A Marca da dor. escrita por Melody Beauregard


Capítulo 12
A raiva de Naruto


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Estava estudando para a primeira fase da uece e isso exigiu muito de mim, além de uns probleminhas pessoais que me deixaram sem inspiração para escrever. Vou tentar não demorar mais. Vocês leitores não merecem esperar tanto heheh. Mas estou fazendo o que posso.

Eu fiz uma crônica: o nome é A Capela. É original e talz. Sugiro que leiam e deem sua opinião, só pra ver se eu continuo escrevendo crônicas naquela sessão táh?



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O garoto raposa não aguenta a dor e chora.

A pequena flor põe à mostra seu descontrole.

A morte pode ser liberada por um acesso de raiva?

Naruto estava com raiva. Antes esse era um sentimento que ele quase não manifestava, mas que ultimamente o tomava de vez em quando. Sentia raiva dos Uchihas, que agora faziam um enterro honorável para sua mãe e para Tsunade. Era incrível como os homens daquele clã conseguiam fingir que tudo o que fizeram foi pelo bem de Konoha.

– Os clãs Senju e Uzumaki tomaram o caminho errado para essa vila, Uzumaki Kushina e Senju Tsunade foram ninjas merecedoras de honra. – Dissera Uchiha Fugaku aos civis. – Mas não podíamos deixar que Konoha caminhasse para o caos.

Naruto cuspiu no chão ao ver a face cínica daquele homem. Nunca sentira tanta raiva em sua vida.

–Bando de hipócritas. – Murmurou enquanto agasalhava suas mãos nos bolsos de seu sobretudo preto.

– O que disse? – A voz fria soou ao lado dele. Era Sasuke, claro, agindo como sua “escolta”. Indiferente, frio... Seco. O idiota de sempre, Naruto considerava.

– O que você ouviu. – O loiro ergueu o queixo. – Teme – completou com desdém.

Sasuke lhe lançou um olhar fuzilante. Se cara feia matasse, o loiro pensou, ele nem precisaria se esforçar para vencer as lutas.

O cortejo fúnebre ainda não havia começado, mas Konoha já estava no clima. As nuvens negras cobriam o céu, o ar parecia denso, mais pesado. Muitas pessoas ruivas, os Uzumakis, estavam lá, grande parte estava escoltada pelos Uchihas, com seu chackra selado. Muitos deles já haviam ido até o loiro para abraça-lo e dar-lhe os pêsames.

Mas Naruto não conseguia demonstrar emoção alguma. Era como se tudo o que ele devesse estar sentindo estivesse entalado em sua garganta. Ele estava com raiva do que vira naquela sala de testes onde fora colocado pelos Uchihas. Fora trancafiado lá dentro com um homem moreno com cara de cientista maluco que selara parte de seu chackra e tentara perfura-lo com uma agulha. Nem a Sakura conseguia ser mais assustadora do que aquele cara.

Sua “sorte” foi que Fugaku e Sakura entraram na sala dizendo que deveriam ir se vestir para o funeral de sua mãe. Mas sua mente girava a mil. Queriam usá-lo como um rato de laboratório? E o pior: Agora sabia que Hinata estava na mão daqueles caras. E ela havia desaparecido quatro meses antes.

Além disso, o loiro estava preocupado com Sakura. Ela fora escoltada por Itachi para ir até sua casa para vestir-se para o funeral e ainda não aparecera. Lembrou-se da forma humilhante que aquele Uchiha tinha segurado ela. Seu sangue fervia sempre que pensava naquilo: a lembrança de Sakura ajoelhada aos pés dos Uchiha, completamente subjugada, tentando protege-lo.

Olhou em volta, observando o movimento agitado das árvores que correspondia ao vento frio e intenso que soprava. Havia um clima agourento que rodeava os civis. A tristeza de todos por saberem que aquele seria o último adeus às antigas líderes. Havia alguns murmúrios tristes, sussurros inconformados, mas a maioria parecia querer ficar em silêncio.

Seus olhos fixaram na direção que Sakura vinha acompanhada de seus pais e de Itachi. Ela não possuía nenhum armamento preso à sua roupa, até mesmo seus braceletes haviam sido tirados. Seu hitaiate também não estava presente em seu cabelo. Os Uchihas que acompanharam Naruto até a sua casa também tinham ordenado que se desfizesse de todos os seus armamentos e exigiram que ele os entregasse sua bandana. Pelo visto o loiro não bastava, eles também queriam sua amiga.

Mebuki e Kizashi Haruno caminhavam atrás dela, lançando olhares fulminantes às costas de Itachi, que caminhava ao lado da rosada segurando na parte superior de seu braço e sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Não parecia ser algo bom, pois a expressão de Sakura era de surpresa. Em pouco tempo os orbes verdes da garota se encontraram com os azuis do loiro.

Naruto entendeu perfeitamente o que esse encontro de olhares significava. Era como se ela gritasse: preciso falar com você.

O loiro queria correr até ela, mas um instrumento começou a tocar em uma marcha lenta e todos olharam para a direção de dois caixões.

Naruto desejava nunca mais sentir a dor que teve naquele momento.

Os murmúrios começaram a aumentar, as vozes sussurrantes das pessoas começavam a entoar uma melodia agourenta.

Naruto sentiu-se sufocado: A pessoa que estava naquele caixão era sua mãe.

SUA MÃE!

Sua mente parecia não querer assimilar essa informação, pois, apesar de ter chorado e esbravejado muito quando soube que sua okaa-san estava morta, parecia que ainda não tinha caído a ficha.

Mas naquele momento... Aquele momento em que a marcha fúnebre soava e o caixão de sua mãe aproximava-se cada vez mais dele, era como se uma espada estivesse transpassando sua alma.

Quando deu por si, seu rosto estava molhado com suas próprias lágrimas.

A parte de sua mente que ainda conseguia notar as coisas ao seu redor observou Sakura afastar Itachi de si com violência. A rosada correu até os caixões com os olhos vermelhos de tanto chorar, mas, quando ia chegar até eles, alguém a segurou por trás. Era Sasuke, que já saíra do lado de Naruto para impedi-la.

Mais lágrimas saíram dos olhos do loiro quando ele viu a rosada se debatendo contra o Uchiha mais novo enquanto gritava a verdade na cara do clã de líderes:

– Vocês fizeram isso com elas! Vocês trouxeram o caos para Konoha! Vocês são quem são os monst...

A voz dela parou de soar quando Sasuke conseguiu tapar sua boca e outros Uchihas a cercaram.

Mas o estrago já havia sido feito. A maior parte das pessoas já começara a comentar entre si. Talvez até mesmo questionando as palavras de Fugaku.

Naruto pareceu despertar.

Claro que questionariam. O que a quer Haruno dissesse seria levado em consideração. Sakura era querida pela maior parte das pessoas da vila. Era ela quem comandava o hospital e a maior parte dos civis e dos ninjas já havia passado pelas mãos dela. Era óbvio que ninguém gostaria de vê-la sendo machucada.

Mas os Uchihas conseguiram aquietar os que tentaram se fazer rebeldes.

A raiva fervia mais ainda dentro de Naruto.

A passos lentos e cadenciados, o loiro aproximou-se do caixão que baixava. A tampa era de um material transparente, sendo assim ele conseguira ver o que tinha dentro.

Pó.

Os Uchihas haviam carbonizado as pessoas que ele amava com aquele maldito amaterasu.

Enquanto se dava conta disso, a raiva do loiro parecia crescer dentro dele célula a célula. Como se borbulhasse como água fervente. Eles haviam prendido Hinata, subjugado Sakura, aprisionado e ferido parte do seu clã, manipulado os civis de Konoha.

E agora ele via que haviam reduzido sua mãe a pó.

Mal percebeu quando sua consciência se perdeu, mas antes que sua quarta cauda se formasse, conseguiu captar a imagem de Sakura se desvencilhando dos Uchihas e correndo em sua direção gritando

– NÃO!

Então perdeu os sentidos...

E a onda de pânico em Konoha se instalou.


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Notas finais do capítulo

Eita que as coisas estão começando a se agitar.
Vocês gostaram do capitulo.

Gostaria de pedir sugestões para a fic.

E também queria pedir para que lessem a minha fic " A Capela", que será um conjunto de crônicas que vou fazer.

Gente, na boa, se tiver algo que eu possa melhorar é só vocês falarem. Sério mesmo. Se eu achar que dá certo com a fic, levarei em consideração qualquer sugestão.