Doce Problema escrita por Camila J Pereira


Capítulo 38
Desânimo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397421/chapter/38

Edward

Eu estava arrasado, por opção, eu sabia. Tinha que ter insistido com ela para ir junto, mas não o fiz sem poder deixar para trás a minha família. De qualquer forma, não sabia se mesmo insistindo ela iria me querer por perto. O meu humor piorara muito e isso era perceptível até para mim. Rosie, Elizabeth, os gêmeos, Alice e Jasper não estavam me suportando, nem eu mesmo estava. Então decidi me reclusar em meu trabalho ou então dentro de casa. Muitas noites passei na varanda, com uma taça de vinho nas mãos lembrando-me daquela noite mágica.

No primeiro fim de semana sem ela, estava na varanda, era noite quando vi o carro de Jasper parar a minha frente. Ele desceu e caminhou na minha direção. Não estava com a fisionomia tranquila como costumava ser, parecia preocupado. Sentou ao meu lado sem dizer nada e permaneceu assim por alguns minutos. Beberiquei o vinho sentindo o calor me invadir.

– O que pretende fazer, Edward?

– Sobre o quê se refere? - Perguntei sem olhar para ele.

– Sobre esta situação. Sobre Bella, sobre você.

– Acredito que não tenha nada para ser feito.

– Como não? Ela foi embora! - De repente fiquei impaciente.

– Acha que eu não sei disso? Mal posso ficar dentro da minha própria casa. Está mais frio lá dentro do que aqui fora, Jasper!

– Imagino que esteja mesmo. - Ele falou condescendente. - Por isso, meu amigo, eu te pergunto: Pretende continuar assim? É a primeira semana que está sem ela e já parece um fantasma. Nos dois primeiros dias estava parecendo um animal selvagem, agora parece um zumbi.

– Deixe-me em paz. - Murmurei.

– Faça alguma coisa, Edward!

– Droga! O que quer que eu faça? Garanto que muito já fiz! Eu fui atrás dela naquele ônibus maldito e ela me desprezou! Não sei o que eu vi naquela garota!

– Ela é maravilhosa, Edward. É forte, decidida, e pode ser muito carinhosa, não é? Ela é a sua garota, meu amigo. Você soube disso quando olhou para ela, não foi? A sensação de estar enfim completo. Bella veio com alguns defeitos de fabrica, mas ainda assim é a sua garota e desculpe falar isso, mas nenhum dos dois irão viver completamente felizes e em paz separados.

Fiquei olhando para a rua a minha frente, a respiração ofegante, os olhos vidrados. Não, não conseguiria nunca mais viver em paz e ser feliz sem ela ao meu lado. Estava perdido.

Tinha me entregado de corpo e alma para ela como nunca fiz. Tudo o que vivemos era novo para mim. Mas ela tinha decidido ir, eu implorei, mas ela quis me deixar. Eu tinha feito papel de tolo na frente dela e de muitas outras pessoas. Recebi um baita ponta pé na bunda, humilhante. Bella tinha me rebaixado completamente de papel de homem para um rato.

Depois de alguns dias constatei que estava mesmo no fundo do poço. Até Mike e Jéssica eu comecei a invejar. O Newton estava extremamente feliz ao lado do seu amor de infância e ele sabia que eu estava arrasado pela partida de Bella. Quando nos víamos o sorrizinho cínico dele me irritava, imaginei várias vezes dando um belo soco na cara dele, mas nada foi pior do que encontrar com James.

Eu estava no Mocha, sentado em uma mesa sozinho. Tinha passado lá depois do trabalho. Ele entrou e cumprimentou a todos, quando me viu foi em minha direção e eu sabia que nada de bom viria.

– Olá, Xerife. - Ele falou a minha frente.

– Como vai James?

– Muito bem, muito bem. - Ele sorriu e aquilo fez meu sangue ferver.

– Isso é ótimo. - Falei tentando me controlar.

– E...Bella? Soube que ela saiu da cidade. Deu notícias? - Seu olhar era de uma malícia extrema e eu se pudesse exterminava-o.

– Isso não é da sua conta. - Falei pausadamente. Ele gargalhou.

– Desculpe xerife, não quis te irritar. Só diga-me, ela anunciou a sua partida ou foi embora sem dizer nada? Eu bem que te avisei. - Eu levantei lentamente e senti que todos olhavam para nós dois. Era óbvio que ele queria que o xerife saísse do prumo, isso seria ótimo para ele.

– Ainda não sei como isso poderia ser da sua conta, James.

– E não é. Mas me desculpe mais uma vez, eu não queria mesmo te irritar.

– Não me irritou. Precisa de muito para chegar a isso. - Ele fez um sinal para mim com a cabeça e saiu em direção ao balcão. Deixei o dinheiro na mesa e sai. Foi um alívio senti o vento puro no meu rosto, refrescando-me e permitindo que eu me acalmasse. Aquele patife! Merecia umas surras. Mais um dia... Quem sabe...

Os dias foram passando e tudo foi piorando, o meu humor principalmente. Sentia-me inquieto e sempre indisposto. Era como se eu tivesse carregando um peso enorme nos ombros. Estava ficando insuportável. Sempre tentava imaginar onde aquela desmiolada estava, temendo pela sua saúde e bem estar. Se ela tivesse ficado eu teria cuidado dela, amado-a. Mas a distância não impedia que eu a amasse, muito. E me sentia morrer a cada segundo longe dela.

Ela tinha que ser tão cabeça dura? Tinha que ser tão arisca? Eu ofereci tudo a ela, tudo. A minha vida, minha devoção e sobre tudo o meu amor. Mas não era o suficiente para ela. Ela era covarde e insegura demais para aceitar qualquer coisa. Não brigaria por isso como Jacob fez, se ela não queria aceitar o meu amor, eu não obrigaria e nem pensaria mais nisso, nem ao menos nela.

Mais uma semana chegou e o meu humor estava péssimo. Noite de sábado, o terceiro desde que Bella deixou a cidade. Eu descobri que detestava as noites de sábado, eram longas e solitárias. Tanto que num ato de desatino resolvi ir até a casa de Rosie, talvez os terríveis gêmeos me distraíssem, contanto que não fiquem mais perguntando pela Tia Bella como sempre faziam.

Não queria admitir, mas no fundo sabia que eu tinha renunciado à felicidade com Bella em nome da responsabilidade familiar. E o fato de ter assumido por vontade própria só contribuía para aumentar meus conflitos. Mas eu tinha dito que não pensaria mais nessas coisas, droga! Mas era impossível.

Eu tentei tomar o lugar do meu pai, cuidando de Elizabeth, Rosie e meus sobrinhos, como eles mereciam. Até Bella chagar, nunca me perguntei o que eu merecia. Vivi ocupado demais tentando remediar os erros do passado e parecia tarde demais para pensar em mim.

Estacionei o carro na frente da casa de Rosie que parecia quieta demais. Eu nunca batia na porta da casa dela quando ia visitá-la e era assim com ela também. Então não me preocupei de fazer isso, mas assim que girei a maçaneta, dei-me conta de que deveria ter anunciado a minha chegada. Desse modo, teria evitado a surpresa de encontrar a minha irmã aconchegada no sofá com Emmet Gilbert. Beijando-o!

Nenhum irmão gostaria de ver a irmã enroscada num abraço apaixonado. Eu tapei os olhos com a mão, resmunguei um impropério e tornei a fechar a porta. Depois comecei a contar em minha cabeça até dez e tornei a abri os olhos. Gilbert estava de pé, um tanto corado, mas parecia muito feliz. No sofá, Rosie exibia um sorriso enlevado.

– O que faz aqui Gilbert? Não deveria estar em Los Angeles? Estou ficando louco ou eu vi mesmo você abraçado a minha irmã? - Emmet pigarreou e Rosie riu descarada. Lancei para ela uma olhar reprovador e ela bufou.

– Prazer em vê-lo também, Edward. E sim, estávamos abraçados. Sinto muito. - Em seguida ele se corrigiu parecendo confuso. - Não, não sinto não. - Rosie riu ainda mais.

Eu percebi que ele perdera a gravata, notei também uma mancha na camisa branca, algo parecido com geléia de uva. Encarei a minha irmã.

– Quer me explicar isso? - Falei com raiva.

Rosie refletiu por alguns segundos e depois disse:

– Não. Não quero.

Eu cerrei os dentes tamanho o meu mau-humor. A situação exasperava o meu humor péssimo. A última vez que vi Emmet Gilbert foi quando Bella se foi. Decidimos juntos que a moto dela ficaria guardada em minha garagem até vermos o que fazer. Le tinha me chamado de tolo por deixá-la ir naquelas condições. Por pouco, eu não acertei um soco no nariz dele. No dia seguinte, Gilbert pegou um avião para Los Angeles e nunca mais deu notícias. Pelo menos, era o que eu presumira. Agora, tinha lá minhas dúvidas.

– Acho bom alguém me explicar! Onde estão os meninos? E Elizabeth?

– Vão todos dormir na casa de Sue. - A resposta de Rosie teve um efeito de uma bomba.

– Vocês estão sozinhos? - Perguntei incrédulo.

– Calma, Ed. - Rosie mudou de posição. - Emm é sempre um perfeito cavalheiro. Não acontecerá nada que eu não queira que aconteça.

– Emm? Sempre? O que quer dizer, Rosie? Você conheceu esse sujeito outro dia. Não pode julgar...

– É melhor sentar-se, xerife. - Emmet aconselhou-me. - Você não me parece bem. - É claro!

– Ele tem razão, Ed. Levou um susto e tanto. Bem, estou contente que tenha chagado sem que esperássemos. Estávamos aflitos por esconder de você durante todo esse tempo.

Eu desabei, acho que sem elegância alguma, na poltrona. Com certeza estava em uma realidade paralela. De repente me via em um lugar estranho, mesmo que as pessoas sejam as mesmas elas não agiam como tal.

– Esconder? - Balbuciei sem forças.

Emmet e Rosie entreolharam-se.

– Emmet voltou algumas vezes para visitar-me nos últimos três fins de semana. Não queríamos conta a você porque...bem, nós estávamos felizes, e você, não. Eu estava com remorso.

– Oh, posso imaginar... - Desdenhei.

– Rosie? - Emmet a fitou. - Por que você não vai fazer um café? Será uma boa ideia. Eu e Edward conversaremos a sós por alguns instantes.

Rosie lançou para mim um olhar preocupado. Eu não tive reação.

– Vai se comportar, não?

– Sim, querida irmãzinha. Serei um bom menino.

Mas assim que ela saiu da sala eu lancei para Emmet um olhar duro de advertência.

– Se estiver se aproveitando da minha irmã, juro que será a última coisa...

– Não deveria ameaçar as pessoas de morte. - Emmet interrompeu-me, gentil. Sentou no sofá e elegantemente. - Afinal, é um representante da lei.

– Eu já era irmão antes de tronar-me representante da lei. - Encarei Emmet com severidade. Tentei intimidá-lo, mas parece que não deu certo. - O que você tem para me dizer, afinal?

– Bella. Eu ia telefonar-lhe amanhã, mas você me poupou o trabalho.

– Do que se trata? Ela está bem? - Perguntei já aflito.

– Depende de sua interpretação de “estar bem”. Bella me ligou dias atrás, disse que estava tudo certo e pediu-me para enviar-lhe algum dinheiro.

– Para onde? - Fiquei curioso.

– Para o banco.

Apertei o braço da poltrona com força, impaciente.

– Que banco?

– O First National, em Nova York. Decidiu passar o inverno lá. Na cidade, não no banco. Está trabalhando, mas não me deu detalhes. Fiquei mais otimista em relação a ela. Bella nunca se interessou em ficar muito tempo num mesmo lugar.

– Ótimo! Muito animador. Bom para ela!

Emmet arqueou uma sobrancelha.

– Estou detectando um resíduo de raiva?

– Por que os advogados não se comunicam como pessoas normais? Por que você tem que usar termos como “resíduo”? Sim, Emmet, estou zangado. Bella tomou o ônibus e deixou-me falando sozinho. Nunca me deu a oportunidade de fazê-la feliz. Jamais me telefonou, o que me deixou um enorme resíduo de ira!

Emmet levantou e andou até a janela e observou a rua escura. Após um longo momento falou:

– Estou gostando daqui, Edward. Parece um lugar saído dos romances, o local ideal para se viver. O nível de felicidade e simplicidade é surpreendente para alguém acostumado à agitação de uma cidade como Los Angeles. Essa é uma das razões pelas quais tenho voltado. - Olhou por sobre o ombro e sorriu. - Não é a principal, é claro.

– Rosie?

– Rosie. - Emmet pronunciou o nome dela com grande ternura. - Percebeu como foi fácil sucumbir aos encantos de Hope Falls? Sou um homem de sorte, só tenho boas recordações da infância, apesar do meu pai sempre estar preocupado com o trabalho. Sabia que me amava e algumas vezes se permitia passar um tempo com a família o que era de extrema felicidade par mim. Depois que meus pais morreram, ainda podia contar com alguns parentes e...Bella. Ela sempre foi como uma irmãzinha para mim, e eu a entendia de uma maneira que ninguém conseguia. Mesmo querendo distância, era para mim que ela corria no final. Diferente de Bella eu tenho alguns planos. Espero ser feliz. E a perspectiva de assumir um compromisso com uma pessoa espetacular não me assusta em nada.

– É evidente que você não passou muito tempo com os dois anjinhos. - Insinuei. Emmet achou graça.

– Acredite ou não, mas eles também não me assustam. Repito que sou um homem de sorte e por isso tratei de agarrar minha felicidade. Bella não se permitiu a esse luxo. Ela sabe o que significa perder tudo e todos. Não me surpreendeu nem um pouco que não tenha ficado com você. Ao contrário de mim, Bella quer ficar só. Essa tem sido a única constante para ela... Ficar sozinha.

Eu me levantei com tantas revelações e lembranças, estava inquieto e friccionei a nuca para aliviar a tensão. Estava extenuado, física e mentalmente. Por mais que pensasse nela, não podia obrigá-la a nada. Minha consciência aconselhava-me a ficar onde estava. O coração não ligava a miníma para a consciência.

– Tentei fazê-la ficar, Emmet. Eu pedi, implorei para que ficasse. Bella disse “não”. - Falei com um nó na garganta.

– Evidente. Você disse a coisa errada.

– Eu sei. - Admiti. - Olhe, não estou de bom humor. Se você quer me falar alguma coisa...

– Pediu para Bella ficar com você. Lógico ela se negou. Já imaginou que risco enorme isso significa para uma pessoa como Bella? Num minuto ela está só e imune ás emoções. Em seguida, vê-se diante de um homem apaixonado, pedindo-lhe para ficar para sempre.

Emmet abriu os braços.

– É natural que ela não estivesse preparada para ouvir isso. Para alguém como Bella, a felicidade pura e simples representa uma barreira, um risco enorme.

Eu o encarei entendo o valor das suas palavras, sentia o músculo do meu maxilar pulando.

– Eu não tinha pensado claramente sobre isso.

– E porque pensaria? Vocês estavam vivendo numa roda-viva de sentimentos, pulando de uma crise para outra. Não acredito que tenham tido espaço para se entenderem um ao outro, e muito menos o que sentem. Quando Bella voltou à realidade, constatou que tinha duas opções: ser absorvida pela sua vida, por sua família, por seu amor ou...continuar como sempre foi: solitária. Você ficou mesmo surpreso com a decisão dela? Pois eu, não.

– É...o que você diz tem lógica. Se falei a coisa errada... O que deveria ter dito?

– Você pediu para Bella ficar, não perguntou se podia ir com ela. - Estremeci.

– Acha que eu não teria ido se fosse possível? Rosie precisa de mim. Os meninos também, além de Elizabeth. Tenho meu emprego, uma responsabilidade com a comunidade. Minha vida é aqui, e é muito tarde para mudar agora.

– Por quê?

– Por quê? - Encarei-o sem paciência para esse tipo de pergunta. - Você ouviu o que eu disse? Houve uma época em que fazia minhas próprias escolhas. Passei dez anos nos circuitos de rodeio, vivendo com intensidade cada momento, arriscando meu pescoço por algo tão estúpido quanto dinheiro dava a mínima importância para o que estava acontecendo aqui. Era a maior decepção do mundo para o meu pai. Quando ele morreu, percebi que a única maneira de me redimir era assumindo o seu lugar. Para cuidar da família. O que o faz crer que eu tenho direito de abandonar todos os que dependem de mim? - Desabafei.

– Por que não pergunta para mim? - Parada à soleira da sala, Rosie me observava, circunspecta. - Pergunte-me se você tem o direito de me deixar.

Nem eu e nem Emmet tínhamos percebido a sua presença. Eu me voltei para ela rápido, embaraçado e acredito que corado. Nunca tinha falado essas coisas para ninguém, o único que sabia dos meus sentimentos era Jasper.

– Rosie. Eu não pretendia... Não estou arrependido de ter voltado para casa. Amo você. Sabe disso, não é? E os meninos são tudo para mim...

– Calma garoto. - Rosie olhava com seu jeito irreverente. Atravessou a sala e segurou as minhas mãos. - Só vou falar uma vez. Você é um bom homem Edward Masen Cullen, apesar de não aceitar o fato. Estou contente que tenha voltado para casa, mas mais por você do que por mim. Sei o mal que a intransigência e as críticas do nosso pai lhe causaram ao longo dos anos. Precisava saber que poderia cuidar de nós, Ed, que poderia voltar para cá quando a pressão terminasse. Tinha que ter essa certeza.

– Rosie, eu... - Não sabia que a minha irmã tinha percebido isso.

– Você cuidou de nós e sou-lhe muito grata por tanta dedicação. Mas eu amadureci, e quero ser dona do meu destino. Seremos sempre uma família, independente de nossa decisão, de onde estivermos, de quem amarmos... - Rosie olhou para Emmet. -... Continuaremos uma família e um pelo outro. Não é a distância que conta, é o amor. E sempre haverá muito amor entre nós. Você é meu herói, Ed, e sou muito, muito grata por isso. Agora, talvez, seja a hora de deixar de se preocupar tanto conosco e pensar em você mesmo.

Eu olhava para a minha irmã com absoluta incredulidade, estava pasmo com tanta sabedoria e perspicácia. Ela tinha mesmo amadurecido esses anos, já não era a menina mimada que precisava sempre estar sob o meu olhar atento. As suas palavras me emocionaram, mas mesmo assim não podia fazer o que me pedia.

– O que está dizendo? Quer que eu largue tudo e...vá embora?

– Não foi bem isso. Estava pensando mais em você ir atrás de algo. De uma pessoa. - Ela sorriu.

Respirei fundo. Aquelas últimas semanas estavam sendo um verdadeiro tormento. Sentia-me vazio e sem rumo. De repente reconhecia uma emoção despontando em meu ser, em meu íntimo, um misto de ansiedade e incredulidade. Era mesmo o que eu tinha que fazer, eles estavam certos. Ea o que eu tinha que ter feito a semanas atrás.

– Tem certeza, Rosie?

Sorrindo ela confirmou com um gesto.

– Sim! Ed, você pode ir onde quiser, ser o que quiser, fazer o que achar melhor. Eu ficarei bem. Se tiver que se preocupar com alguém, que seja com o pobre Emmet.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce Problema" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.