Imperius escrita por Bonequinha de Luxo


Capítulo 1
Imperius


Notas iniciais do capítulo

Eu acho essa fic muito fofinha e eu gostei bastante de escrevê-la, espero mesmo que gostem.



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Imperius

"Todos cometem erros, o meu foi olhar nos olhos dela. Aqueles olhos grandes e amendoados que eram como a maldição Imperius, então você se perdia nele e logo estava submisso a dona daqueles olhos. E eu nunca fui submisso a ninguém e naquele momento eu estava ali, preso a dona dos olhos castanhos e um sorriso doce, estava preso a uma sangue-ruim. Estava preso a uma garota na qual eu estava apaixonado. Eu estava preso a Hermione Granger.

Eu não podia aceitar aquilo, era como se eu fosse contra meus próprios princípios. Eu a odiava e odiava a família na qual ela vinha. Odiava a casa na qual ela pertencia. Odiava tudo que vinha dela e mesmo assim eu não consegui evitar nada daquilo. Eu havia dito a mim mesmo que nunca me apaixonaria. Garota nenhuma poderia me prender a ela. E agora vejam a ironia, eu estava apaixonado pela que eu mais temia estar.

E tudo isso era culpa da maldita convivência. Eu não deveria ter passado tanto tempo assim com a Granger. E também eu não devia ter aceitado a proposta de me tornar um comensal. Eu estava destinado a mata-la e se eu o fizesse, de uma certa forma, também me mataria. E mataria nosso filho. Sim, nosso, porque Hermione está grávida de um Malfoy e em circunstâncias normais, eu não poderia estar mais feliz. Mas não estávamos em um tempo normal, era um tempo de guerra e a guerra não trás felicidade a ninguém."



Hogwarts era o melhor lugar do mundo, era o que eu sempre achei, mas naquela manhã era o último lugar que eu queria estar. Desde que eu havia aceitado a proposta de me tornar um comensal, tudo passou a ser diferente, tudo passou a piorar. Eu não aceitei porque quis, eu não tive escolha, fui obrigado por meus pais e minha tia, fizeram um inferno até que eu desistisse e aceitasse aquela maldita proposta e depois que se entra no lado das trevas, não sai mais. Ou melhor, eu saia, poucas vezes, mas saia. Era quando eu estava com ela, com Hermione; passar meu tempo ao seu lado era reconfortante, ela sabia o que eu havia me tornado e sabia que eu não tive escolha e me amava do mesmo jeito e eu nunca me senti assim tão querido. Hermione era a pessoa mais maravilhosa que eu já tinha conhecido.

Eu sabia também que eu sentia por ela afeto, no começo éramos amigos, de uma maneira improvável, mas amigos. Mas isso foi mudando aos poucos e eu confesso que fui me apaixonando. No começo eu não acreditei naquilo, era como se eu estivesse sobre a maldição Imperius e alguém estivesse me controlando para fazer aquilo apenas para zoar comigo depois, mas não era nada daquilo. Eu realmente estava apaixonado pela Granger.

Minha maior decepção foi no dia anterior a esse, estávamos reunidos na sala da minha casa envolta de uma mesa com vários comensais. Lord Voldemort estava ali, sibilava palavras assustadoras e eu era o único adolescente entre os adultos que pareciam se divertir com aquelas palavras. Naquele dia, ele tinha um propósito para nós, uma missão para cada um. Mataríamos sangues-ruins que impregnavam Hogwarts e eu tive a “nobre e prazerosa oportunidade” de matar minha amiga de infância, Hermione. Mal sabiam eles que mata-la era a única coisa que eu não queria. Quis recusar, mas sabia que se outra pessoa aceitasse o cargo de matar a Granger, mataria para valer e eu tentaria livrá-la disso.

E agora eu estava sentado sozinho nos jardins de Hogwarts enquanto os outros estavam em Hogsmeade, rezando para que Merlin me trouxesse algum milagre para que não tivesse que fazer nada contra a Hermione, a minha Hermione. Ouvi passos no jardim e me virei para encarar a pessoa que estava se aproximando, me surpreendi ao ver Hermione. Ela usava um calça colada em seu corpo e uma blusa vermelha de mangas compridas e tinha botas marrons no pé, os cachos dela estavam soltos do jeito que eu pedia ela para deixar e ela sempre fazia com muito gosto.

_ Mi, oi! _ Eu levantei para cumprimenta-la com um selinho. _ Por que você não foi a Hogsmeade, amor?

_ Queria falar com você. _ Ela murmurou abaixando o olhar e colocando uma mecha para detrás da orelha.

_ Aconteceu alguma coisa? _ Perguntei preocupado. Há tempos eu não me reconhecia mais, eu nunca fiquei preocupado com ninguém. _ Por favor, Mione, me conte.

_ É só que... _ Ela fungou, evitando algumas lágrimas de cair, mas foi em vão. Limpei algumas com o polegar. Eu temia que ela soubesse de alguma coisa. _ Eu estou grávida Draco. Grávida.

Minha boca se abriu em espanto, eu não conseguia acreditar naquilo. Aquilo pioraria tudo, não era para ter acontecido, mas eu me sentia tão feliz que, nem sequer nas possibilidades de perder suas pessoas importantes eu pensei, somente sorri e a abracei.

_ Hey, vai ficar tudo bem. _ Eu disse. _ Eu não vou te abandonar, eu prometo.

_ Nunca, por favor. _ Ela pediu afundando-se em meus braços.

_ Nunca. _ Repeti. _ Nunca mesmo, Mi.

_ Draco, eu já falei para meus pais. _ Ela disse com voz falha. _ Eu vou voltar para casa.

_ Você não pode, Mione. _ Eu disse. _ E quanto a mim?

_ Eu vou te escrever toda noite, eu prometo, mas eu realmente preciso ir e você não vai ficar longe do bebê. Quando ele nascer, eu vou voltar e a gente vai ser uma família feliz. _ Ela murmurou. _ Eu não quero ir. Tudo o que eu menos quero é ficar longe de você, amor, mas essa guerra não fará bem a ele e a gente precisa pensar nele em primeiro lugar.

_ Você tem razão. _ Eu disse com um pouco de dificuldade. _ Promete para mim que não vai me esquecer?

_ Nunca, Draco. Larga de ser bobo. _ Ela deu um meio sorriso me abraçando mais forte.

[...]

1 ano e 10 meses depois.

Era verão, Hogsmeade estava ensolarada e fazia um enorme calor, mas o sol não brilhava tanto assim. A rua estava escura, como sempre esteve depois de que Lord Voldemort ganhou na batalha. Eu havia recebido cartas de Hermione durante todas as noites, mas eu nunca cheguei a vê-la, pois ela não podia mais voltar para cá. Eu não a matei, dei a desculpa para os comensais que a garota havia sumido e alguns deles pareceram acreditar. Eu precisava tomar cuidado com Bellatrix, ela era muito esperta.

Eu morava sozinho em uma casa relativamente grande nas ruas de Hogsmeade que não era cheia do terror, era bastante confortável e eu tinha vizinhos legais. Voldemort nunca se preocupava com as pessoas que aqui morava por isso vivíamos despreocupados. Meu pai achava que eu estava em Londres, ninguém sabia onde eu morava e ninguém podia saber sobre o meu passado como um comensal.

Meu dia começo quando eu acordei e fiz minha higiene matinal, desci e comi meu café da manhã em paz enquanto lia uma amostra antiga do profeta diário, a nova ainda não havia chego. Foi quando eu ouço baterem na porta, provavelmente seria o jornal do dia e então eu vou despreocupado para abri-la. Não era o que eu esperava.

Em uma cesta, estava uma bebê de mais ou menos um ano de idade. Ela tinha lindos cachos loiros e aqueles olhos que eu conhecia bem, eram os olhos Imperius, como eu os chamava. Eram os olhos de Hermione. A garotinha ergue os bracinhos gordinhos para mim com um sorriso no rosto, eu a peguei nos meus braços e quando isso aconteceu um pequeno bilhete caiu.

“Eu achei sua Hermione, fiz o trabalho que você deveria ter feito, francamente Draco, uma sangue-ruim? Bom, ela tinha uma filha, é sua e eu sei que você sabe disso, para que desperdiçar, não? Ela é sangue-puro e pelo que parece se chama Helena Granger Malfoy, que ridículo. Não nos decepcione desta vez. Bellatrix.”

Fora a pior notícia que tive em tempos. Eu no conseguia pensar, por fim, eu me permiti chorar abraçado daquela criança que sorria docemente para mim, o sorriso igual ao dela.

_ Vamos Lena, papai vai cuidar de você. _ Falei.

_ Papa. _ Ela sorriu e abraçou meu pescoço com seus bracinhos gordos.

E agora tudo que havia restado de Hermione além das lembranças eram as fotos que tínhamos juntos e aqueles lindos olhos castanhos que estavam em Helena.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, se quiserem posso fazer um capítulo bônus. Mas vai depender dos reviews de vocês, é claro.