Lily Evans

Assim que chegamos nos local do barulho, acabei tropeçando em um corpo e cai em cima dele.

– Aí! – ele grunhiu.

– Remus você tá bem? – perguntei me agachando ao seu lado.

– EU ACABEI DE TROPEÇAR EM UM GALHO E SAIR ROLANDO, É ÓBVIO QUE NÃO ESTOU BEM! – ele gritou.

– Ô esquentadinho, só estou tentando ajudar! – falei.

– Você ajudaria chamando ajuda!

– Nem rola, não tem sinal aqui. Mas, por que você caiu?

– Por que estava te seguindo!

– Virou espião espião agora? – perguntei ironicamente.

– Só queria garantir que você não iria se perder. – ele se justificou.

– Então tenho uma notícia pra você, nós dois nos perdemos!

– Ah não brinca?! – ele disse irônico.

– Você não pensou que no momento em que saí da trilha, você devia ter pelo menos avisado aos outros?

– É, eu devia ter feito isso.

Então uma luz altamente forte veio no meu rosto. Aleluia! Alguém nos achou, espera, e se esse “alguém” for um sequestrador?

–TÁ PRA TIRAR ESSA LUZ DOS MEUS OLHOS! ESTÃO QUERENDO ME DEIXAR CEGA É ISSO? – gritei para o “alguém”.

A pessoa tirou a luz dos meus olhos e apontou para Remus, depois para Ryan, depois novamente pra mim. A pessoa tampou a lanterna na pessoa do lado e correu, me abraçando logo em seguida.

– Lil’s” – falou Lene, assim que me soltou. – Onde você estava?

– Hum.... Aqui! – respondi.

– Por que você saiu da trilha?

– Por que vi uma luz e quis saber o que era.

– E por que você quis saber?

– Virou entrevistadora Lene? – perguntei ironicamente.

– Ficamos preocupados, - disse Dorcas. – Remus, e você por que está aqui?

– Por que quando vi a Lily saindo da trilha, decidi segui-la, me perdi, então tropecei em um galho, e sai rolando. – ele respondeu.

Ele tentou se levantar, mas quase caiu novamente, teria caído se não fosse por mim, Lene e Brian.

– O que aconteceu? – perguntou Dorcas preocupada.

– Acho que torci o tornozelo. – ele respondeu.

– É nisso que dá ficar perseguindo uma ruiva maluca! – ouvi alguém resmungando baixinho.

– Quem foi a desalmada que disse isso? – perguntei.

Ninguém se manifestou, mas eu sabia muito bem, que tinha dito aquilo. Foi a Lucie, umas das seguidoras da Emmeline. Eu andei calmamente até ela, lhe dei uma rasteira, um soco, depois pisei em sua mão, e pra completar, um pequeno – que de pequeno não tinha nada – “empurrãozinho” nela.

Saí jogando meu cabelo “Like a Boss”.

– Alguém pelo menos sabe como vamos voltar para o acampamento? – perguntei pra qualquer um.

– Na verdade, eu sei. – falou Brian olhando para mim com aquele sorriso.

Então ele só mentiu para poder ficar comigo! Nossa, seria bem mais fácil ele me dizer isso, não precisava ter mentido. Sorri para ele, o que o fez sorrir mais, e James ficar com uma cara... Eu diria que era ciúmes, mas James não está afim de mim, então... Ou será que ele está? Sacudi a cabeça e voltamos para o acampamento.

. . . . . . . . . . . .

No dia seguinte, as meninas me acordaram e fomos para a cantina. Notei alguma coisa diferente em uma certa pessoa. Por que o cabelo da Emmeline parece queimado e esta menor do que eu me recordava.

– Fui avisar ao James que você tinha sumido, ele acidentalmente a empurrou,v fazendo ela cair perto da fogueira, eu avisei, ela não quis sair de lá, quando foi ver, metade do cabelo já pegava fogo. – disse Lene dando de ombros, parecendo que havia acabado de ler minha mente.

– Como eu gostaria de estar aqui nesse momento.. – falei imaginando a cena.

– Eu gravei isso acontecendo! – disse Gyl, aparecendo do nada atrás de nós. – Quer ver?

Assenti com a cabeça, ela me mostrou o vídeo e no final, estávamos nós quatro rindo que nem loucas.

– Olha ali a mesa das loucas! – disse alguém, aquela voz, me era familiar, aposto que foi a Nick, seguidora de Emmeline que apanhou de Lene.

Peguei uma maça e atirei na testa dela. Todo mundo me olhou assustado, menos minha amigas, que se acostumaram. Dei de ombros, e comecei a comer.

O resto do dia, foi tão, mas tão animado – esperam que tenham sentido a ironia. – que novamente, tivemos que sair pela floresta pra olhar a paisagem, como dizia Mcgonagall.

Faríamos um relatório que valeria nota. O que não me deixa nem um pouco surpresa, já que tudo vale nota. Saí da barraca com um bloquinho e uma bolsinha, Lene e Dorcas fizeram o mesmo e saímos pela floresta anotando tudo o que considerássemos interessante.

No fim do dias, eu já tinha escrito umas 4 folhas daquele bloquinho, e estava completamente cansada de andar. Fui para a cabana dos banheiros e tomei um banho, Lene disse que ficaria com Sirius, e Dorcas que cuidaria de Remus. Então, resultado fiquei sozinha. Contrariando todas as regras, peguei minha lanterna e meu celular, que não serviria pra nada, e fui para a floresta.

Caminhei por uns cinco minutos e encontrei o lago. Sentei em um tronco cortado e fiquei lá.

Sabe aquela sensação de ser observada? Então, estou sentindo que estou sendo observada, me levantei lentamente, pensando em usar a lanterna em minha defesa, quando me virei dei de cara com James.

– Potter! Quase me mata de susto! – falei olhando feio para ele, que sorriu.

Me sentei novamente no tronco, e ele se sentou ao meu lado.

– O que faz aqui? – ele pergunta.

– Eu iria te perguntar a mesma coisa. – falei.

– Sirius ficou com a Lene, e Remus com a Dorcas, fui te procurar, e você não estava na sua barraca, então segui suas pegadas.

A parte das pegadas é mentira.

– Então por que eu estou olhando pro lugar de onde eu vim, e não estou vendo nenhuma pegada? – perguntei.

– Ah, o.k., a parte das pegadas foi mentira, mas a parte de te procurar foi verdade. – ele respondeu.

– Achei que estivesse com a Emmeline. – falei, eu pensei nisso antes de procurar ele.

– Achei que estivesse com o Brian. – ele rebateu.

– Aonde você quer chegar?

– O que aconteceu quando os dois estavam sozinhos?

– Não te interessa.

– Não interessaria se eu não estivesse perguntando. – ele rebate.

– Não é da sua conta.

– É sim, eu estou responsável por você, então é da minha conta.

– Quem disse que você está responsável por mim? – perguntei.

– Eu estou dizendo! – ele rebateu.

– Idiota! – falei.

– Vai me dizer ou não?

– Ele me beijou, algum problema com isso? – perguntei olhando para ele.

– Você correspondeu?

– Sim. – respondi. – Algum problema com isso? – repeti a pergunta.

– Sim, tem problema sim. – ele respondeu.

Depois disso, não falamos mais nada um com o outro, ficamos calados, uma hora eu acabei olhando disfarçadamente para ele, que percebeu e deu um sorriso de lado.

Sem saber o por que, comecei a me aproximar dele...