Acordei caída no chão com meu irmão do meu lado me chamando desesperado e me cutucando.

-Kiara!Kiara! Acorda, mana!- dizia ele.

Abri meus olhos e olhei para ele.

-Kenai? Onde estou?

-Na floresta, vem, eu te ajudo a levantar.

Me levantei com dificuldade e meu irmão acabou me pegando no colo.

-Valeu maninho.

-Poxa mana, quase que você me mata de susto!

-Desculpa, eu estava perseguindo a bruxa, mas ela acabou levando a menina.

-Tudo bem. Nós caçamos ela mais tarde.

Ele me levou para o hotel. Lá tomei um banho, comi e depois fui dormir.

Acordei algumas horas depois, com o meu irmão entrando no quarto eufórico.

-Kiara!- dizia ele gritando.

-O que foi, criatura? Por que ta tão eufórico assim?

-Achei uma pista!

-Pista?

-Sim!

-Então fala.

Ele colocou um mapa na mesa e disse:

-Ta vendo esse ponto aqui?- perguntou me apontando um desenho que representava uma montanha.

-Sim, o que tem?

-Antigamente as bruxas faziam muitos Sabás lá.

-Então você acha que a bruxa que está seqüestrando as crianças pode fazer um sabá lá?

-Sim!

-Ok, só pra saber, quantas crianças ela já capturou?

- 11, por que?

-Precisamos ficar ligados com isso.

-Ok. Agora se prepara que daqui a pouco vamos trabalhar.

-Ok.- disse indo vestir minha roupa.

Fomos trabalhar.Nada aconteceu.

Pela manhã, o xerife da cidade veio desesperado procurar por mim e meu irmão no hospital

-Ela seqüestrou mais uma criança, um menino!

-Onde?- perguntou meu irmão.

-Na cidade vizinha.

Eu e Kenai nos olhamos.

-Já sabemos onde elas estão. Pode ficar tranqüilo. Traremos as crianças de volta.

-Espero que sim. Agradeço por tudo.

Eu e Kenai nos aprontamos e fomos para a floresta.

Depois de um tempo, avistamos uma bruxa.

-Shhh.- disse meu irmão.

Fiquei quieta enquanto ele ia em direção da bruxa, servindo como isca.

Ela olhou para trás e o atacou. Foi ai que percebi que era a mesma bruxa que seqüestrou a menina.

-Hoje você me paga.- falei baixinho e sai correndo em direção a ela.

Pulei e dei um soco em seu rosto. Ela cambaleou para trás e eu gritei:

-Ice Make:Dance!

Nós lutamos como felinos, até meu irmão a acertar com o Ice Make Prison.

Ela ficou que nem louca dentro da jaula.

-AGORA FALE! ONDE ESTÃO AS CRIANÇAS?- gritei.

- É tarde demais.- disse ela sorrindo.

Olhei para o meu irmão e ele disse:

-Se você não falar vou te acertar com isso: Ice Make: Knukle!

Ela olhou espantada e eu disse:

-Fala logo!

-Depois de doze luas, as luzes tocam o chão formando um mar de sangue. Com o sacrifício, os seres da noite receberão a juventude eterna!

-Uma profecia?- perguntou meu irmão para mim.

-Sim.- disse concentrada nas palavras da bruxa e então eu entendi o que ela queria dezer.- Kenai, quantas crianças já foram seqüestradas?

-Doze.

-Hoje vocês farão o sabá, não é?-perguntei para ela.

Mas só obtive uma expressão de ódio.

-O que ela quis dizer com “As luzes tocam o chão?”

Lembrei do livro que tinha lido para me ajudar nesse caso.

-É uma cerimônia que existe, em que as bruxas aumentam seus poderes usando a Aurora Boreal! Mas precisa de doze sacrifícios, que no caso seriam cãs crianças.

-Então isso seria hoje?

-Sim.

Ele olhou para a bruxa com raiva e eu sai de perto.

Só consegui escutar o : Ice Make: Cannon.

Depois meu irmão veio até mim e disse:

-Pronto, ela já ta fritando.

Fomos até o lugar do possível sabá.

Fizemos paredes de gelo por todo o perímetro e depois esperamos as bruxas chegarem, que não param de chegar.

-A lua apareceu, daqui a pouco a aurora também vai.

Esperamos mais um tempo até ela aparecer.

-Ta na hora, vamos?- perguntou meu irmão.

-Vamos.

-Eu encaro as bruxas e você liberta as crianças.

-Ok- respondi.

Chegando na montanha, me escondi atrás de algumas pedras. As crianças estavam acorrentadas em uma arvore próxima a mim.

Uma das bruxas falou:

-Hoje nós vamos ganhar a juventude eterna! Pelo sangue das crianças e pela vida da mais bela, que chegará daqui a pouco.

Meu irmão entrou em ação.

-Hora, hora, hora! O que temos aqui?! O irmãozinho que meche com gelo.- disse a bruxa.

Ele riu e disse:

-É melhor vocês acabarem com essa bosta de Sabá, ou então terei que matar todos vocês.

Ela gargalhou e disse:

- Mas você é muito corajoso. Infelizmente não precisamos de você, mas sim de sua irmã.

Choquei na hora.

-O que vocês querem com minha irmã?- perguntou sério.

-A vida dela.

Nessa hora a aurora começou a bater com suas luzes no chão e a bruxa voltou a dizer:

-Irmãs! Chegou a hora! Matem a primeira criança.

Uma das bruxas pegou uma menina e já ia a matar com um machado quando eu intervi usando o Ice Make Hamer, a jogando longe.

Antes que conseguisse libertar as crianças, alguém me segurou pelo braço e me jogou longe.

Me levantei e vi que era a bruxa que estava falando antes.Meu irmão estava lutando com o restante das bruxas.

-Chegou a sua hora, garotinha.- ela me disse mostrando uma faca.

Por algum motivo eu não conseguia usar a magia.

-Você não vai conseguir usar nenhuma de suas magias, eu selei todas elas.

-Então terei que apelar para a força física!- disse metendo minha cabeça em seu nariz, que começou a sangrar muito.

Comecei a dar-lhe socos no rosto, junto com chutes na barriga. Ela caiu no chão me pedindo piedade.

- Boa tentativa.- disse tentando chutar sua barriga. Mas ela foi mais rápida, conseguiu de desviar e pulou em cima de mim. Por sorte, as luzes pararam de tocar o chão e a Aurora desapareceu.

-Não...- disse ela apavorada e com raiva.

-Tarde demais!- disse dando-lhe uma cabeçada. Consegui me levantar e senti a magia voltando ao meu corpo.

Ela veio em minha direção mas meu irmão a acertou com o martelo de gelo.

Ela bateu de costas na parede e eu a atingi em sua barriga com o Super Freeze Arrow.

Ela cuspiu muito sangue e disse com um sorriso:

- Você pode ter me matado, mas não vai vencer a guerra. Falta pouco para as trevas dominarem esse mundo...- então ela baixou a cabeça e morreu.

-Graças a Deus tudo acabou!- disse meu irmão.

--Sim!- falei meio sem prestar a atenção, só conseguia olhar para a bruxa e pensar no que ela acabara de dizer.

-Vamos, crianças. Seus pais querem muito vê-los.- disse meu irmão soltando as correntes, as libertando.

Todos voltamos para a vila e todos vieram nos receber de braços abertos. As crianças voltaram para suas famílias, recebemos nosso dinheiro e o agradecimento de todos. Como o dia já estava clareando, fomos para o hotel tomar um banho e arrumar as malas. Depois do café da manhã, pegamos um trem e voltamos para nossa casa.