Eu e minha família nos mudamos bastante, mas sério acho que essa foi a pior, eu não sei, o que eu fiz para merecer ter que vir para uma cidade como essa, onde não para de chover, eu não conheço ninguém, e ainda tenho que estudar numa escola onde eu sei que todos vão me odiar. Porque todas às vezes foram assim. Enfim nós nos mudamos para Forks em Washington.

Eu sou Leonardo Borman e tenho 16 anos, costumo ser antissocial com as pessoas, principalmente com os que me olhão torto, mas acho que todo mundo é assim, sempre uso uma faixa na testa no começo era para impedir o cabelo de ir aos meus olhos, mas depois virou parte de um estilo que eu mesmo inventei, não gosto de nada que seja moderno a não ser os tênis, cara os tênis são de mais, enfim, tenho cabelos pretos e olhos castanhos claros, sou muito branco o que pode parecer estranho a qualquer um, já que eu vim do Arizona, onde faz muito sol. Falando de minha família, meu pai e medico do único hospital de Forks, minha mãe abriu um restaurando na cidade vizinha em Port Angeles, porque aqui não haveria espaço, e eu e minha imã Kate de 14 anos vamos para a escola todos os dias, em meu carro, mas claro que ficamos em prédios separados, bom até o ano que vem onde ela vai para o 1º ano do ensino médio, mas enquanto isso não acontece a única hora do dia em que nos iremos nos ver e quando estamos indo e vindo da escola e durante o intervalo.

Hoje de manha como sempre ao que parece aqui em Forks estava frio, coloquei minha calça jeans preta, uma camiseta de manga comprida vermelha, minha jaqueta de couro preta, meu tênis da D.C preto e vermelho, e claro não podia faltar minha bandana, apanhei minha mochila e desci as escadas para tomar café, minha irmã já estava pronta, ela vestia uma calça jeans, uma camiseta de manga comprida preta e seu casaco de lã preto, com sua bota preta de cano alto ate o joelho.

— Bom dia Leo, Kate. – desejou meu pai. Ele e um cara muito elegante ele usa terno quase todos os dias, um jaleco no braço onde carrega a pasta, e ele é loiro como minha irmã e sempre esta com os cabelos penteados para trás.

Minha mãe apareceu logo atrás dele ela estava com um vestido longo azul marinho de maga comprida, até ai muito elegante, mas por cima estava com um casaco preto que não combinava muito bem, mas minha mãe não é do tipo que se importa muito com o que vão dizer de sua roupa desde que elas a esquentem.

Meus pais logo foram para seus trabalhos e já era a hora de nos irmos.

— Vamos Kate ou vamos chegar atrasados em nosso primeiro dia de aula e você entra mais cedo que eu. – eu expliquei, levantando da cadeira.

Peguei as chaves do meu carro, falando nisso eu ganhei um Volvo c30 vermelho sangue dos meus pais, eles me deram de presente de aniversário, exatamente o que eu queria. E com isso provavelmente você deve estar pensando no quanto eu sou mimado, e para ser sincero, no quesito ter o que quero, sou sim, mas antes tenho que fazer por merecer.

Chegamos á escola, não foi difícil achar vagas, só havia um carro parado em todo o estacionamento e era um Peugeot 4007 prata, novinho em folha.

Dentro só havia uma garota loira que devia ter a minha idade e um garoto de cabelos pretos que devia ser seu irmão, pois tinham a mesma fisionomia facial. Embora o garoto fosse mais novo que ela. Estacionei a duas vagas de distancia de onde o Peugeot estava, minha irmã saiu do carro dizendo ate logo e subiu as escadas, não demorou muito o garoto que estava no Peugeot também saiu e subiu as escadas, fiquei no meu carro girei a chave na ignição e ligue o aquecedor e o radio.

Estava tocando Nickelback uma banda que eu realmente gosto .

— Look at this photograph… Everytime I do it makes me laugh… Everytime I do it makes me – eu estava cantando a musica pela quinta vez seguida, pois tinha um CD deles no carro e o coloquei para tocar, quando alguém bateu na janela do meu carro, e a abaixei e me arrependi no mesmo instante, pois o ar frio que entrou fez com que até minha alma congelasse.

— As aulas vão começar. E você ainda esta ai, não achei que seria certo você perder seu primeiro dia de aula. – disse a garota dona do Peugeot.

— A sim, obrigado. – eu disse ao sair do carro. Tranquei o carro e acionei o alarme. – como sabe que é meu primeiro dia de aula?

Perguntei um pouco nervoso.

— Eu estou aqui desde cedo, pois tive que trazer meu irmão como cheguei muito cedo aproveitei para ir a secretaria ver se teria mais alguém novo aqui. E me deram a sua descrição. – disse a garota.

Eu a olhei incrédulo com a coragem dela de chegar a alguém desconhecido dessa forma para conversar, eu mesmo não faria isso e com isso pensei que desta vez a escola podia ser legal já desde o começo.

— A sim. – eu disse – A proposito sou Leonardo, e você como chama? – perguntei tentando parecer desinteressado. Acho que não fui muito convincente a este respeito, já que ela deu um sorriso tímido, mas quem poderia me culpar ela é linda.

— Eu sou Stela, Stela Castell. – disse ela estendendo as mãos.

Por um segundo seu nome pareceu normal para mim, mas depois.

— Espere ai, Castell, da família do Dr. Castell? – perguntei abismado.

Ela me olhou curiosamente dentro dos meus olhos.

— Como você conhece o meu pai? – perguntou ela.

— Ele é amigo do meu pai, Dr. Borman, e ele foi a jantar lá em casa uma vez. Antes de eu me mudar para Forks, eles são amigos a um tempão. – eu disse e logo acrescentei. – Ele foi, digamos oferecer a ideia de uma parceria em um novo hospital para Forks. Naturalmente eles ainda estão amadurecendo a ideia, embora eu ache que um novo hospital aqui seria perda de tempo e dinheiro. – terminei de falar e nós já estávamos na porta da nossa primeira sala de aula. Sinceramente não faço ideia de como chegamos lá, porque não estávamos prestando atenção no caminho e nem em onde andávamos.

— Sim é verdade, meu pai disse alguma coisa sobre isso. Bom, a aula vai começar. – Nos entramos e nos sentamos na mesma mesa, pois aqui as carteiras são em duplas e só havia uma mesa livre. Muitos olhavam para nós como se fossemos anormais ou estivéssemos com coco de pombo na cabeça. O que para mim já é normal, devido a tantas mudanças.

— Bom dia alunos, temos dois alunos novos esta manhã. – ele apontou para nós. – por favor, se apresentem nos dizendo de onde vieram e como se chamam, suas idades, e o que mais quiserem falar, mas digam seus objetivos acadêmicos por favor.

— Stela Castell, 16 anos, era de Londres, meu objetivo acadêmico e cursar Biologia ou Química. – disse ela tão suavemente e com um ar de, “de novo tenho que dizer isso”. O que para mim era realmente chato também.

— Leonardo Borman, 16 anos, também era de Londres, meus objetivos acadêmicos são, Biologia, Química ou Física. – respondi.

— Vocês já se conheciam de Londres? – perguntou uma garota lá de trás.

— Não, nos conhecemos esta manhã. Embora nossos pais se conheçam á muito tempo. – disse Stela.

— Excelente, eu sou o Professor Bill, mas chega de apresentações e vamos dar inicio a nossa primeira aula do ano em Biologia. – disse o Professor.

Nunca havia presenciado três aulas passarem tão rápido, talvez fosse porque eu adorava Biologia, mas enfim no intervalo Stela e eu fomos para o refeitório, de alguma maneira minha irmã e o irmã dela estavam sentados juntos e conversando. Eles acenaram pra nos, e nos fomos nos juntar a eles.

— Stela essa e minha irmã Kate, Kate essa é Stela. – apresentei.

— Olá. – disse minha irmã.

— Kevin, Leonardo, Leonardo, Kevin, ele é meu irmão caçula. – ela nos apresentou.

O garoto parecia ter a idade da minha irmã e acho que estavam na mesma classe, pois nos contavam como se fossem um só sobre suas três primeiras aulas.

Ele tinha cabelos iguais aos meus, olhos castanhos escuros, usava uma roupa toda preta. Se eu encontrasse o garoto a noite na rua sairia correndo achando que era uma assombração.

Nós sentamos a mesa do refeitório, conversamos e trocamos historias, e descobrimos que morávamos na mesma rua, e isso já fazia um mês e nunca havíamos nos visto, talvez porque eu não saia de casa e eles chegaram a uma semana.

Voltamos para as salas de aula, as ultimas três aulas foram muito legais, principalmente quando o professor me fez uma pergunta difícil e eu soube responder com muita eficiência, o que era algo comum também, mas normalmente eu ficava apreensivo quando essas coisas aconteciam, mas desta vez não.

Saindo da escola fomos para nossos carros, pegamos a mesma avenida já que moramos na mesma rua.

Parados no único farol de toda Forks, algumas pessoas atravessaram a avenida, a ultima pessoa foi uma Srª que parou exatamente no meio, olhou para nos e seus olhos brilharam.

Devo assumir que foi assustador.

Chegamos em nossa rua parei o carro em frente a casa de Stela.

— Tchau, até amanhã. - disse-me ela.

Seu irmão apenas acenou com a mão dizendo tchau e entrou correndo para dentro de casa.

— Tchau, prazer em conhecê-los. – digo um pouco mais alto para que o irmão dela talvez conseguisse ouvir.

Entro no meu carro de novo e sigo um pouco mais para frente e entro em casa.