Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan


Capítulo 14
Capitulo catorze – O quente e as lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas!! ô/ Tudo bem com vocês? Eu fiquei tão feliz com os comentários de vocês, principalmente a parte em que a Kohana leva uma surra... ( o ódio pela loira é tanto que me dá até medo...), a minha inspiração está voltando aos poucos... e tudo graças à vocês e seus comentários lindos e maravilhosos! Vocês são ótimos! Obrigada mesmo... =D Mas enfim, o capítulo foi escrito com muito carinho para vocês e espero que façam uma boa leitura!! Aviso: Cenas inapropriadas a menores de dezesseis anos... Até lá em baixo.



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O clima dentro do carro da rosada estava pesado. Não falavam nada. Os dois nem ao menos cruzavam olhares. Respirarem o mesmo ar, sentirem a presença um do outro e saberem que não podem se tocar era umas das piores sensações para ambos.

Sakura mantinha sua atenção na estrada, enquanto Sasuke bufava a cada troca de marcha da rosada.

–Será que dá para parar de bufar feito um cavalo? As janelas estão começando a ficar embaçadas. – Sakura quebrou o silêncio.

–Hunf! – respondeu em monossílaba enquanto virava a cabeça para o lado da janela.

Respirando fundo, a Haruno tentou se controlar, por fora ela poderia demonstrar o pouco caso de toda a situação, mas por dentro o coração batia em um ritmo desenfreado e um nó se formava em sua garganta, estava tão próxima e ao mesmo tempo tão longe. Seus dedos coçaram ao imaginar a pele dele em contato com o seu tato ou a sensação deliciosa que era quando ela fazia um cafuné nos cabelos negros e macios do Uchiha.

Mentiroso! Uma farsa!

–Freia! Para o carro agora! – foi desperta de seus devaneios com a voz alterada do moreno ao seu lado.

Focou sua atenção à sua frente e bruscamente pisou no freio, mais uma vez. Ouviu o som de algo se chocando e quando desviou sua atenção para o lado viu o moreno com a mão na testa massageando-a com uma expressão de dor e desagrado.

–Você quer me matar, disso eu tenho certeza! – concluiu mal humorado.

–Por isso que existe o sinto de segurança. – alfinetou. Parou o carro em sua vaga no estacionamento do hospital e o desligou.

–Por isso que existe o ditado: mulher no volante, um perigo ambulante. – devolveu sorrindo de canto.

Quando a rosada o encarou com o cenho franzido, perdeu todo o ar por aquele sorriso de canto que ela tanto sentira falta. Uma sensação de quentura subiu por seu corpo e concentrou-se em suas bochechas, mas logo tratou de disfarçar o pequeno deslize virando-se para sair do carro.

O Uchiha realmente estava descontente com tudo àquilo. Tinha saído para uma pequena caminhada antes do jantar. Esfriar a cabeça era sua intenção na verdade. Aquela manhã o deixou com a paciência curtíssima, por qual motivo plausível a sua atual namorada fora falar coisa que não dizia respeito a ela? Ele entendia o lado dela, Kohana não queria ser comparada com Sakura e muito menos que exigissem dela que fosse igual à rosada, mas dizer aquelas coisas sem cabimentos para ganhar atenção ou tomar o lugar da rosada no grupo era o cumulo da inveja, no ponto de vista do Uchiha.

Por isso ele não fizera questão de defendê-la, pois sabia que isso era assunto da loira e ela que resolvesse sozinho, ele já tinha muitos pepinos para resolver, principalmente o chamado HARUNO SAKURA. Era muita coincidência ele ser ‘’atropelado’’ pela rosada.

Sasuke ainda se perguntava como conseguira quebrar a perna sendo que não sentira nenhuma colisão. Depois de saber que sua perna estava quebrada e ter entrado no carro da rosada, começado o trajeto sem nenhuma troca de palavras o moreno percebeu que ela estava com a visão desfocada, parecia estar em outro mundo. E pela segunda vez ele viu a morte de frente.

Sakura com sua concentração no espaço afundava o pé no acelerador sem nenhuma cerimônia. O carro corria a quase 140 Km/h. e naquele momento o Uchiha cogitara a ideia de pular do carro. Quando pedia desesperadamente para que ela parasse o carro ou desacelerasse, pois eles haviam acabado de entrar no estacionamento do hospital e se o carro continuasse naquela velocidade se chocaria com outro estacionado. Definitivamente a época dos piores dias dele chagara com antecedência.

Lei de Murphy. – concluiu em pensamentos soltando o ar pesadamente.

O som da porta sendo fechada rudemente o tirou de seus devaneios. Vendo a rosada entrando no hospital, Sasuke deduziu que era para segui-la. Lentamente abriu a porta do passageiro e quando estava preste a sair do carro uma fisgada dolorosa o fez parar o que estava fazendo. Havia se esquecido que sua perna esquerda estava quebrada e imobilizada, em sua mente um turbilhão de palavrão era dirigido àquela situação.

–Esqueceu-se que estava com a perna quebrada? – perguntou a Haruno quando chegou com uma cadeira de rodas e um enfermeiro.

–Esqueci-me que foi você a causadora de tudo isso! – respondeu azedo, seu rosto torcido em uma careta de dor.

–Pelo menos um OBRIGADO por eu não ter passado por cima de você ou por ter feito os primeiros socorros seria ótimo. – franziu o cenho.

Desde quando ele é tão chato desse jeito? –pensou enquanto colocava a cadeira de rodas mais perto do carro.

–Pensando bem, agradecer-me por tê-lo trazido ao hospital e não ter deixado uma ambulância fazer o trabalha também é bom! – alfinetou, deixando o moreno com uma expressão amarrada.

Aproximou-se dele tomando o máximo de cuidado para suas respirações não mesclarem-se.

–Uma ajudinha aqui Sanada-san. – pediu virando-se para o enfermeiro que aparentava ter no máximo quarenta e poucos anos.

Assentindo o enfermeiro também se aproximou do moreno e em um rápido movimento o Uchiha já estava sentando confortavelmente na cadeira de rodas.

~~*~~*~~*~~

Dentro da sala da rosada, a mesma analisava a radiografia tirada da perna esquerda do moreno com muita atenção. Já o Uchiha se encontrava meio deitado meio sentando na maca que tina na sala de braços cruzados e uma expressão neutra.

Agora sim poderia dizer que estava incapacitado de movimentar sua perna fraturada livremente. Ao invés da tal barra e os panos brancos, uma camada de gesso envolvia desde o pé até um pouco mais acima de seu joelho.

–Fique feliz por seu osso não ter atravessado a perna. Só está quebrado, logo ele voltará ao normal. – virou-se para poder encarar o moreno. –Não mexa, e nem pense em andar sem a ajuda de alguém ou algo por dez dias. – avisou lançando um olhar significativo a ele.

Os olhos negros do Uchiha se arregalaram.

–Só quebrado? Você só pode estar de brincadeira comigo! Não fazer absolutamente nada por dez dias? Eu tenho que voltar para Tóquio daqui a quatro dias! – sua voz elevou-se uma oitava, mostrando o tanto que não estava feliz.

–Olhe o tom de voz Sasuke! Está em um hospital.

–Dane-se! Eu estou irritado, com a perna quebrada e isso tudo é culpa sua! – acusou encarando os olhos verdes surpresos.

O moreno a encarava com tanta intensidade que ela por um momento perdeu o fio da conversa, mas despertou quando o viu fazer menção de levantar-se.

–Fique parado! Não se mexa! – falou com tom de alerta na voz aproximando-se dele, mas é claro tomando a precaução de manter uma distancia segura. –Aliás, não é minha culpa! O sinal estava verde, foi você que não viu! – defendeu-se.

Colocando as mãos nos ombros, uma de cada lado, para impedir que o moreno levantasse Sakura o olhou com certa raiva. Porém a raiva foi substituída pela surpresa. Ao encostar as mãos nos ombros largos do Uchiha, uma descarga elétrica passou por todo o corpo da Haruno, ela rapidamente tirou as mãos de lá sentindo que algo se agitava em seu interior.

Pela reação do moreno, ele também tinha sentindo a descarga elétrica. Os cabelos de sua nuca se eriçaram quando as mãos quentes e macias da rosada pousaram em seus ombros e suas mãos coçaram querendo apertar a cintura fina que estava bem na sua frente. Mas o bom senso falou mais alto, o lembrando que estava na presença da mulher que brincou com seus sentimentos. Só que o cheiro doce que ela tinha estava em todo o canto daquela sala, deixando Sasuke desnorteado.

O dilema interior estava deixando o Uchiha muito confuso. Bufou em irritação e fez, de novo, menção de levantar da cama, decidido a ir tomar ar, porém Sakura foi mais rápida e o impediu como da primeira vez. E mais uma vez a descarga elétrica, deliciosa na opinião de ambos, passou pelos seus corpos fazendo com que os olhares se cruzassem e ficassem presos na imensidão um do outro.

Os momentos que passaram juntos iam e vinham como flashes em suas cabeças, prendendo a atenção em um só lugar, os olhos que demonstravam mágoa e tristeza misturadas com uma determinação de não mostrar nenhum resquício de amor ou carinho. Um esforço desnecessário, mas que ambos faziam questão, pois nenhum dos dois queria soltar a sua ponta da corda.

E como se fosse empurrada por alguma coisa, Sasuke foi se aproximando do rosto da Haruno, mandando o bom senso para o espaço o moreno apertou suas mãos na cintura fina dela sentindo que não mudou, estava na medida exata para as suas mãos como anos atrás. Surpresa pelo toque nada sutil do Uchiha, a rosada tentou desvencilhar do aperto, e vendo isso o moreno cheio de graça envolveu as duas coxas dela com sua perna direta.

Assustada com aquele toque ousado, Sakura arriscou alguns passo para trás, tudo inútil. Estava presa nos braços do homem que ela jurou nunca mais olhar em seu rosto ou derramar uma lágrima sequer por ele. Constrangida baixou a cabeça e fez o possível para suas lágrimas acumuladas não caíssem.

Um sorriso de canto formou-se nos lábios finos do Uchiha. Passou os olhos por toda a rosada, desde a cabeça até os pés e seus olhos brilharam. Como queria sentir os lábios macios e avermelhados dela! E ele provaria, mesmo sabendo que depois se arrependeria, ele ainda provaria!

Por outro lado, a Haruno sentia que seu mundo havia se acabado naquele instante. Com o coração aos pulos e um nó se formando em sua garganta, ela fechou os olhos com força quando sentiu a mão grande e calosa do moreno em seu queixo, levantando o seu rosto. Lágrimas, que ele não deveria ver, escorriam pelas laterais de seu rosto alvo, como cascatas.

–Como eu imaginei seu corpo ainda reage ao meu toque. – Sasuke falou com o sorriso de canto, bem próximo ao rosto da rosada.

~~*~~*~~*~~

–Itachi, temos problemas! A Sakura não está em casa, acabei de ligar para o hospital e eles disseram que ela já saiu. – falou Karin quando o moreno atendeu o celular no segundo toque.

–Ela não está em algum mercado ou parou para abastecer o carro? – perguntou Itachi com a voz falha.

–Nessas duas situações ela ligaria avisando.

–Há quanto tempo mais ou menos ela saiu do hospital?

–Cinquenta minutos, foi o que eles disseram.

–Estranho, do hospital até aí é quinze minutos, quando o transito está normal.

–Sim, eu estou preocupada com ela. Depois que descobrimos que os amigos dela estão aqui, eles, principalmente seu irmão, podem estar atrás de alguns esclarecimentos. – respirou fundo para controlar a respiração. Lembrando que isso poderia prejudicar o bebê.

–Fique calma Karin, estou indo aí, no caminho eu a procuro. Vou pedir para Namie me ajudar.

–Por favor, Itachi, ache Sakura. Mesmo ela não falando nada você, Namie e eu sabemos que algo tremeu dentro dela.

–Sei disso Karin. Dá para ver o quanto ela está frágil só de olhar em seu rosto.

–Eu não quero ver a Sakura como uma morta viva como antes.

–Se acalme Karin, esse nervosismo não irá fazer bem ao bebê. Em quinze minutos estou aí. Não vá fazer nenhuma besteira! – desligou.

Nervosa com toda aquela situação foi à cozinha em busca de um copo de água para se acalmar. Olhou para o relógio e lembrou-se que estava na hora de suas vitaminas.

Seu bebê parecia ter se agitado também com seu nervosismo. O sentiu chutar um pouco forte demais e fez uma careta de dor.

–Desculpe a mamãe meu amor. Mas, por favor, não chute desse jeito. Guarde essa força quando for jogar bola com seu pai e tio. – acariciou a barriga sorrindo ternamente quando sentiu se aquietar em seu ventre.

O barulho do carro a fez levantar e andar o mais rápido que a ruiva conseguia até a porta. Desejando que fosse a amiga rosada. Parou a um metro da porta, preparando bombas de perguntas. Sabia que estava sendo precipitada, mas o amor fraterno e o senso de proteção que a ruiva sentia pela Haruno era muito eram fortes. Primeiro porque Sakura era amais nova entre eles e segundo porque a ruiva se considerava a irmã mais velha da Haruno e que na época do colégio, quando a rosada brigava com as amigas lá estava Karin para poder escutar os desabafos dela.

Porém o que ela viu passar pela porta de entrada não eram os cabelos cor de rosa, e sim prateada esbranquiçada super familiares. Um sorriso tomou conta de seus lábios e seus olhos começaram a lacrimejar.

–Bem vindo de volta Suigetsu! – sem pensar duas vezes ela jogou-se nos braços do homem.

–Vá com calma ruiva! O bebê. O bebê! – envolveu-a com os seus braços em um abraço apertado transmitindo o quanto sentira falta dela e o quanto a amava, mas é claro, tomando o cuidado para não esmagar o seu filho.

–Senti sua falta! Ou melhor, nós. – colocou a mão de Suigetsu em sua barriga e eles sorriram cúmplices. A vibração do chute era o sinal de que a família estava unida. E sem mais delongas selaram o momento com um beijo cheio de amor e ternura.

~~*~~*~~*~~

Com uma aura escura emanando de seu corpo, Itachi dirigia pelas ruas de Konoha. Depois do telefonema de Karin dizendo que a Haruno não estava em casa e já havia saído do hospital há um bom tempo, algo dentro de apitou, o deixando em alerta.

Mesmo sabendo que as chances da rosada encontrar-se com eles, principalmente com o seu irmão, eram altas, Itachi rezava que a Haruno estivesse em algum supermercado ou em um posto de gasolina como havia dito a ruiva, minutos atrás. Seu celular começou a tocar e vibrar no banco do passageiro da frente e com o cenho franzido ele encostou o carro.

–Ita, fiz o que você pediu. O carro dela está no estacionamento do hospital. – a voz melodiosa da namorada o fez arregalar os olhos.

–Sabe onde ela está? – perguntou afoito.

–Calma Ita. Acabei de perguntar para recepcionista se a Sakura ainda estava no hospital e ela me contou uma história bem inusitada.

–Cadê ela Namie? – sua voz elevou-se uma oitava, a preocupação bem evidente.

–Já disse para ter calma Uchiha Itachi!

–Desculpe. – pediu em um murmúrio.

–Tudo bem Ita. – o moreno ouviu um suspiro cansado. –A Sakura está no hospital.

–Mas, como?

–Não vou contar por celular, venha para o hospital. Aqui eu te conto tudo, ou melhor, você pergunta para a recepcionista. – respondeu Okada em um tom brincalhona.

–Meu anjo, por favor. – implorou com o coração batendo fora do ritmo habitual.

–Vem logo Ita. – falou e finalizou a ligação.

Suspirou pesadamente, contou até dez e por fim, ele mudou de marcha e saiu em disparada para o hospital onde a rosada trabalhava.

~~*~~*~~*~~

A cada segundo o beijo se intensificava. Ele tinha começado com um simples roçar de lábios, mas a necessidade de explorar cada canto da boca dela era incontrolável. Percebendo que a perna direta começou a amolecer, Sasuke rapidamente soltou sua perna das coxas de Sakura.

Vendo-se livre da perna que a impedia de dar os desejados passos para trás, Sakura sentiu-se estranha, era como se seu corpo realmente tivesse gostado daquele toque ousado. Espantou esses pensamentos, pois tinha algo a mais para se preocupar. Como por exemplo, os lábios deliciosos de Uchiha Sasuke nos seus, pedindo para aprofundar o beijo que tinha uma mistura de raiva, mágoa, saudades e fome.

Ele se aproveitou de seu momento de fraqueza, pegando-a desprevenida. Em um momento eles estavam se encarando e na outra os lábios do Uchiha capturavam os seus com certa força.Segurando firmemente na cintura da rosada, o moreno ajeitou-se melhor na maca e a puxou de encontro a si, pondo a sentando em seu colo, em momento algum desgrudou os seus lábios dos delas. Sakura, por outro lado, assustada com todo aquele atrevimento do moreno, fazia de tudo que podia para soltar-se de seus braços. Sentia-se fraca, derrotada e principalmente humilhada. Ela estava confiante de que nada vindo do Uchiha a afetaria, mas lá estava ela, absolutamente entregue e de mãos atadas, sem saber o que fazer. Como se Sasuke fosse um imã, os braços magros da Haruno envolveram o pescoço do moreno e aos poucos foi cedendo ao beijo dele. Essa atitude fez com que ela batesse internamente em si mesma.

Não aguentando mais a sensação de êxtase que o Uchiha estava sentindo apenas por ter o corpo feminino em seu colo, ele decidiu ser um pouco mais ousado, suas mãos passavam por toda a extensão do corpo curvilíneo da médica, lembrando-se de cada canto e deliciando-se por sentir mais uma vez a pele macia e alva. Por onde as mãos passavam deixavam um rastro de fogo.

O oxigênio faltou em seus pulmões, mas Sasuke não estava satisfeito, para recuperar o ar ele desceu os beijos até o pescoço exposto da Haruno, dando beijos e leves mordidas naquela região, fazendo-a arrepiar-se e consequentemente gemer baixo.

Sakura despertou-se quando a mão do moreno acariciou sua coxa por cima da calça branca. Algo dentro dela tinha se quebrado como vidro. Lágrimas de arrependimento e vergonha escorriam de seu rosto, caindo, gota por gota, manchando a sua calça ou deixando rastros na bochecha de Sasuke. Reunindo forças, bruscamente desprendeu-se dos braços do Uchiha e pulou, mas suas pernas estavam moles, resultando em uma queda.

Um pouco atordoado, o moreno encarou o corpo feminino caído no chão. Pôs a mão na bochecha sentindo algo molhado e logo se deu conta que eram lágrimas. Olhou mais uma vez para o chão e percebeu que a Haruno estava em posição fetal de cabeça baixa e com o corpo tremendo, parecendo soluçar.

O que foi que eu fiz? – perguntava-se em seus pensamentos. Uma parte de si queria continuar com os beijos e satisfazer o seu desejo, mas a outra parte, a parte racional, dizia para manter distância da rosada, lembrando que ela não era flor que se cheire. Um sorriso de canto surgiu em seus lábios. Se ela quer brincar com fogo, vamos brincar. Mas está avisado que quem brinca com ele sempre saí queimado. – lembrou-se do seu pensamento quando se encontraram pela segunda vez.

–O que foi Sakura? Tudo isso é a emoção de sido beijada e tocada por mim? – perguntou retoricamente com a voz carregada de ironia.

–Cale a boca! – balbuciou entre soluços.

–Não foi isso que eu ouvi segundo atrás.

–Cale a boca!

–Eu prefiro a Sakura entregue a essa que está bem na minha frente.

–Cale a boca!

–Você sabe onde ela foi? – sorriu de canto, suas provocações estavam funcionando.

–Cale a maldita boca! – gritou desnorteada. Levantou a cabeça, os olhos verdes se cruzaram com os ônix. Como Sasuke podia ser tão baixo, dizendo indiretamente que era uma mulher fácil?

Lógico que por um momento se entregou aos toques e beijos do moreno e isso a fazia se sentir suja tanto por fora quanto por dentro. Mas uma mulher fácil, ela não era! Sakura mais que ninguém sabia disso.

–O gato comer a sua língua Sakura? Ou você está me ignorando? – perguntou sarcasticamente enquanto se sentava na maca, com as pernas apoiadas no colchão por causa do gesso na perna esquerda.

Sem nenhuma resposta vinda da rosada, ele falou.

–Acho que são os dois. Tudo bem eu lido com isso! – concluiu observando Sakura levantando-se e andando com certa pressa até a porta. –Isso mesmo, vá procurá-la para mim. – falou depois de ouvir a porta sendo fechada com raiva.


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Notas finais do capítulo

Sakura não cortou a perna do Sasuke fora!! U-huh!! ô/ Karin e Itachi preocupados... e finalmente o cara que é O CARA apareceu!! Suigetsu bem vindo!! shuahuashuas' Mas para tudo!! O que foi aqueles amassos hein?? Ele ficou muito forte ou estranho? Me esforcei bastante para escrever essa cena, que eu gostei até certo ponto... ^^ O que será que vai acontecer agora?? Sasuke vai se arrepender?? E a Sakura vai fazer o quê? Será que o moreno conhecerá uma loirinha fofa?? E qual vai ser a história que o Itachi vai ouvir?? Esperando ansiosamente pelos comentários!! Até mais...Beijos.. ;D p.s. Uma recomendação até que iria aumentar a minha vontade de escrever, mas isso fica a critério de vocês...