Assim se passaram dias, e a seguir semanas, meses e até anos.

Já permanecíamos naquela cidade a 5 anos, tudo era normal, era como se fossemos humanos, já tínhamos acabado o ensino médio e agora estávamos na faculdade.

Estávamos no refeitório.

– Ei Ed. – Emmet chamou.

– O que é? – Perguntou virando-se a apanhando como uma bola de neve na cara.

Sim, estava a nevar.

Edward bufou e limpou a cara livrando-se da neve, levantou-se e chamou-nos com um dedo, nós fomos mas todos já sabiam no que isto ia dar.

– LUTA DE NEVE! – Gritou Edward e começou a mandar bolas de neve.

Rosalie começou a fugir para não molhar o cabelo, eu apenas me esquivava como uma humana e, por sorte (sintam a ironia) não era atingida, Jazz fugiu também, ele não estava de bom humor para isto hoje e Edward e Emmet pareciam duas crianças eu decidi entrar na brincadeira.

Ficamos o intervalo todo assim e outros foram-se juntando a nós.

Tocou, assim que o sinal acabou de tocar uma sucessão de imagens passou-me diante dos olhos, era a aula de biologia, onde estava Edward e Emmet infelizmente o professor decidiu que iriam fazer uma experiência com sangue humano dos alunos, a visão acabou e eu fui atingida com uma bola de neve lançada por Emmet que não havia percebido o meu transe.

– Allie. – Jazz ajudou-me a levantar, após eu ter caído de costas com o impacto, olhando com ar reprovador para Emmet que riu.

– Não rias Emmet, ela estava a ter uma visão. – Edward repreendeu-o. – E se a Alice não visse estávamos em maus lençóis.

– Porquê? O que a baixinha viu? – Perguntou Emmet fazendo-me ficar mais stressada do que já estava.

– 4 palavras: Biologia, Experiência, Sangue humano. – Disse Edward.

– Eu acho melhor nós irmos todos para casa é perigoso ficarmos as nossas salas são perto demais. – Disse Rose juntando-se a nós.

Assentimos e seguimos para o carro, tínhamos de inventar uma desculpa então a melhor foi eu e a Rose termo-nos sentido mal, Emmet levava Rose ao colo que fingia estar com dores de estômago e Jasper levava-me ao colo, eu fingia estar com dor de cabeça o que não era totalmente mentira pois quase sempre que uma visão acaba eu fico com leves dores de cabeça.

Chegamos a casa e avistamos o carro e Carlisle em frente a garagem.

– O que o Carlisle faz aqui a esta hora? – Perguntou Jasper saindo do carro e dirigindo-se a porta de casa.

Saímos também e entramos em casa Esme e Carlisle estavam deitados no sofá, abraçados e aos beijos.

Edward bateu o pé para chamar a atenção, os nossos pais decolaram-se e começaram a ajeitar a roupa amarrotada.

– Que fazem a esta hora aqui? – Perguntou Esme com tom reprovador, O.o , acho que interrompe-mos alguma coisa.

Edward e Jasper reprimiram uma risadinha que teimava em fugir.

– Isso, perguntamos nós a Carlisle. – Disse Emmet.

– Dia de folga. – Suspirou Carlisle – E vocês? Não era para estarem nas aulas?

– Só se quisesses que tivéssemos a escola toda como testemunha da nossa realidade. – Disse Edward.

Carlisle abriu os olhos, olhando-nos com preocupação e depois focou o olhar em Jasper, culpavam-no sempre de tudo oq eu acontecia de mal. Jasper suspirou e levantou as mãos em sinal de rendição.

– Eu não fiz nada. – Defendeu-se.

– Desculpa – Eu até pensei que ele ia dizer que era força do habito mas não disse - mas contem lá o que aconteceu. – Exigiu.

Descrevemos tudo para Carlisle e Esme, ocultando a parte da luta de neve dizendo apenas que saímos do refeitório e eu tive uma visão e o Em mando-me uma bola de neve na brincadeira, mesmo assim levou reprimenda.

– Podia ser uma catástrofe, mas de qualquer forma nós tínhamo-nos de mudar – Disse Carlisle – as pessoas começam a notar a falta de mudança, mesmo em pouco tempo como 5 anos os humanos mudam.

– Para onde vamos então? Eu acho que não aguente outra cidade fria e nublada. – Disse.

– Desculpa Alice mas vamos para Yakutsk. – Anunciou Esme.

– Isso é na… - Parei para tentar-me lembrar das aulas de geografia e lembrar-me onde ficava. – RÚSSIA! – Gritei.

– Eu não sei russo. – Defendeu-se Rose. – Acho que ninguém aqui sabe.

– Eu sei. – Manifestou-se Edward, Rose tapou a boca do Ed e sussurrou-lhe um fica calado.

– Nunca lá estivemos e acho uma boa ideia. – Disse Carlisle.

E assim íamos partir para a cidade mais fria do mundo.

Que agradável! Passarmos anos encasacados a fingir que tínhamos frio quando o que tínhamos era uma enorme vontade de ficar apenas de camisola de alças.