Fight For Love escrita por Natty, Lady Darkness
Depois de dar aquele “sacode” no Dani, sai para passear na praia com o Edu. Parei de andar quando chegamos perto do mar.
–Vamos ficar aqui? – Perguntei.
–Depois voltamos aqui, quero te levar em outro lugar. – Ele respondeu.
–Onde? – Perguntei novamente.
–Você vai ver... – Ele disse, depois pegou na minha mão e fomos andando no caminho das pedras. Eu já estava com os pés doloridos quando perguntei:
–Onde estamos indo?
Ele não me respondeu.
–ONDE ESTAMOS INDO, EDUARDO?! – Insisti.
–Calma nervosinha! É logo ali na frente! Só temos que descer da montanha e pronto! Chegamos! – Respondeu.
Quando ele disse isso, pensei comigo: Como vamos descer daqui, se é a maior montanha da cidade e do outro lado não tem como subir ou descer? Vamos saltar?
Pouco depois o Edu parou de andar e falou:
–Pronto! Agora é só descer!
–Como? Aqui não tem pedras firmes para pisar! A maior parte deste lado é lisa e as pedras não são firmes e tem pontas afiadas!
–Relaxa, eu vou te mostrar! – Me respondeu, depois tirou uma corda da mochila e amarrou em uma pedra que tinha lá em cima.
–Isso não vai soltar? – Perguntei.
–Não, essa pedra é presa na pedra base da montanha de pedras, ela não solta. – Ele me respondeu, depois começou a dar alguns nós pela extensão da corda. – Você coloca as mãos por cima desses nós e se segura, e os pés você coloca sobre as pedras, se você não colocar o seu peso todo em cima dessas pedras afiadas e pontudas, elas não quebram. Pode ir!
– O QUE? POR QUE EU VOU PRIMEIRO?
– Esta bem, eu vou primeiro, quando chegar lá no chão você vem, ok?
– Ok! – Respondi animada.
O Edu desceu em menos de 5 minutos, parecia que estava acostumado a fazer isso. Eu demorei mais, afinal, nunca havia feito uma loucura dessas! Quando cheguei lá em baixo, repeti a pergunta:
– O que nós vamos fazer aqui?
– Vou te levar para passear de gôndola. – Respondeu finalmente.
Quando fomos perto do barco, não sei o que me deu, mas senti medo de tal forma como nunca havia sentido:
–Edu, eu não quero andar nisso...
–Por que amor?
–Eu estou... Eu estou... Eu estou com medo...
–Amor, se acalme! É seguro, eu peço para ele não ir rápido e para não ir para o meio do mar.
–Obrigada... Me promete uma coisa?
–O que?
– Se eu sentir medo, você vai pedir para ele voltar pra cá?
– Claro! Eu acho que não tem nada pior do que sentir medo!
Depois de ouvir isso, me senti mais confiante e entrei no barco. Ao contrário do que pensei, não senti medo! Foi muito gostoso sentir o leve balanço da gôndola, olhar para o céu azul na companhia do Eduardo... Quando voltamos para a praia onde fica a casa sentamos na areia e ficamos conversando sobre o futuro, sobre a vida... Eu estava tão feliz!
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