Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 18
XVIII. Tempo vs. Ação - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

E segue a continuação do capítulo pra vocês! :)



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Era alguns meses antes de tudo aquilo ter acontecido. A invasão de Hogwarts, a batalha na mansão dos Malfoy, o treino no campo da casa da ordem... Antes de absolutamente tudo acontecer. Draco ainda não havia se localizado bem sobre em que lugar do tempo eles estavam exatamente, mas ele podia ter uma ideia. Junto com Hermione, se esgueirando pelas paredes do sétimo andar, ele pôde olhar pela janela e ver que o sol brilhava com uma certa intensidade, mas a corrente de ar frio que pairava sobre a escola, indicava que eles possivelmente estariam no Outono. Provavelmente o começo daquele ano letivo. O que será que Hermione queria mudar ali? Ele não tinha a mínima ideia, mas como era sua única alternativa, ele fazia o que ela havia lhe pedido: confiar.

– Hermione, para onde estamos indo? Preciso que me dê uma luz sobre o que faremos – pediu Draco, enquanto desciam cuidadosamente pela grande escadaria.

– Vamos sair daqui e eu prometo que te explico tudo – ela olhou para todos os lados para assegurar que ninguém os tinha visto ainda – vamos por aqui – e seguiu em direção a um retrato na parede, passando pela passagem secreta que ele guardava.

xXx

Já estava escuro e os grilos cantavam do lado de fora da janela. Harry continuava ao lado de seu amigo e não conseguia parar de chorar e se culpar por tudo o que estava acontecendo com o outro. Se ele tivesse avisado a Ron, se ele tivesse chegado um pouco antes, se... Ele não se perdoava por ter permitido que aquilo acontecesse.

Madame Pomfrey, cruzou toda a enfermaria e seguia em direção à cama de Ron, localizada no canto do quarto, próxima à janela. Entregue apenas pelo barulho que seus sapatos faziam, encerrou sua caminhada atrás da cadeira em que Potter estava sentado e repousou uma de suas mãos no ombro do garoto.

– Querido, acho que é melhor você ir descansar um pouco – sugeriu com uma voz cautelosamente doce.

O grifinório estava com a cabeça apoiada nas mãos, com os cotovelos recostados sobre os joelhos. Ele deu um longo suspiro e olhou para a mulher, a qual não havia se dado conta de que se aproximara.

– Não, eu estou bem aqui – respondeu com a voz cansada.

– Já passou da hora de ir dormir, não posso deixar que você fique aqui.

– Mas eu também não posso deixar Ron sozinho aqui – protestou.

– Lamento, mas não posso permitir sua estadia. Garanto que o senhor Weasley ficará bem aqui. Estarei de olho para supervisiona-lo. Além do mais, o professor Dumbledore pediu que você fosse à sua sala – prosseguiu.

– Dumbledore? Do que se trata? – ele olhou para ela espantado.

– Bem – ela deu uma leve olhada para Ron – acho que é melhor que você vá.

Potter deu uma última olhada em seu amigo e, inseguro, saiu de lá e rumou para a sala do diretor da escola.

xXx

Draco e Hermione chegaram à uma sala que parecia não ser utilizada há alguns anos. A julgar pelas carteiras empoeiradas e alguns outros objetos cobertos por grandes panos, o local parecia uma sala de aula que não recebia alunos há algum tempo.

Draco caminhou até o centro do cômodo e olhou em sua volta. Ele começou a ficar vermelho e deu uma série de três espirros. Hermione deu uma gargalhada e se aproximou dele.

– Saúde – disse, rindo.

– Obrigado – ele limpou o nariz – alergia à poeira.

Ela apenas manteve o sorriso.

– E então? O que estamos fazendo aqui? – ele olhou fixamente pra ela.

– Draco, estamos há alguns meses atrás, antes de tudo acontecer – ela iniciou.

– Tudo o quê, exatamente? – ele perguntou, sem entender nada.

– Voltamos para um dia depois de Hogwarts ser invadida – ela continuou – isso quer dizer que ainda ninguém do lado de lá sabe que você está conosco.

– Isso quer dizer que ainda há tempo hábil para impedirmos que saibam de mim, certo? – indagou.

– Exatamente – ela assentiu – só ainda não pensei em como faremos isso sem uma intervenção direta.

Os dois se entreolharam. Seu objetivo estava traçado, mas não tinham a mínima ideia de como atingi-lo. Além disso, os dois tinham poucas horas para pensar e agir, pois a batalha da casa dos Malfoy estava prestes a acontecer e caso falhassem, sua única chance de mudar toda aquela confusão estaria arruinada.

xXx

– Dumbledore, o senhor me chamou? – perguntou ao diretor, entrando em seu escritório.

– Ah, Harry! Entre, por favor – saudou o senhor da grande barba branca.

O menino caminhou pela sala e avistou o outro bruxo acariciando as penas de Fawkes.

– Para que o senhor precisa de mim?

– Ah, Harry... Preciso lhe informar que eu, o professor Slughorn e a madame Pomfrey, conseguimos descobrir o que está se passando com Ron.

– Conseguiram?! – ele parecia surpreso – E o que é?

– Ah, Harry – o mais velho suspirou – ele foi envenenado com uma poção muito forte, de um alto padrão de magia negra.

– Quer dizer que não há o que fazer? – era possível ver a luz começar a sumir dos olhos do garoto.

– Não é bem isso – ele caminhou até sua mesa e se sentou, olhando para o garoto que ainda estava de pé.

Harry apenas o acompanhava com o olhar, esperando que ele continuasse seu discurso.

– Ele foi envenenado com uma poção chamada Mer-onos, ou em outras palavras, “A poção do fim”– Harry parecia não entender do que se tratava.

– O nome é autoexplicativo – disse Dumbledore, divagando um pouco – Todavia, não me surpreende que você não saiba do que se trata, é o tipo de coisa que não se ensina numa classe de Poções comum.

Dumbledore abriu uma gaveta de seu gabinete e retirou um grande e grosso livro de couro da mesma, fazendo um barulho ao coloca-la sobre a mesa. Ele parecia bem pesado. Ele abriu o livro e folheou algumas páginas, até que encontrou o que queria.

– Aqui está – ele apontou para o nome da poção no livro – aqui diz que o efeito da poção faz com que o indivíduo perca sua essência lentamente durante três dias.

Harry se aproximou e olhou para o livro, procurando ler algo mais relevante sobre o assunto.

– O que isso quer dizer?

– Bem, Harry – iniciou novamente – essa poção suga o que podemos chamar de energia vital de alguém, durante o período de três dias. Isso quer dizer que...

– Isso quer dizer que ele pode morrer em três dias?

– Basicamente, sim – respondeu Alvo, passando o dedo pela folha do livro – aqui diz que o efeito da poção, faz com que enquanto a energia vital é transferida para outra pessoa, a envenenada, passa a ter suas funções vitais cada vez menores. O que implica na morte, ao fim do processo.

– E a cura? – o grifinório não retirou os olhos do livro.

– Ainda não achamos. Infelizmente, esse livro só nos traz informações sobre os efeitos da poção. Não há modo de preparo ou um antídoto contra ela, se é que ele existe. Vamos ter que procurar em outras fontes. – ele suspirou – a única coisa que sei é que existe uma magia negra que é, de alguma forma, colocada dentro dessa poção.

Harry se afastou da mesa do bruxo e seguia em direção à saída.

– Aonde vai, Harry? – perguntou Dumbledore.

– À biblioteca – respondeu, sem parar de andar – já se passaram doze horas, precisamos começar por algum lugar.

E assim ele saiu do escritório. Agora eles tinham mais uma batalha travada. Uma batalha contra o tempo.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por todos os comentários e também por estarem acompanhando a história!



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