A Valsa da Morte escrita por Ana_Gabi, Gabriela Fortunato


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capitulo 5


 


Edward abaixou-se e pegou a carta examinando-a.


 


“O que é, Edward?”, disse encarando seus olhos e segurando firme seus braços.


 


“Não tem remetente. Está destinada a você Bella.”, ele levantou os olhos para mim e estendeu a carta. “Um convite. Veja.”


 


Peguei o envelope. Era feito de um papel meio amarelado. Estava selado e não tinha remetente como Edward havia dito.


 


Abri com cuidado e retirei o elegante convite que ele continha.



 



 


 


“Convidamos a Sra. Isabella Cullen à comparecer  ao Baile de Máscaras  em homenagem ao ingresso  da última e mais importante flor da Rosa Mestra. É uma noite para se desvendar mistérios e revelar segredos antigos.


 


Local: Salão de Festas da Mansão dos Trempleton,


Rua. S. Fontain Street, 841


Data: 13 de novembro de 2009  às 20:00 h”


 


Li e reli atentamente o convite buscando indícios de quem poderia ter o mandado sem sucesso. Por fim, o dobrei e coloquei dentro do envelope.


 


“E então?”, Edward perguntou fitando meus olhos, calmo.


 


“Só pode ser uma brincadeira!”, disse e estendi o envelope á ele. “Olhe.”, ele pegou o estranho sobrescrito de minhas mãos e o olhou com curiosidade, logo depois depositando seu olhar inquisidor para mim...


 


“Bella, desde quando você conhece Runas Antigas?”


 


“Runas Antigas? De onde você tirou isso Edward?” perguntei confusa


 


“Bella, o convite esta escrito em Runas, como você conseguiu ler? Eu não entendo nada do que está aqui!”


 


Ele começou a analisar o convite novamente, virava-o para todos os lados tentando ver se havia mais alguma coisa para logo em seguida levantá-lo e observá-lo contra a luz.


 


“Interessante” Edward falou intrigado


 


E foi então que eu a vi. E reconheci aquela forma no mesmo instante.


 


Como uma marca d’água estava o símbolo da caixinha de musica. Os 4 Corações unidos pelas pontas formando um trevo.


 


“Óh.”, foi a única coisa que eu consegui dizer antes de me debulhar em lagrimas sobre o peito de Edward.


 


Ele me pegou e levou-me até o sofá, me sentando e ajoelhando em minha frente.


 


“O que foi Bella?”, ele disse tenso e sombrio, como se soubesse de alguma coisa. “Você conhece aquele símbolo?”


 


“Edward, eu pensei que fosse coisa da minha cabeça. Juro. Não, não... Não pode ser verdade.”, disse soluçando.


 


“O que Bella? O que não pode ser verdade?”


 


“A caixinha de musica Edward. Tem alguma coisa errada com ela...”


 


“Bella, o que tem a caixinha de musica?”


 


“O dia em que eu desmaiei, eu fui, sei lá, acho que transportada para um lugar sombrio, para o meio de um culto.”, disse e encarei seus olhos, eles estavam impassíveis, atendo as minhas palavras, continuei, “Eu fui visitar Jacob, Edward, e ele e o resto do bando tem ouvido uma valsa, Edward, e eu acho que é a mesma da caixinha, e outro dia, investigando a caixinha eu achei um pergaminho.”, eu estava atropelando as palavras, levantei-me do sofá e corri para o quarto para pegar a caixinha em cima do criado-mudo. Quando voltei para a sala Edward estava no mesmo lugar, imóvel.


 


“Olhe.”, abri a estranha saliência no fundo, e a minúscula gavetinha revelou o pedaço de pergaminho, entreguei-o a Edward, ele leu o conteúdo, seu maxilar rígido e seu olhar duro e preocupado. “Edward, os sonhos que ando tendo, eles me assustam, eles são tão reais.”, mais lagrimas formavam-se em meus olhos, Edward sentou-se ao meu lado e colocou as mãos em volta da minha cintura, eu afundei meu rosto em seu peito e chorei desconsoladamente.


 


“Shh, calma minha Bella. Está tudo bem.”, ele falou com sua voz aveludada, e então Edward começou a cantar a nova canção de ninar. “Fique calma minha vida, nada vai te acontecer.”


 


“Edward, veja.”, disse e dei a caixinha de musica para ele, e então eu segurei suas mãos e com a ponte de seus dedos eu fui tateando a superfície da caixinha mostrando a imagem harmônica, Edward logo percebeu que era a mesma efígie do convite.


 


Ele me encarou por um longo momento, seus olhos eram intensos.


 


“Bella, algo mudou o rumo de nossos destinos.”, eu olhei para ele atordoada, sim, algo havia mudado, mas poderia ser assim tão sério?


 


“Edward, eu não...”, ele me silenciou com um dedo.


 


“Bella, ontem, a família não estava em casa porque eles saíram investigar uma visão, muito vaga e turva que a Alice teve.”, ele encarou-me por mais um longo momento. “Um símbolo, Bella, eles foram pesquisar um símbolo.”, as coisas estavam começando a fazer sentido para mim. “Alice viu uma capa, uma túnica negra, onde, no lado esquerdo havia uma insígnia bordada em vermelho e dourada.”


 


“A mesma que os homens encapuzados usavam em meu sonho...”, completei pensativa e sobressaltada. “Óh, Edward!”, me joguei em seus braços. Ele apertou-me contra seu peito, como que querendo que eu fizesse parte dele, para que nada pudesse me atingir, sem antes passar por ele.


 


A vida era tão injusta!


 


Quando abri meus olhos novamente, vi Alice em pé, de frente para Edward.


 


“Sim.”, ele respondeu, depois de um segundo. “Bella conhece a insígnia, a caixinha de musica que eu dei para ela, também apresenta o mesmo símbolo.”, ele disse mortificado.


 


Alice assentiu. Meio segundo depois Edward assentiu também e sussurrou algo baixo de mais para que meus ouvidos humanos fossem capazes de entender. Eles estavam tendo uma conversa particular, e na minha presença.


 


Um instante depois a família chegou.


 


“Bella, querida, está tudo bem?”, Esme perguntou com a voz aflita.


 


“Sim, está. Eu só não entendo o que está acontecendo.”, olhei ao redor e notei que todos estavam ali. Todos exceto Jasper, Emmet e Rose. “Onde estão Jazz, Emmet e Rose?”


 


Os quatro vampiros se olharam. Preciso dizer que não obtive uma resposta descente?


 


“Eles ficaram onde estávamos, só nos voltamos.”, Carlisle disse encarando os olhos de Edward que estavam, agora, depois da resposta, menos duros.


 


“Bella recebeu um convite para um baile.”, disse ele encarando Carlisle e Esme.


 


“Isso é estranho, eu não vi nada.”, Alice disse chocada. “Como é possível. Se a marca estava no convite, eu deveria ter visto também!”, ela estava indignada.


 


Era difícil para Alice, suas visões sempre foram um truque, algo que deixava os Cullens a par de tudo que viesse acontecer, mesmo com as mudanças de decisões, e o fato de isso passar despercebido por ela, deixava-a completamente de mãos atadas.


 


Edward fez um aceno para Carlisle, e entregou o convite que ele mantinha em suas mãos. Carlisle olhou tão surpreso para o convite quanto Edward quando o viu.


 


“Mas, isso são Runas?” Ele disse demonstrando claramente a surpresa em sua voz. Meio segundo depois todos os outros Cullens estavam ao seu redor para ver o misterioso convite. “O que está escrito aqui? Edward, desde quando você lê Runas?”


 


Todos estavam confusos e nos olhavam atentamente, e eu realmente tinha que admitir, um convite escrito em Runas não era muito comum, nem mesmo para os vampiros.


 


“Eu não leio Runas Carlisle!” Edward estava impassível agora “Foi a Bella”


 


Senti todos os olhares caírem sobre mim e me apertei mais em Edward como se eu pudesse me esconder dentro dele.


 


“Bella” dessa vez foi Esme que falou “Leia para nós”


 


Peguei o convite que Carlisle me estendia e comecei a lê-lo novamente


 


“Convidamos a Sra. Isabella Cullen à comparecer  ao Baile de Máscaras  em homenagem ao ingresso  da última e mais importante flor da Rosa Mestra. É uma noite para se desvendar mistérios e revelar segredos antigos.


 


Local: Salão de Festas da Mansão dos Trempleton,


Rua. S. Fontain Street, 841


Data: 13 de novembro de 2009  às 20:00 h”


 


Estava um silencio mortal quando terminei de ler. Supus que eles estavam pensando nas nossas opções e o que poderíamos fazer com elas. Após alguns instantes Carlisle falou


 


“No convite diz que algumas coisas serão reveladas. Se existe algo que possa prejudicar Bella, nós devemos saber o que é.”, ele disse e olhou para Esme e Alice, mas depois seu olhar recaiu sobre Edward que havia travado ao meu lado.


 


“Mas pode ser perigoso. E se eles fizerem algum mal a ela? Não! Bella não irá!”


 


“Edward, seja racional,” Esme olhou para o filho, intensa, “nós precisamos saber o que estava acontecendo, já que as visões de Alice não são tão precisas.”, Alice revirou os olhos e deu uma bufada, Esme deu uma pequena olhada para a filha e continuou, “É claro que não deixaremos nada acontecer a Bella.”


 


“Mas mãe, não! Eu não vou arriscar a vida de Bella!”


 


“Edward, você não está pensando com sua cabeça, maninho!”, Alice virou-se para Edward, clara e convicta, “Nós iremos com ela!!”


 


“Mas é perigoso, não sabemos com quem estamos lidando!”


 


“Edward, por isso mesmo! Não sabemos, temos que descobrir, e eles estão nos oferecendo uma ‘ajudinha’.”


 


Eu olhava a discussão aparvalhada, era ao meu respeito que eles estavam discutindo. Era minha vida que estava em jogo, era minha eternidade com Edward que era ameaçada. Era eu quem deveria decidir o que fazer.


 


“Ei!”, gritei. “Edward, precisamos saber o que mudou. E se essas coisas, pessoas, sei lá o que são estão dispostas a falar, eu irei!”, levantei-me decidida.


 


“Mas Bella!”, Edward olhou com olhos intensos de cólera e preocupação.


 


“Edward, por favor, confie em mim?!”, olhei para ele angustiada.


 


Ele me fitou pelo que me pareceu uma eternidade e finalmente falou. “Está bem. Mas você não irá sozinha. A família estará lá e eu não sairei um segundo do seu lado!”


 


“Eu não ia pedir para que você se afastasse.”, disse sorrindo.


 


Estava tudo decidido. Os Cullens iriam a uma festa de mascaras na sexta feira, 13.


____


 


Alice estava doida, ela havia se incumbido do guarda roupa da família, e estava jubilosa de cada modelo que a família iria usar. Carlisle, Jazz e Rose estavam encarregados de conversar com a matilha dos lobos pra descobrir e trabalharem juntos no que estava acontecendo, Esme e Alice estavam responsáveis pela pesquisa da insígnia dos 4 corações, e Edward cuidava de mim. O que eu não reclamava nem um pouquinho.


 


“Bella, querida, eu já achei a roupa ideal para você!”, Alice apareceu na porta do meu quarto, toda saltitante e feliz. Era de manhã. O baile era apenas a noite. Os homens da família tinham ido caçar, enquanto as mulheres, que tinham ido caçar na véspera, terminavam de arrumar tudo para a noite.


 


Eu estava tensa. Sexta feira 13 não era um dia muito animador para coisas misteriosas, não que eu fosse supersticiosa, digamos que as coisas não estavam ajudando. Os sonhos estavam cada vez mais intensos e reais.


 


Revirei os olhos para a Alice. Ela havia deixado a minha roupa por ultimo, nem imagino o porquê!


 


“Que há Bella? Não me faça essa cara, você vai ficar linda.”


 


“Alice, por favor, hoje é o dia, todos nós estamos preocupados, e você me vêem com um vestido?”


 


“Mas quem disse que eu não estou? Só estou levando em conta que quero toda a família magnífica para o baile! Bella! Você sabe há quanto tempo algum de nós freqüenta algo assim?”, fiquei com a consciência pesada, eu já havia cedido.


 


“Tudo bem Alice, traga o vestido.”, ela deu um saltinho feliz, e bateu palmas, sorridente. Pelo menos eu havia feito uma criança feliz. Ri internamente com meu pensamento.


 


“Ótimo.”, ela deu meia volta e apareceu um instante depois com um embrulho. O dia ia ser longo...


 


Alice aproximou-se e colocou o embrulho em cima da cama. “Preparada?”, ela disse me olhando marotamente.


 


“Sim.”, balancei a cabeça e olhei para o pacote que ela estava desembrulhando. Depois que ela tirou o vestido de dentro da capa, ela o estendeu sobre meu corpo. 


 


“Óh.”, disse me olhando no espelho, quando vi o lindo vestidinho de seda que Alice estendia em minha frente


 


“Você ficara maravilhosa!”, ela guardou o vestido e eu fui tomar um banho. Ela ainda ia fazer meu cabelo!!


 


Eu estava tão nervosa, não sabia o que esperava por nós naquele baile. Só em pensar que tudo poderia ser minha culpa, que eu estava colocando toda a família em perigo novamente, fazia embrulhar o meu estomago.


 


Mas eu seria corajosa, se fosse necessário, eu iria remediar todo o mal que haveria de causar. Sai do banho decidida, e encontrei Edward sentado na poltrona, de frente para a cama, com a caixinha de musica nas mãos.


 


Fiquei entretida observando meu marido. Ele levantou os olhos para mim e balbucionou, “É tudo minha culpa!”


 


Corri para ele, enrolada de toalha e tudo e segurei suas mãos, “Claro que não é Edward, se tem alguém aqui culpado, sou eu!”


 


“Não seja absurda Bella!”, ele me fitou com olhos duros. Meu coração ficou apertado e eu tive ímpeto de chorar. Malditos ductos lagrimais! “Não fale nada. Isso é outro impasse!”, disse segurando meu rosto com as duas mãos, ternamente.


 


Era outro impasse para ele, assim como o fato de eu ser transformada. Não era um impasse para mim.


 


“Você não tem culpa Edward!”, disse e levantei nas pontas dos pés para lhe dar um beijo. Suas mãos escorregaram para minha cintura, e as minhas foram com furor para seus cabelos. Era bom estar com ele.


 


“URHUM”, Alice estava parada na porta do nosso quarto, com uma cara de brejeira. Ela olhou longamente para Edward, ele fez uma cara de incrédulo e me disse.


 


“Virei buscá-la mais tarde, minha Bella.”, Edward disse e saiu do quarto.


 


“O que foi isso?”, perguntei com uma sobrancelha alteada, enquanto Alice se aproximava de mim.


 


“Homens só atrapalham em quesito roupa Bella.”


 


“Affe!”, disse e ri.


 


Alice me conduziu até o toucador e pôs-se a lidar com meus cabelos. Foi algo absurdo! Era escova de um lado, prancha de outro, laquê. Pensei, com uma pontada de angustia que eu realmente havia virado a Barbie móvel e com vida própria da Alice.


 


Vi pelo espelho, Rose aparecer na porta do quarto. “Quer ajuda Alice?”, ela disse. Alice olhou para a irmã pelo espelho e estendeu o secador de cabelo para ela.


 


“Claro! Tenho que me certificar que toda a família fique perfeita!”, Rose revirou os olhos, e bufou.


 


Aproximou-se de mim e com uma graça inexplicável começou a manusear os fios de meus cabelos. Ela já havia arrumado meus cabelos no casamento, e digamos que a partir daí minha relação com Rose deu uma melhoradinha.


 


Eu entendia os motivos que ela tinha por não aprovar algumas das minhas decisões, mas ela havia ficado mais dócil, quando soube que eu havia adiado o dia da ‘minha perdição’, como tantas vezes ela se expressara.


 


Após um tempo ela largou o secador, a escova, a prancha e o laquê em cima do toucador e virou minha cabeça para o espelho. Ela tinha feito um milagre com meus cabelos rebeldes!


 


Eles estavam amarrados em um rabo de cavalo, onde lindas ondas desciam perfeitas. Minha franja estava de lado, e por mais incrível que pareça, não havia defeito algum em meu cabelo.


 


“Gostou?”, ela sibilou entre dentes, vendo que eu nada falava.


 


“Esta... Lindo!”, disse e lhe dei um franco sorriso. Ela ficou por um momento, chocada e logo depois sorriu também. Sim, as coisas estavam melhorando entre nós duas.


 


Não demorou para que Alice aparecesse no quarto. Ela estava em um vestido de seda tafetá roxa, que batiam em seus joelhos, seu cabelo estava espetado, ela parecia, definitivamente, uma fada.


 


“Você ficou linda Bella! Pronto, Rose, pode ir se arrumar agora. Eu assumo daqui”, ela aproximou-se do toucador.


 


Rose saiu majestosa, “Ela ficou mesmo linda não? Eu que a arrumei.”, Rose lançou uma olhada provocadora a Alice, que pegou uma almofada e tacou na cara de Rose, antes mesmo que eu pudesse piscar os olhos, tamanha foi sua agilidade e rapidez. Em uma fração de segundos Rose esquivou-se e a almofada voou para fora do quarto pela janela aberta.


 


“Da próxima eu não vou errar!”, Alice dizia furiosa enquanto Rose saia às gargalhadas pelo caminho de pedras.


 


Depois de muitas horas de serviço expresso Barbie, finalmente eu fiquei pronta. Coloquei o vestido e a sandália de salto fino, que com toda a certeza iriam ser instrumentos de tortura no decorrer de todo o baile, e tinha acabado de sair do closet com minha bolsa quando avistei Edward parado, olhando através da janela para o jardim lá fora.


 


A lua estava baixa, e seu brilho resplandecia em Edward que parecia mais com um deus grego do que nunca. Ele virou-se para mim e eu definitivamente parei de respirar. Ele sorria torto em uma roupa de gala. Arrebatador!


 


[Edward : http://farm4.static.flickr.com/3271/2907493909_c032fa1dfe.jpg]


 


“Você está linda Bella!”, ele aproximou-se de mim com uma rosa entre as mãos, beijo-a e me entregou. “Te amo.”


 


Eu pisquei ante a imagem do anjo a minha frente atordoada, onde ficavam mesmo os pulmões?


 


“Linda?”, disse entre dentes para ele. Eu jamais seria linda onde ele estivesse.


 


“Não. Linda não. Sublimemente maravilhosa!”, ele pegou minhas mãos e levou-me até o espelho.


 


Não, aquela ali no espelho não era eu. A garota do espelho estava com um vestido de seda prateado, até acima de seus joelhos, na cintura, bordados de contas brilhantes resplandeciam.


 


[Vestido: http://imagens.portaisdamoda.com.br/gal77_14308lis.jpg]


 


Edward me olhava pela imagem do espelho com o rosto em uma expressão de êxtase e adoração.


 


Ele piscou para mim, eu me virei para encarar seus olhos de um dourado intenso, levantei os pés, e disse em seu ouvido. “Só um pouquinho.”


 


Ele sorriu torto, “Bella, você é absurda!”, e me beijou.


___


 


Na sala de estar da mansão todos já estavam prontos. Os homens vestiam elegantes smokings, parecendo deuses gregos, e as damas pareciam mais princesas de um conto de fadas.


 


Rose estava com um vestido tipo tubinho vermelho colado, com um decote nas costas. Esme estava com um vestido verde escuro simples e elegante.


 


“Bem, acho que estamos todos prontos”, Carlisle disse tenso. “Vamos repassar o plano.”


 


Ei, espera ai, plano? Que plano?


 


“Vocês podem, por acaso me dizer que plano é esse?”, disse furiosa. Eu era a mais interessada e a única que não fora avisada de nada. Eu fico indignada com essas coisas!


 


“Não é nada Bella. Só algumas precauções para que nada saia errado.”


 


“Tipo?”, sibilei. Carlisle me olhou e começou a falar.


 


“Primeiro, Rose e Emmet, vocês ficam encarregados das investigações, vasculhem toda a área, dentro e fora.”, ele olhou para o casal sentado no sofá completamente entretido com outras coisas, “Vocês entenderam?”


 


“Claro pai! Tudo está sob controle!”, Emmet disse em meio a risinhos. Carlisle olhou feio para ele e voltou sua atenção para Alice e Jazz.


 


“Segundo, Alice e Jazz vocês estão incumbidos de vigiar as entradas, registrem tudo o que virem em suas mentes, que Edward ficará sintonizado em qualquer movimento estranho.”, eles assentiram concentrados.


 


“Eu e Esme ficaremos de olho em Bella e Edward de longe. Edward, bem... você sabe o que tem que fazer.”, ele disse olhando preocupado para o filho.


 


“Não irei errar!”


 


“Ei, alguém avisou os cachorros?”, Rose levantou do sofá.


 


“Os lobos estão conosco nessa?”, disse aparvalhada fitando Edward com olhos acusadores.


 


“Bem, nós fomos averiguar aquela historia que você me contou sobre a matilha. Falamos com Sam e Jacob, e descobrimos, que a tal melodia que eles andam escutando é a mesma da caixinha.”, Edward falou com ar grave e culpado. Meu marido era teimoso feito uma mula!


 


“Sim, eles foram avisados. Farão a ronda ao redor do local do baile. Estarão lá quando chegarmos.”, Alice levantou. “Isso era uma obrigação sua, né Rose? Sabia que eu fiquei fedendo a cachorro depois daquela visita ao cão sarnento?”


 


Cada um entrou em seus carros. Carlisle e Esme foram junto com Alice e Jazz, Emmet ficou com Rose e foram com a Mercedes vermelha, Edward e eu fomos com meu novo carro.


 


A medida que os segundos iam passando o clima ia ficando mais tenso. Todos estavam preocupados, deduzi que quem mais sofria com isso eram Edward e Jazz, bombardeados de pensamento e sentimentos alheios.


 


“Vai ficar tudo bem Bella.”, Edward disse me fitando longamente. “Iremos resolver tudo isso hoje.”, sorri tímida para ele.


 


Eu tinha que agüentar, mas minha respiração começava a ficar mais lenta, e eu sentia a coragem se esvaindo de mim. Ora, Bella, agora não é momento de sentir medo. Enfrente!


 


“Sim, iremos.”


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