What Is Love escrita por Miss2simple


Capítulo 15
Forever or never


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, por favor não me matem! >.



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Capitulo 14: Forever or never

Ao chegar em casa fecho a porta rapidamente, afinal nunca se sabe. E de acordo com a minha sorte esses dias eu não duvido de nada!

Suspiro longamente e vou subindo as escadas, ou melhor, vou me arrastando pelas escadas. Essa noite que passei na casa do ryu foi realmente demais para meu coração, às vezes sinto que vou enfartar se eu continuar desse jeito.

Entro no meu quarto, fecho a porta e me jogo na minha cama com mochila e tudo.

Ah, eu tenho que ligar para a Sawako e pedir desculpas, ela deve estar me esperando na casa dela sem entender nada.

Pego o telefone do bolso menor da minha bolsa, disco o numero e espero ela atender.

–Olá – a voz suave da Sawako soa em meus ouvidos.

–Sawako! Que bom que você atendeu. Eu queria te explicar o porquê de eu ter falado aquelas ...

–Ah, não se preocupe Chizu-chan. Eu soube que você passou a noite na casa do Ryu e imagino o porquê dessa confusão toda.

O QUE?! COMO ELA SABE?

AYANE-CHIN!

–Deixa eu adivinhar – Falo com a voz pouco controlada de raiva – A Ayane-chin que te falou, não foi?

–Bem ...

–Não, não fale nada! Eu sei que foi ela! Argh, o que ela está pensando?! – Levanto-me da cama e fico andando feito um touro pelo meu quarto.

–Talvez ela ...

–Quando eu me encontrar com ela ... Vai ver só! Não acredito nisso! Não me entenda mal Sawako, não é nada contra você saber disso, afinal você é minha melhor amiga junto com a Ayane-chin .

–Obrigado Chizu ...

–Mas ela já esta passando dos limites! Você não sabe o que ela colocou na minha mochila! E se o Ryu me visse daquele jeito? Eu morreria!

Instantaneamente a imagem do Ryu me vendo vestidas naqueles trajes indecentes me deixou incandescente. Levo a mão livre ao rosto só de imaginar essa cena terrível, e se o pai dele também acabasse entrando na hora e nos visse desse jeito?!

AI SENHOR, PORQUE COMIGO?!

–Hã, Chizu-chan? Você ficou quieta de repente e estou preocupada agora – A voz de Sawako se torna um pouco agitada agora – você quer alguma ajuda? Se você quiser é só falar!

Mas que amor de garota, Kazehaya tem muita sorte. Falando nisso, hoje é dia dos namorados e eu aqui interrompendo. Talvez ela e o Kazehaya tenham planos e eu aqui atrapalhando, que amiga que eu sou!

–Sawako, hoje é o dia dos namorados e não vou te perturbar com meus problemas. Certamente você e o Kazehaya devem ter planos para hoje. Amanha a gente se vê na escola, ok?

–Hã, claro Chizu-chan. Mas se precisar de ajuda não esqueça de me ligar! – Sinto que ela deve ter ficado um pouco envergonhada, e isso confirma minhas suspeitas de que ela e o Kazehaya têm planos para hoje.

–Pode deixar, ate amanha.

–Ate amanha, Chizu-chan.

Desligo a telefone e suspiro fortemente enquanto sento com toda a força na minha cama.

Amanha tem aula e isso me lembra de meu problema numero de numero ... Vamos ver. Pego papel e lápis da minha bolsa que esta ao pé da minha cama ao lado da cabeceira.

Dizem que é bom você escrever todos os seus problemas em um papel e assim sua mente automaticamente ira buscar soluções para cada um deles. Tenho serias duvidas que isso vai ser possível no meu caso, mas não custa tentar ne?

1 – meu melhor amigo se declarou para mim

2 – nosso relacionamento mudou por causa disso, mas não por culpa dele e sim por minha.

3 – tem umas biscates que se declararam para Ryu e uma em especial que veio tirar satisfações sobre o meu relacionamento com o Ryu. Mas isso é assunto passado, mesmo assim só de pensar me dá nos nervos

4 – alunos novos e uns conhecidos estão achando que eu e Ryu estamos realmente em um relacionamento, ou melhor, namorando. E tudo isso aconteceu de uma vez só em uma festa, e ate hoje eu penso que essa festa foi na verdade uma furada já que sai de lá bêbeda e acabei dizendo e fazendo umas coisas ‘bem’ constrangedoras.

Ps: eu não bebo nenhum tipo de bebida alcoólica, um penetra que descobriram mais tarde estava fazendo isso na bebida de todos.

5 – eu pedi para o Ryu, meu melhor amigo e que se declarou para mim, para que fingisse que estamos juntos na escola. Como disse no problema numero 4, sobre a festa e os alunos novos, deram em cima de mim e para eu despista-los acabei aceitando eles estarem achando isso.

Ps: o Ryu não pareceu nem um pouco incomodado ao ter que fingir na festa para afasta-los de mim.

Ps 2: os tais alunos apareceram na loja do pai do Ryu ontem e agora mesmo que eles têm certeza que estamos juntos.

Vamos ver estou esquecendo alguma coisa ... Ah!

6 – minha mãe e o oji-chan estão falando coisas desconexas sobre eu e o Ryu, e isso está muito suspeito.

E por ultimo e não menos importante o problema numero 7.

7 – ao reler tudo o que eu escrevi eu percebi que o maior problema é esse. Eu não sei o que eu realmente sinto.

Eu sempre imaginei que ficaríamos para sempre juntos, não importasse o que acontecesse, nós sempre estaríamos juntos, sempre. Eu nunca imaginei que isso significasse amor, talvez eu ainda não saiba o que isso significa.

Argh! Estou tão confusa! A minha vontade é de descarregar toda a minha raiva e frustação em Ryu, mas ele é o problema!

Olho para o relógio na parede e vejo que já é hora do almoço, daqui a pouco minha mãe vai chegar e preparar meu almoço. Só de pensar no almoço minha barriga ronca alto, graças á esses problemas nem consigo pensar me comida direito, o meu caso é pior do que parece.

E só de pensar que amanho eu irei para a escola com o Ryu fingindo ser meu namorado fica pior ainda, mas o estranho é que eu estou me sentido ... Ansiosa? Nervosa?

Parece ate que realmente estamos juntos e estou nervosa só de pensar em nos verem juntos.

Sinto o calor me invadir e penso em como seria se realmente estivéssemos juntos e ... OK, OK, VOU SAIR DESSE QUARTO!

ESTOU COM PENSAMENTOS PERIGOSOS DEMAIS, NÃO POSSO PENSAR ASSIM, NÃO MESMO!

Levanto-me da cama e vou descendo as escadas, nem que eu tenha que fazer meu próprio almoço para esquecer o Ryu, eu vou esquecê-lo por agora!

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Adianto os ingredientes ate a minha mãe chegar e para minha surpresa ela chega antes do previsto.

–Chizuru, estou em casa! – Ela anuncia na porta enquanto tira seus sapatos. Respondo-a enquanto pico com cuidado os legumes.

–Ora, quem diria está preparando seu almoço é? Já vou avisando que esse mês nada de coisas caras. – Minha mãe coloca a bolsa em cima de mesa e vai andando em minha direção acompanhando meu trabalho.

–Como se eu fosse esse tipo de filha – Reviro meus olhos ao olhar para ela rapidamente.

–Filhos são filhos, Chizu. Sempre querem alguma coisa dos pais e fazem alguma coisa no interesse. -Minha mãe da de ombros – Então, como foi lá na casa do Ryu?

Sobressalto-me e quase que a faca voa da minha mão. Certamente esse meu comportamento estranho não passou despercebido pela minha mãe, essa mulher é assustadora quando quer.

–Foi ... Foi muito legal. Pedi para o oji-chan para eu ajuda-lo também na contabilidade da loja e ele disse que sim. Eu falei que era para me ajudar no futuro já que eu sou boa nisso, não posso desperdiçar essa oportunidade.

–Está certíssima Chizuru, fico feliz – Minha mãe concorda com a cabeça e de repente sorri para mim e eu sinto isso sem ao menos olha-la. Que Deus me ajude! – E o Ryu?

–Ah, ele está ótimo! Comendo que é uma beleza, e também treinando bastante! Orgulho da família Sanada – Bufo em desdém, mas se ela pudesse ver meu rosto com certeza veria meu desespero estampado.

–Não, Chizuru, eu quis dizer como que está entre você e o Ryu? –Seu sorriso continua mas eu vejo sua áurea sinistra.

–Ah, estamos como sempre estivemos antes, brigando, estudando e ... Hã trabalhando. – Não é uma mentira, mas também não é de toda verdade. Dou um sorriso amarelo e a áurea sinistra da minha mãe parece aumentar.

Antes que minha mãe respondesse qualquer coisa à campainha toca e eu a olho espantada. -Estava esperando alguém Chizuru? – Minha mãe olha para mim desconfiada.

–Claro que não mãe! –Essa mulher ...

–Bem, vá atender enquanto eu termino isso aqui – Ela pega a faca da minha mão enquanto eu tiro o avental e o penduro perto dos armários.

Que estranho, não estou esperando ninguém e pela expressão da minha mãe muito menos ela. Mas quem ...?

Abro a porta rapidamente e me deparo com um Ryu de boné e totalmente relaxado na minha frente.

Congelo na hora e parece que a minha alma mais uma vez deixou esse mundo. Mas é uma covarde mesmo!

–Chizu? Você esta bem? – Ele me olha estranhamente

–Aham – Estou petrificada e só consigo olhar para a cara dele. Mil pensamentos vagam pela minha mente e o principal deles é:

RYU E NA MINHA PORTA

Por puro reflexo olho para minha roupa, e vejo que eu não deveria ter atendido a porta com uma camisa do Ryu que eu peguei e que não devolvi a ele por que a camisa é simplesmente muito confortável e Ryu me disse que eu poderia ficar com ela o tempo que eu quisesse.

Ryu segue meu olhar e então percebe a camisa, e eu continuo parada na porta olhando para a cara dele e pensando em como a vida para mim não é nada fácil.

–Você realmente gosta dessa camisa, não é? – Ryu sorri para mim, e eu não consigo perceber mais nada á minha volta, só Ryu sorrindo para mim.

–Aham – Digo novamente, eu tenho que retomar o meu controle!

Respira Chizu, respira!

Quando estou prestes a perguntar o porquê dele ter vindo ate aqui e a chama-lo de idiota também, ele tira uma pequena sacola do bolso do casaco e a estende para mim.

Eu pego-a lentamente e com cuidado, afinal não sei o que tem ali dentro.

–Mas... Mas Ryu você não deveria me dar o presente de volta só no dia branco? – Eu olho-o espantada.

–Não preciso de dia certo para te dar algum presente, Chizu. E o dia branco só serve para a pessoa saber se seus sentimentos são recíprocos ou não e você sabe quais são meus sentimentos em relação á você. –Ryu diz seriamente.

Eu abro minha boca e de nada sai de lá, ele não pode ficar com a ultima palavra.

–Alias, adorei a luva e os cupcakes estavam deliciosos – Ele sorri dessa vez, e eu continuo parada olhando-o enquanto ele se vira, mas ele se volta rapidamente. – Ah, e o filme eu vou deixar você escolher. – Ele se vira novamente e vai correndo em direção á sua casa.

Mas o que? O que acabou de acontecer aqui meu Deus?

Fecho a porta com a mesma expressão de estatua e vou andando de volta para a cozinha onde minha mãe me espera encostada na bancada da cozinha com os legumes recém picados.

–Chizu, quem era? – Ela me pergunta, mas pelo sorrisinho percebo que ela pode desconfiar de quem era.

–Hã? – Respondo estupidamente e ela olha para mim fixamente quando percebe que há algo em minha mãos.

–Um presente de dia dos namorados? Mas não era para ser no dia branco?

–É, eu sei – Meu transe se desfaz lentamente, mas ainda me sinto meio zonza – Eu disse isso para ele mas ...

–Ryu, certo? - Minha mãe estreita os olhos e desafiando a mentir.

–Aham –Respondo lentamente temendo sua reação.

–Bem, vamos ver o que é! – Minha mãe fica a minha frente e faz um gesto com a mão me induzindo a abri-lo.

Coloco-o em cima da bancada e vou abrindo com cuidado. A sacola é branca e está fechada com uma fita vermelha. Com cuidado desfaço o laço e tiro de dentro uma caixa igualmente branca com detalhes em cor de prata, minha mãe vai admirando tudo enquanto eu vou manuseando com cuidado.

Vejo que do lado da caixa tem um pequeno botão e uma abertura e eu o aperto e a caixa faz um barulho e a tampa se levanta levemente uns milímetros. Eu abro-a com a mão lentamente e vejo um cordão simples de prata com um símbolo no meio, um símbolo do infinito.

Pego o cordão como se fosse a coisa mais cara do mundo e o observo lentamente, levanto em direção aos meus olhos e passo a mão no símbolo e vejo que tem algo escrito em relevo.

“until infinity”

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Olho abismada para o cordão em minha mão. Olho de relance para minha mãe e vejo-a de boca aberta, com o rosto tão assustado quanto o meu.

–Chizuru! – Minha mãe exclama e eu dou um pulo que quase deixo o cordão cair da minha mão.

–Mae! – repreendo-a – Não me assuste desse jeito!

O olhar de espanto some de seu rosto e me olha como uma mãe impaciente.

–Chizuru, tem algo na tampa de cima da caixa – Minha mãe revira os olhos.

Ah claro, estava tão surpresa com o cordão que nem me dei conta de mais nada ...

Dou o cordão para minha mãe segurar e ela o segura como se fosse uma criança de colo, ou uma bomba, para mim as duas tem o mesmo significado. Nada contra as crianças, claro, elas são fofinhas e tudo. Ate o momento que eu tenha que cuidar de uma, tenho ate pena de criança só de pensar nisso.

Puxo o papel com cuidado com medo de rasgar, mas ele sai facilmente. O papel não estava preso em nada, só foi bem colocado em cima da tampa para que não acabasse caindo ao abrir.

–O que é Chizuru? – Minha mãe está obviamente curiosa, esta quase em cima de mim tentando ver o tal papel.

–É... Um Ingresso? - Faço cara de confusão e minha mãe me olha sem entender. – Um ingresso de cinema – Digo olhando-a como se estivesse pedindo explicações.

Seus olhos se arregalam em espanto.

Mas por que ...?

Ah, não! Isso não é o que eu estou pensando? Ou é?

Olho mais desesperada por explicações que nunca para minha mãe. E ela me olha cada vez mais assustada, parece ate que eu acabei de dizer que estou gravida e não sei quem é o pai.

–Chizuru! – Mais uma vez minha mãe da uns gritos típicos dela que me assustam ate a alma.

–Mae! – grito de volta

–Chizuru!

–O que mãe?! – Percebo o tom que usei com ela e automaticamente me arrependo.

–Mas que tom foi esse hein?! – Seu olhar agora me gela a alma

–Ah, era brincadeirinha mãe, só para entrar no clima já que você estava gritando então ... – rio sem graça e mexo na ponta de alguns fios do meu cabelo tentando desviar a sua atenção.

–Acho bom – Ela desvia seu olhar congelante de mim e volta a olhar para o papel em minhas mãos – Voce tem duas horas para se arrumar Chizu.

–O-que?! – olho-a petrificada

–Isso mesmo está aqui, olhe – Ela aponta para a hora em que as sessões começam– Aqui Não tem um filme que você queria ver? Volte e meia esse filme é anunciado em todo lugar. Dizem que é um sucesso.

–Sim, eu estava doida querendo ver esse filme. Mas como o Ryu...? – Imagens automáticas parecem em minha mente de todas as vezes que eu falei desse filme e Ryu estava perto. E ele como sempre não demostrou nada! Safado!

–Bem, vamos logo ver as roupas, as sapatos ... –Minha mãe vai contabilizando com os dedos e eu vou me desesperando.

–Nada disso! Eu mesma cuido disso – Cruzo os braços não dando chance para discussão, mas no fundo estou morrendo.

Minha mãe me olha por uns bons minutos e eu começo a me arrepender.

–Tudo bem – Ela solta um longo suspiro, como se tivesse o prendido nos minutos que ficou me encarando.

Vi minha vida passando diante dos meus olhos agora! Quase que morri, meu Deus!

–Ó-ótimo – Balanço a cabeço repetidas vezes. Deve ter ficado que nem aqueles bonecos de cabeça mole que fica balançando nos carros e caminhões porque minha mãe fica me encarando sem entender.

–Chizuru! Vai logo! - Ela aponta em direção onde fica as escadas – Senão você vai se atrasar para seu encontro com o Ryu – Ao dizer encontro e Ryu na mesma frase ela não consegue se controlar e solta uma risadinha.

–Um encontro entre amigos de infância! – Vou arrumando meus presentes e pegando o ingresso tentando transmitir essa certeza, mas acho que não estou conseguindo.

–Aham, claro – Minha mãe continua dando seus risinhos.

Penso em virar para encarar ela mais uma vez, mas sei que vai ser em vão. Saio bufando e pisando firme no chão ate chegar em meu quarto.

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Ouço a porta ser aberta no andar de baixo e eu automaticamente entro em pânico. Há também vozes baixas e risinhos que com certeza pertencem a minha mãe.

Okay, respira Chizu! Você consegue! Você é forte! Você é guerreira!

Ouço duas batidinhas na porta e logo ouço minha mãe.

–Chizuru, Ryu já esta aqui e esta te esperando no fim da escada.

Esqueçam o forte, guerreira e a parte de que eu consigo porque agora eu estou mais desesperada do que nunca!

–Se você não sair em um minuto eu vou ai e ...

–Já estou indo, só estou pegando meus sapatos! – Eu sei que eu sou uma péssima mentirosa, mas não custa tentar. Respiro fundo e olho meu reflexo no espelho, reparo na maquiagem básica que fiz, - graças ás aulas da Ayane-chin -, e no meu short de cintura alta levemente desfiado nas pontas. Ajusto minha camisa que é apertada demais para meu gosto, mas eu ganhei ela ( você deve estar se perguntando se foi da Ayane, ne? Mas não, foi da minha mãe durante uma viagem que ela fez a trabalho) e com meia manga.

Pego a bolsa, a coloco nos ombros e logo pego as sapatilhas e as carrego comigo em direção á porta. Respiro fundo duas vezes e abro a porta com toda a coragem que eu não tenho e certamente nem vou ter.

Ótimo Chizu, agora se lembre de respirar e de NÃO CAIR DA ESCADA!

Embora eu não esteja de salto alto, essa com certeza é a pior tentativa de descer a escada de alguém. Eu me seguro na parede com uma das mãos e com a outra eu tento segurar os sapatos, e ambas tremem.

Eu não vi Ryu nenhum me esperando, mas essa minha mãe...!

–Chizu, quer ajuda? – Quando desço mais um degrau eu o vejo me esperando do lado da escada um pouco mais acima do que o fim da escada. E eu automaticamente paro, e ainda bem que fiz isso, senão acho que teria ido de cara nos degraus.

Ryu esta de calça jeans e com uma camisa xadrez vermelha e preto abotoada quase ate em cima, exceto pelo ultimo botão.

JESUS, ELE PARECE UM DAQUELES JOGADORES FAMOSOS QUE FAZ AS MULHERES VEREM OS JOGOS SÓ PARA OLHA-LOS DESCARADEMENTE.

E você está olhando descaradamente para ele, Chizu

Esse último pensamento me faz acordar do meu transe na hora.

–O-o que? – Digo e olho para as minhas mãos desnorteada.

–Os sapatos, você quer que eu os segure para você enquanto você desce? – Ryu vem em direção as escadas e logo quando põe o pé no primeiro degrau eu faço questão de negar veemente com a cabeça.

–N-não precisa! Eu estou bem, é só...

–Ah finalmente! Achei que teria que ir te trazer, Chizu – Minha mãe surge, sei lá da onde, acho que da cozinha. Ela cruza os braços no peito e sorri ao me ver – Agora sei porque você demorou tanto.

Ela solta mais risadinhas sinistras. Dou um olhar mais congelante, mas ela continua sorrindo e quando percebo estou no ultimo degrau ao lado de Ryu.

–Pronto, acho melhor irmos logo Ryu antes que... Ryu? – olho espantada para ele. E coro ao perceber que ele esta me olhando fixamente, fixamente ate demais!

É o colar! Ah sim, com certeza ele viu esse colar no seu pescoço.

–Sim, também acho vocês irem logo – Minha mãe pareceu ignorar a situação – E sobre o horário de chegar em casa, não se preocupe com isso Ryu, desde que ela chegue em segurança – Minha mãe da de ombros e seu sorriso continua estampado, parece ate o coringa de tanto que sorri.

Ryu sorri gentilmente para minha mãe e eu vou junto com ele em direção a porta para nos calçarmos. Quando saímos sinto o ar refrescante da noite chegando e já imagino que estamos perto do horário do inicio do nosso filme. Enquanto damos os primeiros passos rumo á ‘fugir da minha mãe casamenteira’ eu já comemorava internamente pensando ‘nossa, ate que não foi tão constrangedor assim’, mas como sempre, as coisas dão erradas para mim.

–Ah e mais uma coisa – Fecho os olhos e oro mentalmente – Não se esqueçam que os netinhos são para depois do casamento, adoraria uns dois ou três mas posso esperar e vocês também! Bom filme!

Minha mãe acena alegremente para nós, logo fecha a porta e eu continuo aqui parada pensando ‘isso só pode ser castigo!’


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^
Até o próximo capitulo!



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