Doce Problema escrita por Camila J Pereira


Capítulo 39
Resgatando a Cigana


Notas iniciais do capítulo

Serei boazinha com vocês agora.
Boa leitura.



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Bella

Posso garantir que esse foi o mês mais longo da minha vida. Mantinha-me com força e determinação. Ocupada, ocupada, ocupada. Durante o dia, trabalhava como voluntária no abrigo de mulheres, cuidando das crianças enquanto elas procuravam emprego. À noite, frequentava os cursos de ioga, história da arte, paisagismo, defesa pessoal. Todas as noites, com exceção das de sábado e domingos, eram preenchidas com aulas.

Parecia que todos os professores escolhiam as noites dos fins de semana para viverem suas próprias vidas. Como podiam?!

Assim, aproveitava essas ocasiões para arrumar o apartamento minúsculo. Além da limpeza, o imóvel exigia reparos que me ajudavam a continuar ocupada.

Eu mesma não entendia o por quê decidi alugar um apartamento, mesmo sendo uma kitchenette. Poderia continuar hospedada no hotel, alugar um carro e passear no litoral. Poderia ter feito qualquer coisa e isso para qualquer lugar que me agradasse. Porém, não fiz nada disso.

Por mais ocupada que me mantivesse, por dentro só havia dor e vazio. Ser sozinha antes de Edward, era uma coisa. Ser sozinha depois de Edward, era outra bem diferente.

Tentei me concentrar nos afazeres. Decidi ocupar essa noite de sábado colocando a cortina no banheiro. Não tinha chave de fenda, mas talvez, com um pouco de imaginação conseguisse resolver a questão. Estava pensando em usar a faca de manteiga, quando alguém tocou a campainha.

Estranhei. Não conhecia ninguém íntimo em Nova York, mesmo Lauren não sabia onde eu morava. Sabia como a cidade poderia ser perigosa para uma mulher sozinha. Por medida de precaução, peguei a faca de manteiga antes de atender e já estava pensando em usar os contra-ataques que aprendi na defesa pessoal.

Com a corrente presa no batente, entreabri a porta. A luz do corredor estava queimada, de modo que ficou difícil enxergar. Mas a cor da jaqueta, o brilho da fivela do cinto...e o par de olhos verdes mais brilhantes que eu já vi...Edward estava lindo debaixo daquela blusa quadriculada justa em seu corpo, o jeans surrado, o sapato de couro e os cabelos completamente bagunçados.

– Olá, Problema. Posso entrar?

Gladiador! Pisquei algumas vezes para ter certeza de que não estava tento um tipo de alucinação. Demorou um pouco para que eu reagisse.

Com dedos trêmulos, soltei a corrente e escancarei a porta. Edward entrou e encheu o apartamento com sua presença. Não entendia o que estava vendo na minha frente. Via Edward e toda a sua imponência, mas não entendia como e por que.

– Tudo bem, Problema? Há quanto tempo, hein? - Ele falava como a primeira vez, os olhos mantinham um ar divertido e simpático. Era como se nada tivesse acontecido, como se não houvesse transpassado um mês entre os acontecimentos. Eu o encarava aturdida.

– Você...como...O que está fazendo aqui? - Enfim perguntei.

Edward apenas sorriu torto, fazendo meu coração acelerar. Olhava ao redor. Vi quando ele analisou a minha cozinha minúscula no canto, meu armário com torradeira, cafeteira e alguns potes. Tudo novo. A cama pequena encostada na parede, coberta com um edredom azul. Uma mesa de café e o sofá de couro. Depois o seu olhar avaliador parou em mim, na minha mão que segurava a faca. Ele ergueu a sobrancelha.

– Por que essa faca?

– Estava pendurando a cortina do boxe.

– Ah... - Seu olhar desceu para o meu corpo e eu desejei estar vestindo algo melhor. Estava com um macacão velho e surrado e por baixo uma blusa rosa.

– Como me encontrou? - Tentei direcionar a atenção dele para outra coisa e realmente estava interessada na resposta que daria.

– Emmet me informou que você estava em Nova York. Eu fiz o resto, sabe que conheço muitas pessoas e sou um xerife de credibilidade. Senti sua falta...

Aquilo me desarmou. Tanta franqueza nessa situação era algo inesperado. Abri a boca para falar, mas não saiu nada.

– O gato comeu sua língua? - Edward me fitava com inocência. - Essa não é a irreverente Bella Swan que conheço e amo.

Amor? De novo isso? Só a palavra era perigosa demais para que eu perdesse a fala. Ele falava com tanta tranquilidade e simplicidade que pensei mesmo estar sonhando.

– Não deve ter sido fácil me achar. Esta cidade é muito grande. Você imagina quantas pessoas vivem aqui? Em geral...

– Quieta. - Ordenou, pousando um dedo nos meus lábios, como naquele dia. - Sentiu saudade de mim? - Perguntou docemente.

Eu pisquei, a visão meio nublada. Por essa eu não esperava. Recuei, afastando-me do magnetismo desse homem. Era muito para eu encarar de uma só vez. Depois de quatro semanas sem nada, a não ser a fotografia dele na American Cowboy que trouxe escondido da casa dele, lá estava. Ao vivo e em cores.

– Senti. - Falei sem querer.

– Então, por que está fugindo de mim? Não seria maravilhoso você se atirar em meus braços e cobrir meu rosto de beijos? Não seria?

– Edward...

Ele suspirou profundamente.

– Eu tenho que fazer tudo!

Dois passos e Edward me tomou em seus braços. Desejei tanto isso durante este mês que eu não pude me afastar. Então, fiz a única coisa sensata: agarrei-me na sua jaqueta. Ele não me deu tempo de reforçar as minhas defesas. Estava estarrecida e chocada demais para não corresponder. As minhas pernas estavam trêmulas ameaçando dobrar. Quase sem fôlego gemi entregando-me as sensações despertadas em minhas partes mais secretas. Lembrei-me dos momentos vividos na campina, a nossa primeira vez.

– Bella, você é a garota mais doce, mais adorável... - Ele beijou a ponta do meu nariz. - ...mais encantadora... - Edward beijou a minha testa. - senti sua falta... - Beijou-me novamente nos lábios. - te quero, te amo...

– Não. Não podemos fazer isso. Não vai resolver nada. Nada mudou, Edward. Eu não posso...Você não...Eu jamais... - Não conseguia falar, estava abalada e ele continuava a me beijar.

– Que tal sairmos para jantar? - Edward se afastou para perguntar olhando para mim como se eu não tivesse dito nada.

– O quê?! - Ele não entendia nunca?

– Estou faminto. - Ele sentou no sofá, muito sossegado. Como se fosse um velho amigo que retornava para uma visita frequente. - Vou dar uma olhada na American Cowboy que sumiu da minha casa, enquanto você troca de roupa. A não ser que queira sair assim. - Ele sorriu torto.

– Não... - Balbuciei aturdida.

– Foi o que imaginei. Eu espero. - Ele abriu a revista e começou a folear. Aquele parecia o fim da conversa.

Não entendi o que se passava comigo. Ou eu não queria um confronto com Edward, ou estava entorpecida pela surpresa. Sinceramente eu não sabia.

Ainda segurando a faca, fui até o armário embutido perto da cama e peguei algumas peças de roupa e me entrei no banheiro. Não adiantaria protestar, o Gladiador não aceitaria um “não” como resposta.

Tomei um banho rápido e vesti o vestido preto que tinha comprado com Rosie e Alice. Deixei os cabelos soltos e por fim peguei a jaqueta e uma bolsa. Edward me fitou longamente antes de levantar do sofá e abandonar a revista. Com um sorriso torto ele me guiou até a porta e saimos.

Jantamos num restaurante italiano não muito longe do prédio. Depois da refeição, caminhamos devagar pelos poucos quarteirões de volta ao apartamento.

Tentava disfarçar o pânico, não tinha a menor ideia do motivo da vinda de Edward, o que ele queria ou onde iria passar a noite. Ele não dissera nada a respeito, só falou do pessoal de Hope Falls e mais nada.

Não sabia o que fazer com a minha sensibilidade aguçada. No restaurante, Edward não parava de me olhar e eu me senti muito excitada. Luxúria em milésimo grau. Não sabia o que fazer essa vontade tão intensa de fazer amor com ele. Paixão não resolveria nada, decidi. Afinal, foi por causa dela que eu estava nessa enrascada. Mas isso não impedia de meu coração bater mais forte. Sim, senti falta dos carinhos dele...luxúria de novo.

Quando chegamos ao meu apartamento, acendi a luz, tentando quebrar a penumbra leve e romântica da sala. Olhando para Edward descobri que cometi um erro. A claridade ressaltava as feições dele, iluminando-lhe o sorriso e as mechas acobreadas dos seus cabelos. Tão próximo e em pessoa, ele era muito mais carismático do que o rapaz que ilustrava a capa da American Cowboy.

Nosso olhares se encontraram e por um longo momento nenhum dos dois falou nada. Ele parecia me admirar e eu estava ficando perturbada com isso.

– Você fez isso a noite inteira, Edward. Por favor, pare, sim? - Pedi constrangida.

– O que eu fiz?

– Olhou para mim.

– Eu lhe disse, Bella. Senti sua falta. Importa-se de se sentar por um minuto? - Ele pediu doce, pegou-me pelo braço e me levou até o sofá. - Há muitas coisas que eu gostaria de fazer hoje...agora...mas em vez disso, vamos conversar.

– Do que se trata? - Edward deu de ombros.

– Por que alugou este apartamento? Achei que você fosse cigana. - Falo divertido, mas com uma curiosidade estampada.

– E sou mesmo, mas até mesmo os ciganos precisam parar suas carroças num circulo ao redor da fogueira vez ou outra. - Ele achou graça e o seu sorriso iluminou suas pupilas.

– Isso é bom. Há algumas desvantagens em ser cigano. Se a pessoa nunca fincar suas raízes será sempre escrava do vento. E acabará tornando-se muito solitária.

– Nós ciganos somos muito corajosos, muito independentes. - Levantei decidida a não continuar essa conversa. - Quer café?

Edward me levou de volta para o sofá. A saia subiu até a metade das minhas coxas e vi quando ele pareceu hipnotizado olhando para minhas pernas, eu me senti nua e quente. Depois ele voltou novamente a olhar para meus olhos.

– Não, amor. Nada de café. Chega de evasivas, chega de fugas. Esta noite você vai fazer alguma coisa nova e excitante. Vai ser normal. - Como?!

– Você está insinuando... - Comecei a explodir.

– Esta noite. - Edward me encarou com sua severidade incontestável de xerife. - Usará o direito de permanecer em silêncio enquanto eu falo. Portanto, fique quietinha e apenas ouça-me. - Ele pareceu ficar nervoso de repente e respirou fundo e começou a caminhar pela sala minúscula enquanto eu ficava sentada olhando para ele em suspense. Edward de repente parou a minha frente me olhando. - Em primeiro lugar, eu a perdoo. - Franzi o cenho sem saber do que ele falava.

– Pelo quê?

– Por ter me deixado. Por duvidar de nós. Por insistir em continuar sozinha sem necessidade. Pelo seu medo. Por me deixar louco. Por me humilhar na frente de todos os passageiros do ônibus. Por desistir. - Ele falou e depois liberou muito ar pela boca enquanto eu prendi a minha respiração.

– Eu lhe disse...

– Sei bem o que você me disse. Agora, eu vou lhe dizer uma coisa. - Ele parou novamente e me olhou intensamente e ajoelhou-se a minha frente. Edward tirou alguma coisa do bolso da jaqueta, uma caixinha de veludo. Eu estremeci. Ele não faria isso... Qualquer pessoa seria capaz de imaginar o que abrigava uma caixa como aquela. Um anel de noivado!!! Arregalei os olhos e fiquei hirte no sofá.

Meu coração parou de bater, eu não conseguia senti-lo, sim, eu já estava morta! As palmas das minhas mãos começaram a suar, então não poderia estar tão morta assim. Tratava-se de uma reação em cadeia. De repente era a estação de caça e o animal estava acuado e o animal era eu.

– Edward... Você não se atreveria... - Ameacei, mas minha voz saiu trêmula, rouca e baixa.

Ele ficou me olhando com um semblante angelical, nos olhos verdes um cintilar maroto. Eu vou matá-lo!

– Eu te amo, Isabella Marie Swan. - Me remexi no sofá. - Sim, é isso mesmo. Amo você. Poderia me dar a honra de... - Deus! Estava prestes a sair correndo desesperada porta a fora.

– Edward! Você não...

– Fique calada e deixe-me terminar, sim? - Ele falou severo.

– Não! De jeito nenhum! Não tem ideia do que...

Ele tapou a minha boca com a mão livre.

– Terei sempre que agir assim com você? Gostaria muito de ser delicado, mas você não permite, meu anjo. - Ele respirou fundo novamente. Meu pânico só aumentava. - Bella, meu anjo, meu sonho, minha linda, meu bem... Por favor, por favor... - Eu esperei de olhos arregalados, paralisada do nariz para baixo. -... Não se case comigo! - Edward completou docemente. - Eu pisquei incrédula.

– O quê? - Falei depois que ele tirou a mão da minha boca.

– Eu disse: por favor, não se case comigo.

– Você não quer que eu me case com você? Eu ouvi direito? Pediu para eu não me casar com você? - Acho que fiquei louca.

– Isso mesmo. - E ele ficou esperando paciente pela resposta, enquanto eu achava que ele estava louco. - E então? - Já deveria ter imaginado que ele não era muito normal no dia em que o conheci.

– Não é possível. Um de nós enlouqueceu. Talvez os dois. Você veio de Hope Falls até Nova York só para pedir para que eu não me case com você?

– Parece que está tendo alguma dificuldade para entender o meu ponto de vista, Bella. Se você não se casar comigo, não se sentirá ameaçada. Terá tempo para se acostumar com a ideia de ter-me por perto. Quando tiver urgência de mudar de lugar, mudarei com você. Aonde quer que vá, o que quer que faça...quero estar junto. Você e eu, livre como pássaros. Teremos todo o tempo do mundo para chegar a qualquer canto da terra. O que acha?

– O que eu acho?! - Maneei a cabeça, tentando me livrar da névoa que envolvia meu cérebro. - Não sei o que pensar. - Estava tonta com o que ele acabou de me propor. - Se você não quer casar comigo, o que tem dentro dessa caixa?

– Eu não disse que não queria me casar com você. Minha intenção sempre foi a de torná-la a minha mulher, desde que a conheci. Só quero garantir que a minha noiva não terá um ataque de nervos no dia do casamento. Isso poderá demorar um pouco. Enquanto isso...

Edward abriu o estojinho e exibiu-o com uma reverência para mim. Eu olhei para a chave prateada aninhada no veludo azul. De forma alguma era um anel de noivado.

– Que chave é essa?

– A chave da sua Harley. Você a deixou, junto com a moto e comigo em Hope Falls. Trouxe a chave, a moto e a mim... Para você. Enquanto o inverno não chegar, poderemos correr para todo o lado de moto. Depois, poderemos trocar por um carro. Se você quiser, claro. Tudo dependerá de sua aprovação.

– Não acredito... Não sei o que dizer. - Parecia irreal tudo aquilo. Era loucura, muita loucura. Para mim e para ele.

– Aí é que está a beleza do esquema, doçura. Não precisará fazer nada de diferente. Só terá que me levar com você. Meus antigos colegas de rodeio costumavam dizer que era bem divertido quando estávamos na estrada.

– Aposto que era mesmo. Edward... Você está esquecendo de Rosie, os gêmeos e Elizabeth e de seu emprego...

– Bem, essa é outra novidade. No momento, estou desempregado. Pedi demissão. Meu auxiliar ocupará o cargo até a eleição do novo xerife e está adorando, diga-se de passagem. É provável que Rosie acabe indo para Los Angeles com Gilbert. Se não for, ela está bem crescidinha para cuidar de tudo sozinha. Minha irmã amadureceu muito enquanto eu estive ocupado superprotegendo-a. Posso sentar ao seu lado?

Assenti tentando registrar tudo o que acabei de escutar. Desempregado... Rosie e Emmet em Los Angeles... Eu passei um mês tentado encontrar um jeito de viver sem ele. Resignei-me ante a perspectiva de passar o resto dos meus dias sozinha, uma mulher solitária que sabia muito bem o que estava faltando em sua vida. Era difícil resistir a Edward, impossível, na realidade. Ele inclinou-se e segurou meu queixo. Nossos olhos novamente se encontraram.

– Querida? Não diz nada? Vou tentar mais uma vez: por favor, não se case comigo, ok?

– E a sua futura casa na montanha? - Perguntei já chorando. As lágrimas escorriam pelo meu rosto e caiam nas mãos de Edward. - Não deve desistir de seu sonho. Você ama aquele lugar, Edward. Quer envelhecer lá. Foi o que me disse.

– E iremos, Bella. Juntos. Mas a beleza dessa casa é que ela está no futuro. Quando estivermos prontos, construiremos nosso lar em Old's Canyon. Enquanto isso, não quero mais perder um só minuto sem você.

Eu olhei perplexa e de repente cheia de esperanças, meu peito palpitava e meus lábios tremiam.

– É muito assustador, precisar de você... Sou sozinha há tantos anos...

– Sei bem como é. Entendo o quanto é apavorante. Não estou pedindo nada além da chance de esta ao seu lado. O resto virá. Teremos todo o tempo do mundo, meu anjo.

Eu olhei para a caixa ainda na nas suas mãos e sorri nervosa.

– Só você mesmo faria uma coisa dessas, xerife.

– Só você para fazer-me tomar uma decisão semelhante. Você é uma guerreira ao seu modo. É a minha leoa.

– Sou? Só lhe causei problemas, não? - Ri de tudo o que aconteceu em curto espaço de tempo. - Edward, tem certeza de que sabe o que fez? Está desistindo de muitas coisas...

– Não, não estou desistindo de nada. Estou ganhando tudo. Não quero acorrentar a sua alma, Bella Swan. Só pretendo segurar a sua mão enquanto procuramos nosso lugar no planeta. Quero levá-la até Albuquerque e mostra-lhe crepúsculos que você só viu em sonhos. Faremos anjos de neve em Aspen no Natal. Riremos, nos amaremos e viveremos sem arrependimentos e sem oportunidades perdidas. E se você precisar de mim... Prometo, estarei sempre ao alcance de sua mão. Sempre.

Como não chorar com tantas palavras bonitas? Sorri e chorei ao mesmo tempo, as lágrimas pingavam em meu queixo e Edward soube da resposta, pois seus olhos também brilharam com lágrimas e ele deu um sorriso encantador.

– Ficarei muito feliz não me casando com você, Edward Masen Cullen. E segurarei sua mão para onde quer que resolvamos ir. E algum dia... Algum dia, adoraria ajudá-lo a construir seu rancho na montanha acima de Hope Falls. Sou muito habilidosa, você sabe. Faço qualquer coisa com uma faca de manteiga.

Edward suspirou fundo e sorriu.

– Sem hesitação?

– Nenhuma. - Respondi convicta.

Não sentia nenhuma hesitação no momento. Por muitos anos convivi com pesares de uma criança. Com ajuda de Edward descobri em meu íntimo a força de uma mulher. Nada tinha a temer com ele. Tudo o que eu sentia era felicidade, paz, euforia pelo que viria em seguir e um formigamento no meu baixo ventre, efeito Edward Cullen. Sorriamos felizes um para o outro admirando-nos e algo mudo em nosso olhar, tornou-se intenso e íntimo.

– Há uma coisa de que devemos cuidar agora mesmo, garota. Este apartamento... Precisa de muitos reparos. - Meu sorriso se desfez, pensei que ele também estivesse faminto como eu. - Eu também preciso. Uma coisa de cada vez. Você sabe fazer isso como ninguém. Aliás, temos que começar por algum lugar, não? - Ele sorriu sexy para mim. E então me deu um beijo faminto, ansioso, voraz e muitíssimo doce – Agora! Penso que começaremos agora, minha adorada...

Nossas roupas foram arrancadas do corpo mais rápido do que poderíamos fazer. Nossas mãos eram ávidas, loucas para sentirem um ao outro. Montei em Edward, estávamos completamente nus. Era como se tivéssemos perdido a razão. Senti o seu membro penetrar-me, ele mordeu o lóbulo da minha orelha e eu arranhei suas costas. Não havia tempo para doçura, tínhamos perdido muito tempo, um mês atrasados.

No fim, acabamos abraçados, respiração acelerada, corpos grudados pelo suor. Não dissemos nada, só curtíamos aquele momento, e um ao outro. Devagar ele libertou-me do abraço e retirou os cabelos do meu rosto, em seguida levantou-se me levando em seu colo. Enlacei o seu corpo com minhas pernas e entramos no banheiro.

Ele entrou no boxe ignorando a cortina jogada e ligou o chuveiro. A água levava o nosso suor. Edward acariciava os meus cabelos que estavam encharcados com delicadeza. Ele afastou as minhas pernas do seu corpo e eu deslizei sentindo-o másculo e viril. Suas carícias passaram para meu rosto, ele nunca desviava os olhos dos meus. Suas mãos passaram para meus ombros e pescoço, devagar ele acariciou as minhas costas descendo até minhas nádegas, ele fechou os olhos e gemeu, senti seu órgão ganhar vida.

Edward abriu os olhos e levantou as mãos para acariciar os meus seios, soltando outro gemido, ele se demorou mais ali do que em outro lugar. Tudo aquilo estava me deixando novamente acessa, completamente. Seus dedos desceram pela minha barriga e ele tocou o meu piercing e sorriu, não pude deixar de retribuir. E então seus dedos tatearam a minha intimidade, vi seus olhos brilharem mais ainda e nesse momento foi eu que gemi.

Edward encostou-me na parede, senti um arrepio com o contato das minhas costas com os azulejos frios. Ele abaixou-se em minha frente e colocou a minha perna esquerda em seu ombro, deixando-me disponível para ele. Edward não teve piedade, ele sugou-me com desespero, senti a sua língua trabalhar intensamente, fazendo-me soltar gritinhos de desejo. Do jeito que ele fazia, Edward fez com que eu chegasse ao clímax rapidamente.

Edward carregou-me novamente e levou-me para o quarto. Foi bom ele ter feito isso, porque eu não senti as minhas pernas. Ele jogou-me na cama e se posicionou entre as minhas pernas. Ao mesmo tempo em que ele me beijava ele me penetrou.

Fizemos mais devagar dessa vez, nos sentindo, nos tocando. Quando sentíamos que estávamos perto, diminuíamos ainda mais o ritmo e assim, levamos um tempo bastante considerável até chegarmos ao orgasmo. Em consequência, fique exausta e dormir sem seus braços.


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