Os Heróis Da Rua escrita por Springirl


Capítulo 2
Tormenta


Notas iniciais do capítulo

Hellou pessoinhas.. ñ sei pq eu falo pessoinhas se essa merda só tem uma leitora: a vaca da Fernanda Okumura hehehe

aqui mais um capítulo, que dedico pra essa vaquinha.



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Jim para em frente ao portão de ferro da pensão em que Liam morava. Era estranho, Liam tinha uma mãe adotiva, Trisha, mas elas não moravam juntas e Liam morava aqui nessa pensão sustentada por Trisha.

Jim ficou apoiado no muro de pedra esperando por Liam até que ela abre o portão. – Hey Jim. – ela cumprimenta. Sua voz baixa e seu olhar longe. Hoje era um daqueles dias em que Liam ficava se lembrando do passado, sendo atormentada.

Malditos sejam aqueles monstros que abusaram de Liam na Hornet, fazendo com que hoje ela fosse essa garota cheia de traumas e com filofobia. Se um dia Jim pudesse colocar as mãos neles, ele faria um estrago.

Os dois seguiram para a escola sem nenhuma palavra. No intervalo, Jim não achou Liam, ele sabia que ela deveria estar debaixo de uma arquibancada, era pra lá que ela ia quando queria ficar sozinha na escola, mas ele sabia que não deveria ir até lá, então se sentou sozinho debaixo de uma árvore meditando.

Jim tinha uma superforça e ele estava farto de apenas não fazer nada, sentia a necessidade de ajudar as pessoas em volta. Mas Liam nunca aprovaria com medo do que acontecesse.

“Nós não somos heróis, Jim.” Ela sempre dizia.

Jim até pensou e fazer algumas coisinhas sem que Liam soubesse, como impedir um assalto na noite passada, mas deu no que deu. Jim ficou triste e nervoso. Nervoso porque justo Liam o impedia de fazer o que queria e triste porque ele sabia que isso se devia ao medo que ela tinha. Medo de que a Hornet os achassem novamente, justo agora que eles estavam há dois fora das garras dos cientistas loucos. Jim sofreu demais dentro daquela empresa, antes que ele pudesse impedir memórias vieram à sua mente.

Jim tinha oito anos na época. Seu cérebro adaptável e sua mente forte o faziam parecer bem mais velho. Uma criança normal teria surtado, mas Jim não era, afinal.

Ele estava de pé no meio de uma ampla sala hexagonal totalmente branca. Na parte de cima circulando toda a sala havia grandes paredes de vidro onde Número Um, como Jim era conhecido, podia ver os rostos de vários cientistas o observando. Em volta de Jim pela sala haviam blocos negros com números escritos que Numero Um já sabia ler. 20 kg, 30 kg, 60kg...

- Okay Cobaia Número Um, - A voz de Lana Hornet pode ser ouvida vinda de todos os lugares na sala por causa dos alto-falantes, mas Numero Um girou e pode ver Lana Hornet acima apoiada contra uma parede de vidro com um pequeno objeto retangular que ela segurava perto da boca, Gustav Hornet bem ao seu lado. – Comece pelo peso de vinte quilos, tente erguer sobre sua linda cabeça loira. – Ela dizia e Numero Um não precisava olhar para saber que ela estava dando mais um de seus sorrisos loucos.

Certo. Número Um disse para si mesmo e olhou para o cubo negro que indicava 20kg e o ergueu sobre sua cabeça, os músculos de seus bracinhos de criança se contraindo pelo esforço, mas não foi realmente muito difícil. Número Um continuou com as instruções de Lana Hornet, os cubos cada vez mais pesados. Número Um já estava exausto e seus braços estavam queimando quando abaixou o peso de 100kg e a voz excitada de Lana Hornet soou.

- Agora meu querido, quero que você faça o mesmo com o peso de 200kg.

Número um se virou abismado e encarou Lana Hornet. Já havia sido um esforço gigantesco para erguer o de 100Kg e ele não sabia se suportaria mais. Então, enxugou o suor de sua testa onde seus cabelos louros grudavam e disse com uma coragem que não sentia. – Não.

O sorriso de Lana Hornet desapareceu e ela ficou com uma expressão perigosa no rosto, então Número Um se apressou tropeçando nas palavras pelo medo – Que-quero dizer, acho que não consigo.

Um sorriso mínimo apareceu na face de Lana Hornet e ela deu a Número Um, um olhar de pena. – Oh meu querido. É claro que você consegue. Esqueceu-se de que fui eu quem projetou o seu cérebro, que a propósito é o que comanda seus músculos? Vá, você vai conseguir.

Eu hesitei. Um erro. Pois agora era Gustav Hornet falando – Cobaia Número Um. – Sua voz fria e seu olhar verde perfurou o de Número Um. – Pegue o peso de 200kg e segure por sua cabeça.

Número Um sabia que não devia contestar jamais Gustav Hornet, ele era cruel e maligno. Lana Hornet ainda parecia se importar com as crianças mesmo com seu jeito louco e psicopata. Mas Gustav era lúcido, frio e calculista. Número um andou até o peso e se concentrou. Sua força não vinha de seus músculos inteiramente, pois seus braços finos de uma criancinha de oito anos, Número Um sabia que seu cérebro super evoluído que o fazia ter força, então se concentrou fechando seus olhos e agarrou o peso e com apenas um puxão o colocou sobre sua cabeça. Todo o seu corpo tremendo com o esforço. Estava pronto para largar quando a voz fria de Gustav soou acima.

- Segure por mais um minuto. Sessenta, cinquenta e nove... – Sua voz calma contando devagar demais. Número um abriu os olhos que estavam injetados de vermelho pela raiva que surgia, e quando Gustav Hornet estava no quarenta Número Um recuou a pedra para trás de sua cabeça, quase perdendo o equilíbrio e olhou fundo nos olhos de Gustav. Então com a força vinda de sua raiva arremessou o cubo murando em Gustav. Infelizmente – ou felizmente – O Cubo era muito pesado e nãochegou a atingir a parede de vidro acima, mas apenas o gesto de rebeldia foi o suficiente para irar Gustav e assombrar Lana Hornet.

Minutos mais tarde Número Um estava amarrado numa maca que estava inclinada fazendo-o estar parcialmente vertical. Vários fios conectados em seu corpo. Seu coração batia fortemente nas suas costelas e ele temeu quando se conscientizou de onde estava. A Sala de Tortura era escura, fria iluminada apenas pelas luzes de monitores e aparelhos. Próximo a porta estava Gustav Hornet.

- Eu achava que era só a vadiazinha Número Dois que era propensa à rebeldias. Acho que ela deve ter te contado sobre o quão divertida é essa sala. – Seu riso cruel enviou arrepios pelo corpo de Dois.

- Façam o seu trabalho. – Disse Gustav Hornet aos torturadores que estavam próximos a ele e foi embora fechando a porta atrás de si.

Dois se assustou quando recebeu um jato de água em seu rosto e uma mangueira segurada por um torturador o encharcou por completo. Ele não entendeu o que isso significava então pelo canto dos olhos viu um torturador abaixar uma alavanca e de repente todo o seu corpo começou a formigar e a doer. Choque. Dois estava recebendo uma carga de choque. Inicialmente leve, mas conforme as horas iam se passando a voltagem aumentava e seus gritos altos enchiam a sala.

Jim travou seu maxilar e massageou suas têmporas se obrigando a vir ao presente. Seu corpo tremia e ele se levantou urgentemente e foi até o banheiro. Lavou seu rosto repetidas vezes.

Seus braços apoiados na pia de granito, seus olhos castanhos fitando seu reflexo no espelho. Jim achou ter chorado já que agora via seus olhos injetados de sangue. Respirou repetidas vezes para se acalmar até que seus olhos voltaram à cor normal, depois enxugou seu rosto na camisa e o sinal tocou e ele foi para sua aula seguinte.

Liam estava embaixo da arquibancada, era aqui que ficava quando queria ficar sozinha. Hoje era um dia ruim, um daqueles dias em que ela não estava exatamente no presente e sim à deriva entre o passado e o presente. As memórias nem estavam vivas em sua mente – ela conseguia controlar isso pois seu cérebro era mais forte – mas uma coisa que ela não poderia parar era esse estado à deriva em que ficava, ela não conseguia falar direito, nem raciocinar direito, era uma tortura. Mas ela é interrompida por uma voz feminina atrás dela.

- Oi! – Liam olha e vê uma garota com longos e cacheados cabelos ruivos vindo em sua direção pelos ferros da arquibancada. – Eu sei quem você é. Mas não se preocupe, eu também sou uma de vocês.


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Notas finais do capítulo

E então?? Essa foi a primeira cena de tortura na fic, e não ficou pesada de propósito, quando tiver o estupro tbm não vai ser. Espero que tenham gostado e se gostou, deixe reviwes o/



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