Os Heróis Da Rua escrita por Springirl


Capítulo 1
Prólogo + Jim é baleado


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinha!

Essa é minha primeira fic original! espero que gostem! e se gostarem, deixe reviwes...

Aqui vai o prologo pra vcs entenderem a historia mais o cap um!



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Prólogo

Um pai e seu filho jogavam frisbee com seu labrador no parque. Um pai, uma mãe e sua filhinha se reuniam em volta da mesa para o almoço. Só um dia normal de domingo para essas duas famílias. Compartilhavam sorrisos, se divertiam viviam normalmente.

Ninguém sabia que naquele dia algo aconteceria que mudaria a vida de todos.

No parque, o filho pede um sorvete e o pai vai comprar deixando o garoto brincando com o labrador. Na mesa, a mãe pede para a filha pegar as cartas na caixa do correio

O pai se vira, vê o cachorro mas não vê o filho. A mãe e o pai vão para fora e não acham a filha.

Naquele dia de domingo, duas crianças desapareceram misteriosamente. Scott Newel e Emma Davis, ambos de cinco anos e nunca mais foram vistos.

Scott e Emma acordam ao mesmo tempo. Amarrados por tiras de couro em macas duras e desconfortáveis. Olham em volta sem entender nada. Vários aparelhos que eles nunca viram, luz forte acima, e uma dor na cabeça que não deixava os pequenos ter um pensamento descente.

– Onde estamos?! – Exige a voz fina de Emma. Scott já estava chorando e gritando por seu pai.

Eles escutam o barulho de uma porta se abrindo e tentam ver quem se aproxima, mas são impedidos pelas tiras de couro. Finalmente uma mulher fica entre as duas macas. Um sorriso estranho em seus lábios sem cor. Seus olhos verdes assustadores indicando loucura. Seus cabelos louros presos de qualquer forma. Ela trajava um jaleco branco e calça marrom e um crachá em seu peito vinha com sua foto e coisas escritas que as crianças não sabiam ler.

– Olá meus queridinho! – Cumprimentou em um jeito alegre e perturbador que enviou arrepios pela espinha das crianças. – Eu sou Lana Hornet. Mas podem me chamar só de Lana, ou de tia Lana se preferirem.

– E-eu quero o meu papai! – Scott choramingou

– Onde estamos? – Exigiu a pequena Emma, seus olhos brilhando pelas lágrimas presas. – Cadê meus pais?

Um brilho louco percorreu os olhos de Lana Hornet – Você parece ser bem forte menininha. Vamos ver até onde você aguenta. – Antes que Emma pudesse perguntar ouviu a porta abrir-se mais uma vez e dessa vez apareceu um homem muito parecido com Lana Hornet.

– Não faça amizade com as cobaias, Lana. – Ele disse frio. – Olá crianças, deixe-me explicar as coisas. Vocês estão numa empresa chamada Hornet, eu sou Gustav Hornet. Acabaram de passar por um processo de estimulação do funcionamento do cérebro. Agora vocês possuem habilidades sobre-humanas que trabalharemos e aperfeiçoaremos. – Mesmo com todas as palavras confusas, as crianças entendiam de alguma forma. – Esqueçam seus pais, duas vidinhas, até mesmo seus nomes. Agora vocês são: Cobaia Numero Um e Numero Dois – Apontou para Scott e depois para Emma. – Bem vindos á Hornet. – Seu sorriso cruel fez Scott chorar muito e Emma começou a chorar baixinho.

Lana Hornet suspirou e deu um sorriso louco – Isso vai ser divertido.

Não foi divertido para Scott e Emma. Passaram por terríveis coisas na Hornet, suas habilidades sendo testadas ao extremo. Scott, ou Numero Um tinha força e agilidade descomunais. Emma, ou Numero Dois tinha uma mente super dotada e forte, capaz de suportar grandes traumas. Mas até mesmo aquela mente tinha limites.

Depois de dez anos de tortura tanto psicológica quando fídica, finalmente as crianças – agora adolescentes – conseguem escapar das garras dos irmãos Hornet e fogem para longe.

Agora eles são Jim e Liam, um ano se passou desde a fuga e eles tentam vidas normais apesar de tudo.


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Capítulo um

Duas e quinze da manhã. Liam estava em seu quarto com as luzes apagadas sentada em frente à mesa do computador com uma perna dobrada em cima da cadeira. A luz da dela iluminando seu rosto vidrado. Cabelos presos em um coque bagunçado, moletom por cima do baby-doll quando escuta uma batidinha vinda de sua janela. Liam se sobressaltou mas relaxou assim que viu que era apenas seu amigo, Jim sentado no batente do lado de fora.

– O que está fazendo aqui há essa hora Jim? – Pergunta com tom de irritação, mas estava sorrindo. Liam arrasta a janela para abri-la e Jim salta para dentro. – Não sabe que é inconveniente aparecer assim no quarto dos outros? Eu poderia estar dormindo ou até mesmo trocando de roupas.

Jim dá um sorriso torto debochado. – Você não dorme antes das três da manhã e só troca de roupa com a cortina fechada. Se bem que seria interessante ver a sua cara se eu te surpreendesse.

Liam já ia socá-lo, mas seu sorriso desapareceu quando percebeu a postura curvada de Jim e o jeito como ele segurava sua lateral.

– O que houve aí, Jim? – Disse, uma ruga de preocupação se formando entre suas sobrancelhas. Não esperou Jim responder e correu até o interruptor perto da porta acendendo a luz e quando voltou a olhar para Jim seus olhos se arregalaram quando viu que o casaco azul de Jim e a mão que apertava seu lado estavam manchados de sangue. – Ai meu Deus! Jim, o que é isso?! – Liam se apressou em direção ao amigo.

– Calma Liam, - Começou Jim – foi só de raspão...

– De raspão?! – Liam gritou um pouco alto demais. – Você levou um TIRO?! – Liam começou a andar em círculos com a mão na testa e expressão assustada.

– Fala baixo! – Jim advertiu sentando em uma poltrona perto da janela e tirando seu casaco e blusa, mostrando a ferida meio queimada perto de suas costelas. – Ou você quer que a doce Sra. Rodrigues venha aqui em cima?

Liam deu um suspiro exasperado – Certo, certo. Só me conte como isso aconteceu. – Disse

– Bom, eu estava lá na loja porque dois caras ainda estavam jogando e nós cobramos por hora e também porque eu estava lendo algumas HQs... Então, quando os saíram da loja, eu estava trancando a porta quando escutei os gritos vindo não de muito longe. Então corri até lá e os caras estavam sendo assaltados. Eu consegui desmaiar os ladrões mas levei isso em troca. – Apontou para seu ferimento. Liam ficou enjoada só de olhar. Então ficou furiosa com Jim. Como ele podia sair se arriscando assim?

– Você é louco? Acha que só porque é forte pode contra uma arma? Você não pode Jim e agora está aí. – Ela apontou para ele com um sorriso amargo. – Ferido! E quem vai ter que dar conta do heroizinho ferido? – ela abriu os braços em um amplo gesto – EU! É claro. E eu tentei te avisar que tudo isso era loucura! Será que você não pode me escutar nem mesmo uma vez, Jim?

O silêncio se instalou no quarto. Finalmente Liam suspirou e foi até a porta saindo do quarto. Quando voltou trazia uma tigela com água quente que colocou sobre o criado-mudo ao lado da cama. Pegou do guarda-roupa uma caixa de madeira e a pousou sobre a cama. Depois empurrou a poltrona com Jim em cima até perto da cama. Tudo sem dizer uma única palavra.

Liam pegou a camisa e o casaco do colo de Jim, o casaco foi jogado em um canto qualquer, mas da blusa ela tirou uma tira significativa da parte que não estava manchada de sangue e a mergulhou na tigela, depois tirou torcendo o pano e passando bruscamente na ferida de Jim, que estremeceu com o toque nada gentil de Liam.

O curativo já estava fechado. Liam se acomoda sentada. Olhos baixos, mãos repousadas entre suas coxas, tinha uma expressão cansada no rosto e Jim pode ver as lágrimas molharem o tecido da roupa de Liam. Seu coração afundou e ele teve vontade de poder ir a um hospital normal, ser tratado e Liam nem iria precisar saber do ocorrido. Mas hospitais eram um risco. Logo quando escaparam da Hornet Liam e Jim concordaram que era melhor se manterem longe de profissionais que trabalhavam com corpo e mente, como médicos e psicólogos, com medo de que percebessem os processos malucos aos quais eles passaram.

Jim se sentou ao lado de Liam na cama e pôs um braço ao seu redor e com a mão livre enxugou suas lágrimas e gentilmente moveu seu rosto de modo que seus olhares se encontraram. Os lacrimejantes olhos dela queimando no olhar castanho dele.

– Desculpa, Li. – Jim murmurou sua voz grave e aveludada num tom gentil e acolhedor. Aquela voz, aquele abraço que fazia o mundo de Liam um lugar melhor.

– Está tudo bem. – Ela enxugou suas bochechas com as costas das mãos. – É só que... – Mas era difícil falar quando os olhos dele a fitavam tão intensamente. – É só que... eu tenho medo de te perder, Jim.

– Eu estou bem aqui. Sempre estarei. – E lentamente seus rostos foram se aproximando até seus lábios se tocarem. Bastou isso e um fogo inflamou-se pelos dois. Eles se amavam, não tinha como negar. Eles se viraram um de frente para o outro. As mãos dele na cintura dela, as mãos dela na nuca dele. Seus corpos ansiavam por esse momento há tempos. Os dois desceram na cama se beijando apaixonadamente.

Então Liam congelou.

Jim se afastou e olhou para uma Liam de olhos arregalados e expressão paralisada, e imediatamente se levantou e sentou na poltrona. Dando o espaço que Liam precisava. Ela vagarosamente se sentou na cama. As sombras deixadas pelo seu tempo na Hornet a assombrando.

– Jim eu... eu sinto muito... – ela murmurou numa voz fraca.

Jim teria a abraçado, mas sabia que isso só pioraria. – Tudo bem, você não precisa se desculpar, não é culpa sua.

Um silêncio desconfortável se instalou. Jim foi quem quebrou.

– Er... Acho que vou indo - disse se levantando e catando seu casaco. – Você precisa descansar e eu também. – Jim se empoleirou no batente da janela. – Boa noite, Liam.

– Boa noite, Jim. – Murmurou e Jim saltou janela abaixo.

Mais tarde Liam estava deitada, mas não conseguia dormir pensando em como sua vida era complicada por causa da Hornet. Em outra vida, ela e Jim se conheceriam na escola, seriam amigos e depois se apaixonariam e seriam felizes. Mas a maldita Hornet teve que os sequestrar. E quando se portavam mal, os castigos eram dolorosos. Liam fora violentada diversas vezes, deixando um trauma que não poderia ser tratado, pois Liam não podia ir a um psicólogo. Sua filofobia parecia pior a cada dia. Liam foi dormir se perguntando se um dia superaria isso e ela poderia finalmente ter um relacionamento com Jim.


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Notas finais do capítulo

E então... gostaram? Se algo ficou mal explicado, relaxe, no decorrer na fic explicarei tudo

deixe reviwes e me faça feliz



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