Os Quatro Bruxos. escrita por VFarias


Capítulo 2
Vocês São Bruxos.




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Certo o resto do meu dia não foi tão bom quanto eu esperava que fosse, peguei meu skate e fui para rua na esperança de rever Stela antes do dia de amanha. Fracasso.

Acabei indo para casa e deitando até que acabei pegando no sono, e tive vários sonhos estranhos, mas o que era mais estranho era que todos terminavam com a velhinha do farol de olhos brilhantes, uma mulher da qual eu nunca havia visto antes.

— Leo, o jantar já esta pronto querido. – era minha mãe, nossa eu dormi muito tempo, isso era péssimo porque provavelmente não dormiria depois.

Desço para jantar, meu pai também esta em casa, o que é um milagre a essas horas, todos nos sentamos á mesa.

— Como foi o primeiro dia de aula de vocês? – perguntou papai.

— Foi ótimo pai, fizemos amizade com a Stela e o Kevin Castell, eles são bem legais. – disse Kate.

— Castell é? - disse meu pai – você esta se referindo aos filhos do Dr. Castell?

A pergunta me soou um pouco retórica mas preferi não falar nada e segui a conversa

— Sim, pai são eles. – respondeu minha irmã. – eles são bem legais.

Meu pai deu uma olhada estranha para minha mãe que simplesmente assentiu com a cabeça e fez com que eu não entendesse nada, mas também não falei nada e deixei as coisas fluírem.

Mas pensando bem eles estavam agindo estranho a desde que nos mudamos para Forks no começo das férias de verão, conversas estranhas sobre, como eu e minha irmã ainda não havíamos feito nada de estranho e como algumas pessoas ainda não tinham entrado em contato.

Eu não entendia nada do que eles estavam falando, mas decidi não me envolver, afinal se não estávamos fazendo nada de estranho era bom não era?

Terminei de jantar e subi para o banheiro escovei meus dentes e fui deitar.

Eu não estava com nem um pouco de sono, pois havia dormido a tarde toda. Não era tarde não passava das 21 horas, então me troco, pego as chaves do carro e vou para a garagem.

Correndo a 100 k/h na avenida principal, vejo algumas coisas de relance, e entre elas a velhinha de novo parada no mesmo farol.

Seus olhos mais uma vez brilharam assim que eu passei. O que há de errado com essa velha? Pergunto a mim mesmo, mas também não paro para perguntar e sigo meu caminho.

Embora não tenha um lugar em especial para seguir, decido seguir rumo ás praias. Não sei exatamente qual o motivo, mas eu sempre fui digamos apaixonado por água do mar, não que eu gostasse de beber, óbvio, mas sim de estar dentro, nadando e tudo mais.

Vejo na placa a praia mais próxima e a da reserva de La Push.

Contam histórias realmente confusas dessa reserva, não saberia te contar sobre nenhuma porque geralmente só finjo prestar atenção, porque não me interesso por elas.

Cheguei á reserva, ela não parece nem um pouco indígena, mas devem ser índios modernos.

Sigo caminhando lentamente até a praia, esta escura e um pouco assustadora, mas ainda assim a acho encantadora e até meio magica.

Serio nunca vi uma praia como esta, ela é simplesmente fantástica, a lua paira bem em cima do começo do horizonte, deixando a água por completa em um prateado, sento em uma das pedras e fico olhando o mar, esse é um dos meu prazeres de estar na praia, ficar olhando a vai e vem do mar.

Não sei exatamente quanto tempo fiquei ali, mas deve ser bastante porque quando volto pro meu carro olho meu celular tem exatas 30 ligações perdidas alternadas entre minha mãe e meu pai, coisa que não é comum.

Ligo o motor e sigo de volta para casa, passo no farol e desta vez a velhinha não esta lá.

O que me assusta realmente é onde eu a vejo.

Entro com o carro na garagem de casa notando vozes um pouco altas dentro de casa.

Caminho até a sala de estar e lá estavam toda a família Castell, Dr. Castell, Srª Castell, Kevin e Stela. Meu pai, minha mãe e minha irmã.

— O que esta havendo aqui? – perguntei já era meia noite e meus vizinhos estavam dentro da minha casa, o que havia acontecido.

Quem me respondeu foi Stela.

— Eles querem nos contar algo. E tem alguém lá em cima que eles estão esperando que desça. – respondeu ela.

Nossos pais nos fizeram sentar em cadeiras frente a eles.

— Srª Brad pode descer agora? – perguntou meu pai.

— Já estou descendo Borman! – gritou a mulher em resposta.

— Quem é que esta lá em cima? – pergunta minha irmã, com ansiedade.

Ninguém respondeu a ela, então uma mulher começou a descer.

Achei muito estranha a roupa que ela usava um vestido verde esmeralda, de mangas compridas, mas não era um vestido comum, pelo menos de todas as vezes que eu fui a lojas de roupas femininas com minha mãe nunca vi um vestido como aquele, ela estava com o coque na cabeça prendendo os seus cabelos grisalhos, demorei um bom bocado para perceber que a senhora que descia a escada da minha casa era a Srª de olhos brilhantes do farol, mas ela estava tão diferente, que fora realmente difícil reconhecer.

— O que a Srª faz aqui? – pergunto em um tom meio ofensivo, mas afinal de contas eu estava assustado.

— Vim apenas conversar. Se vocês tivessem parado no farol e me dado uma carona eu não teria demorado tanto assim para chegar aqui. – respondeu ela.

— E sobre o que quer conversar? – pergunta Stela.

— Sobre o que vocês são de verdade. – responde ela. – mas primeiro vamos às apresentações.

— Espere Mafalda, queríamos contar essa parte. – disse meu Pai.

Ela simplesmente assentiu com a cabeça.

— Filhos, nossas famílias estão ligadas de muitas maneiras, os Borman e os Castell tem certo grau de parentesco, mas o que nos uniu ainda mais na geração de nossos pais e a nossa geração, pois alem de parentes somos também muito amigos. - começou meu pai, e isso não fazia muito sentido, se eram tão amigos e ainda parentes porque nunca vimos eles antes, durante 16 anos. Mas mesmo com minha cara de duvida fiquei calado e meu pai continuou a falar - Filhos nós somos bruxos, temos magia em nosso sangue, nós nunca falamos nada porque pensamos que a magia havia pulado a geração de vocês, até que recebemos um comunicado dizendo que nossos quatro filhos eram bruxos, e poderiam ser bruxos muito poderosos. – meu pai parou de dizer quando nossos olhos estavam bem arregalados e o Dr. Castell assumiu o lugar dele.

— Bom nos informaram que vocês eram bruxos com poderes formidáveis, o problema é que a informação vazou e muitos bruxos das trevas descobriram a verdade. E por isso nós nos mudamos com certa frequência, isso na verdade ocorre quando descobrem onde estamos, na maioria das vezes nem nossos feitiços de proteção são fortes o bastante para impedirem eles de nos encontrar. Nós não podíamos enfrenta-los com vocês por perto pois poderiam se machucar e ir a busca deles seria ultrajante, pois teríamos de deixar vocês para trás e com isso eles poderiam vir mais para pegar vocês. – ele fez uma pausa e a Srª Castell assumiu desta vez.

— Nós, nos esforçamos muito para protegê-los e agora que sabem a verdade, precisam aprender a controlar a magia de vocês. Vocês possuem grandes poderes, mas ainda não sabem usar. Então temos uma ideia e o que propomos é que vocês ouçam com atenção tudo o que Mafalda tem a dizer, e se quiserem façam o que lhes for proposto. – disse ela.

— Queridos, não podemos obrigar vocês a nada, mas seria realmente bom para nós e para vocês que seguissem os concelhos de Mafalda. – disse minha mãe. - Mas se não quiserem nós daremos um jeito em tudo.

Nós nos entreolhamos, mas quem tomou a voz foi Kevin, ele parecia realmente empolgado.

— Eu sempre soube que eu era diferente, só não sabia que era tanto. E eu não sei o que a vovó ai vai nos contar, mas eu topo tudo desde que tenham uma escola de magia envolvida. – disse ele com um tom esganiçado na voz de tanta empolgação.

Serio não podia imaginar que um garoto tão obscuro, sombrio e misterioso como Kevin seria alguém assim, tão empolgante, mas o que me surpreendeu ainda mais foi Kate dando apoio a ele.

— Faço das palavras dele as minhas. – disse ela com um sorriso radiante.

— Vão com calma queridos, temos que conversar. – disse Mafalda com um sorriso no rosto. – vocês precisam saber de suas opções, mesmo eu sabendo que vão escolher a opção que eles acabaram de falar.

— Bom pode começar a falar então. – eu digo ficando impaciente. Tomo uma decisão vou esperar ela acabar de falar para que eu me pronuncie novamente acabando com essa farsa ridícula que eles estão tentando passar em nós, bruxos, que piada, até parece que sou o Harry Potter e existe uma Hogwarts para onde iremos.

— Você esta certo temos pouco tempo para essa conversa, tenho muito a fazer antes do inicio do ano letivo em Daneva. Prestem bem atenção, enquanto não tem a própria magia sob controle ela pode ser absorvida, muito facilmente por outro bruxo, se ele souber fazer é claro, fazendo dele realmente poderoso, pois a absorção de magia faz com a sua própria seja muito elevada. O que no caos de vocês o faria quase invencível. E vocês a controlando totalmente isso e mais difícil se não impossível. Mas por enquanto vocês não passam de alvos fáceis, que por sinal não sabem nem ao menos dar um soco, mas possuem talento o bastante para se tronarem bruxos incríveis.. – começou ela.

Não digo nada porque sabia que vinha mais coisa.

— Daneva é uma escola de magia e bruxaria, vocês vão conhecer muitas pessoas lá, vão aprender muitas magias tanto de ataque quanto de defesa, e devido a natureza magica de vocês, vocês vão se tornar fantásticos logo, logo e não vão mais precisar da proteção dos pais de vocês e vão poder ajudar a prender esses bruxos das trevas que estão atrás de vocês.  – continua ela, e então falo.

— Por que não diz tudo de uma vez ao em vez de ficar com essas pausas? – digo irritado. Quebrando minha decisão de não falar nada ate o final.

— Muito bem vou resumir vocês só tem duas opções. Ou vão para Daneva e aprendem a controlar sua magia, aprendem a lutar e a se auto defender, ou morrem aqui sendo sugados ate sua ultima gota de magia vendo seus pais morrerem para proteger vocês deste triste destino. – disse ela encerrando.

Me levanto da cadeira para começar a falar, mas sou interrompido antes mesmo de começar por Stela que esta rindo.

— Vocês – risos – acham mesmo – mais risos – que eu vou cair nesse papinho de bruxaria? Sejamos racionais essa palhaçada não existe. – disse Stela ainda rindo.

Eu não intendi bem o que aconteceu em seguida eu só consegui enxergar Mafalda tirando uma varinha das costas e a sala toda ficou azul e depois Stela não era mais Stela e sim era uma galinha. Segurei o riso porque eu estava mais perplexo por ser verdade toda a história de magia do achando graça em Stela como galinha, embora aquilo fosse muito engraçado.

A sala ficou novamente azul e Stela estava de volta ao normal.

— Sua... – começou Stela mas foi interrompida por Mafalda.

— Bruxa? Garota fala serio isso não me ofende. Alias e um elogio, vindo de alguém tão poderoso! – diz Mafalda sorrindo. – Caia na realidade mocinha. Vocês são bruxos!


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Notas finais do capítulo

p.s 16/04/2017

Como disse anteriormente, estou revisando os capítulos, estou fazendo isso a fim de lembrar de algumas coisas que havia esquecido e afim de corrigir alguns erros que havia cometido, que não foram poucos pelo que estou vendo.
Além de em sequencia conseguir terminar escrevendo o que resta para finalmente essas história que eu tanto gosto ter um fim.

Mais uma vez agradeço a compreensão de todos pela demora e talvez por fazer vocês lerem isso tudo de novo, mas espero que sintam que vale a pena, pois para mim esta valendo.

Obrigado ♥



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