O último Mestre escrita por SabrinaMM


Capítulo 6
4- Ilusões




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Partiram pouco antes do amanhecer. Arya continuava tensa em relação a Tenga, pó isso se mantinha distante desse, conversando apenas com Eragon, pois Angela falava animadamente com seu antigo professor.

Por volta do meio-dia, a elfa começou a estranhar o fato de não terem encontrado vivalma desde saírem das ruínas. Aquela região era habitada por pequenos vilarejos, e já deviam ter avistado algum na linha do horizonte. Mas nada disse sobre isso aos outros, tentando ignorar o fato, e dizendo a si mesma que poderia estar se confundindo.

Mas, ao anoitecer, ainda não haviam visto sequer uma mudança no terreno, e não foi a única a sentir que algo de muito errado estava acontecendo. Não acenderam fogo, se alimentando apenas com frutos. A planície se estendia, sem qualquer alteração, em um local onde deviam haver elevações, pequenos bosques, vilas e fazendas.

A primeira a falar foi a herbolária:

-Há algo estranho aqui, já vim muitas vezes, e me lembro perfeitamente bem dessa região. Já devíamos ter cruzado por no mínimo uma dúzia de fazendas, diversos bosques e um ou dois morros. Ou tudo isso foi varrido do mapa, ou estamos no lugar errado, ou...

-... ou alguém lançou um encantamento sobre este lugar. – disse Eragon – Senti a diferença no ar, mas achei estar imaginando coisas. – desculpou-se.

-Também senti algo, mas não dei importância – falou Tenga -, pois há muito tempo não saio de minha cabana, com exceção das redondezas, e pensei que isso era normal.

-Não é normal, pode ter certeza disso. – disse Arya, asperamente – E também pode ter certeza que esse encanto não estava aqui quando eu e Eragon viajamos por essa região.

-Ela está certa, nós...

Calados, todos vocês. – Disse Solembum a todos, mentalmente – Estão errados, esse encanto é antigo, posso sentir em meus bigodes o tremor do ar, o sussurro das folhas e os passos daqueles que formularam essa ilusão, e que há muito já estão mortos. Não se trata de um encanto élfico, humano ou de qualquer outra raça que conheçam. Isso foi feito por...

-Por quem? – Perguntou Eragon – Vamos, diga-nos!

Pelo povo Pardo. No início, a magia era incontrolável, então eles criaram a língua antiga. Mas, ao fazerem isso, a força que movia a magia se concentrou em um único lugar, protegido por uma ilusão mágica. Devemos voltar, e dar a volta.

Foi o que fizeram. Depois de se virarem, e andarem alguns poucos passos, já se viram em uma região nova, então seguiram para o sul, e em seguida para o oeste, em direção à espinha. Acamparam aquela noite em um relvado, e se alimentaram apenas de vegetais e pão. Arya novamente se ofereceu para o primeiro turno da guarda, e Eragon prontamente pediu para ser o segundo, ansioso para falar a sós com ela; as vésperas da viagem, tinha medo de nunca ter uma chance de dizer, dessa vez lúcido, o quanto a amava.

A elfa, novamente, pediu pra continuar lá, por mais algum tempo. Eragon, tomando coragem, começou a falar-lhe:

-Arya, eu...

Mas foi interrompido pelo som de asas batendo. Asas de um dragão.

-Será que é Murtagh? – perguntou a elfa.

-Não sei – respondeu ele -, mas devemos nos esconder.

Usaram magia para esconder o acampamento, e ocultar-se sob o escudo mágico. Então, viram um dragão pousar, não vermelho, como Thorn, mas verde. E seu Cavaleiro então desmontou, com o rosto coberto por um elmo, e o corpo por uma armadura negra.

Eragon e Arya sentiram suas mentes serem atacadas, e revelaram-se. Tenga saiu da barraca, acompanhado por Angela, ambos de armas em punho. Mas, a primeira a tacar, foi a elfa.

Nenhum dos outros, nem mesmo o dragão, ousou aproximar-se deles, de tão feroz que era a luta.

Eragon pareceu ver a cena de sua luta com Murtagh, na Campina Ardente, pois Arya jogou-se sobre o inimigo, arrancando-lhe o elmo, da mesma forma que ele fizera com seu irmão.

A elfa saltou pra trás, assustada, encarando o homem a sua frente. Mas, olhando bem, não era um humano... era um elfo. Um belo elfo, de olhar nobre, que a encarava.

-Faölin... não pode ser, eu te vi morrendo!

-Não, eu não morri – disse ele, com uma voz tão linda e melodiosa que fez Eragon surpreender-se por ele ser inimigo -, naquela noite, também fui capturado, e levado até Urû’baen. Há pouco tempo, o Rei me fez tocar o ovo, e ele quebrou-se, revelando Yesil, meu dragão. Agora, finalmente fui revelado ao mundo!

Eragon saltou, atacando-o. A luta foi feroz, um raivoso, querendo a todo custo proteger Arya, o outro calculista, avaliando a situação.

Sem aviso, Faölin saltou sobre Yesil, que levantou vôo.

Eragon voltou, e encontrou a elfa abalada, ao mesmo tempo triste e feliz, com raiva e pena...

Ela ainda o amava. Ou pelo menos pensava que sim.


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Notas finais do capítulo

Gente, se vcs encontrarem "i" entre colchetes ( [i] ), é pq eu posto no orkut, então ja escrevo com os códigos... normalmente tiro, mas as vezes deixo passar... sorry!