When You Call To Me escrita por Carrie Lerman


Capítulo 16
As Amazonas


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é meio sem vergonha hahaha não reparem! Vocês vão rir do Caspo! Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/400286/chapter/16


O chefe dos exércitos Edmundo Keynes seguia pouco a frente de Caspian em seu cavalo tomando a dianteira enquanto se aproximava cautelosamente pelo bosque de Trinity onde deveria encontrar com a líder das Amazonas e comunicar a mesma sobre o acordo proposto pela rainha Lucia. A conversa estabelecida pelos cavalheiros durante todo o percurso se deu por encerrada assim que eles adentraram ao bosque, pra evitar ser, surpreendidos pelas audaciosas guerreiras Amazonas. Edmundo mantinha os olhos estalados olhando ao redor do território cercado de árvores de troncos longos enquanto Caspian seguia pouco atrás segurando firma uma besta carregada com uma flecha engatilhada, mas sem erguer a mesma, apenas mantendo-a a altura da cintura. Naquele momento no meio do silencio daquele lugar, Caspian sentiu algo lhe atingir o braço causando-lhe uma dor intensa que o fez largar a besta no chão coberto por folhas secas e levar a mão livre ao local ferido arrancando do mesmo algo parecido com um espinho fino e alongado de cor verde.

– Edmundo... –ele chamou.

Quando Keynes voltou seus olhos na direção do companheiro, também pode avistar a poucos metros deles um grupo pequeno de mulheres portando armas de guerra, como arcos e espadas assim como outros objetos de ataque que ele desconhecia provavelmente de produção artesanal. As moças que não vestiam muito para cobrir seus corpos mostrando assim suas silhuetas sedutoras se aproximaram devagar empunhando suas armas enquanto miravam nos dois desconhecidos.

– Você está bem Caspian? –perguntou Edmundo ao ver a besta caída no chão.

– Depende, meu braço tá ficando dormente. –respondeu.

– Fique quieto e não faça movimentos bruscos.

– Posso descer do cavalo? –disse Caspian entre dentes olhando ao redor.

– Melhor ficar aí.

Edmundo girou os olhos atentamente por todo lugar antes de se manifestar. Ele ergueu as mãos devagar mostrando seu não interesse em lutar, enquanto as moças passavam a mostrar-se parcialmente saindo de trás das árvores e arbustos densos.

– Quem são vocês? –perguntou uma moça loira de cabelos cacheados vestindo uma espécie de saia curta de couro de animal e o que no mundo de Caspian seria conhecido como bustiê de pele para cobrir o busto farto.

– O que querem? –perguntou a segunda que vestia algo parecido, mas tinha cabelos negros e lisos.

– Viemos em paz, meu nome é Edmundo Keynes, chefe dos exércitos da rainha Lucia de Cair Paravel, e este é meu amigo Caspian. –disse estendo a mão.

– Rainha Lucia? –disse uma terceira enquanto se aproximava dentre os arbustos empunhando um arco de tamanho incomum.

– Sim, viemos a pedido desta. –respondeu Edmundo.

– Edmundo. –se manifestou Caspian segurando o braço ferido.

– Só um minuto Caspian. –respondeu.

– Eu não to me sentindo muito bem não... –disse Caspian fazendo com que Edmundo o olhasse. - Não sei se posso esperar um minuto.

– Eu estou meio ocupado Caspian. –retrucou Keynes.

– Eu não to sentindo meu braço Edmundo. –disse Caspian entre dentes.

– É o efeito do veneno. –disse uma nova moça de cabelos castanhos e trançados.

– Veneno? –questionou Caspian com os olhos esbugalhados sentindo os dois braços perdendo os sentidos.

– É um dardo paralisante. –disse a moça com um sorriso nos lábios. – Em alguns segundos todo o seu corpo ficará imóvel.

– E por que fizeram isso? –disse ele sentindo as pernas amolecerem. – Edmundo. –ele pediu ajuda antes de simplesmente revirar os olhos e cair literalmente do cavalo.

– Caspian! –berrou Edmundo se aproximando. – O que fizeram com ele? –reclamou tocando os ombros do amigo abatido.

– Ele ficará bem. –disse uma voz mais forte vinda do meio das árvores.

Quando Edmundo ergueu seus olhos castanhos claros para ver a quem pertencia tal voz, se deparou com a mais bela dentre as amazonas, aquela que parecia ser a líder, e logo a mulher por quem ele procurava. Ela tinha cabelos longos e escuros de formas onduladas que cobriam seus ombros. Seu corpo estava coberto por uma roupagem escura que deixava a mostra suas curvas voluptuosas, o que não deixou de chamar atenção do soldado que deixou Caspian com a cara enfiada nas folhas e se levantou encarando os olhos azuis da mulher a sua frente.

– Teodor? –disse ele surpreso. – Tricya Teodor?

– Depende quem quer saber. –disse ela segurando apenas um circulo de aço em mãos na altura dos quadris, outro ponto que envolveu os olhares do soldado.

– Meu nome é Ed... Edmundo Keynes. Soldado... Chefe dos soldados da rainha Lucia... Lucia Pevensie. –disse quase esquecendo seu próprio nome diante de tal beleza feminina.

– E a que devemos a honra de tal presença? –disse ela em tom sério mas com um sorriso.

– Vim em nome de Lucia Pevensie para lhe propor um acordo.

– Que tipo de acordo?

– Podemos conversar sobre isso em um lugar mais... –ele olhou ao redor. – Amistoso. –disse ao ver as outras moças apontando-lhe suas armas.

– Certo. Vejo pelo emblema de seu uniforme que diz a verdade. –ela encarou as moças. – Abaixem as armas este não é nosso. Você pode vir comigo até meu escritório pessoal! –disse ela se virando enquanto seus quadris se moviam de forma sensual chamando atenção do moreno para tal direção.

– Espere, e quanto a ele? –disse recordando que não estava sozinho.

– Minhas irmãs cuidarão do seu amigo. Não é meninas? –disse ela com um tom malicioso.

Edmundo sabia como as moças ao seu redor costumavam agir com os homens. Eram conhecidas por toda parte como devoradoras de homens, e não era pelo habito de servi-los como prato principal como alguns diziam, mas sim por outras razões. Eram comparadas as sereias da mitologia que atraiam os homens com sua beleza incomum e depois os devoravam, mas as amazonas na realidade apenas se apossavam de seus bens, como roupas e pertences de valor e os usavam para dar aos mais pobres. E quando estes eram belos, as moças os mantinham por mais tempo em seu cativeiro para procriação de sua espécie. Havia outro mito sobre elas, que falava sobre os herdeiros das amazonas, aqueles que nasciam homens eram deixados na mata para serem criados por ursos e lobos, e apenas as mulheres eram levadas e criadas assim dando sequencia ao bando composto apenas por mulheres. Edmundo ficou receoso quanto a deixar o acompanhante para trás, mas sabia que não havia nada que pudesse fazer a não ser contar com a boa vontade de Tricya.


...



Caspian finalmente despertou depois de algum tempo sobre o terreno frio e úmido ainda não conseguindo sentir partes de seu corpo. Quando abriu os olhos se deparou com um grupo de lindas mulheres ao redor dele que parecia o observar atentamente com olhares devoradores por assim dizer. Ele esboçou um sorriso acreditando estar sonhando ou em algum paraíso repleto de anjos sensuais enquanto sentia os dedos das moças lhe tocando por todo o corpo como se procurassem algo nele. Embora não pudesse sentir metade do corpo, ele podia sentir alguns toques e foi um destes um tanto quanto atrevido que o fez dar um pulo e sentar-se lembrando de onde estava e por que não se sentia direito.


– Podemos pedir a Tricya que nos deixe ficar com este aqui! –dizia uma delas.

– Eu gosto deste. –disse outra.

– Ele parece delicioso! –disse a terceira tocando o peito de Caspian.

– Tem um cabelo sedoso. –mais uma dizia enfiando os dedos nos cabelos do moreno.

– Ele deve ser um ótimo procriador.

– Ele é grande.

– Muito grande.

– Será que é inteiro assim?

– Oh! –ele disse conseguindo finalmente se levantar enquanto sentia as mãos atrevidas das moças lhe tocando intimamente. – Se acalmem aí garotas. –disse já ficando sem graça.

– Uh! –elas riram. – Ele é arisco.

– Ai meu Deus! –disse ele franzindo a testa.

– Vem cá lindinho! –disse a loira usando o dedo indicador para chamar o moreno.

– É vem cá, agente vai cuidar direitinho de você. –disse uma linda morena de pele bombom.

– Não fica com medo não! –disse outra lhe pegando pelas costas e envolvendo seus braços ao redor do tórax do mesmo.

– Epa! –disse ela no susto.

De repente Caspian estava novamente rodeado pelas inúmeras mulheres que pareciam querer tocá-lo ao mesmo tempo em todas as partes de seu corpo. Ele não conseguia ter certeza se corria ou se ficava ali. Estava confuso e ainda não sentia o braço atingindo pelo dardo envenenado. Enquanto era tocado pelas mãos ágeis das mulheres, ele sentia seu fôlego fraquejando e pensava em como aquilo seria ótimo se acontecesse em seu mundo, então quando estava quase se deixando levar pela sedução das amazonas ele pensou nos olhos de Lucia e então se desvencilhou daquelas mulheres atrevidas e se aproximou de seu cavalo.

– Por favor, moças... –ele engoliu a seco vendo-as o encarando. – Eu... Peço que mantenham a postura. –ele falou como um legítimo cavalheiro narniano. – Por favor. –ele praticamente pediu de joelhos.

Todas elas se entre olharam e sorriram maliciosamente prontas para atacá-lo de novo até ouvirem a voz de sua líder regressando de entre a mata com Edmundo.

– Deixem-no. –disse Tricya.

– Estamos combinados então Tricya Teodor? –disse Edmundo sorrindo depois de ver a cara de apavorado de Caspian.

– Diga a rainha Lucia que terá nosso total apoio. –disse ela.

– Obrigado! –ele sorriu.

Edmundo se afastou e andou até Caspian apanhando a besta do chão e devolvendo ao mesmo.

– Você está bem? –disse Ed com ar debochado.

– Não tenho certeza. –respondeu o moreno.

– Vamos antes que Tricya mude de ideia que queira manter-nos aqui para posterioridade.

– Vamos... –ele se apressou a subir no seu cavalo mesmo sem sentir o braço direito.

Edmundo subiu em seu cavalo e sorriu enquanto via as moças se unindo a líder e abanando as mãos para ambos.

– Tchau gracinha! –disse uma delas mandando beijo para Caspian.

– Agente se vê lindinho! –disse outra.

– Voltem sempre!

Tricya riu enquanto via os olhos confusos do moreno que sorriu um riso amarelo e depois girou sobre o cavalo querendo sair logo dali antes que começasse a pensar em ficar. Edmundo fez o mesmo por que também pensou na possibilidade enquanto conversava com Tricya a sós, então ouviu a voz da mesma:

– Se você e seu amigo desejarem voltar para uma vizita Edmundo! Sinta-se a vontade! –ela sorriu.

– Vou me lembrar disso. –ele sorriu respondendo em um tom firme com sua voz rouca e grave.

Assim os dois cavalheiros seguiram pela mata de volta ao palácio onde a rainha já os esperava, ansiosa. No caminho o assunto não poderia ser outro senão as amazonas claro.


...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Caspo e Ed esses dois safados querendo ficar com as amazonas hum? Deixa a Lucia saber disso rum.. Assistam no próximo episodio.... opa leiam no próximo cap! bjus
OBS: ESTA FOTO É SÓ PRA ILUSTRAR O ESTILO DAS AMAZONAS!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "When You Call To Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.