Seus Olhos escrita por Beatriz de Moraes Soares


Capítulo 19
Os Dawson


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM, PLEASE!

Sei que demorei um século e meio para postar esse capítulo, mas ando tão sem inspiração para nada, é uma fase complicada, mas espero que passe logo! Enfim espero que gostem desse capítulo, ele pode ser um pouco chatinho, mas faz parte dos planos futuros que eu tenho para está história, ela já está em sua reta final e promete!! Hahaha

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Quero fazer um “merchan” sobre três histórias aqui. A primeira é de minha autoria, uma original chamada “The Red Hood - O mistério de St. Mary Mead”. É uma fanfic de fantasia que conta a história de Cassandra a garota da capa vermelha. Se você gosta do gênero é um prato cheio, aqui está o link se quiser conferir: http://fanfiction.com.br/historia/473206/The_Red_Hood_-_O_Misterio_de_St_Mary_Mead/.
Outra história de minha autoria em conjunto com a diva da Dessa é “Ingerii de Umbre” essa é a história de April Lambert, se passa nos anos 60 e conta com muito sexo, amor bandido e tudo mais! Está sensacional e eu acho que vocês irão amar! Segue o link aqui: http://fanfiction.com.br/historia/476456/Ingerii_de_Umbre/

Por último é uma fanfic de THG chamada “Under the Water” ela conta a história de Patsy Elphinstone a representante feminina do Distrito 12 que tem grandes chances de ganhar, mas elas são minimizadas quando ela se juntas com Cass Sea, o representante do Distrito 04 que veio pro jogos com a irmã que enlouqueceu completamente. Confere aqui minha primeira fic de THG: http://fanfiction.com.br/historia/475541/Under_the_Water/

É isso aí, boa leitura gente!



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Aos poucos as coisas começavam a voltar ao normal, na verdade não era bem assim que funcionava, eu ainda estranhava bastante o relacionamento de Charlie e Conrad, mas procurava ser o mais afável possível com ambos, Eric parecia começar a se frustrar em seu trabalho, Meredith começava a entrar nas paranoias de ser uma mulher casada e eu começava a enlouquecer de tão entediada que eu começava a ficar, a única pessoa que conseguia me distrair era Eric.

Mas, nos últimos nem ele conseguia me distrair, eu estava começando a ficar sufocada pela mesmice, a doutora Schwartz percebendo isso me recomendou algumas atividades como ioga e meditação, sem contar que adicionou mais dois medicamentos a minha lista e me receitado alguns dias de férias.

Sabendo disso, Eric juntou-se com meus pais para uma conversa sugerindo que eu fosse com eles visitar seus pais na semana de Ação de Graças, uma tarefa difícil, mas ele obteve total êxito, talvez fosse todo seu charme americano, mas eu desconfiava que seus olhos obtinham o mesmo efeito com meus pais, como em mim, ou qualquer ser que pudesse enxergar e agora, eu começava a desconfiar que antes mesmo de me apaixonar por Eric, eu me apaixonei por seus olhos.

Parecia tudo certo para a viagem, apesar do meu nervosismo em conhecer os pais de Eric, eu sabia que Meredith estaria lá, então tudo pareceu ficar um pouco mais fácil com um rosto amigo para me apoiar, no trajeto aéreo, a Dra. Schwartz me receitou por precaução tomar alguns calmantes, mas fora isso tudo estava bem. Quando o avião aterrissou e logo em seguida estávamos dentro de um carro indo em direção à casa dos Dawson eu comecei a surtar, minhas mãos começaram a transpirar. E se eles não gostarem de mim? E se acharem que eu não sou a garota certa para o filho deles? E se eles descobrirem o quão esquisita eu sou? Mil pensamentos rodaram minha cabeça e por fim...

Eu ia ter uma crise... Eu ia ter uma crise ali mesmo... Eu, eu, eu...

– Valerie? – perguntou Eric percebendo minha agitação
no carro, ele tateou de encontro a minha mão e quando a encontrou deve ter percebido o quão úmida e gélida ela estava, pois parou o carro imediatamente no acostamento e se virou para mim – amor? Você está bem?

– Eric, eu não posso! Eu simplesmente não posso, eu achei que podia, mas estava enganada! – eu já estava chorando de nervoso, minhas mãos estravam tremendo e eu sentia que um espasmo poderia vir a qualquer momento.

– Do que está falando, Valerie?

– Seus pais Eric, eu estou com medo, eu não posso conhecê-los, eu não estou preparada... – está ficando difícil até mesmo de respirar.

– Hei, um segundo – ele me interrompe segurando minhas mãos, tentando fazê-las parar de tremer – respira! Respira! – ele me pede e aos poucos eu vou inspirando e espirando o ar, voltando ao normal. Por fim, Eric me puxa para perto de si, me envolvendo com seus braços fortes e gentis.

Por um longo tempo ficamos ali, eu com o rosto apoiado em seu peito e ele com suas mãos em minha volta me acalmando. Quando tudo finalmente pareceu mais calmo e eu parecia que não ia mais ter uma crise, Eric se afastou de mim, não muito, apenas o suficiente para tirar os braços de mim e segurar levemente meu rosto e me beijar, foi um beijo longo e calmo, nada que pudesse quebrar a sutileza daquele momento. Por fim quando nos separamos, Eric sussurrou algo para me acalmar e perguntou se estava tudo bem e se podíamos continuar com nosso trajeto, meu corpo ainda estava um pouco tenso, mas eu estava bem melhor do que segundos atrás, então eu assenti para ele dando um sorriso amarelo.

Por fim, todos meus medos evaporaram como a água fervendo do meu chá inglês quando finalmente conheci Arthur e Magali Dawson.

Eles pediram para que eu os chamasse assim, eles odiavam a idéia de senhor e senhora, Arthur era um homem divertido, andava sempre de chinelos e bermuda, já Magali era um doce de pessoa, a primeira coisa que falou quando chegamos foi se estava tudo bem e não era um formal tudo bem, ela realmente se preocupava, eu podia ver isso. Quando olhei para os dois, foi instantâneo buscar de quem Eric havia herdado aqueles belos olhos, quando meus olhos encontraram os de Magali Dawson eu pude saber, que apesar das rugas em volta deles e dos anos passados em sua vida, o brilho de seus olhos era o mesmo que de Eric.

E agora estou eu aqui, cinco dias depois de minha chegada à Los Angeles, sentada no colo de Eric na cadeira de balança na varanda observando o mar. A casa dos Dawson era um lugar tão aconchegante - só não chegava a ser tão aconchegante como os braços do meu namorado - um lugar pequeno, à beira mar que não cabia quase ninguém, mas parecia que o mundo todo poderia entrar:

– No que está pensando? - pergunta Eric

– Nada demais - sussurro e ele fez uma careta de quem não acreditou nem um pouco - acho que eu vou ajudar sua mãe na cozinha, daqui a pouco seus irmãos devem chegar - vou me levantando do colo de Eric, mas ele me segura pelo braço me puxando de volta, fazendo com que eu sente de novo em seu colo e me beijando:

– Peter me ligou mais cedo, ele e Meredith chegaram de madrugada - comenta entre beijos.

– Sério? E você não me avisou? - me separo dele querendo saber mais e ele revira os olhos - Mas, então onde eles estão que ainda não vieram para cá?

– Eles foram dormir em um hotel e depois passarão para buscar tia Lou antes de virem para o almoço de Ação de Graças.

– Certo! - digo mais uma vez tentando me levantar, mas antes que ele me puxe eu peço - agora me deixe ir, preciso ajudar sua mãe com o almoço.

– Você nem sabe cozinhar, Val - comenta brincalhão e eu reviro os olhos e o deixo falando sozinho.

Quando eu chego à pequena cozinha dos Dawson, vejo que Magali precisa mesmo de ajuda, nem me ofereço, apenas vou perguntando o que precisa ser feito. Tinha muito a ser feito e parecia que nunca íamos terminar, mas então aos poucos os convidados foram chegando e como de costume as mulheres foram em direção à cozinha. A primeira a chegar foi Janis, ela e sua namorada chegaram, logo depois de cumprimentar Eric e Arthur vieram para cozinha nos ajudar. Depois disso veio Miranda, mulher de David, e a pequena Clara, que eu havia me esquecido como lindinha ela era. Por fim chegaram Meredith e Lou, a irmã de Magali e mãe de Peter, o momento que eu encontrei Meredith me senti tão aliviada, eu estava no meio de um monte de pessoas estranhas pra mim até aquele momento e quando vi minha melhor amiga Meri, tudo pareceu se encaixar ali.

Com tantas mulheres à cozinha, eu finalmente consegui sair dali e Meredith me acompanhou, fomos caminhar um pouco pela areia da praia:

– Esse lugar é lindo, não é? - perguntou Meredith, enquanto mirava o belo céu azul.

– O céu de Londres é cinza, aqui é azul.

– Da primeira vez que Peter me trouxe aqui, eu senti que não poderia mais sair, eu me apaixonei por Los Angeles, mas meu lar é Dublin - parecia haver algo mais na voz dela, então quando ela completou eu entendi - meu lar, do Peter e do meu filho.

– Seu filho…? Meredith não me diga que - eu faço uma pausa e ela assente sorrindo feliz da vida – Oh meu Deus! Como não me contou antes? - abraço-a com força, mas não tanta e depois de um tempo nos separamos e eu começo com as perguntas – Isso é incrível! Como Peter está… Como você está?

– Bom - ela suspira dando um sorriso nervoso - foi um choque e eu realmente não estava preparada, mas depois eu comecei a me acostumar com a idéia e agora eu não consigo me imaginar não sendo mãe.

– Meri - sussurro emocionada, era tão bom vê-la daquele jeito, com uma vida plena e feliz.

Enquanto voltamos para a casa dos Dawson, Meredith foi me contando sobre a reação de Peter e tudo mais, ela parecia brilhar de felicidade, o único problema que ela enfrentava era a o medo que tinha da mãe de Pete. Segundo ela Lou Harrison parece ter um ódio mortal por ela e ela teme muito por seu bebê, que ele não seja bem aceito pela avó, tento falar algo que a anime, mas não tenho muito sucesso. Preocupada pergunto sobre a viagem de avião, ela diz que está com apenas sete semanas e não tem problema algum até as vinte e sete semanas, fico um pouco mais aliviada.

Quando voltamos havia mais convidados chegando, eram os vizinhos da casa, a família Espinosa que constituíam em Carlos e Luna, os pais de Sara de quinze anos, Mike de dezessete anos e Maya de vinte e sete. Segundo Miranda, que estava ao meu lado quando eles chegaram, os Espinosa eram vizinhos dos Dawson desde sempre, eles eram quase como uma família só. Olhei para Eric que estava com seu pai no sofá e ele pareceu um pouco desconfortável agora, em seguida olhei para a garota Maya que não tirava seus olhos de mim, engoli seco e voltei para a cozinha com Meredith. Começamos a arrumar a mesa por volta de três da tarde, enquanto eu arrumava os talheres minha barriga roncou tão alto que Magali que estava ao meu lado ouviu e comentou:

– Está morrendo de fome, não é querida? – brincou – somos um pouco enroladas com o almoço de ação de graças, com um tempo você se acostuma com essa família louca!

A mesa de jantar na verdade eram três meses menores juntas, eram muitas pessoas para um pequeno espaço, eu mal conseguia ouvir meu pensamento quando nos sentamos a mesa e começamos a comer e o barulho de talheres e comentários sobre a comida tomou conta. Eu achei que me incomodaria com aquilo, mas era fantástica a sensação de ter tantas pessoas ao meu redor.

Tantas pessoas ao meu redor?

Está quente demais aqui não? Por que tudo parece girar? Esfrego minhas em minha calça tentando secá-las, mas não tenho sucesso. Minha cabeça está doendo, tenho uma sensação estranha em meu corpo... Eu não posso acreditar, eu, eu... Vou ter uma crise.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Dê sua opinião e faça uma autora mais que feliz!