa que vocês pensavam que conheciam.

Se ela fosse a amiga que tanto vocês dizem que era, a Sakura não teria desaparecido sem mais nem menos. Ou melhor, não teria fugido sem falar nem um ATÉ LOGO às amigas.

Eu só estava sendo realista.

Colocou-se em posição fetal quando lembrou-se das palavras ditas pela Shiroki.

-A Sakura nunca trairia o Sasuke, e muito menos se distanciaria de nós. – disse entre soluços. O sentimento de culpa era tão pesado.

O Box foi aberto de uma vez só.

-Ino! – a voz do amado a chamou.

Algo dentro do Sabaku dizia que a namorada não estava nada bem desde o almoço, e quando voltaram da trilha e viu a loira correr para o quarto se trancando no banheiro uma onda de preocupação passou por seu corpo. Ficou contando os minutos daquele banho, e depois de ter passado dos trinta minutos, ele sabia que algo havia acontecido.

E agora vendo a loira que sempre irradiava alegria e contagiava todos a sua volta, mostrando o lado frágil e perdida o deixou com o coração apertado. Ele só viu esse lado da amada apenas uma vez, no dia em o avô dela faleceu.

Ele via os soluços balançarem o corpo desnudo da namorada, vendo que o corpo poderia esfriar Gaara desligou o chuveiro e pegou o roupão dobrado em cima da pia envolvendo Ino com ele e logo em seguida a pegando no colo.

-Está tudo bem Ino. – falou bem próximo de seu ouvido. –Tudo bem. – beijou a bochecha da namorada.

-Gaara, eu sou uma idiota! – disse entre soluços. –Não quero que a Ko fique brava comigo e muito menos as garotas.

Surpresos pelas palavras da loira, ele apenas a abraçou fortemente. Antes de acomodá-la na cama, Gaara pegou a primeira toalha que viu pela frente.

-Todos nós estamos estranhos depois que a Sakura apareceu. Você não está errada e nem certa Ino. Cada um tem a sua opinião, você só estava com medo de perder suas amigas. – confortou enquanto passava a toalha nos cabeços da namorada.

-Eu me sinto tão injusta com elas. Enquanto eu estou em cima do muro, pensando para que lado pular, elas já pularam. Mesmo não sabendo o que realmente aconteceu naquele dia, as garotas defenderam a Sakura como fazíamos antigamente. Eu a defendi também, mas o lado da Ko também deveria ser entendido, ela não falou aquilo por mau. – desabafou abraçando a cintura do ruivo em busca de conforto.

-A Sakura nos deve algumas explicações. Não tenha medo Ino, as coisas vão se resolver, você vai ver. – jogou a tolha para o lado e abaixou-se para ficar na altura da loira. Pegou o rosto dela entre as mãos e cobriu seus lábios nos dela.


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Notas finais do capítulo

Sakura desmoronou... E agora? Sasuke conheceu finalmente a Tsukimi e ainda se encontrou com o irmão, o que isso vai dar?
Espera um pouco, a Ino se arrependeu?? o.o Eu falei que ela ia repensar... ^^
Mas então, gostaram do capítulo? Odiaram? Tá enrolando demais né?
Esperando seus reviews... Beijos! ;D
Mais uma vez desculpe pelo atraso...