Os Quatro Bruxos. escrita por VFarias


Capítulo 23
É, eu salvo uma semideusa.


Notas iniciais do capítulo

02/05/2017
Bom dia, bom estou dando continuidade a algumas mudanças na história, mudanças essas que não serão realmente significativas, são mais correções de erros e coisas do tipo.
Mas algumas mudanças que virão podem por um acaso alterar algumas direções e com isso eu teria de mudar outras coisas, mas espero que vocês gostem.



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Kevin Castell.

Nós viajamos de Forks à Manhattan de avião, algo que ara mim estava difícil, eu nunca tive medo de voar, mas agora está difícil de ficar calmo e eu não faia ideia do porque, quando desembarcamos em Manhattan fomos direto ao Empire State, já na porta de entrada Lara me parou.

— Você esta pronto para subir? – pergunta Lara a mim.

Apenas assinto, pego no punho da minha espada que esta presa na bainha a minha cintura, e na outra mão pego minha a varinha que estava presa no meu bolso.

— É muito perigoso? – pergunta ele.

— A primeira Deusa que vamos ver é a Héstia, e se ela não te abençoar, meu caro devo dizer que você deveria desistir, pois ninguém mias vai, Héstia é um amor e é a unica assim. – diz Lara a mim.

— Você sabe que eu não tenho como me dar esse luxo de desistir, é a minha vida e a vida dos meus pais que farão de tudo para me manterem vivo, então sem chances disso acontecer. – digo seriamente. – Ela vai me abençoar nem que eu tenha que lutar.

Paro para refletir no que acabei de dizer, lutar contra uma Deusa, quais seriam minhas chances.

— Poucas, Héstia em geral é bem legal... – responde, como se lesse a minha mente. – mas ainda assim é uma Deusa e deuses são imprevisíveis.

E com esse feliz comentário nós entramos no salão do Empire State, que por sinal é enorme e simplesmente perfeito, não da para descrever.

Seguimos direto para o elevador, Lara fez um feitiço que nos deixou invisível a mortais assim poderíamos passar pelo salão sem problemas, sem que nos notem, chegamos no elevador e subimos até 600º andar ouvindo Asleep do The Smiths, bom o gosto musical dos deuses é bom pelo menos.

Se você nunca esteve no Olimpo, não sabe como é realmente incrível, do outro lado da ponte de pedras flutuantes vemos lá em cima diversos templos e palácios, e é claro o Olimpo, uma imenso palácio branco da Grécia antiga.

— Lindo não é? – pergunta Lara.

— É incrível. – digo.

Passamos pela ponte de pedra e seguimos um caminho até um templo pequeno que mais parecia uma casa muito aconchegante, ele queimava, mas ao mesmo tempo em que o fogo a consumia ela não se destruía, o fogo a tornava ainda mais aconchegante e era muito convidativo a entrar.

Entrei e vi que Lara não conseguia passar.

— Ela não poderá entrar, essa conversa é entre você e meu jovem. – disse uma voz calma e suave de uma garota.

Entrando mais a fundo pude ver uma garotinha sentada na frente de uma lareira, ela devia ter uns 12 anos de idade ou menos, era mais baixa do que eu. Mas irradiava um poder formidável.

— Você é Héstia? – pergunto.

A Deusa assente solene e faz apenas isso com um sorriso estampado.

— Eu preciso... – comecei a dizer, mas ela me interrompeu erguendo a mão.

— Eu sei do que você precisa jovem bruxo. Eu sei que você e seus amigos estão se preparando para enfrentar algo realmente grande, vocês estão em busca de aquisição de poder, está é uma jornada longa e perigosa, muito perigosa, isso para quaisquer outros bruxos, exceto para vocês, Leonardo já obtive a benção de alguns Deuses: Éolo, Bóreas, Zéfiro, Noto, Euro e Hécate, foram seis deuses, ele teve a sorte de encontra-los a caminho de Zéfiro, todos juntos fizeram um único pedido em troca de suas bênçãos, mas seu caminho está se dificultando, se tornando perigoso a cada novo passo, mas ele vai conseguir tudo que deseja porque ele tem força, garra e fé. Já a adorável Stela obteve a benção de Ponto, Poseidon e Hécate, a jornada dela também está se dificultando, mas igual a Leonardo ela tem muita força e muita garra. Eles enfrentaram muitos perigos para conseguir o que conseguiram, e tiveram que despertar uma magia poderosa para conseguir seus objetivos. Com você não será diferente, mas não por minha parte, eu não cobro por minhas bênçãos, acho isso muito vulgar, na realidade você só precisará, acreditar na família, no lar que você possui, na chama de vida que há dentro de você. – explicou Héstia.

— Bom então se você não vai cobrar por minha benção me abençoe logo. – digo a Deusa. - Por favor...

Héstia possuía um olhar de ternura, demonstrando bondade e amor, um amor aconchegante o amor de família de um lar, com a quentura de uma lareira em uma casa.

Aquilo me incomodava um pouco, como alguém mesmo uma Deusa podia ser tão meiga assim.

— Eu Héstia, Deusa da chama e do lar abençoo Kevin Castell! – disse a Deusa.

Eu não senti nada de especial, a não ser um leve calor no coração.

Então algo aconteceu uma intensa nevoa branca dominou o templo de Héstia.

— Você por aqui. – disse Héstia. - Devia ao menos pedir licença para entrar em minha casa.

— Desculpe eu me empolguei. Preciso me certificar de que nosso mundo estará nas mãos dos bruxos e semideuses certos. Com os poderes formidáveis. – disse uma voz da qual eu não fazia ideia de quem era e de onde vinha.

— Você está certa você tem que alinhar os caminhos da encruzilhada em que nós estamos, não é tarefa fácil deve haver muitos caminhos não é Hécate? - perguntou Héstia.

— Sim. Não está fácil, mas os outros dois se saíram realmente bem. O garoto Borman me surpreendeu, achei que não seria capaz, igual ao seu avo, mas ele me provou ser capaz. – disse a Deusa. – Já a menina Stella eu não tinha duvidas que ela iria agir na hora certa. Não precisei nem falar com ela, um simples sonho foi o bastante.

— Entendo, então eles fizeram os seus pedidos horrorosos. – disse Héstia com pesar. – Espero que pessoas inocentes não sejam envolvidas.

— Isso não vem de mim Héstia e você sabe disso, eu só dou a tarefa a eles e eles a executam como acharem melhor. – disse a outra Deusa.

Kevin estava se irritando seu temperamento era quente como as chamas negras que saiam de suas mãos, e se intensificavam a cada nova palavra dita pela Deusa escondida.

Ele começou a se virar para sair do templo, mas quando se virou se deparou com um cachorro imenso e preto e uma doninha igualmente grande ao lado.

Saquei a varinha imediatamente, comecei a girar em movimento a lançar um feitiço quando Hécate a deusa escondida, surgiu a minha frente.

— Olá pequeno bruxo. – disse a Deusa.

Kevin a fitou diretamente nos olhos.

— Quem é você? – perguntou ele.

— Vou deixa-los a sós. – disse Héstia. – Kevin, cuidado com os subterrâneos, lá pode ser que você fique mais forte, mas ainda assim é muito perigoso mesmo para você, o abismo é o lugar de demônios muito poderosos.

Dizendo isso ela desapareceu.

Então a porta se abriu, Lara entrou no templo um pouco apressada seu olhar de preocupação estava estampado mas logo se foi quando viu Hécate.

— Você! – em alto e bom som, alem de fúria ao ver Hécate.

— Vocês se conhecem? – perguntou Kevin.

As duas trocaram olhares mortais uma a outra.

— Na verdade sim. – disse Lara. – tivemos um encontro não muito amigável da ultima vez que estive no olimpo.

Ela olhou para Lara, como se estivesse vendo o interior dela e então disse.

— Entendo, isso não tem nada haver com você Lara, então não se meta. A minha conversa é com o garoto. - disse ela.

— Mas ele está sob minha guarda. – disse Lara desafiando. - Vou me meter, confiei em Héstia porque ela não é louca, mas você...

— Mun deve estar louca. – disse Hécate. – Confiar o futuro do mundo em uma fracassada como você.

— Escutem aqui vocês duas, eu não estou interessado na briguinha de vocês, o que aconteceu com vocês no passado é problema de vocês, eu só tenho 14 anos e sou mais maduro que as duas juntas. – digo ficando furioso. Eu podia sentir o poder de Lara se aquecendo e podia sentir a fúria de Hécate crescendo também, se isso virasse uma briga eu não queria estar no meio, alem de o assunto ser sobre minha benção e não sobre a picuinha dos dois.

— Muito bem, eu sou Hécate a Deusa da magia e das encruzilhadas. – disse a Deusa.

— Eu sou Kevin, bruxo de magia branca e alquimista das chamas negras. – me apresento.

— Eu sei quem você é garoto. – disse a deusa. – e também digo que para seguir seu caminho precisará de minha benção. Principalmente quando a profecia dos bruxos se tornar mais presente, em sua vida.

— Profecia? – pergunto confuso. Já ouvira falar desta profecia antes, mas não sabia qual era.

A deusa fez um som com a boca, preparando a voz para dizer algo.

Então recitou:

“Quatro novos bruxos surgem no mundo.

Filhos dos mais poderosos de Daneva.

Sua magia inigualável aflorará.

No momento em que começarem a acreditar.

Desafios no mar começaram a enfrentar.

Seguindo seus corações gente nova iram encontrar.

Se aliando a vegetação, ao choque, as águas, criaram laços.

Junto com o fogo, e a escuridão se tornaram fortes.

Outros elementos iram surgir o ar e o tronco vão te fortalecer.

Siga seus caminhos e na ultima batalha ao Sul, no inferno seus inimigos iram queimar.

No final, o futuro será determinado, em luz e trevas.

No céu e na terra seus caminhos vão para sempre estar ligados.

Os novos lendários iram surgir.”

— Esta mais do que claro que vocês são os quatro da profecia, ainda mais depois de terem absorvido metade dos poderes de seus bisavós. – disse Hécate.

— Metade? – pergunto indignado.

— Sim, só o lado mágico, qualquer feitiço que vocês lançarem saíra com muito mais força que o dos outros. – disse a Deusa. – e é claro se você obtiver minha benção nem se comparará.

— Ok, como obtenho a sua benção? – perguntei.

— Que bom que perguntou, você terá que fazer um trabalho para mim, minha filha saiu em missão com alguns semideuses porém ela foi capturada e os outros fugiram deixando-a para trás. Quero que você resgate ela e mate aquele que a sequestrou, e por consequência liberte a magia do soberano. – disse a Deusa.

— Você é uma Deusa por que você mesma não a resgata. – pergunto.

— Por que, nós Deuses não podemos interferir diretamente no destino de nossos filhos, eles em geral nos culpam e nos odeiam por isso, mas não fazem ideia de como nós deuses influenciamos os caminhos certos para eles, mesmo que muitas vezes ignorem isso. – disse a Deusa.

— E onde sua filha esta presa? – pergunto.

— Na prisão do monstro de Poseidon, na ilha do ferreiro. – disse a Deusa.

— Nossa, isso foi muito esclarecedor. – digo ironizando.

— A sua mestra poderá começar a lhe ensinar magia agora, a um feitiço de localização bem antigo usado por vocês bruxos para localizar inimigos, sei que precisaram de algo da menina para isso, então aqui esta. – ela nos entrega um colar com três bolinhas de argila, contas presumiu Kevin, elas possuíam figuras gravadas, como se marcassem algo importante.

— Tudo bem, eu a encontrarei e a libertarei, e libertarei o meu Soberano. – disse Kevin. – Sei de tudo o que tenho que fazer, já podemos ir embora.

Sai com Lara em meu encalço.

— Você não pode fazer o que esta mulher esta pedindo, isso é um absurdo. – disse Lara. – Pelo que ela falou a menina esta na ilha de Hefesto, com um ciclope. E muito provavelmente ele não estará sozinho. E fogo não os atinge.

— Eu já sabia de tudo isso e por isso estou bolando um jeito de mata-lo. – digo.

Devia estar com aquela expressão sombria, obscura e maligna, por que Lara evitará olhar em meus olhos, mesmo embora ela tendo a mesma expressão por quase todas as horas.

Saímos do Empire State e seguimos pelas ruas de Manhattan até chegarmos no carro em que ela alugará com o meu dinheiro, absurdo.

— Muito bem, vamos comprar um mapa e como ela disse, você vai aprender um feitiço. – disse ela.

Chegamos a uma loja de artigos comuns, e claro encontramos um mapa, o compramos e seguimos para um lugar reservado.

— Este é um feitiço antigo, não é difícil e é bem simples. – disse Lara. – ponha o colar da garota ai em cima do mapa.

Eu o coloquei, e apanhei minha varinha.

— E agora? – pergunto.

— Repita comigo: “Asear Nobjeta Passo” – diz ela e eu repito.

Na primeira vez nada aconteceu.

— Tenha foco e queria a encontrar. – disse Lara.

— Asear Nobjeta Passo! – digo, então uma fumaça branca sai de minha varinha e atinge o colar, que começa a se movimentar rodando todo o mapa como se tivesse vida própria.

De repente ele para.

— Que ótimo, vamos para a terra onde a musica é uma droga. – disse Lara.

— New Jersey é enorme, quero algo mais especifico. – digo, me virando para ela.

— Primeiro vamos para New Jersey não é longe daqui! – diz Lara. – La compramos outro mapa.

— Então você nos leva por teletransporte. – dou uma solução. – não tenho tempo a perder.

A captora o agarrou pelo braço e ambos desapareceram.

Reapareci no carro que nós havíamos alugado.

— Por que vamos de carro? – pergunto, ficando irritado.

— Por que é assim que tem que ser, esse é o jogo de Hécate, você tem que se esforçar um pouco! – disse Lara olhando para mim.

— Como se tudo que eu tivesse feito até hoje tivesse sido fácil! – digo olhando para frente. – ande logo com esse carro então.

A viajem de Manhattan a New Jersey não é longa, mas para mim pareceram horas intermináveis, quando na verdade levaram apenas 40 minutos.

Compramos outro mapa da região e eu consegui executar o feitiço novamente, localizando a garota em um galpão abandonado.

Chegando próximo ao galpão, sinto algo, meus músculos se retesam, os cabelos em minha nuca arrepiam.

— Seja o que for que esteja com ela, está perto. – digo a Lara. Paro na hora e olho no fundo dos olhos dela - Espere um pouco, ela não devia estar na ilha de Hefesto?

— Hefesto possui um ferro velho aqui em New Jersey. – disse Lara. – Talvez Hécate tenha se enganado.

— Ela é uma deusa, não devia se enganar! – digo irritado.

— Ela não se enganou, mas você ainda não chegaram na ilha de Hefesto e nem chegaram. – disse uma voz seca, fria e sombria.

— Quem é você? – perguntou Kevin sacando a varinha na mão.

Quando a criatura saiu das sombras eu desejei que não tivesse feito isso.

Um lobo enorme preto saiu das sombras, com os dentes a mostra como se estivesse sorrindo.

— Eu sou Ferbero filho do cão patético de 3 cabeças do mundo inferior! – disse o lobo.

— Eu já ouvi falar de você, Ártemis vem te caçando durante anos. – disse Lara.

— Você conhece aquela desprezível Deusa virgem. – disse Ferbero ainda com os dentes a mostra. – ela pode me caçar por toda a eternidade e nunca me prenderá, eu sou de mais para ela.

— Onde esta a garota? – pergunto com o tom o mais calmo possível.

— Na ilha de Hefesto como Hécate lhe disse. – disse Ferbero.

— Então saia da mina frente tenho que ir... – digo a ele olhando para suas órbitas negras.

— Lamento não poder fazer isso, tenho que acabar com vocês! – disse ele. – ordens superiores.

— Quem é seu superior? – pergunto. – quero dizer obviamente você não se submete a um ciclope, isso seria patético de mais.

Ele rosnou alto, alguns carros soaram os alarmes, e algumas pessoas que olhavam das janelas fecharam as janelas às pressas.

— Ok, vamos brincar cachorrinho! – disse Kevin, então ele pulou para cima de mim, rolei para o lado e assim que parei minha varinha já estava sendo apontada para ele. – Boluscendus.

Uma bola de fogo laçou-se em cima dele, mas quando o atingiu não sofreu dano algum.

— Lara, fique fora disso. – digo, quando a vejo movimentando a varinha. – se Hécate ver que você esta me ajudando não terei a benção dela.

Ela parou no ato.

— Você vai morrer! – disse ela a mim.

— Que belo voto de confiança. – digo a ela no momento em que a pata de Ferbero é jogada em cima de mim, eu me lanço para trás caindo sentado.

— Você já era criança! – disse Ferbero.

— Defodio! – grito apontando a varinha para a pata dele! Vários cortes surgiram em sua pata, sangue preto escorre por ela.

— Minha pata! – rosnado. – o que você fez com ela? – grito/rosnado.

— Apenas a entalhei. – digo me levantando. Preciso de um plano penso, um bom plano. Ficar lançando feitiços a torto e a direito não vai funcionar, não com ele. Eu não estou na escola estou na vida real se eu morrer tudo acaba.

Preciso da alquimia.

— Defodio Alquimist! – digo apontando a varinha para Ferbero.

Chamas negras com contornos brancos saem de minha varinha como um raio e o atinge na parte traseira do corpo.

Cortes imensamente fundos aparecem no corpo dele, com marcas de queimadura de 1000º.

— Você me paga por isso moleque. – disse ele. Ele abriu a boca e soltou um rugido de sua boca saiu uma onde de escuridão.

— Proteges! – grito, mas o feitiço escudo instantâneo não é páreo para a escuridão. Eu me vejo rodeado pelos meus piores pesadelos.

Minha irmã morta nos braços de meu pai e ao lado caída no chão minha mãe, toda ensanguentada.

Meus amigos Kate e Leo caídos no chão cada um com uma espada enfiada em suas cabeças.

Vinicius com um diamante atravessado no peito e Sam sendo sufocada.

Matheus e Thales enforcados no alto de uma árvore.

Everton se afogando em um mar negro.

— NÃO! – grito. A explosão de poder me faz enxergar a luz de minha magia, branca, a cor da paz, da vida.

Corro naquela direção, varinha em uma mão e espada na outra.

A um buraco no final, e o caminho continua do outro lado, corro mais rápido e pulo. Quando toco no outro lado, acordo de novo na rua de frente para o Galpão.

— Muito bom garoto, você saiu da minha prisão mental. – disse Ferbero com ar presunçoso e susto.

Estalo os dedos e invoco um tornado de chamas ao meu lado, aumento-o de forma a ficar maior do que o lobo.

Ele arregala os olhos!

— Defodio! – lanço de novo para cima dele, já que sabia que esse feitiço lhe causava algum dano era esse mesmo que eu ia ficar usando o tornado ia logo atrás do feitiço.

Quando o feitiço o atingiu na perna traseira e ele caiu o tornado o atingiu queimando-o como lenha seca na fogueira.

Lara o apagou e o amarrou.

— Mande-o como oferenda para Ártemis. – disse ela. – ela pode não abençoar garotos, mas pode te ajudar de alguma forma.

Eu não estava muito certo com relação a manda-lo como oferenda para Ártemis, mas concordei com a cabeça, fui até diante do lobo.

— Oh Deusa Ártemis, aceite minha oferenda. – pedi, nem sabia se era assim que se fazia esse tipo de coisa, mas fiz.

No primeiro instante eu me senti um retardado, mas no instante seguinte, uma garota de aproximadamente 15 anos, com longos cabelos castanhos avermelhados, vestida com uma completa e prateada roupa de fazer trilha apareceu atrás de mim, eu podia sentir o poder que emanava dela, era simplesmente imenso.

— Eu disse que um dia te pegaria Ferbero. – disse Ártemis confiante. – Olá jovem bruxo. Como vai minha querida Lara?

— Muito bem senhora. – disse Lara. Eu não entendia a relação que elas tinham, mas chamar uma jovem de 15 anos por mais Deusa que fosse de senhora era um pouco estranho até mesmo para mim.

— Lady Ártemis. – cumprimento, fazendo uma reverencia.

— Nós nos conhecemos quando Lara estava na escola, ela também estudou em Daneva, eu a convidei a se juntar as caçadoras devido a seu poder magnífico. Mas obviamente ela se recusou. – disse Ártemis, respondendo a todas as minhas duvidas mentais.

Depois de um tempo, o silencio fora quebrado pela aparição prateada de outra garota, esta vestia as mesmas roupas de fazer trilha, com exceção de uma jaqueta de couro com um imenso relâmpago prateado nas costas.

Tinha um cabelo preso em um rabo de cavalo, mas mesmo estes sendo enrolados em cachos perfeitos chegavam a cintura da menina.

Seus olhos demonstravam força e audácia, embora o resto de sua aparência mostrasse que ela era uma garotinha sem defesa alguma.

— Gabriela Dantas! – exclamou Lara.

— Lara! – exclamou Gabriela.

— Minha comandante, depois do trágico acontecimento com sua irmã, Gabriela assumiu o cargo de comandante das Caçadoras. – disse Ártemis com um ar presunçoso.

Eu estendi a mão para cumprimenta-la, mas a garota me lançou um olhar cético e frio e com um aviso, se tocar em mim, minhas flechas atravessaram você.

— Minha querida, você levara Ferbero para nosso acampamento junto às caçadoras, não o mate ainda, não até que eu chegue e de a ordem. – comandou Ártemis.

— Como desejar minha senhora. – disse Gabriela. Caminhando firmemente até Ferbero, e colocando as mãos na corda que prendiam em seu pescoço.

Com um estalo de dedo de Ártemis, Gabriela e Ferbero desapareceram.

Eu já estava pensando no que pedir, quero dizer sabia que ela não me abençoaria por eu ser um garoto, mas precisava pedir algo a ela, não daria aquele monstro de graça.

— Você é a Deusa da vida selvagem não é, a protetora da vida selvagem? – pergunto.

Ela assentiu calma.

— Ótimo, quero que você abençoe Kate Borman! – digo firme e confiante.

— A pequena Kate? – indaga Lara.

— Sim. – respondo ainda mais confiante de minha decisão. – com meus poderes não faz sentido ter a benção dela, é claro mesmo se ela me abençoasse, ter a benção dela não me agrega poder nenhum quero dizer eu uso fogo ela coisas da selva nada haver, mas Kate, ela já lida com a natureza, na verdade ela pode ser considerada a própria mãe natureza. Eu podia pedir um favor, mas no momento a única coisa que eu quero é a benção daquela idiota da da Hécate.

— Vou atender seu pedido jovem bruxo. – disse Ártemis. – você me prestou um imenso favor, mas saiba que a sua jornada e a de Kate se tornarão cada vez mais complicadas. Desejo-lhe sorte por toda sua trajetória.

— Obrigado. – é o que consigo dizer a ela.

A deusa tremeluz em prata e desaparece, me viro para o galpão e sigo direto para a porta.

— Já perdi muito tempo aqui! – digo a mim mesmo.

Abro a porta com a espada e a varinha em punho só esperando por um possível ataque.

A imagem que tenho ao cruzar a entrada do galpão é de uma ilha paradisíaca, com areia cristalina e fina, uma praia perfeita azul e verde mar, coqueiros perfeitos, refrescada com uma brisa leve e refrescante.

— UAU! – ouvi Lara exclamar.

Um vulcão se elevava atrás da ilha, eu podia sentir o calor que emanava dele, a lava estava estável, mas podia sentir um pouco abaixo que a lava acabava e se abria um vácuo.

— Vamos lá. – digo. – não vamos achar o ciclope e nem a garota ficando parados aqui.

Caminhando pelo mato, observei atentamente, não havia animais na selva o que era estranho.

— O ciclope deve ter comido a todos. – disse Lara. – ou fugiram de medo.

— Não estou muito interessado nos animais e onde eles estão, quanto menos eu tiver para me preocupar melhor é. – digo a ela serio. Essa coisa de resgate estava me irritando, fala serio, era só aquela deusa ridícula estalar os dedos ou dizer qualquer formula mágica que a menina estaria sã e salva em casa!

— Como você pretende achar o ciclope? – perguntou Lara. Nós já andávamos a alguns minutos.

— Ele não deve ser difícil de se ver não é, quero dizer ciclopes são grandes. – respondo.

— Não seria mais fácil usar magia? – pergunta ela ironicamente.

— Bom se você souber de algum feitiço de localização sem mapa e sem nada do ciclope para chegarmos nele, fique a vontade para me ensinar! – digo a ela cético.

— Isso realmente não tem garotinho insuportável. – disse ela agarrando meu braço. – Mas podemos usar um feitiço de orientação.

— Como faz? – pergunto.

— Primeiro vamos estabelecer algumas regras garoto! – disse Lara e seu olhar duro e severo estava ali presente. – Eu mando nessa viagem, não é porque Hécate te incumbiu de fazer uma tarefa de bosta que é salvar a filha dela que você é superior a mim. Eu ainda sou mais forte e mais velha que você então me respeite!

— Ok. – digo. – agora o feitiço.

Ela reprime a vontade olhar para o céu, fecha a cara e saca a própria varinha.

— Pense em onde quer chegar ou o que quer encontrar, e pronuncie alta e claramente: Orimente! – explicou ela.

Eu foco todo meu pensamento em achar o covil do ciclope onde a menina se encontrava. Saco a varinha

— Orimente.

A varinha sacode em minha mão, mas nada acontece.

— Orimente! – digo mais firmemente e mais concentrado em achar o covil.

Uma nevoa branca sai de minha varinha como uma linha e começa a entrar mais para dentro da mata.

— Parabéns. – me parabenizou Lara. – agora siga a trilha.

Corri seguindo a trilha de nevoa branca com Lara logo atrás de mim.

Demos algumas voltas pela mata seguindo a trilha branca.

— Acho que estamos chegando. – disse Lara.

— Por quê? – pergunto.

— Não esta ouvindo? – pergunta ela. – um ronco fraco.

E de fato havia um ronco que eu não prestara atenção porque estava correndo.

Quando chegamos ao fim da trilha branca, demos de cara com uma caverna.

— Tem mais alguém lá dentro. – disse Lara. – deve ser a menina.

— Como você sabe? – pergunto.

— Ser um alquimista do fogo não serve só para queimar coisas. – disse ele sarcasticamente. – use seus poderes para sentir calor também, você não é só fogo que queima, você é temperatura, aquecimento, sinta o calor que emana de dentro, tem uma quantia enorme, que deve ser do ciclope, e tem a da menina que não é diferente da dos humanos. E é claro temos a do Vulcão.

Eu me concentrei no calor, e de fato eu podia sentir tudo ao meu redor. Eu tinha um poder incrível, mas não sabia suas naturezas, e precisava aprender e era por isso que Lara estava aqui, para me ensinar.

— Acho que seria melhor eu te ensinar um feitiço que somente alguém frio como você seria capaz de executar com precisão e potencia. – disse Lara.

— Qual feitiço? – pergunto preocupado com a justificativa dela de porque me ensinar.

— É uma maldição na verdade. – disse ela. – a mais antiga das maldições.

— O que ela causa? – pergunto.

— Dor, asfixia e morte. – disse ela com uma expressão sombria.

— E por que você quer me ensinar essa maldição agora? – pergunto.

— Porque eu acho que nenhum dos feitiços que você conheça serão fortes o bastante contra o ciclope. – disse ela.

— Eu não tenho só a magia para acabar com ele, tenho a alquimia e meus movimentos capazes de esgrima. – digo a ela.

— Certo. – disse ela sorrindo. – você vai aprender essa maldição seja comigo, ou seja, em Daneva!

No momento seguinte, eu me virei para caverna, tinha perdido tempo com a conversa.

A caverna estava repleta de ossos, pele de animais, sangue, um ciclope dormia enroscado em pele de carneiro, a menina estava em um buraco na caverna fechada por uma grade ferro.

— Ei. – chamei. – não se preocupe vou tirar você daqui.

— Quem é você? – pergunta ela.

— Kevin Castell. – me apresento. – e seu nome?

— Isabella Merlon. – disse ela.

— Você é uma semideusa, filha de Hécate? – pergunto.

— Sim. – respondeu ela.

— Ok. Vou te tirar daqui. – digo a ela. – só não sei como fazer isso.

— Você não conseguiria tirar ela daqui, sem morrer por isso jovem bruxo! – disse o ciclope que acordara e me olhava com seu imenso e único olho castanho.

— Vamos ver então. – digo. – Fique o mais longe que puder das grades Isabella, eu vou derretê-las.

Dizendo isso eu estalo os dedos e as grades ardem em chamas negras contornadas de branco.

Nesse momento tomei um tapa do ciclope que me arremessou para fora da caverna e me fez bater com tudo em uma arvore.

Ao longe eu ainda via a grade da cela pegando fogo e aos poucos começar a derreter as barras.

— Kevin! – gritou Lara.

— Estou bem. – consigo dizer de alguma forma a arvore que amorteceu minha aterrissagem não era tão dura o que é irônico.

O Ciclope saiu da caverna, e veio em minha direção saquei a espada e a varinha e me preparei para o ataque dele.

De inicio ele tentou me dar outro tapa, me desviei para trás e cortei um de seus dedos, sangue se espirrou para todo lado, e ele ficara furioso.

— Defodio! – conjuro. A mão do ciclope se retalhou, mais sangue se espirrou.

Ele arrancou uma arvore com a outra mão e a arremessou em mim, me abaixei no momento exato e ela se espatifou atrás de mim.

O engraçado e que esse feitiço era simples, mas ele tinha força para passar pela pele dura daqueles monstros.

Droga porque ele tinha que ser imune ao fogo, e porque meus poderes tinham que ser de fogo!

— Petrifus Alquimist! – conjuro. Chamas saem da minha varinha e o atingem, mas nada aconteceu.

— A pele dele é muito dura! – gritou Lara. – feitiços simples não penetram em sua pele.

— Obrigado por me falar só agora. – rolo para o lado a fim de me esquivar da mão dele.

Olho para dentro da caverna as barras estavam chegando à metade.

— Use a magia do seu avô! Ele te deu toda a magia dos 8 portões use-a! – gritou Lara. – Você pode, você tem seus oito portões abertos também, use essa magia.

Ela estava certa.

— Por que você não o ajuda? – pergunta Isabella a Lara.

— Essa é uma tarefa dele, eu não posso ajuda-lo no combate, não diretamente, mas posso dar dicas a ele. – respondeu Lara.

Eu me concentro em toda minha magia, nos oito portões mágicos abertos, sinto minha magia se ampliando, meu poder mais alvoroçado e interessado em sair.

— DEFODIO! – grito. Um raio branco sai da ponta de minha varinha e atinge o Ciclope antes que ele preparasse a mão para mais um golpe.

Ele fica coberto de cortes pelo corpo, e cai de barriga para cima.

É agora, penso.

Corro e pulo em cima dele, caminho lentamente em cima de sua barriga enorme, até chegar em seu pescoço.

— Você já era. – digo, e cravo minha espada pouco abaixo do gogó do ciclope. Ele se desintegra em pó dourado e eu despenco para o chão.

Lara corre ao meu encontro com a menina em seu encalço.

Algo se solta dentro do meu interior, algo imenso, algo forte.

Quando finalmente saímos da ilha, um centauro estava nos esperando.

— Quiron! – gritou a Isabella.

— Ola menina, como vai? – pergunta o centauro.

— Estou bem. – disse ela.

— Você deve ser Kevin Castell? – disse o centauro se adiantando.

— Sou sim. – digo. – E você é o Quiron das lendas gregas aquele que treinou Heracles e tantos outros heróis?

— Sim. – disse ele. – Creio que Hécate esteja em divida com você, e ela ira pagar. Creio que não tenhamos tempo para conversar, mas sei que haverão outras oportunidades para isso. Obrigado por salva-la.

— Sem problemas. – disse Lara, como se ela a tivesse salvo.

— Não foi nada. – digo revirando os olhos.

Quando o centauro se virou e começou a correr com Isabella em seu flanco era impossível acompanhar tal velocidade.

— Ora, ora o pirralho conseguiu. – disse Hécate aparecendo a minha frente.

— Me de a minha benção. – digo a ela, todo o alivio de ter acabado com a missão em sucesso e tudo mais se esvaindo de mim e voltando a raiva que sentia dela.

— Me mostre seu soberano primeiro. – disse-me ela.

— SOBERANO! – berro. E um enorme guerreiro em chamas negras vestindo uma armadura branca cresceu a minha volta carregando uma enorme espada de chamas.

— Muito bom! – disse ela. – Eu Hécate lhe abençoo com a magia e a orientação!

Nada aconteceu, não de imediato ao menos depois uma nevoa branca se prendeu em mim, e um manto surgiu cobrindo minhas roupas. Algo em meu ombro direito pesava, quando olhei havia dois cristais.

— Muito bem o manto já apareceu e os cristais também. – disse Lara.

Hécate havia sumido, estávamos sozinhos na avenida e a noite caia.


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