Pouco depois do meio dia, Neville, Harry e Draco haviam voltado para casa. No caminho, os meninos contaram a Draco o que tinham descoberto e estavam ansiosos para contar para Rony, mesmo sem saber se ele estaria em casa. Para sua sorte, ele estava.

– Rony! - Harry exclamou quando entrou em casa e viu o amigo deitado no sofá da sala. - O que está fazendo? Bem, não importa, temos que te contar algo.

– Eu não quero ouvir - Rony falou calmamente, olhando para o teto fixamente

– Mas é do seu interesse - Neville falou

– Não existe nada que me interesse no momento

– Nem voltar com a Hermione? - Draco perguntou, dando um risinho debochado

Rony hesitou um pouco e então se sentou, se voltando para os amigos

– Eu espero que isso valha a pena - disse

– Ah, vale - Neville falou e se pôs a contar o que haviam descoberto. Assim que terminou, Rony se levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro da sala

– Então temos de contar para a Hermione! Ah, a vadia da Lilá... se eu a visse na minha frente agora eu juro que... juro que... ah, nem sei o que faria! Também, não importa. O que importa é que eu tenho que ir agora contar para a Mione. - Rony foi andando, decidido, até a porta, mas Harry o segurou.

– O que está fazendo?! - o ruivo protestou

– Não acho que seja uma boa ideia...

– Como assim não é uma boa ideia?! Agora sabemos quem armou para mim e o porquê. Eu posso ir lá contar para a Mione, e pronto, tudo ficará resolvido.

– Acho melhor colhermos provas primeiro, Rony - Neville disse

– Não preciso de provas, eu tenho vocês como testemunhas.

– Rony, escute. Sou seu melhor amigo e só quero o seu bem. Se você for até Hermione agora, ela não vai querer te ouvir e vai achar que inventou tudo. É tudo muito recente, ela ainda está muito chateada, acho que você devia dar um tempo - Harry falou

– Vocês não entendem, não é? Eu não consigo mais esperar. Cada segundo sem Hermione é como se eu estivesse morrendo aos poucos, não posso continuar assim. Por favor, vão comigo até o apartamento dela e me ajudem a convencê-la. - Rony implorou

Harry deu um longo suspiro antes de concordar com a cabeça, Neville fez o mesmo.

– Vocês vão lá agora? - Draco perguntou

– Não sei se Hermione está em casa, ela saiu pela manhã e não sei se já voltou. Vamos fazer um seguinte, nós almoçamos, descansamos e depois vamos até lá. O que acham? - Rony falou

– Tudo bem

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Eram 15h30 quando os garotos saíram de casa, entraram no carro de Rony e foram até o prédio de Hermione, chegando lá em cerca de 10 minutos. Eles subiram as escadas do prédio até chegarem à porta do apartamento, onde tocaram a campainha. Foi Luna quem atendeu a porta.

– Oi amor - Neville disse assim que viu a namorada

– Oi Luna - Harry e Rony disseram

– Oi. Hum... o que estão fazendo aqui? Por que não anunciaram a visita pelo interfone?

– Não havia nenhum porteiro lá embaixo, então subimos logo. - Rony respondeu, impaciente - A Hermione está?

– O que quer com ela?

– Não é óbvio o que quero com ela?! - o ruivo ficou mais irritado - Quero reatar, fazer as pazes...

– Rony, calma - Neville falou

– Quem é, Luna? - Gina saiu do quarto e foi até a sala - Meninos? O que fazem aqui? - ela ficou ao lado de Luna à porta

– Oi amor. Nós queríamos conversar com a Hermione e...- Harry ia dizendo até ser interrompido

– Ah, mas não será possível - Gina falou, cruzando os braços e assumindo uma postura autoritária

– Como assim, "não será possível"? - Rony perguntou - Ela está aí, não está?

– Está sim, mas não pra você - Gina disse

– O que quer dizer com isso? Gina, eu preciso conversar com ela. Você entende, não é? Você sabe que eu não traí a Mione e que não faria nada para magoá-la, você sabe que eu a amo e sabe que...

– Rony, já chega. Você não vai ver a Mione. Nenhum de vocês. Sinto muito, mas se vieram só pra isso podem ir embora. - Gina fez menção de que ia fechar a porta e Luna se afastou um pouco deles, parecendo intimidada

– O que é isso? Por que não posso falar com a Mione? Gina, me deixe vê-la - Rony segurava a porta para impedir a irmã de fechá-la

– Olha aqui, a Mione teve um dia cansativo, ela passou mal, foi ao médico...

– Ela passou mal? De novo? Ela está bem?

– Ela está bem sim, é só uma virose. O que acontece é que ela acabou de ir dormir e ela merece um pouco de paz depois de tudo isso.

– Mas eu quero trazer paz a ela. Quero provar que foi tudo um mal entendido.

– Rony, eu entendo suas intenções, mas a Mione precisa descansar. Deixe-a em paz, pelo menos por um tempo. Deixe que ela reflita sobre tudo o que está acontecendo e, quando as coisas estiverem mais claras pra ela, você tenta conversar e explicar novamente o que aconteceu. Mas por enquanto, deixe que ela respire um pouco de ar fresco.

– Gina, por favor... eu não posso mais ficar longe dela.

– Eu sei o quanto está sendo doloroso para você, mas ela também está sofrendo. E ela precisa ficar longe de toda essa confusão por enquanto. Talvez seja bom pra você também, pensar um pouco, planejar o que pretende dizer a ela para que ela te perdoe. Mas não posso deixar que você entre aqui agora e cause mais dor à Hermione, pois é o que vai acontecer.

Rony encarou a irmã com os olhos cheios de lágrimas e então desceu as escadas correndo. Neville e Harry foram atrás dele.

Rony estava encostado em seu carro, chorando. Harry se aproximou dele e disse:

– Vai ver sua irmã está certa. Olhe, vamos reunir provas e quando tivermos tudo em mãos, a Hermione não vai ter como negar que estava enganada sobre você. Tenha paciência, tudo vai dar certo.

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Astória estava inquieta quando chegou em casa. Tomou um banho, almoçou, tentou assistir um filme, mas nada adiantou. Não conseguia parar de pensar no que havia descoberto sobre suas amigas. Sabia que Lilá era louca, mas não sabia que chegaria a este ponto. E ainda por cima arrastar Penélope, Pansy e Marieta para esta insanidade junto com ela. Mas também pudera, eram todas animaizinhos de estimação de Lilá e faziam tudo o que ela mandasse.

Astória não sabia discernir seus sentimentos. Não sabia se sentia raiva, repulsa, indignação ou todas essas coisas ao mesmo tempo.

Pensou em como se sentiria se ela fosse o alvo da vingança de Lilá, se fosse o relacionamento dela que tivesse sido destruído.

Tanta dor, tanto sofrimento. Ser separado de alguém que você ama de uma forma brutal, acreditando que seu amor não é correspondido, não é valorizado. Se sentiu mal por Hermione, a garota que nem conhecia.

E Lilá? Lilá deveria estar em perfeito conforto, se sentindo maravilhosa e estupidamente inteligente com tudo isso.

Astória teve vontade de falar umas poucas e boas para Lilá, mostrar para ela que o que havia feito foi cruel e patético.

– Pois é isso que vou fazer... - Astória disse para si mesma - É isso que vou fazer agora.

A morena pegou as chaves de casa e do carro e saiu de seu apartamento. Pegou seu carro na garagem, um Volvo V40 vermelho que combinava perfeitamente com sua personalidade, e saiu de casa.

Sabia o endereço de Lilá, já havia dormido várias noites lá depois de festas do pijama. Ela morava com a mãe, que era divorciada de três casamentos (incluindo com o pai de Lilá) e com o coelho de estimação que dizia ser seu irmão, Bínqui.

Ao chegar na vizinhança correta, Astória estacionou seu carro, foi andando até a porta da casa de Lilá e bateu a aldrava três vezes. Depois de alguns segundos, a mãe de Lilá atendeu a porta.

– Astória! Como vai, querida? - a mãe de Lilá deu dois beijinhos na bochecha de Astória, que ficou imaginando se teria se sujado com a quantidade imensa de maquiagem que a senhora usava.

– Eu vou bem, sra. Brown

– Senhora, não. Senhorita. Não se esqueça de que sou solteira, ainda estou à venda no mercado. - ela corrigiu a garota, rindo ridiculamente

Astória a achava insuportável.

– Hum... tudo bem - a garota fingiu rir - Bem, a Lilá está aqui?

– Está sim, está no quarto. Quer que eu a chame? Se eu gritar ela ouve

– Ah, não, não. Eu sei o caminho pro quarto dela, eu vou até lá.

– Tudo bem então. Se divirtam!

Astória subiu as escadas para o segundo andar e foi até o quarto de Lilá, abrindo a porta bruscamente.

Lilá estava sentada em sua cama ouvindo música de olhos fechados com seu enorme headphone cor-de-rosa. Bínqui, o coelho, estava em seu colo e se assustou com a entrada abrupta de Astória no quarto, saltando pela cama.

Lilá percebeu a agitação de Bínqui e abriu os olhos, percebendo Astória e tirando o headphone.

– Astória? Não sabe bater?

– Se eu batesse você não ouviria, de qualquer forma.

– Ta, tanto faz. Mamãe te deixou subir? O que quer aqui?

– Eu vim falar com você.

– Então fala

– Quero saber o que você e as meninas andam escondendo de mim e de Parvati

– O quê?

– É isso que você ouviu. Qual é o segredo de vocês?

– Olha só, é muita cara de pau sua vir aqui na minha casa exigir que eu te conte o que estou escondendo. Se estou escondendo é porque não quero que você saiba. Sendo assim, pode tirar o seu cavalinho da chuva, não vou contar. Agora, se me dá licença... - Lilá pegou Bínqui da ponta da cama e o colocou em seu colo novamente, pôs o headphone de volta nos ouvidos.

Astória atravessou o quarto e arrancou o headphone de Lilá, jogando-os no chão. Dessa vez o coelho saiu pulando para fora da cama e entrou em sua casinha que ficava no canto do quarto.

– O que pensa que está fazendo, sua louca?! - Lilá se levantou da cama, enfurecida

– Ah, então eu sou a louca?! Eu já sei de todo o seu plano idiota para separar o Ronald Weasley da namorada, e a essa altura ele já sabe também.

– Eu não sei do que você está falando

– Sabe sim! Você armou uma vingancinha ridícula para separar o casal. Fez as meninas agirem como vadias e se jogarem em cima dele para a Hermione ver.

– Do que está que está falando, sua idiota? Não entendo nada do que você diz... - Lilá disse, forçando a melhor expressão de desentendida que conseguiu

– Você é uma imbecil mesmo! Acha que vai consegui me enganar? Eu não sou uma fantoche manipulável como as outras meninas, Lilá. Eu sempre soube que você era uma mal amada insana...

– Olha aqui garota, você não tem o direito de entrar na minha casa e começar a me falar essas coisas

– Assim como você não tinha o direito de se meter na vida alheia e separar um casal apaixonado. Você pensa que é Deus?

– Eu já disse que não sei do que você está falando... - Lilá começou a ficar vermelha

– PARA DE SE FAZER DE SONSA, GAROTA. NÃO VÊ QUE É O FIM DA LINHA PRA VOCÊ? JÁ SABEM DA SUA ARMAÇÃO E VÃO CONTAR PARA A HERMIONE. ELA VAI PERDOAR O RONY E ELES VÃO CONTINUAR FELIZES, E VOCÊ VAI CONTINUAR MAL AMADA

– AGORA JÁ CHEGA! - Lilá também elevou o tom - QUEM É VOCÊ PRA FALAR ALGUMA COISA DE MIM? VOCÊ NÃO CHEGA NEM AOS MEUS PÉS. FUI EU SIM QUEM ARMOU PRA CIMA DO RONY PRA NAMORADA TERMINAR COM ELE. MAS O QUE VOCÊ QUERIA QUE EU FIZESSE? ELE ME ILUDIU, ME LEVOU PRA CAMA PRA TERMINAR COMIGO LOGO EM SEGUIDA, ME FEZ TER A PIOR NOITE DA MINHA VIDA. EU TINHA QUE ME VINGAR!

– SUA ESTÚPIDA, NÃO VÊ QUE FAZENDO ISSO VOCÊ SÓ ESTARIA SE REBAIXANDO AO NÍVEL DELE? A NAMORADA DELE NÃO TEVE NADA A VER COM O QUE ELE FEZ E AGORA ELA ESTÁ SOFRENDO

– E VOCÊ ACHA QUE EU ME IMPORTO? EU QUERO QUE ELA VÁ PRO INFERNO! O IMPORTANTE É QUE ME VINGUEI E QUE RONY TAMBÉM ESTÁ SOFRENDO. E NÃO IMPORTA SE ELE DESCOBRIU TUDO, A HERMIONE NÃO VAI ACREDITAR NELE.

– COMO VOCÊ PODE SER ASSIM? FRIA, SEM CORAÇÃO... VOCÊ SÓ SE IMPORTA COM VOCÊ MESMA!

– É assim que deve ser - Lilá abaixou o tom de voz e se sentou novamente na cama, encarando Astória e dando um sorriso sarcástico - Sabe por que te excluí do plano e não te contei nada sobre minha vingança? Porque sempre soube que você era uma idiota. Por baixo dessa carinha de metida, fingindo que não se importa com nada, há uma grande imbecil. Você abriria a boca pro Rony assim que soubesse do meu plano, tentando ser a salvadora da pátria, a senhora certinha. Isso tudo é pra tentar impressionar a quem?

– Diferente de muita gente, eu não escondo quem eu sou. Eu posso parecer inalcançável, mas eu me abro pra quem tenta se aproximar de mim. Eu sou verdadeira, Lilá. E muito obrigada por suas palavras. É um elogio saber que você não confia em mim para me deixar participar dos seus planos ridículos de vingança. Eu nunca aceitaria participar dos seus joguinhos sujos. E eu espero, sinceramente, que Rony e Hermione voltem. E aí você pode continuar sua vida miserável, nutrindo uma inveja e raiva deles que só vai te definhar. Espero que você tenha uma vida de muita solidão, por que é só isso que vai conseguir sendo essa criatura detestável. Passar bem, Lilá. - Astória saiu do quarto, deixando Lilá encarando a porta de boca aberta, indignada.

Após descer as escadas, a morena encontrou a sra. Brown mais uma vez.

– Querida, você já vai? Ficou tão pouco tempo...

– É melhor assim, ainda não tenho certeza se falsidade é contagiosa. Melhor prevenir - Astória piscou pra ela e foi embora

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Cho e Cormac estavam no turno da tarde de segunda-feira na biblioteca. Ela avisou a ele que Hermione não trabalharia e ele se ofereceu para substituí-la.

O movimento estava pouco por causa das provas, a maioria dos alunos voltava pra casa depois das avaliações e apenas alguns passaram pela biblioteca para alugarem livros para estudo. Aproveitando o pouco movimento, Cho e Cormac podiam sempre se esgueirar por entre os corredores e prateleiras e trocarem alguns beijos.

Lá pela metade do turno, a biblioteca estava completamente vazia e os dois estavam no balcão.

– É tão estranho, não é? Ver a biblioteca tão vazia assim... é nessas horas que percebo que isso aqui é enorme. - Cho falou

– É realmente muito grande. E sabe o que é melhor?

– O quê?

– O fato de que estamos completamente sozinhos aqui - Cormac puxou Cho pela cintura e lhe deu um beijo.

Ela o afastou após alguns segundos

– Não podemos fazer isso aqui... - ela protestou, com um sorriso no rosto

– Ah, mas ninguém pode nos ver - ele a beijou novamente

– Eu posso! - uma voz falou

Cho se assustou e largou Cormac rapidamente

Era um garoto alto, magro, ruivo e cheio de sardas.

– Eu também posso - um garoto exatamente igual a ele se pôs ao seu lado

Cho enrubesceu

Cormac começou a rir quando viu que ela estava envergonhada, e Cho, em resposta, lhe deu um tapa no braço.

– Ai! O que foi? Não se preocupe com eles, são meus amigos. Fred e Jorge Prewett.

– Prazer - os garotos disseram ao mesmo tempo

– Essa biblioteca é mais animada do que pensei - disse um deles - não é o primeiro casal que encontro se agarrando por aí (N/A: Lembram do garoto que flagrou Rony e Hermione se beijando na biblioteca uma vez? Não sei se vocês lembram, mas enfim... era ele)

– Não estávamos nos agarrando - Cho disse, ficando ainda mais vermelha

– Talvez devêssemos ficar um tempo por aqui, Jorge - disse o outro - quem sabe arranjamos uma namorada? Aparentemente todo mundo arranja uma aqui.

– Eu acho uma ideia ótima, Fred

– Digam logo o que querem e vão embora - Cormac disse, ainda rindo

– Nada, só viemos te convidar pra irmos beber alguma coisa amanhã.

– Hum... vou pensar. Até lá aviso a vocês.

– Ok então - Fred disse

– E pode levar sua nova namorada se quiser - Jorge disse

– Podemos contar alguns podres seus - os dois disseram ao mesmo tempo, e saíram rindo

– Eles sempre falam juntos assim? Parece que compartilham o cérebro - Cho disse, quando eles estavam longe o suficiente

– Eu acho incrível. Eles são bons amigos.

– Hum... eles disseram que eu sou sua namorada

– Eu ouvi. E qual o problema nisso? A ideia não te agrada?

– Eu não disse isso - ela deu um risinho abafado

Cormac a fitou, ficando sério

– O que foi? - Cho corou mais uma vez

– Você é tão linda - ele disse, passando a mão no rosto dela

– Se você diz...

– Eu queria poder olhar para você para sempre.

– Para sempre é muito tempo

– E ainda seria muito pouco

– Como assim?

– Quero dizer que o para sempre é muito pouco tempo quando estou com você - ele fez uma pausa e continuou - E mesmo assim, é o tempo que quero ficar com você

– Aonde quer chegar?

– Quero chegar em muitos lugares, Cho. Mas se você não estiver comigo, nenhum desses lugares valerá a pena.

– Não estou entendendo mais nada...

– Você quer namorar comigo?

– O quê?

– Você ouviu

– Se eu quero namorar com você?

– Sim

– Sim o quê?

– Sim, é isso que estou te perguntando

– Então sim

– Sim o quê?

– Sim, é isso que estou te respondendo

– Então quer dizer que...

– Quer dizer que eu ficaria honrada em ser sua namorada - Cho disse, e o beijou

Ele a afastou

– Não podemos fazer isso aqui - Cormac disse, a imitando

– Ah, mas quem liga? - ela riu, e o beijou novamente

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Draco havia recebido uma mensagem de Neville dizendo que ele e Harry tinham levado Rony para um bar, para tentar distraí-lo.

O loiro deveria ir estudar, mas resolveu que tomaria um banho e iria dormir, estava muito cansado ultimamente. Ele foi até a sua suíte e tomou um demorado banho. Quando estava terminando de se enxaguar, ouviu a campainha tocando.

– Ah, droga!

Ele pegou a toalha, amarrou na cintura e saiu correndo até a sala, quase escorregando na escada.

Quando abriu a porta, teve uma surpresa.

– Astória?

– O-oi, posso entrar? - ela enrubesceu ao vê-lo de toalha

– Pode - ele se afastou para que ela passasse e fechou a porta, ainda incrédulo com a visita. - O que faz aqui?

– Eu não sei, eu só... senti sua falta. Você me deu seu endereço e seu número, eu sei que eu deveria ter ligado antes, mas é que eu saí e estava voltando pra casa, mas não queria voltar pra casa e...

– Não, não, tudo bem. É uma surpresa muito agradável.

– Hum... - ela sorriu

– Acho que eu devo me vestir

– Na verdade, você está perfeito assim, se quer minha opinião - ela disse, o olhando o cima a baixo

– Eu imagino os pensamentos impuros que está tendo sobre meu corpinho lindo nesse momento, srta. Greengrass - Draco deu um sorrisinho torto

– Você agora lê mentes?

– Não, mas sou um ótimo decifrador de expressões. E suas bochechas coradas não te favorecem muito.

Astória pôs a mão no rosto, para esconder as bochechas

– Foi só o... calor - ela disse

– É, eu sei. Eu sou quente. - Draco riu

– Você é um completo idiota - ela riu junto com ele

– E você fica linda quando sorri - ele disse

Astória parou de sorrir.

– O que houve? - ele perguntou - Está com vergonha?

– Olhe Draco, agora que estou aqui, tenho algumas coisas para te dizer.- ela se aproximou

– Como por exemplo...?

– Eu quero te dizer que eu não sou qualquer uma, e que você deve me valorizar se realmente quiser algo comigo. - ela suspirou, e olhou para as mãos - E quero te dizer que você é lindo. Incrivelmente lindo. E que eu amo cada traço seu. E que nos três dias em que te conheço e em que você vem me perseguindo, eu já fiquei completamente apaixonada por você.

Houve uma pausa. Draco se aproximou dela e levantou o queixo dela com a mão.

– Olhe para mim - ele sussurrou

Ela olhou, e eles ficaram se encarando, separados por apenas alguns centímetros.

– Amo seus olhos verdes. São lindos, brilhantes, intensos e ferozes, como você. - ele disse

– E eu amo seus lábios vermelhos. - ela disse

Houve outra pausa.

– Querida, essa é a hora em que você elogia os meus lábios e diz como eles são incríveis - Draco falou, brincando

Ela riu

– Talvez você deva me mostrar como eles são incríveis, sr. Malfoy

– Talvez eu deva, srta. Greengrass - ele disse, antes de beijá-la