My Angel escrita por Maisa Cullen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, sentiram minha falta? Porque eu passei os dias pensando na fic e revendo o capitulo que vou entregar agora, o trabalho foi um pouco difícil, mas fiz meu melhor, como sempre.
Esse capitulo eu dedico para a Princesstay, minha mais nova leitora, seja bem-vinda querida, espero que continue sempre lendo a fic, deixando comentários maravilhosos e alegrando a vida da autora, porque nada melhor que um comentário novo para deixar um autor feliz, né? Especialmente quando são cheios de palavras tão alegres e fofas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402003/chapter/10

PDV CARLISLE

Bella não insistiu, e eu também não iria dizer, afinal era uma surpresa. Deixei-a com seus pensamentos e vaguei um pouco pelos meus enquanto dirigia.

Havia planejado tudo no tempo que passava longe de Bella, em casa, porque no hospital eu ficava ocupado com toda a papelada que eu precisei assinar depois de me demitir. Agora eu queria simplesmente poder ficar ao lado dela, e leva-la para a minha cidade favorita no mundo todo.

PDV BELLA

Deixei de lado a minha curiosidade e passei a encarar a janela do carro sem realmente vê-la. Para onde Carlisle estava me levando não era tão importante assim, eu só queria estar ao seu lado, incondicionalmente.

Uma intuição, que eu não sabia se era boa ou ruim, estava se manifestando em mim. Não era incomoda, na verdade era como se ela sempre estivesse comigo, como se fosse natural. Eu acho que os humanos tem isso o tempo todo. Ri internamente com o pensamento.

Vaguei por minutos, era como se ainda continuássemos parados, mas o carro se movimentava tão rápido que eu nem percebia, pela janela se via apenas vultos acinzentados, a pouca claridade na manhã dessa cidade já parecia familiar para mim, o silêncio no carro não era desconfortável para nenhum de nós dois.

Olhei para as minhas mãos sobre meu colo, eram pálidas, mesmo na minha forma humana. Eu estava vestida com cores claras, um pouco de alegria para o clima dessa cidade, usava roupas comuns, pelo menos para mim, mas eu tenho certeza que para os humanos a impressão que davam era de que brilhavam levemente, mas nada que denunciasse o que eu era.

Definidamente era uma vantagem poder levar minhas roupas na palma da mão, eu podia simplesmente troca-las em segundos com um rápido estalar de dedos. Isso era bem prático para os anjos e tão natural que virava hábito.

Fui despertada quando senti um toque frio, Carlisle estava erguendo meu rosto delicadamente, só então eu o encarei. Nem havia percebido que o carro havia parado, estava distraída demais.

__Vamos?__ Ele indagou.

__Já chegamos?__ Perguntei, fazendo-o rir de alguma piada interna.

__Ainda não.__ Ele disse com um sorriso de canto.

__Então...__ Balbuciei confusa, ele riu.

__Creio que de carro iria demorar muito.__ Ele disse com um aceno de cabeça para o lado de fora.

Eu olhei para onde ele havia acenado para entender, a ficha caiu quando eu vi que estávamos em uma pista de pouso e decolagem, um jatinho particular era visível a alguns metros de distância, um homem vinha caminhando em nossa direção. Minha expressão deve ter denunciado o meu choque.

__Nós...__ Minha voz estava entalada na garganta.

__Exatamente.__ Ele pareceu entender minha pergunta inacabada.

Sem esperar por uma reação minha, ele saiu e deu a volta no carro, abrindo minha porta em seguida. Sua expressão divertida enquanto me ajudava a sair. Fora do carro a temperatura parecia amena, o céu ainda nublado.

O homem que eu havia notado agora tinha chegado até nós. Era alto, sério, com ar profissional, humano. O piloto, eu presumi.

__Senhor Cullen, o jatinho já está pronto__ Ele avisou.

__Claro.__ Carlisle disse.

__Posso ajudar com as malas?__ O homem ofereceu.

__Estão no carro.__ Carlisle lhe entregou as chaves.

Enquanto o homem se afastava, Carlisle me guiou em direção ao jatinho, eu o encarei com uma sobrancelha erguida enquanto caminhávamos, ele riu.

__Malas?__ Indaguei a ele.

__Para parecer mais humano.__ Ele disse, dessa vez eu ergui as duas sobrancelhas.

__Viajar de jatinho, muito humano.__ Falei com uma ponta de ironia, ele pareceu achar graça do meu comentário.

__As pessoas fazem isso o tempo todo, Bella.__ Ele deu de ombros.

__Mas duvido que sejam vampiros, ou que levem um anjo junto.__ Disse e ele se controlou para não gargalhar.

__Veja por outro lado: se o jatinho cair ninguém vai se machucar.__ Ele brincou.

__Só o piloto.__ Lembrei-o.

__Tuchê.__ Ele declarou como se tivesse sido vencido.

Eu neguei levemente com a cabeça rindo, embarcamos no jatinho e fomos sentar lado a lado nas poltronas, em minutos já havíamos decolado. Enquanto Carlisle ficava fazendo movimentos circulares sobre a minha mão, eu pousei minha cabeça sobre seu ombro.

PDV CARLISLE

Dei uma olhada após alguns minutos e Bella estava com a mesma expressão pensativa que eu vi durante todo o caminho de carro, parecia absorta, perdida em pensamentos, mas tranquila.

Apoiei minha cabeça no encosto da poltrona e fechei meus olhos, a sensação era de calma, deixei-me apreciar a fragrância suave de Bella, como no primeiro dia em que a vi o aroma era embriagante.

Não sei quando tempo se passou exatamente, mas quando abri os olhos ela havia adormecido, sua respiração estava uniforme, a face serena. Contemplei-a em silêncio, perdido em cada traço suave de seu rosto.

Ergui uma de minhas mãos para tocar-lhe a face acetinada, sua pele era quente, macia, como seda sobre vidro. Parecia tão delicada que eu tinha medo que pudesse se quebrar, e como se de um sonho eu despertasse.

Era inconcebível a ideia, ou sequer o pensamento, de não ver-lhe mais algum dia, de não poder mais sentir a suavidade de seus lábios ou ouvir seu riso doce. Mesmo sabendo que isso um dia irá acontecer, eu simplesmente não podia conviver com esse pensamento.

Parecia tão distante e tão inevitável ao mesmo tempo, e isso havia feito parte dos meus pensamentos em noites longas, quando eu não estava em sua presença e a ideia me atormentava, sem trégua, inflexível.

Ela está enfraquecendo.

Droga, eu sabia disso, mesmo que ela parecesse estar bem, era apenas o que demonstrava, eu como médico deveria saber perfeitamente que uma boa aparência não significava a inexistência de algum problema. Mas de quê séculos de experiência me valiam agora se eu não conseguia ter certeza de nada?

Isso não era uma doença que eu poderia tratar, nem um ferimento que precisasse cicatrizar, era algo para o qual eu não estava preparado, do qual eu não poderia prever melhoras ou complicações, porque ela não demonstrava nada, mas eu tinha consciência que algo estava errado.

Meu rosto se contorceu em frustração, um pressentimento desesperador se instalava em meu peito, como a antecipação de um fim inevitável...

E de repente, ela abriu os olhos, tão doces, inocentes, profundos. Seu olhar acalmou o turbilhão que eram meus pensamentos, minha expressão suavizou instantaneamente, preenchida por outro sentimento maior: a contemplação, o amor.

Ela sorriu calidamente, com olhos brilhantes, sussurrando um ‘’oi’’ suavemente. Foi o bastante, precisei quebrar a distância e sentir seus lábios, como que para convencer a mim mesmo que ela estava ali.

PDV BELLA

Despertei sem lembrar quando tinha adormecido, ou quanto tempo se passou. Quando me lembrei de onde estava ergui o rosto para encarar Carlisle, ele me olhava de uma maneira desconcertante, mas sorri involuntariamente, e sussurrei um ‘’oi’’ para ele.

Não consegui ler direito seus olhos, pois ele não me deu tempo para isso, simplesmente me beijou, senti suas mãos em meu rosto e me perdi no momento, Carlisle me beijava de uma forma que eu não saberia dizer qual era, mas posso dizer que era intensa.

Quando nos separamos ambos estávamos meio ofegantes, encarei-o para tentar descobrir um motivo para sua reação inesperada, mas corei sob seu olhar e precisei desviar os olhos.

Nossa atenção voltou para onde estávamos quando a voz do piloto soou avisando que havíamos chegado ao nosso destino, seja lá onde ele for. Então apenas deixei que os minutos passassem até estar saindo do jatinho ao lado de Carlisle.

Do lado de fora já era quase noite, devia ser por volta de seis da tarde. Mas não foi exatamente o horário que me surpreendeu, estávamos em Paris. Encarei Carlisle rapidamente, ele estava sorrindo.

__Surprise. [surpresa]__ Ele disse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei gente, é tortura deixa-los na ansiedade, mas é por uma boa causa, juro.
Como eu já havia falado, a paz está com os capítulos contados, no capitulo de hoje já tivemos uma pequena previa do que Carlisle ainda vai enfrentar.
Por isso, comentem, favoritem, recomendem, e deixem a autora feliz para que ela possa escrever mais rápido. kkk