Como Não Amar Você escrita por MEVieira


Capítulo 2
01 - Que foi que eu fiz pra merecer isso?


Notas iniciais do capítulo

Então, como eu tinha dito vou explicar a parte da Dorcas,quando eu ficava na casa da minha avó e meus primos estavam lá, minha prima contava histórias de terror pra mim e pro meu primo, aí um dia ela fez um olhar sinistro e começou a cantar "Passa caminhão vermelho", isso por que quando ela fez uma viagem, e não tinha nada pra fazer, mas ela viu um caminhão vermelho e começou a cantar. Eu coloquei esse versinho na parte da Dorcas, só pra ficar um pouco sinistro e dar um pouquinho de medo. Mas se não deu, desculpem.
Bom, obrigada pelos lindos reviews que vocês me mandaram. Não vou mais enrolar vocês.
Boa leitura.



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Hoje era de longe o pior dia da minha vida, ou um dos piores. E por que? É simples, minha mãe decidiu viajar para fazer sei lá o que... E para completar vou ter que ficar na casa de uma tal de Dorea, uma completa desconhecida para mim, mas muito amiga da minha mãe, tudo bem, vamos começar contanto como tudo foi por água abaixo.

~ Flashback on ~

Eu estava descendo as escadas para tomar o café da manhã, quando tropecei em alguma coisa no fim da escada, mas como eu tenho reflexos de ninja, segurei o corrimão e me livrei de um belíssimo tombo, é claro que não tinha ninguém para ver pois se tivesse eu teria dado um beijo de tirar o fôlego no meu querido amigo assoalho de madeira. Quando eu fui olhar, eram as malas de viagem da minha mãe, Katherine Evans, fiquei pensando o por que delas estarem ali. Então caminhei para a cozinha e a encontrei sentada em sua cadeira tomando suco e comendo torrada com geleia de morango.

— Mãe por que as suas malas estão... – comecei a perguntar mas ela me interrompeu.

— Ah, Lily querida quer tomar café? – ela perguntou.

Pera aí, quem é você e o que fez com a verdadeira Katherine Evans? De onde saiu toda essa doçura?

— Até quero mas...- comecei novamente puxando a cadeira para me sentar ao seu lado.

— Ótimo! – ela respondeu voltando a comer normalmente.

Ficamos em silêncio o resto do café e de vez em quando ela olhava pra mim de um jeito que eu não tinha ideia do que significava. Eu estava começando a ficar com medo desse comportamento dela, da última vez ela me tratou assim foi por que tinha arrumado um novo namorado, o que não deu muito certo no fim das contas.

E o infeliz tentou de tudo, tudo mesmo pra minha mãe me mandar pra morar com o meu pai e minha madrasta, não me leve a mal, mas sou péssima com nomes não importantes. Mas por algum motivo misterioso minha mãe nunca me deixou ir morar com meu pai, terminou com o cara, mas ele insistia em ficar voltando aqui e dizendo um montão de baboseiras, ai quem teve que fazer ele meter o pé fui eu. Acho que ele nem chega perto dessa rua depois daquele dia.

Minha mãe levantou de sua cadeira e foi alegremente lavar os pratos, enquanto eu fui dar comida pro Sparrow, meu gatinho... Você deve estar se perguntando o por que do nome “Sparrow”, é claro que em homenagem a Jack Sparrow, de “Piratas do Caribe”, por que quando eu ganhei o Sparrow tava sem criatividade pra nomes, então fui assistir um filme pra ver se algum nome brotava, então o Sparrow deitou em cima do DVD “Piratas do Caribe”. Coincidência? Eu não faço ideia.

Minha mãe acabou de lavar os pratos e foi para a sala, eu já iria atrás dela pra saber por que as malas dela estavam lá, quando ela me chamou.

— Lily, pode vir aqui querida?

— Claro mãe – respondi, argh essa doçura toda ta começando a me irritar, levantei e peguei Sparrow no colo, como ele era fofo, era branco e cinza, com olhos azuis, suas pequenas patinhas tinham pelos mais escuros e sua cabeça também, ele acabou por roçar a cabeça em meu braço enquanto começava a ronronar suavemente.

Fui caminhando para lá e quando cheguei ela estava sentada no sofá com as mãos cruzadas na altura do colo;

— Lily, bem.. Er.. Eu vou fazer uma viagem – ela começou a dizer, então olhou pra mim. - E você vai ficar na casa da Sra. Pot... quer dizer na casa da Dorea.

— Por que eu não posso ir com você? – questionei logo de cara.

— Por que eu conversei com a Dorea e ela disse que você pode ficar lá. — Ela disse sem rodeios.

— Mas...

— Vai arrumar suas coisas antes que eu... – e me lançou um olhar assassino.

Agora assim a verdadeira Katherine Evans voltou, então eu me levantei ainda com Sparrow no colo e comecei a subir as escada mas parei na metade, quando me lembrei que ela não disse para onde iria viajar.

— Mãe, pra onde você vai?

Ela pareceu pensar um pouco antes de responder, como se estivesse inventando uma mentira de última hora, mas logo em seguida disse.

— Vou visitar sua tia Jane.

— Jane? Mas eu não tenho nenhuma tia chamada Jane.

— Tem sim, é que... que ela é sua tia por parte de pai.

— Mas você tinha dito que...

— Lily, eu já não tinha lhe pedido para arrumar suas coisas? – ela me perguntou calmamente.

Me calei rapidamente, e voltei para o meu quarto arrumar “minhas coisas”.

~ Flashback off ~

E aqui estou eu, terminando de arrumar minha mala, para ir para a casa da Dorea, eu chamo ela pelo primeiro nome, por que não sei o sobrenome, minha mãe falou “Sra. Pot.. Quer dizer na casa da Dorea.” Ela quase falou o sobrenome da Dorea, mas parou na metade, o que eu não entendi. Ela chegou a falar “Sra. Pot...”, tentei pensar em vários que se encaixavam e o único era Potter, argh.

Por que argh? Simples, James Potter é o garoto mais imbecil da Hogwarts High School, não só da escola, do planeta! Na verdade um dos, por que também tem Sirius Black, e o Remo, mas se bem que o Remo é o mais legal, mas estressa atoa, você pode estar falando normalmente com ele aí do nada, ela grita e faz um escândalo, eu diria que ele é gay se não o conhecesse.

Agora eu tenho é que rezar pra essa tal de Dorea não ter nenhum laço afetivo com o Potter. Por que se tiver, além de eu ter que aturá-lo 5 dias por semana de 7:00 á 12:00; Vão passar a ser 7 dias, e por 24 horas. Além de ter que ouvir as piadas ridículas dele sobre o meu cabelo.

Sai do quarto puxando a minha mala, pelo menos ela tinha rodinhas, o que já facilitava um pouco, então não precisei carregá-la. Mas eu tinha a sensação de que eu estava esquecendo alguma coisa.

— Ta tudo pronto Lily? – minha mãe perguntou do pé da escada.

— Uhum – respondi, preparando para deixar a mala “deslizar” pela escada.

. . . . . . . . . .

Estávamos quase virando a esquina, quando eu lembrei o que tinha esquecido.

— Sparrow!!! – gritei.

Minha mãe se assustou e parou abruptamente o carro quase me fazendo bater a cabeça, ainda não sei como ela conseguiu carteira de motorista, só pode ter subornado o instrutor, ou ameaçado ele, as Evans tinham o costume de serem violentas as vezes, não a ponto de matar, só de assustar... Desprendi o cinto de segurança abri a porta e voltei correndo pra casa, como eu podia ter esquecido meu anjinho? Bom, nem tão anjinho ás vezes.

Quando abri a porta de casa, deparei com meu anjinho miando perto do sofá, assim que ele me viu veio correndo pra ficar roçando nas minhas pernas.

— Como foi que eu te esqueci? — perguntei para ele, agora eu estou ficando doida fazendo perguntas para um gato.

Ele miou em resposta depois saiu correndo em direção as escadas, deve ter ido no meu quarto buscar alguma coisa. Fiquei esperando até ele voltar e quando fui ver ele trazia a bolinha de brincar dele.  Aproveitei pra pegar a almofada preferida dele, por que a noite quando ele vai dormir, ás vezes prefere deitar na almofada. Peguei ele no colo e voltei para o carro para continuarmos a viagem para a casa da Dorea.

. . . . . . .

Quando minha mãe estava parando em frente á quase mansão da Dorea, percebi que aquela era a rua que a Lene morava.

Marlene, é uma das minhas melhores amigas, ela é morena com cabelos castanhos longos e ondulados e olhos cor de mel, ela é a que todos consideram a gostosa do trio, por que claro, a morena tem um corpão, isso nem eu posso negar. A outra é a Dorcas, que é loira com o cabelo não definido pois tem dias que está liso, dias que está chateado, isso varia dependendo do humor dela e ainda por cima tem olhos bem verdes, olhos que qualquer garoto da Hogwarts High gostaria de ter sobre ele enquanto escuta palavras fofas saindo de sua boca.

Agora fica mais fácil eu arrumar carona pra escola, por que como eu ainda tenho 15 anos, não posso dirigir. E meu aniversário é só daqui á alguns meses. Assim que minha mãe desligou o carro e eu abri a porta o Sparrow pulou pra fora, ele não gosta de ficar trancado. Eu também desci do carro para apreciar a quase mansão, realmente era uma casa bem bonita, com um jardim cheio de lírios... Lírio é minha flor favorita, eu sei que parece estranho a Lily meio violenta Evans gostar de flores, mas eu também tenho meu lado sensível o.k.?

— Vem Lily, vamos entrar pra você conhecer a Dorea, o filho dela e o amigo dele, que é quase como um outro filho pra ela.

Quê? Como assim? Ela tem filho? Por que eu não soube disso antes? Tomara que não seja o Potter, tomara que não seja o Potter, tomara que não seja o Potter.

Enquanto eu continuava rezando pro filho da Dorea não ser o Potter, fui caminhando em direção a porta puxando a minha mala, enquanto minha mãe trazia a almofada e o Sparrow no colo. Ela passou na minha frente e bateu na porta. Logo em seguida uma mulher abriu a porta, parecia ter a mesma idade que a minha mãe, o.k, talvez um pouco mais velha. Ela tinha cabelo cor de amêndoas meio cacheado e olhos puxados para o azul. 

— Katherine? — Ela perguntou.

— Dorea! — Minha mãe respondeu, e as duas se abraçaram.

— Você deve ser a Lilian! — Dorea falou comigo depois que as duas se soltaram, mas logo em seguida veio me abraçar também, acabei retribuindo o abraço. — Venha, vou te mostrar a casa.

Eu entrei na casa, era tão bonita por fora como por dentro, é parece que a Dorea tem bom gosto, e uma boa renda mensal diga-se de passagem.

— Jay, pode vir aqui querido? – ela chamou perto da escada, é a casa tinha dois andares.

Jay? Que tipo de nome é esse? Deve ser do filho dela, só pode. Ouvi um barulho de porta abrindo e depois fechando no andar de cima e ouvi passos também. Logo depois um garoto com cabelos pretos e rebeldes e olhos semelhantes aos da mãe apareceu no topo da escada, olhou pra mim deu aquele típico sorriso maroto pelo qual muitas suspiram e continuou a descer. Droga, droga, droga.

O que foi que eu fiz para merecer isso???


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Notas finais do capítulo

Gostaram???
Beijos e até o próximo.