My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 22
Anotações


Notas iniciais do capítulo

Oie!!! Então esse capítulo já estava pronto desde ontem, até tive vontade de postá-lo mas preferi esperar hoje. Minha opinião sobre o capítulo: escrevi muito até chegar ao ponto que queria.Gostaria de agradecer as leitoras que desde o começo estão comentando e opinando, as suas reviews são sempre maravilhosas e isso me deixa muitooo contente. Quero também agradecer as novas leitoras e dar as Boas vindas formalmente. Outra coisa, quero dizer tbm que amei as recomendações!! Vou fazer da "Notas do Capítulo" um lugar especial para ter um contato com as leitoras. ps: aconselho ler as notas finais desse capítulo.
BOA LEITURA!!!



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Kelsey acordou com o barulho da chuva, estava estranho o ambiente estar tão escuro, pois no relógio marcava sete horas da manhã. Arrumou-se, colocando uma blusa de frio e um cachecol. Prendeu o cabelo em uma trança e a amarrou com uma fita vermelha. Colocou uma bota que ia até o tornozelo e desceu para tomar o café da manhã.

― Filha, coloque uma calça. Está fazendo frio. – sua mãe falou colocando café para ela.

―Mas, esse que é o uniforme da escola. – Kelsey respondeu pegando a xícara.

―Escola? Mas hoje não é sábado? – sua mãe perguntou rindo.

―Sábado – Kelsey murmurou lembrando-se de Ren ter dito que a veria na escola – Preciso ir hoje.

―Tudo bem então, mas coloque uma calça e uma bota maior. – sua mãe pausou para se sentar junto à filha na mesa – Estranho esse tempo, ontem não me lembro de ter visto no jornal que choveria. Joshua, ontem falou no jornal que iria chover?

―Não, querida. Por quê? – o senhor Hayes perguntou abrindo a geladeira e pegando leite.

―Você viu o tempo? Está chovendo. Kelsey se você estiver mesmo disposta a ir seu pai te leva, não quero que ande na rua sozinha com o céu nessa cor.

―Tudo bem – Kelsey respondeu.

Kells fora para o quarto trocar de roupa e pegar o celular para ligar pra Tifany. Queria perguntar se tinha alguma coisa na escola hoje. O tempo não estava ajudando muito no sinal e as nuvens pareciam ter feito uma camada sobre a cidade impedindo que o telefone pegasse rede perfeitamente. Discou, mas na primeira vez Tifany não atendeu e a chamada caiu. Tentou novamente e dessa vez obteve sucesso.

―Alô! – Tifany falou sonolenta.

―Oi Tifany, é a Kelsey. Hoje tem alguma coisa na escola? – perguntou.

―Tem reforço facultativo por quê?

―Por nada. Obrigada. – disse calmamente.

―De nada. E o Ren? – Fany perguntou bocejando.

―Depois te conto. É uma história complicada. – Kelsey se despediu de Tifany e desligou o telefone.

Olhou pela janela e avistou o céu, estava acinzentado e as árvores mexiam levemente por causa do vento. Tudo parecia muito mórbido e triste, não havia pessoas na rua e os pássaros não cantavam. Pegou a mochila colocou dentro dela um par de luvas da cor preta. Desceu para a sala e ficou esperando seu pai se agasalhar. Sentiu o telefone vibrar dentro da bolsa e o pegou para ver quem era que ligava para ela. Era um número desconhecido. Será que Manu trocara de número, pensou. Hesitou em atender, já que as únicas pessoas que tinha o seu número era Tifany, Manu e seus pais.

―Alô .

―Kelsey é o Ren. – ele falou sério.

―Ren, oi. – falou tímida.

― Você está vindo para a escola?

―Sim, estou só esperando meu pai se arrumar.

―Não. – sua voz toou ainda mais séria – Pode deixar que eu te busco.

―Me-me buscar? – Kelsey perguntou não entendendo muito bem como ele faria isso.

―É. Fique ai, já estou chegando. – Ren disse e desligou sem que Kells pudesse falar algo.

Kelsey fechou o celular e colocou novamente na bolsa. Ficou pensando se diria para sua mãe que Ren a daria uma carona. Com certeza seria bombardeada com perguntas sobre quem era o rapaz e sobre quais eram as intenções dele. Pior seria se falasse com seu pai, pois ele é ciumento. O jeito era comunicar somente quando Ren chegasse.

Kelsey ficou sentada no sofá vendo televisão, enquanto esperava tanto o seu pai como Dhiren. Via a luz dos raios e logo em seguida se assustava com os trovões. Lembrou se do calor do corpo de Ren, quando ele a abraçou e depois do toque dele quando enxugou suas lágrimas. Tê-lo abraçado a si naquele momento não seria má ideia. Realmente sentia algo a mais por ele. Sem dúvida, era como se agora necessita-se para poder sorrir.

Após alguns minutos a campanhia tocou, Kelsey se assustou pensando na possibilidade de ser Dhiren. Tentou se levantar rapidamente para ser ela a pessoa a atender, mas quando virou o rosto, sua mãe já estava próxima a porta. Senhora Hayes abriu a porta e junto um sorriso, ao ver que era ao rapaz que a havia cumprimentado.

―Oi, senhora Hayes, a Kelsey está? – ele perguntou educado e abrindo um sorriso para a mulher.

―Sim. – ela respondeu olhando para o sofá e vendo Kells a encarar com a expressão aflita – Filha, o seu colega de classe. Pode entrar – disse abrindo mais a porta para que Ren passasse – O seu nome é?

―Alagam Dhiren. – respondeu indo até Kelsey e sentando no sofá em frente a ela – sua mãe é muito bonita.

―Obrigada – Kells respondeu constrangida, vendo sua mãe analisar os dois da porta da cozinha – Eu já ia falar para ela que eu vou com você...

―Se quiser posso fazer isso.

―Na-não – Kelsey ruborizou e se levantou do sofá de forma rápida – Pode deixar que eu falo, seria muito... Estranho. E eu ainda tenho que conversar com meu pai... E...

―Kells, só vamos para a escola. – Ren sorriu ao ver que a garota parecia nervosa.

―É eu sei, mas... Espera ai! – Kelsey falou e foi até a sua mãe que já estava colocando café em uma xícara para levar para Ren.

Kelsey viu sua mãe colocar o café nas melhores xícaras e na bandeja mais cara. Senhora Hayes pensava que Dhiren fosse namorado de Kelsey e queria atendê-lo bem. Joshua estava descendo as escadas quando se assustou ao ver um rapaz alto, bronzeado e dos olhos azuis sentado na sua poltrona. Não gostou muito da visão que teve, mas tentou chegar de forma amigável para conversar com Ren.

―Mãe, não precisa servir café nós já estamos de saída. – Kelsey sussurrou.

―Aonde vocês vão?

―Na escola, ele veio me buscar... – Kelsey fora interrompida por sua mãe.

―Vocês estão namorando? Filha ele é muito bonito, tem bom gosto em!

―Não – a garota balançou a cabeça em negação – Nós somos a-amigos.

―Sei – senhora Hayes sorriu para a filha de forma desconfiada -, mesmo assim vou servir um café, ele deve estar congelando. Não adianta falar que não, vou fazer isso por educação.

―Tudo bem – Kelsey suspirou e a seguiu até a sala.

O susto que levara quando viu seu pai rindo junto a Ren, fora grande. Os dois estavam rindo, como se algum deles tivesse acabado de contar uma piada. Sua mãe colocou a bandeja na mesinha de centro e entregou uma xícara para Ren, que em um gesto de educação disse obrigado. Logo fez o mesmo com Kelsey e Joshua. O senhor Hayes conversava com Ren sobre investimento e fundo monetários, o rapaz parecia entender mais do que o próprio homem.

―Senhor Hayes, eu vim buscar a Kelsey para ir na escola hoje junto comigo. O senhor deixa?

―Bom... – o pai dela começou a falar tirando o sorriso do rosto e encarando Kells – Se ela quiser tudo bem, mas você sabe dirigir? Lá de fora está começando a nevar e não quero que Kelsey fique resfriada.

―Sim, senhor. Eu tirei carteira o ano passado.

―Kelsey? - sua mãe perguntou esperando a filha dizer sim.

―Cla-claro. – a garota respondeu e se levantou indo em direção a porta.

Sua mãe se despedira de Ren falando o tanto que ele era bonito e educado, a pai dela somente apertara a mão dele com a expressão “juízo” explicita nos olhos. Do lado de fora da casa estava começando a se formar uma fina camada de neve. Quando Kelsey viu o carro de Ren, não soube se realmente estava acordada ou dormindo, Ren dirigia um Lykan preto.

―Nossa, os seus pais devem ser muito ricos – a senhora Hayes comentou e recebeu um olhar frio da filha por ter sido indiscreta.

―Eram sim – Dhiren falou e abriu a porta para a garota.

Kelsey entrou no banco do acompanhante com o rosto vermelho. Seu pai a encarava da mesma forma de quando era criança e fazia algo errado, aquilo era extremamente vergonhoso. Ren dera partida no carro e abriu os vidros.

―Posso ir? – ele perguntou a ela com um sorriso e Kells assentiu.

Seguiram de forma lenta por causa do asfalto que parecia estar começando a ficar coberto pela neve. No começo não sabiam o que dizer um paro o outro até que Ren começara a conversa.

―O Sr. Kadam quer lhe mostrar alguns documentos e escrituras antigas. Nilima vai te ajudar nisso. Mas, antes de seguirmos para a escola, preciso passar em casa para pegar algumas anotações que fiz desde criança.

―Você fazia anotações? – ela perguntou depois de pensar no que poder dizer.

―Sim. Era a forma que eu tinha de saber o que deveria fazer quando Durga tentava se comunicar.

―Dur-Durga? – Kelsey estava nesse momento raciocinando sobre isso, ele estava realmente falando da deusa Durga, aquela que tinha vários braços, mas isso era tão surreal de acontecer, pensou.

―Sim, Kells. Você parece um pouco assustada com tudo isso e não te culpo, deve estar sendo difícil de aceitar que coisas sobrenaturais existam tão próximo de você.

Os dois seguiram para a mansão de Dhiren. O portão se abrira quando Ren estacionara o carro em frente à casa. Ele saiu do automóvel e depois abriu a porta de Kelsey para que ela pudesse sair. A ajudou a andar até a calçada, pois a esse momento o asfalto estava realmente escorregadio.

―Obrigada, - disse quando chegou perto ao portão - mas preferia esperar aqui de fora.

―Não mesmo – ele falou pegando na mão dela e a puxando para dentro – Você vai congelar, vamos lá dentro as chances de você ficar quente são maiores.

Passaram pela passarela que ligava à grande porta de madeira, as flores estavam aparada e a água da piscina não estava presente, dando para ver as imagens que o seu piso formava com nitidez. O jardim estava coberto por flocos brancos e os pés de coco aos poucos se tornavam a ficar na mesma cor.

A porta fora aberta por uma chave que estava no bolso da blusa de frio de Ren, assim que ela se abriu ele acendera a luz e o aquecedor. Não havia ninguém em casa, nem mesmo empregados. Tudo parecia estar igualzinho a última vez que Kelsey estivera ali. Exceto por um grande número de livros espalhados em cima do sofá que vira logo depois de analisar o ambiente.

―Vou ao meu quarto pegar o que preciso se quiser pode vir. –falou subindo as escadas de mármore.

Kelsey não sabia o que fazer, se ficava parada ali olhando para as coisas ou o seguiria até o andar de cima. Depois de pensar, escolheu a opção que ficaria sentada no sofá esperando Ren. Imaginou como o ajudaria e se era mesmo a pessoa que poderia fazer isso ou simplesmente acontecera um engano.

Após alguns minutos, Kells começou a ficar impaciente. Decidiu então que iria subir, procurar o quarto de Ren e ajudá-lo, pois parecia que ele não tinha achado as anotações. Levantou do sofá e começou a subir as escadas, da sala não parecia que o segundo andar ficava a uma altura grande do térreo, mas quando Kelsey terminou de subir e olhara para baixo viu que uma queda ali mataria. No andar de cima havia várias portas da mesma madeira que a da entrada. As paredes eram do mesmo tom pastel que a parte de baixo e continha quadros com réplicas de artistas famosos como Leonardo da Vince e Portinari.

Kells abriu a primeira porta, não tinha ninguém lá dentro, somente várias estantes de livros. Fez a mesma coisa em outras portas, vira vários quartos e vários cômodos que tinham apenas livros ou eletrônicos. Quando chegara à última porta já estava exausta, não entendia o porquê de tantos quartos se ali morava apenas três pessoas.

Kelsey abriu a última porta, no começo pensara que Dhiren não estava também lá e que possivelmente já tinha descido. Entretanto, escutou um barulho de coisas caindo e entrou no quarto para ver se realmente era ele. Atrás da cama, localizava se Ren. Ele parecia estar mexendo em alguma caixa. Kelsey sentiu um sentimento de instinto e quis correr no momento que o viu, entretanto se conteve. O tigre branco se encontrava ali, quando o animal percebera a presença dela a encarou com os olhos azuis por um longo tempo.

Kelsey recuara dois passos e esbarrou em uma mesinha que tinha vários livros em cima, fazendo os cair no chão. Ren a olhava com a expressão assusta e preocupada, por pensar que talvez ela tivesse se machucado.

― Desculpa, ter subido sem avisar – ela murmurou se agachando para pegar os livros.

No momento que se abaixou escutou um barulho, como se alguém tivesse pisando em um colchão e quando olhou para ver o que era deu de cara com o tigre ao seu lado. Ren abocanhara um objeto e colocou na mão dela.

Era um caderno com capa aveludada, Kelsey olhou para aquilo e abriu para ver o que era. Dentro havia várias folhas escritas com tinta preta em uma língua que não conhecia.

―São suas anotações? – perguntou calmamente para o tigre branco e recebera um olhar terno em resposta – Acho que podemos ir agora.

Kelsey terminou a frase e se levantou. Percebera que Ren em forma de tigre parecia ser calmo e apresentava ter os mesmos sentimentos humanos. Aquilo a deixou confortável, pois não era normal ter um tigre a poucos metros de distância a ponto de poder tocá-lo. Saiu do quarto acompanhada pelo tigre e descera as escadas. Olhou para a porta e quando desviara o olhar para o felino lá estava Dhiren, vestido com trajes brancos.


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Notas finais do capítulo

Então, gostou do capítulo? Até semana passada eu pensei em postar somente nas quintas feiras, mas acredito que não daria muito certo, pois eu não tenho certeza se meus horários de estudo continuaram iguais ao do primeiro semestre.Então, decidi que sempre nas Notas Finais postarei quando sairá o próximo capítulo, acho que fica mais organizado assim e vocês não ficam com raiva de mim por entrar e não ter novidades. O próximo capítulo postarei terça feira (20/08), depois das 18 horas :)



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